Índices Agrícolas apontam situação favorável para a Economia Rural em 2010

Pesquisa do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), com base no levantamento mensal dos Índices de Preços Agrícolas, chegou à conclusão de que, em 2010, os custos para produzir, no setor agrícola, ficaram abaixo, em média, dos preços pagos ao produtor rural pela venda de seus principais produtos. Ou seja, o produtor rural obteve melhoria de renda, no cálculo do quanto ganhou com a venda dos seus produtos e do que gastou para produzir.

 

A situação vivenciada pela agropecuária neste ano é o oposto do que ocorreu no ano anterior, quando as estimativas confirmaram queda no faturamento agrícola em 2009.

 

No acumulado de 2010, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve alta de 17,66%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou em média 0,47%. Esses índices estimam a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor, respectivamente.

 

A pesquisa do DAE/UFLA faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários.

 

Explica o prof. Ricardo Reis, coordenador do índice, “que a situação em 2010 foi favorável no setor de grãos, principalmente para o milho e o feijão, com altas de preços na maioria dos meses, cujo acumulado no ano ficou em 63,73%. Já a cotação do café reverteu à tendência de baixa em 2009, com alta neste ano de 24,28%”.

 

E até os pecuaristas tiveram um 2010 melhor, cujo preço pago pelo produto aumentou 6,34% em 2010, considerando a média do preço do leite tipo C e do tipo B.

 

Já a situação dos hortifrutigranjeiros foi bastante instável em 2010. No acumulado do ano, a média dos preços que compõem este segmento caiu 18,7%. Mas afirma o prof. Ricardo “que esta situação varia muito ao longo dos meses e é altamente dependente do clima. Normalmente no período das chuvas existe a tendência de alta de produtos mais perecíveis, a exemplo do tomate, e na estação do inverso são as folhosas que sentem mais, forçando os preços. E ainda lembra que este ano tivemos um período de estiagem que causou muita instabilidade de preços nas hortícolas, incluindo as frutas”.

 

E a complementa ainda que 2010 foi bastante favorável aos setores das carnes e derivados, tanto para a bovina, quanto a suína e a de frango.

 

Índices de Dezembro de 2010

 

Em dezembro, o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 1,38%, enquanto o Índice de Preços Recebidos (IPR) pelos produtos agropecuários teve variação positivade 0,44%.

 

Acreditando que esta perspectiva de 2010 tende a se manter em 2011, muitos produtores rurais estão novamente investindo em tecnologia, recuperando as lavouras perenes, a exemplo dos cafeicultores, e aumentando a área plantada no setor de grãos. E esta decisão já pressionou o setor de sementes e mudas, cuja alta somente em dezembro foi de 13,54%.

Cinco estrelas

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) teve destaque em recente pesquisa realizada pela revista Guia do Estudante que avalia os melhores cursos superiores do país. Das graduações avaliadas, Administração, Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia obtiveram conceituação máxima, sendo classificadas como cinco estrelas. A pesquisa foi realizada para orientar os estudantes sobre o que e onde estudar, trazer informações atualizadas sobre o mercado de trabalho e as novas profissões.

Outros quatro cursos da Ufla figuram entre os melhores do Brasil, sendo avaliados como quatro estrelas: Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Engenharia Agrícola e Engenharia Florestal. Já o curso de Engenharia de Alimentos também foi considerado bom, alcançando a marca de três estrelas. A pesquisa completa com as avaliações dos cursos de todo o país está na edição especial Guia do Estudante Profissões Vestibular 2011.

De acordo com pró-Reitor de Graduação, prof. João Chrysostomo de Resende Júnior, desde 2005 os cursos têm alcançado índices satisfatórios na avaliação do Guia do Estudante. Em levantamentos anteriores, a Ufla foi considerada a terceira melhor Universidade do país, o que, segundo o pró-Reitor, demonstra o empenho de professores, estudantes e funcionários em oferecer um ensino de qualidade. “A avaliação do Guia reforça a boa trajetória de resultados que temos alcançado nos últimos tempos. Esse desempenho notável, ao mesmo tempo em que nos deixa felizes e orgulhosos, nos imputa uma responsabilidade enorme para mantermos o padrão de qualidade e melhorá-lo cada vez mais”.

