14ª Semana de Engenharia Agrícola

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) realiza a 14ª Semana de Engenharia Agrícola – Semeagri, que tem como tema “Plantio Direto e a Agricultura de Precisão”. O evento acontece no Salão de Convenções no período de 5 a 10 de novembro.

A Semeagri foi criada em 1992 com o intuito de trazer para dentro da Universidade empresas e produtores rurais para interagir com a comunidade acadêmica. É um evento tradicional que visa a integração entre universitários, professores e profissionais das áreas tecnológicas e de ciências agrárias. É realizado anualmente, com o intuito de oferecer conhecimento científico-tecnológico, para otimização do trabalho e solução de problemas referentes a realidade de cada região, colocando à disposição da sociedade novas tecnologias entre produtos e idéias, técnicas e trabalhos desenvolvidos na área de Ciências Agrárias e tecnológicas.

Segundo o coordenador professor Carlos Eduardo Volpato “a 14ª Semeagri tem este objetivo, que deverá ser alcançado através da realização de palestras, cursos e debates ao longo da semana. Vale lembrar que este evento sempre cai na semana do dia 27, dia do engenheiro agrícola. Porém, em função dos eventos dos 100 anos da Ufla, esta foi marcada para esta semana e também é um evento que faz parte das comemorações dos 100 anos”.

Para compor a mesa de honra, foram convidadas: Ricardo Pereira Reis, reitor em exercício, Gabriel José de Carvalho, pró-reitor de Graduação, Nilson Salvador, chefe do Departamento de Engenharia, Carlos Eduardo Silva Volpato, coordenador do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Élberis Pereira Botrel, do PET de Engenharia Agrícola.

Brasil firmará acordo de cooperação sobre educação profissional com os EUA

Portal MEC, 06/11/07

Representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) reúnem-se em Brasília, na quinta-feira, 8, e na sexta, 9, para finalizar relatório sobre acordo de cooperação entre os governos brasileiro e norte-americano na área de educação profissional e tecnológica. O documento aponta sugestões para cooperação na área da certificação, no acompanhamento de egressos e no campo das experiências bem-sucedidas de inclusão de alunos formados em empresas.

“Pretendemos criar uma política que nos permita saber se as instituições, tanto brasileiras quanto norte-americanas, estão atendendo às demandas do mundo do trabalho”, diz o diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Campos (Rio de Janeiro), Luiz Augusto Caldas.

Técnicos brasileiros realizaram visitas a escolas da América do Norte. Os consultores norte-americanos Donald Holsinger e Mary Gershwin estão no Brasil para conhecer instituições federais de educação profissional e tecnológica.

Participam da reunião a coordenadora-geral de políticas de educação profissional e tecnológica, Caetana Juracy Rezende Silva; o professor Luiz Caldas e os representantes do Cefet Química, de Nilópolis (Rio de Janeiro), Sidnei Quezada de Meireles Leite, e do Cefet da Bahia, Maria da Conceição da Veiga.

A iniciativa recebe o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Ana Júlia Silva de Souza

Ufla apresenta teatro ‘Na boca da noite’

Dentro das comemorações do Centenário, a Universidade Federal de Lavras apresenta a premiada peça ‘Na Boca da Noite’, que discute questões sociais com humor

Será encenada na próxima terça-feira, dia 13, às 19 horas, no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras, a peça “Na Boca da Noite”. A violência do dia-a-dia, as desigualdades sociais, os sonhos e a realidade do ser humano são algumas das discussões abordadas na peça, produzida pela G&G Produções Artísticas.

Situações que levam o público a questionar a realidade social pela qual passa o País são encenadas com riqueza de detalhes e simplicidade pelos personagens Valdevino e Degrauzinho. Em seus discursos eles mostram a realidade das classes marginalizadas. Valdevino é um guarda noturno de grande caráter e se preocupa com as pessoas de classes mais pobres e com o desemprego; enquanto Degrauzinho é um fugitivo da penitenciária, que mostra em suas falas os resquícios provocados pela falta da família, trabalho e educação.

A peça foi escrita pelos autores Beto Guiz e Enéas Lour e dirigida por Gilda Elisa. Encenada pelos atores Antonio Cândido e Antonio Freitas, a peça tem uma dinâmica e uma naturalidade que conferem uma fluidez e uma agilidade às cenas do espetáculo, tanto nos momentos dramáticos como nos humorísticos.

