Entrega de prêmios aos melhores alunos e Aula da Saudade

Universidade Federal de Lavras, por meio de suas parceiras tem como tradição, premiar aqueles que obtiveram melhor desempenho em sua vida acadêmica. A entrega da premiação e aula da saudade aconteceu hoje dia 26 de setembro, no Salão de Convenções.

Empresas incentivadoras e alunos premiados

Sr. Marcos Roberto Dutra representante da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. entregou o “Prêmio Syngenta Destaque em Cafeicultura” para o formando do Curso de Agronomia Eder Carvalho Sandy.

Sr. Roberto Ribeiro Júnior, supervisor de vendas da Guabi Nutrição Animal entregou o “Prêmio Guabi”.para a formanda do Curso de Zootecnia Renata Ribeiro Alvarenga.

Sr. Cassiano Mobricci, assessor agronômico da Bunge Fertilizantes S.A. entregou o “Prêmio Bunge” para o formando do Curso de Agronomia Fabrício William de Ávila.

Sr. Lourenço Del Guerra, diretor comercial da Pinhalense Máquinas Agrícolas entregou o “Prêmio Pinhalense” o formando do Curso de Engenharia Agrícola João Carlos Teles Ribeiro da Silva.

Engenheiro Fernando Fisher gerente de Pesquisa e Desenvolvimento em Silvicultura da Vallourec & Mannesmann Tubes, entregou o Prêmio “Tubo Verde” para a formanda do Curso de Ciências Florestais Elisa Maganha, representada por Stella Villas Boas Gonçalves.

Delegado do Conselho Regional de Administração em Lavras, José Peixoto Maciel Filho entregou o Prêmio CRA para o formando do Curso de Administração Gabriel Rodrigo Gomes Pessanha.

Professor Heitor Augustus Xavier Costa, Delegado da Sociedade Brasileira de Computação na UFLA entregou o Premio SBC para o formando do Curso de Ciência da Computação Diarley Cardoso de Souza.

Sr. Carlos Henrique Henrique, Diretor Comercial da Ouro Fino Saúde Animal entregou o Premio Ouro Fino para o formando do Curso de Medicina Veterinária Leandro Silva Ribeiro, representado por Lílian Claudia Gionda.

Professora Lisete Chamma Davide, em nome da Cemig entregou o prêmio Cemig a formanda do Curso de Ciências Biológicas Carolina Delfim Fernandes Lima.

A aula da saudade foi proferida pelos professores José Augusto de Freitas Lima do Curso de Zootecnia, Rodrigo Lopes Ferreira do Curso de Ciências Biológicas, José Monserrat Neto do Curso de Ciência da Computação, Geraldo Andrade de Carvalho do Curso de Agronomia, Carlos Eduardo Silva Volpato do Curso de Engenharia Agrícola, Flamarion Tenório de Albuquerque do Curso de Medicina Veterinária e José Marcio Rocha Faria do Curso de Engenharia Florestal.

Brasil: Um Longo Caminho a percorrer nos investimentos em educação

Folha Dirigida, 25/09/2007

Bruno Vaz

Pouco investimento, que se torna sinônimo de más condições de estudo, desen-cadeando uma fraca formação acadêmica que, por fim, se traduz em perdas econômicas e sociais. Apesar do aporte recente de recursos para o setor educacional anunciado pelo governo federal, objetivado por programas como o Fundeb, o Reuni e, principalmente, o Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE), a equação contida no início da matéria traduz bem a situação em que se encontra a educação brasileira de acordo com os padrões internacionais.

Segundo o último estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) direcionado para o setor, o Education at a Glance 2007, o Brasil é um dos países que menos investe na área. O relatório, porém, não inclui as nações mais pobres do mundo, que não fazem parte da OCDE. Alguns países, como é o caso brasileiro, apesar de não integrarem oficialmente a entidade, se dispuseram a fornecer seus dados de forma voluntária. Mas, apesar da iniciativa, os números mostram que o Brasil ainda precisa de muito esforço e políticas específicas para, um dia, poder se orgulhar do seu sistema educacional.