Critérios do Guia do estudante

Durante o processo de avaliação, os coordenadores das graduações preenchem um questionário eletrônico com dados específicos sobre o curso, como titulação do corpo docente e produção científica. Em seguida, estas informações são repassadas a pareceristas – docentes, coordenadores de curso, diretores de departamento e avaliadores do Ministério da Educação (MEC) que possuem currículo cadastrado na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e constam do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis). Estes profissionais classificam os cursos conforme os conceitos excelente, muito bom, bom, regular, ruim e “prefiro não opinar”.

Após esta avaliação, é calculada a média dos conceitos que cada curso recebeu. Para isso, desde 2007, também são consideradas as avaliações dos últimos cinco anos realizadas pelo Guia do Estudante. Como resultado final, cada curso avaliado recebe um conceito.

Ufla: trajetória de bons resultados

O MEC divulgou no fim do ano passado o Índice Geral de Cursos (IGC), um ranking que classifica as instituições de ensino do país de acordo com a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). Neste relatório, a Federal de Lavras figurou entre as melhores, sendo considerada a quinta melhor do país e a segunda de Minas Gerais.

Um dos fatores que influenciam neste resultado foi o desempenho dos estudantes na prova do Enade. Em 2007, além da Medicina Veterinária, que ocupou o topo da lista dos melhores do país, o curso de Zootecnia foi considerado o segundo melhor do Brasil. Já no exame de 2008, destaque para as graduações em Engenharia Agrícola (1º lugar), Ciências Biológicas e Engenharia Florestal (ambas em 2º lugar).

UFLA capta recursos para projeto de âmbito nacional

Os profs. Moacir Pasqual, do Departamento de Agricultura, Rafael Pio, também do DAG e Evaristo Mauro de Castro, do Departamento de Biologia, acabaram de aprovar o projeto “Valoração e uso sustentável de espécies frutíferas e ornamentais nativas da Amazônia e do Nordeste subexploradas economicamente”, num edital do Ministério da Ciência e Tecnologia em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa.

Coordenado pelo prof. Pasqual, o projeto conta com a participação de pesquisadores das seguintes instituições: Embrapa Oriental, Embrapa Roraima, Embrapa Tabuleiros Costeiros, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Sergipe (UFES), Universidade Federal de Roraima (UFRR), INPA e Escola Agrotécnica de Roraima.

Os projetos selecionados no âmbito do Programa SISBIOTA-Brasil (Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade) visam fomentar a pesquisa científica para ampliação da competência nacional sobre o conhecimento da biodiversidade brasileira e melhorar a capacidade de respostas às mudanças ambientais e de uso da terra.

Foram aprovadas 39 propostas que devem contribuir para agregar instituições, pesquisadores e outros membros da sociedade, ampliar recursos e estabelecer um novo patamar para as pesquisas em biodiversidade; ampliar a capacidade analítica sobre a biodiversidade em gradientes de intensidade de uso da terra; avaliar a eficácia das políticas públicas e estratégias de conservação; desenvolver ações sinérgicas e complementares às iniciativas de fomento a pesquisas já existentes na esfera federal, estadual e internacional; fortalecer os cursos de pós-graduação de áreas relacionadas à biodiversidade e contribuir para a disseminação do conhecimento sobre este importante patrimônio nacional.

Consórcio de universidades é discutido na Assembleia

O Consórcio das Universidades Federais Mineiras Sul e Sudeste foi debatido em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Na audiência, foram apresentados as diretrizes e os benefícios da implantação do projeto. 

A audiência realizou-se com a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática e contou com a presença dos reitores das federais de Alfenas, Paulo Márcio de Faria e Silva; Juiz de Fora, Henrique Duque; Lavras, Antônio Nazareno Guimarães Mendes;  Viçosa, Luiz Cláudio Costa e do vice-reitor de Itajubá, Paulo Shigueme.  