Em 11 anos de apresentações, Na Boca da Noite foi assistida por mais de 1 milhão de espectadores. “O sucesso se deve a uma mistura de abordagem social, porém com uma diversão que é a marca da peça”, explica o assistente de direção, Gelson Schimanski.

A turnê deste, que está percorrendo o interior do Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, é patrocinada pela Perkons, empresa paranaense de soluções inteligentes para o trânsito.

Ficha Técnica

Autores: Beto Guiz e Enéas Lour
Direção: Gilda Elisa
Assistente de Direção: Gelson Schimanski
Elenco: Antonio Cândido e Antonio Freitas
Produção: G&G Produções Artísticas

Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública discutirá formas de ampliar o ensino superior brasileiro

Os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) participaram, no dia 31 de outubro, do relançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública, na Câmara dos Deputados. O evento contou com a presença de 60 deputados federais dos diversos partidos políticos.

Representaram os seus partidos os deputados federais: Jackson Barreto (PMDB-SE), Fátima Bezerra (PT-RN), Efraim Filho (DEM-PB), Albano Franco (PSDB- SE), Alice Portugal (PcdoB-BA), Luciana Genro (PSOL-RS), Edigar Mão Branca (PV-BA), Geraldo Thadeu (PPS-MG), Lídice da Mata (PSB-BA), Waldir Maranhão (PP-MA), Paulo Rubem Santiago (PT-PE), Pedro Fernandes (PTB-MA).

O coordenador da Frente Parlamentar, deputado federal Pedro Wilson (PT-GO), ressaltou que, a Frente terá uma agenda permanente de interlocução com a sociedade. Segundo ele, entre os temas que serão abordados estão a autonomia universitária, a Reforma Universitária, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e o Plano Nacional de Assistência Estudantil.

O presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), ressaltou a importância da rearticulação da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública. ´Estamos em meio a uma forte discussão sobre a necessária expansão da oferta de vagas públicas o Ensino Superior. Em breve, os parlamentares iniciarão uma grande discussão sobre o novo modelo dos Hospitais Universitários e retomarão os debates sobre a Reforma Universitária. Nesse sentido, esta é uma importante fonte de interlocução com a sociedade´, afirmou.

Para a presidente da União Nacional de Estudantres (UNE), Lúcia Stumpf, a Frente Parlamentar possibilitará a ampliação dos fóruns de discussão sobre a educação brasileira. Segundo ela, com esse relançamento, garante-se maior articulação dos movimentos educacionais junto ao Congresso Nacional. ´Para que seja possível ampliar o número de vagas ofertadas com garantia de qualidade, pelo menos 7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional deve ser investido em educação pública´, ressaltou.

O secretário de Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, conclamou os deputados a aprovarem um projeto de lei do executivo que prevê a contratação de 15 mil docentes e 10 mil servidores técnico-administrativos. Segundo ele, o projeto será enviado ao Congresso ainda este ano.

O secretário Ronaldo Mota registrou que em 11 anos a Frente Parlamentar obteve grandes conquistas. ´O relançamento desta Frente é parte de uma história que soube explorar de forma muito positiva os pontos em comum. O principal deles é a confiança que nós temos que, se por ventura, formos capazes de dobrar a oferta de vagas das universidades públicas, sejam elas do sistema federal ou do sistema estadual, isso de dará com extrema qualidade´, ressaltou.

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Luiz Henrique Schuch, elogiou a retomada da Frente, ressaltando a expectativa de que ela possa ser um instrumento que reverta a situação contraditória pela qual passa a universidade pública no país, quando muitas intenções são declaradas, mas na prática continua-se reduzindo os meios necessários para efetivar a expansão da universidade pública, gratuita e de qualidade. ´Lamentavelmente, o país continua o processo de redução da aplicação de recursos orçamentários no ensino público. Caímos abaixo de pífios 3,5% do PIB destinados à educação. Por isso, conclamamos a Frente a adotar como meta principal a aplicação de pelo menos 7% do PIB no ensino público, no menor prazo possível´.

O coordenador-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Luiz Antônio de Araújo Silva, afirmou que o relançamento da Frente Parlamentar é fundamental para o processo de melhoria das condições internas das universidades. ´Estaremos auxiliando nos debates para que tenhamos uma educação para todos e de qualidade´, ressaltou.

Para o diretor de Relações Institucionais do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), Eduardo Rolim de Oliveira, o grande desenvolvimento que a sociedade presenciou nos últimos anos deve-se ao crescimento do ensino público. ´A disposição do parlamento em nos apoiar na luta pela construção de uma universidade maior e mais forte é muito importante´, afirmou.