‘Nós entendemos que o país, com a dívida educacional que tem, não pode se conformar com esse nível de investimento. Neste sentido, o PDE deve agregar 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) ao investimento em educação, como contrapartida federal, mas estados e municípios também precisam participar deste mesmo esforço, para que possamos chegar a um patamar de sustentabilidade da reforma educacional’, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, após analisar os números divulgados pelo órgão internacional.

Apesar de subir 0,1 ponto percentual em relação a 2000, o volume de recursos do PIB aplicados em educação pelo país em 2004, quando os dados foram apurados, é o antepenúltimo entre os 36 países pesquisados, com 3,9%. O país ficou em último lugar em dois outros aspectos importantes: o valor investido, anualmente, por aluno dos três níveis de ensino (fundamental, médio e superior) – US$1.303 – e a porcentagem da população entre 25 e 64 anos que completou o ensino superior, 8%.

Para o representante da Universidade das Nações Unidas (UNU) no Brasil, José Raymundo Romeo, enquanto o professor não for devidamente valorizado a educação não terá recebido o devido destaque junto ao Poder Público. ‘A questão fundamental na educação pública é que, ao longo dos anos, vem havendo uma grande diferença entre o custo real da educação e o custo realizado. Isso fica aparente quando o próprio governador do Rio diz: ‘o professor deveria ganhar mais, mas nós só podemos pagar isso’. Ora, se existe o reconhecimento de que o professor deve ganhar mais, chega-se à conclusão de que a educação está sendo subsidiada, ou seja, o próprio professor está subsidiando o processo educacional’, explica.

Segundo Romeo, sem investir no setor, os governos estão afastando jovens talentosos do exercício da docência, contribuindo para a falência da educação pública. ‘Há uma relação direta entre talento e remuneração. Será que os jovens mais talentosos vão querer se tornar professores? Infelizmente, estamos caminhando para o que aconteceu há 40 anos com o ensino fundamental público, desta vez no ensino superior. Os salários foram se aviltando, as pessoas mais talentosas se afastando do setor público e os que ficaram se desinteressaram’.

Coordenador de Graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antônio Freitas acredita que os recursos para o setor educacional existem, mas não são bem distribuídos. ‘Nós não temos poucos recursos para investir, eles são mal aplicados. As universidades públicas, por exemplo, são mal geridas. Você tem professores excelentes, boas instalações, mas a produtividade é abaixo do que poderia ser. Já o setor privado, quando quer passar qualquer projeto no Ministério da Educação (MEC), demora anos para conseguir’, reclama.

Ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Mozart Neves Ramos ocupa, atualmente, o cargo de diretor-executivo da organização não-governamental ‘Todos pela Educação’, e discorda do dirigente da FGV. ‘É necessário um investimento maior para se fazer a mudança planejada na educação. Com os recursos hoje investidos no setor, nós não faremos a mudança’, declara.

O dirigente destaca o contingenciamento de recursos para a educação como um dos fatores que colocam o Brasil entre as nações analisadas pela OCDE que menos investem em educação. ‘Se o governo considerasse que a educação é prioridade, poderia simplesmente tirar o setor da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que tirou R$43 bilhões da educação nos últimos dez anos. Tirar a educação da DRU renderia R$17 bilhões nos próximos quatro anos, o suficiente para fazer a mudança de qualidade na educação básica’.

A medida, que significaria a aplicação imediata de mais recursos na educação nacional, já se encontra no Congresso Nacional através da Proposta de Emenda à Constituição 66/07, de autoria do deputado federal Rogério Marinho (PSB-RN), e prevê paulatinamente o fim da DRU sobre o orçamento do MEC. ‘O financiamento educacional no país não é suficiente. A incidência da DRU, que atualmente é de 20% sobre o orçamento da Educação, será reduzida, caso aprovada a PEC, nos próximos quatro anos, até deixar de existir naquela rubrica’, explica o parlamentar.