Entre os membros da Comissão estavam os deputados estaduais Carlin Moura, Adelmo Carneiro Leão, Dalmo Ribeiro e Rui Moniz. O deputado Carlin Moura, responsável por convidar os reitores para apresentar e discutir o Consórcio de Universidades,apontou os motivos da solicitação da audiência:

“O objetivo é dar maior publicidade a esse importante projeto. Foi uma oportunidade que tivemos de debater e ter também essa transmissão ao vivo pela TV Assembleia, que hoje tem canal aberto em mais de 300 municípios e isso faz com que um número maior de pessoas conheça a proposta e que ela ganhe mais adeptos. Aqui, na comissão, aprovamos um requerimento por unanimidade dos deputados, dando total e integral apoio a proposta porque compreendemos que é um projeto que faz avançar e muito o ensino superior no Brasil e especialmente em Minas Gerais.”

Todos os deputados presentes parabenizaram a iniciativa pioneira dos reitores da sete universidades e manifestaram o contentamento da Assembléia na criação do Consórcio, que deverá ser formalizado após a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) definitivo.

Até então, as propostas, que constituem a minuta do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Consórcio, foram entregues, no último dia 25 de outubro, ao ministro da Educação, Fernando Haddad, pelos sete reitores que integram o projeto. O documento contém os objetivos e as diretrizes das universidades consorciadas para o quinquênio 2011-2015.

Atualmente, as discussões sobre a adesão ao consórcio e sobre a elaboração do PDI definitivo estão sendo realizadas em todas as universidades participantes. Os Conselhos das Federais de Itajubá, Viçosa e de Lavras já confirmaram a pré-adesão ao Consórcio.

Integram o Consórcio as Instituições Federais de Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (Ufla), São João del-Rei (UFSJ), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV). O acordo entre as instituições mineiras tem como objetivo promover a integração e a troca de conhecimentos e tecnologias entre as universidades.

 

 

Projeto incentiva produção de amoras e framboesas na região

O interesse por produtos alimentícios que contêm nutrientes benéficos à saúde é cada vez maior entre a sociedade. No caso dos pequenos frutos vermelhos (amoras, framboesas, mirtilo e morango), além de serem dotados com as vitaminas A, B e cálcio, apresentam quantidades expressivas de ácido elágico. Essa substância tem demonstrado propriedades inibidoras contra a replicação do vírus HIV, além de ser um potente inibidor da indução química do câncer. 

Dentro desse contexto, o Setor de Fruticultura da UFLA está realizando um trabalho pioneiro que envolve a competição de 10 cultivares de amora-preta (sem espinhos: ‘Arapaho’, ‘Xavante’ e ‘Ébano’; com espinhos: ‘Comanche’, ‘Caingang’, ‘Choctaw’, ‘Tupy’, ‘Guarani’, ‘Brazos’ e ‘Cherokee’), amora-vermelha, ‘Boysenberry’ (híbrido entre amora-preta x framboesa), framboesa-negra, framboesa-amarela ‘Gold Bliss’ e quatro cultivares de framboesa-vermelha (‘Polana’, ‘Batum’, ‘Autumn Bliss’ e ‘Heritage’).

Etapas do projeto

A primeira ação que está sendo feita pelos autores do projeto é a quantificação do desempenho produtivo e a descrição das fenofases das cultivares. Em seguida, será realizada a caracterização química dos frutos de cada cultivar, com o objetivo de identificar as quantidades expressivas de substâncias benéficas à saúde, principalmente o ácido elágico.

“Num segundo momento, serão realizados ensaios de pós-colheita, propagação e utilização dos frutos para a produção de doces e bebidas fermentadas. Posteriormente, iniciaremos hibridações visando ao lançamento de novas cultivares sem espinho e com características químicas superiores, o que poderá gerar patentes para a UFLA”, explica o coordenador do projeto, prof. Rafael Pio, do Departamento de Agricultura.

Ele enfatiza que “já foram realizadas algumas ações com amora-preta no Brasil, mas há desconhecimento sobre o potencial das framboesas coloridas, principalmente a negra e amarela, além da amora-vermelha, nativa da Serra da Mantiqueira e do ‘Boysenberry’, híbrido entre amora e framboesa. O quilo da amora-preta congelada pode chegar a R$ 6,00 para o produtor, o da framboesa-vermelha a R$ 8,00 e da framboesa-amarela a R$ 12,50. Já para o consumidor final, o quilo da framboesa-amarela pode chegar a R$ 200,00”.

