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UFLA pela comunidade: aprender a pronúncia do inglês pode ficar mais fácil com o apoio de jogos

projeto-extensão-inglêsQuem consulta o significado de uma palavra em dicionários de língua estrangeira encontra, antes do significado em português, letras e símbolos entre colchetes. Essas expressões são construídas com o Alfabeto Fonético Internacional. Conhecendo esse alfabeto, o leitor pode facilmente identificar a pronúncia correta da palavra em outra língua, mesmo não sendo um profundo conhecedor do idioma. Como esse conjunto de letras e símbolos é um aliado importante para quem está aprendendo inglês, um projeto de extensão da Universidade Federal de Lavras (UFLA) busca tornar mais prazeroso e eficaz o ensino desse alfabeto.

Desenvolvido pelo professor do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Tufi Neder Neto, com o apoio de três bolsistas, o projeto “Produção e aplicação de jogos para o ensino de pronúncia de língua inglesa” teve início há um ano e meio. Eles criaram jogos, com base no Alfabeto Fonético Internacional, para serem utilizados durante o ensino do inglês. Inicialmente, a proposta é aplicá-los no final deste semestre letivo, na fase de encerramento da disciplina “Pronúncia da Língua Inglesa”, ministrada para os estudantes de Letras da UFLA. Depois dessa etapa, o professor Tufi diz que será necessário um novo projeto que permita adaptações nos jogos e sua disseminação nas escolas públicas de ensino médio. “No futuro, será necessário promovermos oficinas de capacitação para os professores da rede pública, e eles deverão trabalhar com grupos restritos de alunos”.

Jogo de tabuleiro, jogo da memória e jogo de formação de palavras são os produtos do trabalho que vem sendo realizado pelo grupo do projeto. Antes da

Peças dos jogos da memória e de formação de palavras. Objetivo é colaborar no processo ensino-aprendizagem da pronúncia do inglês.
Peças dos jogos da memória e de formação de palavras. Objetivo é colaborar no processo ensino-aprendizagem da pronúncia do inglês.

produção, eles dedicaram-se à fase de estudos teóricos na área de Linguística Aplicada em estudos da Pronúncia. Com base em autores consagrados que já demonstraram, por estudos empíricos, os efeitos positivos dos métodos lúdicos sobre o processo de ensino-aprendizagem, cada bolsista desenvolveu sua proposta de jogo. As criações já passaram por um pré-teste e foram aperfeiçoadas. Eles explicam que as vantagens do jogo como estratégia de ensino devem-se a seu potencial de motivação – porque é dinâmico, interativo, competitivo e desafiador – além de lidar com a capacidade do indivíduo de obedecer a regras e conviver socialmente.

Além do benefício que os jogos podem trazer para estudantes de ensino médio e de cursos superiores, no aprendizado do inglês, eles trouxeram benefícios aos próprios bolsistas.

Jogo de tabuleiro com desafios ligados ao Alfabeto Fonético Internacional.
Jogo de tabuleiro com desafios ligados ao Alfabeto Fonético Internacional.

O estudante Guilherme Elias dos Santos diz que sempre teve “dificuldades com o inglês”, apesar de gostar do idioma. “Durante a produção dos jogos, aprendi muito sobre os símbolos e isso me ajudou. Também achei bastante divertido fazer os testes e ouvir as sugestões dos colegas.”

O reflexo positivo pôde ser observado também pela bolsista Ariana Paula de Almeida Silva. “No projeto, li textos que eu nunca leria se estivesse apenas na sala de aula, conheci conteúdos que eu não conheceria e também melhorei minha pronúncia”. Ela relata, ainda, satisfação com a conclusão dos jogos. “Ficamos orgulhosos em saber que fomos nós que fizemos”, conclui.

Outra estudante, Jadhy Bastos Russi de Pina, lembra-se do momento da entrevista de seleção para a bolsa. “Eu disse: não gosto de inglês, mas quero aprender a gostar, por isso esse projeto vai ser importante para mim. E, depois desse tempo, realmente consegui. Agora gosto”.