Segundo ele, alguns dos países da OCDE com melhor desempenho no relatório investem cerca de 20% do seu PIB per capita em cada aluno matriculado no período de um ano, enquanto a média brasileira é de 13%. ‘Estes indicadores educacionais atestam as péssimas condições da educação brasileira comparadas às de outros países, e como essa situação afeta o projeto nacional de desenvolvimento a médio e longo prazo’.

A proposta fixa a redução da desvinculação para 15% em 2008, 10% em 2009 e 5% em 2010, até zerar em 2011. Pelos cálculos do deputado, a aprovação do projeto representará um acréscimo de R$17,6 bilhões para investimentos na educação básica. ‘É um montante suficiente para realizarmos uma revolução na educação do país e uma excelente oportunidade para o Congresso Nacional ajudar o ministro Haddad em sua busca por recursos que financiem o PDE’, lembra o deputado. Os números do relatório 2008 da OCDE podem ser os primeiros a retratar esta mudança.

Universidades federais em Minas recorrem contra cotas

O Estado de Minas, 25/09/07

Izabela Ferreira Alves

Medida jurídica ainda está em discussão, mas instituições federais de ensino superior já decidiram questionar ação que exige reserva de vagas para alunos da rede pública

As instituições federais de ensino superior (Ifes) mineiras vão entrar com uma ação na Justiça contra as cotas sociais – reserva de 50% do total de vagas para estudantes da rede pública. A decisão foi tomada segunda-feira, em Viçosa, na Zona da Mata, por reitores e procuradores jurídicos das universidades.

A ação civil pública requerendo as cotas sociais foi ajuizada em 1999 pela Procuradoria da República em Minas. Três anos depois, a 12ª Vara Federal de Belo Horizonte acatou o pedido e obrigou os centros superiores de ensino a se adaptarem às novas regras. No entanto, as instituições mineiras recorreram da decisão ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que novamente confirmou a sentença de primeira instância, em 19 de abril deste ano. Ainda assim, a reserva de vagas não saiu do papel, porque as Ifes, novamente, interpuseram recursos, que agora foram julgados e negados.

Segundo TRF1, em Brasília, se não houver erro no texto ou abstenções de desembargadores federais, as negações aos recursos já impetrados por essas escolas vão ser publicadas em 5 de outubro. Somente depois de publicados esses acórdãos – julgamento feito por turmas colegiadas, como ocorreu no TRF1 – as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), de Viçosa (UFV), de Lavras (Ufla), de Uberlândia (UFU), de Juiz de Fora (UFJF), de Ouro Preto (Ufop), de São João del-Rei (UFSJ), de Itajubá (Unifei), a Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina, a Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas, a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet MG) vão ter de reservar a metade das vagas.

De acordo com a desembargadora federal Selene de Almeida, relatora do processo no TRF1, o prazo para as universidades entrarem com recurso no Superior Tribunal de Justiça ou no Supremo Tribunal Federal é de 15 dias contados da data de publicação dos acórdãos. Em princípio, não se consegue suspender a sentença, mas são admitidas outras iniciativas, como os mandados de segurança, pelos quais se obtém esse efeito. O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Ifes (Andifes) e reitor da UFU, Arquimedes Ciloni, afirma que as instituições ainda não definiram qual ação vão ajuizar.

Na UFMG, é descartada a possibilidade de a decisão alterar o próximo vestibular, cuja primeira etapa está marcada para 2 de dezembro. O pró-reitor de Graduação, Mauro Braga, lembra que, dos 60 cursos oferecidos, 17 já têm mais de 50% de seu quadro de docentes composto por ex-alunos de escolas públicas. “Nesses casos, vamos criar cotas para estudantes da rede privada?”, questiona.

O presidente do Fórum das Ifes mineiras e reitor da UFV, Carlos Sedyiama, reitera que entre 48% e 52% das vagas em Viçosa já são ocupadas por estudantes oriundos de escolas municipais ou estaduais. Ele destaca outras formas de democratização do 3º grau público adotadas pela universidade. “Temos o vestibular descentralizado, o programa de avaliação parcelada e outras estratégias para promover a inclusão”, ressalta.