Poucos produtores

Apesar disso, de acordo com o prof. Rafael, há apenas um produtor de framboesa-amarela e negra no país (Campos do Jordão-SP), alguns pomares de framboesa vermelha na região de Pouso Alegre (Campestre e Senador Amaral) e outros com amora-preta nas terras altas da Serra da Mantiqueira.

O professor ressalta, ainda, que o sul de Minas Gerais detém o maior polo produtor de morango do país (aproximadamente 2.000 ha em cultivo) e considerando a estrutura e organização dos produtores de morangueiro dessa região, a inserção do cultivo de amoras e framboesas coloridas poderá oferecer uma nova alternativa de renda para a agroindústria familiar sul-mineira e ainda criar um novo polo de produção de amoras e framboesas no país.

Por isso, além dos resultados científicos que serão divulgados em revistas especializadas, está prevista a realização de três dias de campo para o próximo ano em Lavras, Maria da Fé e Pouso Alegre.

Equipe

Coordenado pelo prof. Rafael, o projeto inicial conta com o apoio do CNPq e com a colaboração dos profs. do Setor de Fruticultura do DAG, dos profs. Luiz Carlos de Oliveira Lima, do Departamento de Ciências dos Alimentos, da profa. Celeste Maria Patto de Abreu, do Departamento de Química, além dos pesquisadores da Epamig, da Emater-MG, quatro alunos de iniciação científica, três mestrandos e dois doutorandos.

Projeto incentiva produção de amoras e framboesas na região

 

O interesse por produtos alimentícios que contenham substâncias ou nutrientes benéficos à saúde é cada vez maior entre a sociedade. No caso dos pequenos frutos vermelhos (amoras, framboesas, mirtilo e morango), além de serem dotados com as vitaminas A, B e cálcio, apresentam quantidades expressivas de ácido elágico. Essa substância têm demonstrado propriedades inibidoras contra a replicação do vírus HIV, além de ser um potente inibidor da indução química do câncer. 

Dentro desse contexto, o Setor de Fruticultura da UFLA está realizando um trabalho pioneiro que envolve a competição de 10 cultivares de amora-preta (sem espinhos: ‘Arapaho’, ‘Xavante’ e ‘Ébano’; com espinhos: ‘Comanche’, ‘Caingang’, ‘Choctaw’, ‘Tupy’, ‘Guarani’, ‘Brazos’ e ‘Cherokee’), amora-vermelha, ‘Boysenberry’ (híbrido entre amora-preta x framboesa), framboesa negra, framboesa amarela ‘Gold Bliss’ e quatro cultivares de framboesa vermelha (‘Polana’, ‘Batum’, ‘Autumn Bliss’ e ‘Heritage’).

Etapas do projeto

A primeira ação que está sendo feita pelos autores do projeto é a quantificação do desempenho produtivo e a descrição das fenofases dos cultivares. Logo depois, será realizada a caracterização química dos frutos de cada cultivar, com o objetivo de identificar as quantidades expressivas de substâncias benéficas à saúde, principalmente o ácido elágico.

“Num segundo momento, serão realizados ensaios de pós-colheita, propagação e utilização dos frutos para a produção de doces e bebidas fermentadas. Posteriormente, iniciaremos hibridações visando o lançamento de novas cultivares sem espinho e com características químicas superiores, o que poderá gerar patentes para a UFLA”, explica o coordenador do projeto, prof. Rafael Pio, do Departamento de Agricultura.

Ele comenta que “já foram realizadas algumas ações com amora-preta no Brasil, mas há desconhecimento sobre o potencial das framboesas coloridas, principalmente a negra e amarela, além da amora-vermelha, nativa da Serra da Mantiqueira e do ‘Boysenberry’, híbrido entre amora e framboesa. O quilo da amora-preta congelada pode chegar a R$ 6,00 para o produtor, da framboesa vermelha a R$ 8,00 e da framboesa amarela a R$ 12,50. Já para o consumidor final, o quilo da framboesa amarela pode chegar a R$ 200,00”.

Poucos produtores

Apesar disso, de acordo com Rafael, há apenas um produtor de framboesa amarela e negra no país (Campos do Jordão-SP), alguns pomares de framboesa vermelha na região de Pouso Alegre (Campestre e Senador Amaral) e outros com amora-preta nas terras altas da Serra da Mantiqueira.