Diante de todo o aproveitamento dos bolsistas durante o projeto, o professor Tufi acrescenta a reflexão de que um projeto de extensão não é somente extensão, mas também ensino e pesquisa. “Em geral, nos modelos educacionais tradicionais, os estudantes não são convidados a produzir, mas apenas reproduzir. Neste projeto é diferente: eles criaram os jogos e ajudam a conceber formas alternativas de ensinar e aprender, beneficiando outras pessoas e eles mesmos”.

UFLA na comunidade: projeto auxilia suinocultores com sistema de cama sobreposta

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Unidade demonstrativa da UFLA – criação de suínos em cama sobreposta

Suinocultores da região de Nepomuceno têm se beneficiado do apoio técnico da Universidade Federal de Lavras (UFLA) por meio do projeto de extensão intitulado “Viabilidade da implantação de um sistema de cama sobreposta para suínos”. Desde 2012, o projeto está em andamento.

No Setor de Suinocultura do Departamento de Zootecnia (DZO) há uma unidade de criação de suínos para demonstração do sistema. Nessa unidade, pelo sistema de cama sobreposta, suínos em fase de crescimento e terminação são abrigados em uma estrutura com piso de maravalha (30 cm), material semelhante à serragem.  O professor do DZO e coordenador do projeto, Rony Antônio Ferreira, explica que esse procedimento dá origem a uma compostagem natural. “Os dejetos dos animais ficam depositados sobre a maravalha e, com o tempo, os próprios animais vão revolvendo esse material, que se transforma em um composto orgânico”.

Até 20 animais podem ficar alojados na área, constituída de 24m2 de cama e 7m2 de concreto. Uma equipe de seis bolsistas está envolvida nas atividades e na ufla3manutenção da estrutura. Trata-se de um sistema alternativo de criação de suínos que possibilita a produção ecologicamente correta, eticamente defensável, atendendo às exigências de bem-estar animal e com baixa necessidade de mão de obra. O sistema de cama sobreposta começou a ser utilizado no Brasil na década de 1990 e beneficia principalmente o pequeno produtor.

Os suínos permanecem no galpão até o abate, podendo o substrato ser reutilizado em até três lotes consecutivos de suínos. “É um sistema barato, em que o produtor não precisa entrar na baia e lavá-la periodicamente, como acontece nos sistemas tradicionais. Reduz-se o gasto de água, tão escassa nos dias atuais”, diz o professor.

Em criações de suínos em larga escala, as fases de crescimento e terminação (quando os suínos vão de 25 a 100 kg de peso) são as responsáveis pela maior produção de dejetos. Esses dejetos devem ser tratados para evitar danos ao meio ambiente. O custo do tratamento, muitas vezes, inviabiliza o investimento da produção de suínos. Nesse sentido, a criação em cama sobreposta pode ser uma alternativa para o pequeno produtor iniciar a produção, obter retorno financeiro e, posteriormente, investir em criações maiores, com sistemas eficientes para tratamento dos dejetos.

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Criação de suínos em campa sobreposta – propriedade em Nepomuceno.

Aplicabilidade em propriedades rurais

O projeto de extensão da UFLA tem servido de orientação para um teste em campo feito por suinocultores da cidade de Nepomuceno (MG). Os irmãos Carlos Lopes e José Marcos Lopes, produtores de suínos, estão mantendo todas as fases da criação em cama de maravalha e casca de café. A novidade é que porcas em gestação e maternidade também permanecem em cama sobreposta. Na avaliação do professor Rony, o projeto de extensão vem apresentando resultados positivos. “Os benefícios alcançam tanto os alunos, que se beneficiam da vivência prática, quanto os criadores, que recebem apoio técnico da UFLA”.

Em 2013, quando decidiram iniciar a criação de suínos, os produtores recorreram à Universidade em busca de orientação. José Marcos diz que eles estão satisfeitos com o desenvolvimento do projeto. “Para mim, os resultados são surpreendentes. O bem-estar animal e a qualidade do produto são muito melhores”. Na propriedade dele e do irmão, além do sistema de cama sobreposta, a estrutura do galpão onde ficam os animais é feita com bambu. “Nossa intenção é que tudo seja ecologicamente correto”. Eles também planejam utilizar o substrato da cama sobreposta para produzir um adubo organomineral para ser comercializado e empregado na lavoura de café.

Suinocultores interessados em conhecer o projeto devem ficar atentos aos cursos oferecidos pela UFLA no decorrer do ano. É possível obter outras informações com o professor Rony, pelo e-mail rony@dzo.ufla.br.