Para presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, Gastão Vieira (PMDB-MA), a relação do Parlamento com a universidade pública é longa, quando as instituições encontravam na Câmara a única alternativa para se fazerem ouvir frente o Governo Federal. Segundo ele, é fundamental que a universidade pública esteja no comando do crescimento da educação brasileira como um todo.

O deputado Gastão Vieira solicitou a ajuda do Ministério da Educação para a retomada das discussões da Reforma Universitária. ´É importante que o MEC nos ajude a encontrar um destino para a Reforma Universitária, que está nesta Casa há mais de um ano. É praticamente impossível considerarmos este projeto o melhor para a universidade brasileira e em cima dele concentrarmos os nossos esforços´.

Estive presente ao relançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública, também, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).

Frente Parlamentar

A Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública foi criada em 1996, tendo como foco central a discussão sobre a autonomia universitária. Além desse tema, constavam da agenda a expansão das universidades públicas, a universidade e a reforma tributária, a universidade e o Plano Nacional de Educação, entre outros.

Nesta nova fase, serão priorizados temas como: a Lei Orçamentária Anual a ser destinada ao Ensino Superior em 2008; o Projeto de Lei nº 4212/2004 – da Reforma Universitária, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional; o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni); o Plano Nacional de Assistência Estudantil, implantado este ano; a autonomia universitária; a implementação de medidas legislativas que promovam a plena interação do ensino superior com a educação básica; e o desenvolvimento de ciência e tecnologia nas universidades públicas, bem como a sua transferência para o setor produtivo.

Confira algumas opiniões

´É preciso destacar a importância do relançamento desta Frente Parlamentar e da convergência de ações dos deputados federais em defesa da universidade pública – a grande maioria destes parlamentares estudou nessas instituições. No passado, esta Frente Parlamentar defendia as universidades contra as privatizações; agora, olha para o futuro à medida que debaterá a autonomia, a reforma universitária e outras demandas das instituições´, João Carlos Cousin – Reitor da FURG.

´Educação, saúde e segurança são assuntos de interesse geral da Nação. Nesse sentido, o grande mérito do relançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública é o seu caráter suprapartidário. A presença de parlamentares, de dirigentes e de representantes de outros segmentos da sociedade revela o compromisso de todos com a educação. Isso demonstra que essa Frente poderá atingir as metas para o desenvolvimento, mudando o rumo da educação brasileira´, Edward Madureira Brasil – Reitor da UFG.

´A Frente Parlamentar tem o propósito de dar um suporte legislativo às universidades federais brasileiras e constitui-se num ato político que congrega os mais diferentes partidos políticos para planejar ações com vistas a reforçar o sistema público´, José Carlos Ferraz Hennemann – Reitor da UFRGS.

´Considero muito positiva a reinstalação da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública, tanto pela grande importância das instituições no cenário brasileiro, quanto pela expressiva participação das diversas bancadas na iniciativa, demonstrando a sensibilidade dos parlamentares em relação ao tema´, Carlos Sigueyuki Sediyama – Reitor da UFV.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Ufla é novamente premiada no CNPq

O Programa Institucional de bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC) da Universidade Federal de Lavras tem sido reconhecido, em nível nacional, no CNPq.

Recentemente a Universidade Federal de Lavras (Ufla) foi a única instituição, no Brasil, contemplada com mais 5 bolsas no PIBIC do CNPq. Posteriormente ganhou o prêmio Mérito Institucional concorrendo com 107 instituições brasileiras e no mês de outubro deste ano, o CNPq concedeu mais 10 bolsas de Iniciação Científica a instituição, em reconhecimento ao bom desempenho e reconhecimento ao desenvolvimento desse Programa.

Essas bolsas serão distribuídas aos professores selecionados no último edital do PIBIC, que não foram contemplados em função da cota disponível para a Ufla.

1º Festival de Batuque Cultural na Ufla

A exemplo dos grandes festivais culturais, que fazem história nas cidades universitárias de Minas, o Festival de Batuque Cultural chega a Lavras com o fôlego dos grandes

Aneliese Castro

Mais de 30 pessoas na produção direta, dezenas de apoiadores entre amigos, membros do comércio, professores e profissionais de diversas áreas, além da Universidade Federal de Lavras como grande apoiadora. Este é hoje um retrato quase fiel do aparato envolvido para a realização do Festival. Sem falar nas pessoas convidadas a dar palestras e oficinas, outras dezenas de artesãos e cozinheiros que vão expor seus produtos em barracas durante o dia do evento e uma centena de materiais das mais diversas naturezas (madeira, bambu, barbante, ervas, papel, cola, corda, papel marche e etc) que serão utilizados nas oficinas.