O professor ressalta, ainda, que o Sul de Minas Gerais detém o maior pólo produtor de morango do país (aproximadamente 2.000 ha em cultivo) e considerando a estrutura e organização dos produtores de morangueiro dessa região, a inserção do cultivo de amoras e framboesas coloridas poderá oferecer uma nova alternativa de renda para a agroindústria familiar sul mineira e ainda criar um  pólo de produção de amoras e framboesas no país.

Por isso mesmo, além dos resultados científicos que serão divulgados em revistas especializadas, está prevista a realização de três dias de campo para o próximo ano em Lavras, Maria da Fé e Pouso Alegre.

Equipe

Coordenado pelo prof. Rafael, o projeto inicial conta com o apoio do CNP e com a colaboração dos profs. do Setor de Fruticultura do DAG, dos profs. Luiz Carlos de Oliveira Lima, do Departamento de Ciências dos Alimentos, da profa. Celeste Maria Patto de Abreu, do Departamento de Química, além dos pesquisadores da Epamig e da Emater-MG. Estão inclusos, ainda, quatro alunos de iniciação científica, três mestrandos e dois doutorandos.

 

Respeito às normas de trânsito no câmpus universitário

Uma pequena manifestação chamou a atenção de motoristas e pedestres que passavam na manhã desta quarta-feira, dia 16, na portaria principal da Ufla. Um palhaço segurava uma faixa com dizeres sobre a importância de respeitar as normas de trânsito dentro do campus universitário.

A iniciativa foi do professor Elias Rodrigues de Oliveira, do Departamento de Administração (DAE), que desenvolve um projeto de conscientização no trânsito em Lavras. Segundo ele, as normas de trânsito são universais e devem ser respeitadas e cumpridas em qualquer lugar. “Respeitar as regras de trânsito é uma questão de educação, independentemente da formação universitária. É uma atitude de respeito ao próximo e senso de coletividade”.

Mestrado e Doutorado terão mais duas mil novas bolsas

 

O CNPq acaba de anunciar um aumento de 2 mil novas bolsas de mestrado e doutorado com vigência a partir de março de 2011. A medida representa um incremento de cerca de 10% no número de bolsas nessas modalidades, já que, atualmente, 19.765 estudantes são beneficiados. No total, o CNPq concede mais de 93 mil bolsas em várias modalidades, apoiando desde jovens pesquisadores com bolsas de Iniciação Científica até pesquisadores altamente qualificados.

 

Produtividade em Pesquisa.

As novas bolsas serão concedidas aos cursos em forma de cotas. Vários critérios foram estabelecidos pelo CNPq para a distribuição das cotas, como o conceito do curso na Capes, o desenvolvimento de atividades em consonância com as diretrizes do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI), número de alunos sem bolsa e sem vínculo empregatício e localização regional. Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão um mínimo de cotas garantidas, como parte de uma política governamental de diminuir as desigualdades regionais em ciência e tecnologia.

Os alunos interessados devem solicitar as bolsas dessas modalidades diretamente nas coordenações dos cursos em suas instituições, não ao CNPq. A duração da bolsa de Mestrado é de até 24 meses e a de Doutorado até 48 meses, improrrogáveis.

Alguns requisitos são exigidos dos candidatos à bolsa, como estar regularmente matriculado no curso de pós-graduação beneficiário de bolsas, dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa, não ser aposentado e não receber remuneração proveniente de vínculo empregatício ou funcional, concomitante com a bolsa do CNPq, exceto quando exercer atividades relacionadas a ensino e pesquisa.

Mais informações sobre bolsas em http://www.cnpq.br/normas/rn_06_017_anexo4.htm

 

Pesquisas da Ufla vencem premiação estadual

Duas pesquisas desenvolvidas na Ufla foram vencedoras no 9º Prêmio Furnas Ouro Azul, promovido pelo Jornal Estado de Minas. Na categoria nível superior, o estudante Lucas Bragança de Carvalho ficou em primeiro lugar. Já na modalidade Mestrado e Doutorado, a doutoranda em Agroquímica Maria Cristina Silva venceu a premiação pelo segundo ano consecutivo. Os estudos foram baseados no uso racional dos recursos hídricos.