Já na Ufop, a admissão de alunos da rede pública não é linear. Nos últimos processos seletivos, ela variou entre 25% e 40,6%. Dos 26 cursos oferecidos, considerando-se as duplicidades de turno, apenas seis – licenciaturas, todas à noite – já atendem às cotas sociais. “A presença de estudantes de escolas públicas está diretamente ligada à relação candidato/vaga das graduações”, afirma o pró-reitor adjunto de Ensino, professor Adilson dos Santos. Para ele, o sistema de cotas não vai resolver as “mazelas da educação básica”. “Porém, quem tem fome tem pressa e o país não pode virar as costas para jovens que tiveram acesso a um ensino de péssima qualidade”, pondera.

E opiniões diferentes ainda dividem as salas de aula. Os colegas Adão Antunes e Bianca Bianchini, ambos de 17 anos, estudam no Colégio Santo Antônio, à noite. Ela tem bolsa, ele não. “Com a volta da classe média para os bancos da escola pública pode ser que a qualidade da educação melhore”, defende a jovem. “Muita gente vai para escola superior de qualidade e não vai dar conta de acompanhar. O Brasil precisa parar de dar ‘jeitinho’ nas coisas e debater o que realmente importa: uma educação básica pública digna”, opina o garoto.

Capes e CNPq incentivam publicações científicas

Portal Capes, 25/09/07

Continuam abertas até quarta-feira, dia 26, as inscrições para a seleção pública de propostas para editoração e publicação de periódicos científicos brasileiros. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia (CNPq/MCT) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) dispõem de R$ 5 milhões para o financiamento de projetos de publicações.

Podem concorrer ao financiamento, editores de periódicos científicos nacionais, mantidos e editados por instituição ou sociedade científica brasileira, sem fins lucrativos, que sejam pesquisadores de comprovada qualificação e experiência, e dirigentes de entidades mantenedoras, de âmbito nacional, de publicações de periódicos científicos brasileiros. Terão prioridade as propostas de revistas divulgadas simultaneamente na internet, com acesso aberto, e em todas as áreas do conhecimento.

As propostas devem apresentar periódicos com mais de 80% de artigos científicos ou técnico-científicos, publicados e gerados a partir de pesquisas originais, não divulgadas em outras revistas. As publicações devem possuir abrangência nacional ou internacional no corpo editorial, conselho científico e colaboradores, com afiliação institucional em todos os fascículos, além de terem circulado de forma regular nos últimos três anos. Acesse o edital. (Fátima Schenini)

Ufla terá aula da saudade e entrega de prêmios aos formandos

Universidade Federal de Lavras – Ufla, por meio de suas parceiras tem como tradição, premiar aqueles que obtiveram melhor desempenho em sua vida acadêmica. A entrega da premiação e aula da saudade acontecerá dia 26 de setembro, ás 8 horas, no Salão de Convenções.

Os parceiros da premiação: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda, Guabi, Bunge Fertilizantes S.A, Pinhalense S/A Máquinas Agrícolas, Vallourec & Mannesmann Florestal Ltda, Conselho Regional de Administração, Sociedade Brasileira de Computação, Ouro Fino Saúde Animal e Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig.

A aula da saudade será proferida pelos professores Rodrigo Lopes Ferreira do Curso de Ciências Biológicas, José Monserrat Neto do Curso de Ciência da Computação, Geraldo Andrade de Carvalho do Curso de Agronomia, Carlos Eduardo Silva Volpato do Curso de Engenharia Agrícola, José Augusto de Freitas Lima do Curso de Zootecnia, Flamarion Tenório de Albuquerque do Curso de Medicina Veterinária e José Marcio Rocha Faria do Curso de Engenharia Florestal.

Ufla abre concurso para professor substituto

A Universidade Federal de Lavras – Ufla, através da Divisão de Seleção e Desenvolvimento da Diretoria de Recursos Humanos, abre concurso para professor Substituto, 20 horas semanais.