Idealizado por estudantes, o Festival de Batuque Cultural será um grande acontecimento que faz parte das comemorações do Centenário da UFLA. O evento será um dia inteiro de discussões culturais (mesa-redonda), apresentações artísticas que envolverão teatro, música, apresentações mambembe e de cultura popular e ainda mostra de filmes e documentários.

De acordo com Natália Carvalho, coordenadora do evento, este será apenas o primeiro passo para que Lavras, a exemplo de outras cidades de Minas, também se torne um pólo cultural. “Acho importante o espaço que o Festival vai abrir para shows, apresentações de grupos de dança e de teatro. A valorização da cultura popular e sua inserção direta na comunidade é primordial e merece um apoio maior”, enfatiza Natália.
Segundo o presidente da Comissão do Centenário, professor Luiz Antônio Lima, o evento é dirigido ao público de todas as idades e o ponto forte é a diversidade cultural e educacional construída por estudantes da Ufla.

O evento envolve desde peça de teatro de um renomado grupo de Curitiba, passando pela construção de instrumentos musicais, apresentação de bandas emergentes, até a oficina de como construir pipas, com apoio de instrutores da CEMIG. O professor garante ainda que chuva não será problema, pois serão montadas diversas tendas no Centro de Integração Universitária (Ciuni), espaço onde será realizado o Festival.

Nesta edição, o gran finale fica por conta do grupo San Juanense “Mucambo”, que toca e encena o Maracatu – uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana afro-brasileira.

Programação
Dia 10 de Novembro – Sábado

MANHÃ
8 horas Abertura
8h30 Palestra: Apresentação da Arte Luthier (construção de violão e outros instrumentos).
9h30 Mesa-redonda: Influência da cultura afro-descendente na música (Etnomusicologia).
9h30 Oficina de Construção e ritmos do Berimbau
9h30 Oficina de Construção de instrumentos musicais alternativos I (crianças).
9h30 Oficina de Brincadeiras infantis: Pipa
9h30 Oficina de Suco Verde, Brotos e Frutas desidratadas
10h30 Inicio da Exposição de instrumentos alternativos (Marcelo – UFOP)
10h30 Inicio da Exposição da Cultura e da História dos Ritmos e Batuques Afrodescendentes.
10h30 Apresentação do Grupo de Teatro Infantil GG PROARTE – Curitiba
11h30 Apresentação do Grupo de Teatro da Perereca

TARDE
13h Mostra de Filmes e Documentários
13h Oficina de Percussão de Maracatu e outros ritmos (Mucambo)
14h Oficina de Construção de Tambor: Atabaque
15h Oficina de instrumentos musicais alternativos II (Adultos)
15h Oficina de Acrobacias com crianças
15h Oficina de Artesanato: Máscaras
16h Apresentação da Banda Elephas
17h Apresentação da Banda 2º Andar

NOITE
19h Apresentação do grupo Mucambo de percussão
20h Apresentação do Grupo ‘Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro’
Dia 11 de Novembro – Domingo (Especial)
14h Oficina de Percussão e Inovação do Samba-Pisado (Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro
14h Oficina de Percussão de Maracatu e outros ritmos (Mucambo – continuação)

Seminário Técnico Administrativo e de Saneamento

O reitor da Universidade Federal de Lavras em exercício, professor Ricardo Pereira Reis, o presidente do Fórum das Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão para Revitalização do Lago de Furnas, professor Fábio Moreira da Silva, e
o presidente da Associação dos Municípios do Lago de Furnas, prefeito Pompilio de Lourdes Canavez, convidam para o Seminário Técnico Administrativo e de Saneamento, como parte da programação do Diálogo de Concertação para Revitalização do Lago de Furnas.

Data: 9 de novembro de 2007

Local: Anfiteatro do Departamento de Ciência da Computação/Ufla.