Projeto de extensão oferece aulas de francês para a comunidade acadêmica – inscrições abertas

inscriçõesEstudantes e profissionais da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que desejam aprender francês – com a finalidade de aplicar os conhecimentos em ambiente acadêmico – terão agora a oportunidade. O projeto de extensão “Ensino de línguas adicionais para fins específicos” está com inscrições abertas para formar sua primeira turma destinada ao ensino da língua francesa.

As aulas terão início em 19/5 e serão encerradas em 24/7. Ministradas pelo professor Daniel Kalonji, as atividades ocorrerão sempre às segundas e às quintas-feiras, das 18h às 19h30. Na sala 11 do Pavilhão 3 serão realizadas as aulas de segunda-feira; já as de quinta-feira ocorrerão na sala 7 do Pavilhão 6. A coordenação do projeto de extensão é da professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Tania Regina Romero.

 

UFLA na comunidade: projeto atua no ensino de línguas para aplicação no ambiente acadêmico

Parafoto-projeto-extensão-logo o aluno brasileiro que fará intercâmbio, para o profissional em atualização no exterior ou mesmo para o estrangeiro em atividade acadêmica no Brasil a oportunidade de estudar outro idioma traz mais segurança para atuação nas instituições de ensino de destino. O projeto de extensão “Ensino de línguas adicionais para fins específicos”, desenvolvido sob a coordenação da professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Tania Regina Romero, oferece ensino gratuito de línguas a alunos, professores e técnicos da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sempre com foco sobre as demandas acadêmicas.

O idioma que abriu as atividades do projeto foi o espanhol, no segundo semestre de 2013. As aulas semanais atenderam a 40 alunos. Devido à metodologia interativa e à produção de material original para o curso, foi necessário reduzir o número de vagas. Atualmente, o curso está no nível 2, com 20 estudantes. A prioridade na seleção foi dada àqueles que já haviam cursado a primeira etapa. “O curso de espanhol tem tido uma aceitação fantástica e uma adesão muito grande”, relata a professora Tânia, com a informação adicional de que logo no primeiro processo seletivo receberam mais de 80 inscrições.

A parte do projeto que envolve o ensino do espanhol é feita em conjunto com o bolsista Symon Salles Souto, graduando do curso de Filosofia. Ele ministra as aulas, que ocorrem às segundas e às quartas-feiras, às 17h. Segundo ele, a rotina do curso exige a preparação do material didático (que deve ser específico para atender às necessidades acadêmicas), o estudo de referências teóricas e correção de exercícios e trabalhos feitos pelos alunos. Professora Tania reforça que a metodologia dinâmica adotada no curso exige bastante tempo de dedicação dos professores, por isso estão pleiteando junto à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) a ampliação do número de bolsistas, para consequente aumento nas vagas oferecidas.

“Percebo que eles assimilam melhor o conteúdo e progridem mais rápido por esse método”. Symon Souto.

Segundo as informações de Souto, o trabalho na preparação das aulas vale a pena. Ele conta que, no início, a turma, acostumada a aulas expositivas e tradicionais, estranha um pouco a dinâmica interativa e participativa das atividades, mas os resultados positivos são notados. “Percebo que eles assimilam melhor o conteúdo e progridem mais rápido por esse método”.

A mestranda em Microbiologia Agrícola da UFLA Juliana dos Santos Costa confirma os bons resultados. Frequenta o curso desde o nível 1 e diz que já deu para desenvolver uma boa noção do idioma. “É super interativo e realmente pode ajudar durante uma viagem, por exemplo”.

Dando prosseguimento às atividades do projeto de extensão, serão feitas entrevistas, na próxima terça-feira (6/5), com os estrangeiros que estão na UFLA atualmente. A intenção é identificar em que nível de familiaridade com a língua portuguesa eles se encontram, para, a partir de então, oferecer-lhes as chamadas “aulas de português para estrangeiros”. As entrevistas serão às 15h30, na sala 9 do DCH. Essa vertente do projeto teve início também no semestre passado, com aulas de português sendo ministradas a dois iranianos.

Há previsão de que o projeto também inicie, em breve, aulas de francês e de inglês. Veja as fotos abaixo, registradas na aula de 28/4.

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