O trabalho realizado por Maria Cristina oferece uma alternativa aos processos tradicionais voltados para o tratamento de efluentes coloridos por meio da biorremediação, processo que utiliza micro-organismos ou  enzimas para degradar compostos poluentes. Ela testou uma enzima presente no nabo (peroxidase) capaz de atuar na descoloração do corante Turqueza Remazol G 133%. A pesquisa foi orientada pela profª Angelita Duarte Corrêa, do Departamento de Química (DQI).

Segundo a estudante, o processo desenvolvido nesse projeto apresentou várias vantagens, quando comparado às outras tecnologias que visam à remoção da cor em soluções aquosas. “Os resultados esperados no uso e na conservação dos recursos hídricos estão ligados à remoção da cor de efluentes coloridos, permitindo o seu descarte no meio ambiente, ou mesmo a reutilização dos banhos de tingimento, evitando uma série de impactos ambientais decorrentes do descarte deles em corpos receptores de água”.

 

Técnica de baixo custo

O estudante Lucas Bragança de Carvalho, do curso de Química, utilizou a técnica da adsorção, uma das mais empregadas para a remoção efetiva da cor. Utilizando uma combinação entre as propriedades das ciclodextrinas e sílicas, ele verificou que elas são capazes de remover o azul de metileno, com potencial para substituir outras técnicas de alto custo, devido à facilidade de obtenção, e boas propriedades de adsorção

Lucas foi orientado pela profª. Luciana de Matos Alves Pinto, também do DQI. Ela explica que o trabalho contribui com a redução de impactos ambientais gerados pelo descarte indiscriminado de efluentes nos meios aquosos e diminui os custos com tratamento dos rejeitos a serem descartados ou reutilizados nos processos de produção. “O desenvolvimento de tecnologia adequada para o tratamento desses rejeitos tem sido alvo de interesse devido ao aumento da conscientização e rigidez das regulamentações ambientais”.

 

Furnas Ouro Azul

O Prêmio Furnas Ouro Azul tem como objetivo valorizar projetos que se destaquem como exemplos de empresas e cidadãos quanto ao uso racional e à proteção dos recursos hídricos em Minas Gerais. É uma iniciativa dos Diários Associados, por meio do jornal Estado de Minas. Os projetos inscritos devem conter propostas de revitalização e conservação dos recursos hídricos, com o envolvimento da comunidade com as questões ambientais, por meio de práticas de conscientização e estratégias que permitam o melhor aproveitamento desses recursos.

Educadores fazem seminário sobre gênero e sexualidade

Neste fim de semana, dias 11 e 12, profissionais da educação envolvidos no Projeto Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil estarão reunidos na Ufla para a realização de um seminário que vai apresentar as experiências e os resultados alcançados durante este ano. As atividades terão início às 08h, no Salão de Convenções.

O Projeto é executado desde fevereiro e envolve cinco universidades – Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); Federal de Juiz de Fora (UFJF); Universidade de São Paulo (USP/Leste); Unicamp e Universidade Federal de Lavras (Ufla). O objetivo é qualificar técnica e politicamente cerca de 500 professores que atuam na educação infantil, implementando ações que envolvem a sexualidade e gênero para crianças de até 6 anos.

De acordo com a coordenadora-geral do projeto, prof. Cláudia Ribeiro, do Departamento de Educação (DED) da Ufla, cada universidade realizou, no decorrer do ano, um curso de formação para os participantes. “Essa formação trouxe questões que inquietam professoras e professores que estão exercendo suas atividades no dia-a-dia da educação infantil”.

Foram várias ações desenvolvidas pelos profissionais ao longo do ano: elaboração e apresentação de projetos de intervenção educacional nas escolas; produção de material didático para subsidiar propostas curriculares da Educação Infantil; criação de uma página na internet e um jornal temático (www.ded.ufla.br/generoesexualidade-ei ); suporte em pesquisas sobre os conceitos de gênero, sexualidade e suas relação com a infância e a construção das identidades; formulação de políticas públicas em torno da relação entre formação de professores, infância e as temáticas de gênero e sexualidade; e a articulação entre ensino, pesquisa e extensão.

 

 

Universidade Federal de Lavras