As vagas são para áreas de: Farmacologia e fisiologia veterinária (01), anatomia animal (01) e matemática (01), totalizando 3 vagas.

A remuneração é de R$ 988,00 + 71,99 referente ao Auxilio Alimentação.

As inscrições poderão ser realizadas no período de 1 a 4 de outubro de 2007, no prédio da Reitoria da Ufla, em Lavras/MG.

Mais informações: (35) 3829 – 1146 ou no site – www.drh.ufla.br

Associação Brasileira de Agroinformática tem nova diretoria

Em setembro de 2007 foi eleita a nova diretoria da Associação Brasileira de Agroinformática (SBIAGRO), para o período 2007-2009.

O presidente eleito é o professor Marcos Aurélio Lopes do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras – Ufla.

Os demais membros eleitos são: a pesquisadora Sonia Ternes da Embrapa-Cnptia (vice-presidente); o professor André Luiz Zambalde da Ufla (Secretário-Tesoureiro); os professores Evandro de Castro Melo (UFV); Marcelo Giovanetti Canteri (UEL) e o empresário Marcelo Guedes Pereira Tacchi (Agrisoft) como membros do Conselho Diretor; e os professores Carlos Eduardo Cugnasca (USP), Jésus Franco Bueno (UFMT) e Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa (USP) como membros do Conselho Fiscal.

A primeira reunião da nova diretoria será no 6º Congresso Brasileiro de Agroinformática, no período de 8 A 11 de outubro de 2007 que será realizado no Centro de Convenções do Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, em São Pedro (SP), onde serão discutidos oportunidades e desafios no uso da tecnologia da informação.

Dinheiro recorde para inovação

O Globo, 24/09/07

Mônica Tavares

Orçamento da Finep para o próximo ano, de R$ 2,8 bi, é o dobro dos recursos de 2006

Com orçamento recorde de R$ 2,8 bilhões em 2008, destinados à inovação tecnológica, contra R$ 1,4 bilhão no ano passado, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vem aumentando, na mesma proporção, seus desembolsos, segundo o presidente da instituição, Luís Fernandes.

Os recursos do próximo ano — 40% acima do que foi orçado para 2007 e o dobro do que foi destinado em 2006 — superam os tempos áureos de investimentos nessa área, nos anos 70, quando o máximo empregado não passou de R$ 800 milhões.

Fernandes revelou que, no início de outubro, a Finep repassará R$ 150 milhões para pesquisas realizadas por micro e pequenas empresas. Os editais serão elaborados pelos estados, que decidirão quais serão as áreas prioritárias. Distrito Federal, Rio e outras 11 unidades da Federação já firmaram convênios com as fundações de amparo à pesquisa.

— A subvenção econômica é um financiamento não-reembolsável para a empresa, que recebe recursos da Finep para desenvolver atividades de pesquisa e desenvolvimento, focando necessidades tecnológicas determinadas que são incluídas no edital da concorrência para estes recursos — disse Luís Fernandes.

No fim do mês passado, a Finep lançou um edital para a subvenção econômica de pesquisa de empresas no valor de R$ 450 milhões para os próximos três anos. Os recursos vão para as áreas de produção de biocombustíveis, equipamentos de acesso à TV digital; remédios para hanseníase e tuberculose; construção civil e fruticultura. A terceira modalidade de subvenção econômica é para o pagamento de pesquisadores, mestres e doutores.

Congresso votará regras para fundo

Com a introdução da inovação na política industrial brasileira, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é para que essa questão tenha prioridade, permitindo que as indústrias nacionais ganhem competitividade em relação a outros mercados.

As micro e pequenas empresas, que vêm se aproximando cada vez mais dessa realidade, dado seu grande potencial multiplicador, começam a se beneficiar desses recursos.

Fernandes disse que a Finep opera com uma espécie de tripé de instrumentos. Uma perna desse tripé, explicou, são os recursos nãoreembolsáveis, destinados à pesquisa científico-tecnológica. A fonte principal dos recursos é o Fundo Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

A expectativa é que nos próximos dias seja votado no Congresso o projeto de regulamentação do FNDCT, criado em 1971. Desde a concepção do fundo, a Finep se encarrega de sua gestão. Segundo o presidente da Finep, foi negociado dentro do governo, especificamente com a área econômica, o fim da reserva de contingência do FNDCT até 2010.

— É uma posição consensual assumida pelo presidente da República e absolutamente negociada com a área econômica — disse ele.

Uma outra atuação da Finep é na concessão de crédito reembolsável, como banco de fomento para atividades de pesquisa e desenvolvimento em empresas. O Orçamento para este programa foi de R$ 546 milhões este ano e vai aumentar para R$ 828 milhões em 2008. O empréstimo é concedido em condições consideradas por Fernandes bastante favoráveis, que é a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), equivalente a 6,25% ao ano, mais um spread (diferença entre a taxa que o financiador cobra ao emprestar os recursos ao cliente e a que ele paga ao adquirir o dinheiro) praticado pela Finep.

Há, ainda, um mecanismo de equalização da taxa de juros. Ou seja, recursos do FNDCT que ajudam a bancar a diferença entre os juros do financiamento e os praticados no mercado, reduzindo o custo de captação do empréstimo pelas empresas e nos setores prioritários da política industrial. Segundo ele, o custo, inclusive em termos de taxa de juros, passa a ser negativo.

Fernandes disse que o dilema entre academia, centros de pesquisa e indústrias, que começa a ser quebrado com a política adotada pelo governo, é concreto e sua origem está ligada ao processo de industrialização que o Brasil viveu no século XX. Havia uma política de atração de investimentos externos para o país de forma a criar capacidade produtiva e, nessa lógica, o desenvolvimento de conhecimento nacional não era central no modelo. A idéia, explicou, era que estes investimentos trariam pacotes tecnológicos, na maioria dos casos já obsoletos nas matrizes das empresas.

— Na verdade, as empresas brasileiras têm pouca tradição em investimento em inovação. Não faz parte de sua cultura, nem fazia parte da cultura da área de pesquisa científica e tecnológica a busca de interações com as empresas — afirmou o presidente da Finep.

Para ele, como essa realidade não existe mais, o grande desafio é justamente ter na inovação um fator de sustentabilidade ao desenvolvimento do país. Ele disse que esta é a marca da política industrial lançada pelo governo em 2004. Mas, para isso, o governo precisou adotar medidas para reduzir a distância existente entre a capacidade científica e tecnológica instalada no país e a atividade de inovação das empresas.

Fernandes destacou que, em 2004, foi lançada a política industrial tecnológica de comércio exterior. O grande mérito dessa política, segundo ele, foi trazer o tema da inovação para o centro da política de desenvolvimento.

Além disso, foi aprovada a Lei de Inovação, que permitiu as parcerias entre instituições de pesquisas, universidades e empresas, por meio da subvenção econômica.

Ufla em luto

A Reitoria da Universidade Federal de Lavras comunica o falecimento do servidor aposentado José Amâncio de Souza, ex-diretor do Departamento de Pessoal, ocorrido em 23 de setembro de 2007.

José Amâncio de Souza, nasceu em Iguatu/CE, em 20 de agosto de 1909.

Foi admitido na Ufla em 1951 na função de Oficial de Administração.

Bolsas de doutorado em ‘Visualization of Large and Unstructured Data Sets’

Inscrições até 15 de outubro de 2007.
Com apoio da Fundação Alemã de Pesquisa (DFG), a Universidade Técnica (TU)de Kaiserslautern está selecionando 12 bolsistas para doutorado (PhD).

Os doutorandos farão parte de um International Research Training Group sob o tema ‘Visualization of Large and Unstructured Data Sets’, com aplicações em planejamento geoespacial, modelagem e engenharia.

O grupo começará em janeiro de 2008 suas atividades, que deverão estender-se por 36 meses. Intercâmbio com universidades americanas. Valor da bolsa: 1365 euros mensais
+ suplemento de 103 euros.

Mais informações: www.irtg.unikl.de/openphd.html.

Universidade Federal de Lavras