Horário: 9 horas

9 horas – Cenários do Diagnóstico de Saneamento dos Municípios do entorno do Lago de Furnas.
Engenheiro Adauto Santos – Ministério das Cidades

10 horas – Modelos de Consórcios Públicos Intermunicipais
Consultor João Batista Peixoto

11 horas Debate

Debate com candidatos a reitor da Ufla

A Comissão Eleitoral informa que o debate com os candidatos a reitor da Ufla será realizado no dia 7 de novembro (quarta-feira), às 13 horas na Biblioteca Central, Anexo III.

001- Chapa RENOVAÇÃO
Prof. Antônio Eduardo Furtini Neto – Reitor
Prof. Messias José Bastos de Andrade- Vice-Reitor
www.renovacaoufla.com.br

002 – Chapa HUMANIZAR
Prof. Luiz Edson Mota de Oliveira – Reitor
Prof. André Luiz Zambalde – Vice-Reitor
www.humanizarufla.com

003 – Chapa UNIVERSIDADE VIVA
Prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes – Reitor
Prof. Elias Tadeu Fialho – Vice-Reitor
www.vivauflaviva.com.br

004 – Chapa 100% UNIVERSIDADE
Prof. José Tarcísio de Lima – Reitor
Prof. Mário César Guerreiro – Vice-Reitor
www.100porcentouniversidade.com

´As pessoas têm de descobrir que perdem tempo quando não lêem´

O Estado de São Paulo, 05/11/07

Simone Iwasso

Entrevista com Delia Lerner: educadora argentina, consultora de órgãos governamentais em vários países, especialista afirma que as escolas não sabem ensinar leitura e escrita

Mesmo com todos os conhecimentos científicos sobre a aquisição da leitura e escrita desenvolvidos nos últimos 30 anos, a escola ainda insiste num foco equivocado: ensina a língua e não as práticas sociais vinculadas a ela. Ou seja, além de não conseguir dar sentido ao ato de ler e escrever, despertando o interesse do estudante, cobra nas avaliações o que não foi transmitido em sala de aula. A análise é da educadora argentina Delia Lerner, especialista da Universidade de Buenos Aires e consultora de diversos órgãos governamentais na América Latina, inclusive no Brasil, onde assessora o Ministério da Educação (MEC). Com a experiência de quem, além do trabalho acadêmico, mantém uma escola em Buenos Aires, que funciona como seu laboratório, Delia esteve no País em outubro para falar com educadores durante a Semana Victor Civita de Educação. A seguir, trechos da entrevista concedida ao Estado.

Por que é tão difícil formar estudantes com autonomia para leitura e escrita?

Há dois problemas diferentes. Um deles é o próprio ensino de leitura e da escrita. O outro é se as avaliações aplicadas para verificar leitura e escrita estão realmente avaliando. Para mim, não é evidente que devemos ter confiança nos resultados dessas avaliações porque a leitura e escrita são processos que se desenvolvem com o tempo e, mesmo que seja importante para o sistema educacional ter uma fotografia instantânea do que se passa no momento, não é o que importa realmente para quem está olhando de dentro da classe. O importante é fazer com que os alunos avancem como leitores e escritores. Muitas provas são feitas à imagem e semelhança de provas internacionais – algumas inclusive são internacionais. Por exemplo, na Argentina houve muito escândalo quando se compararam os resultados da Finlândia com os da Argentina. Bom, é necessário nos questionarmos qual o sentido em comparar resultados de países tão diferentes. Escutei uma entrevista do ministro da Educação da Finlândia sobre a que ele devia tão bons resultados. Ele respondeu que os professores recebiam salários muito bons, estavam em constante formação e tinham excelentes condições trabalhistas. Isso, em relação à Argentina, já diz muita coisa sobre o nosso sistema, não sobre nossos alunos. Esse é um problema. O outro é que, no sistema educacional constituído, a leitura e a escrita como processos não são objeto de ensino. No caso da escrita, ela é objeto de avaliação, mas não de ensino. O que se visualiza como objeto de ensino tradicionalmente é a língua, não as práticas de linguagem vinculadas a ela.

Como mudar essa cultura de falta de ensino?

Não creio que seja só o professor que possa mudar algo. Há muitos que tentam. Um dos pontos mais elementares é que os professores, desde cedo, leiam muito para seus alunos. E leiam obras de qualidade. Ao menos na minha experiência, ler para as crianças é uma das medidas mais fáceis de serem inseridas no sistema escolar com resultado. É essencial que, desde o início da escolarização, leitura e escrita estejam dotadas do sentido que realmente têm. A escola entende que ler e escrever não são atividades que se aprendem só para ler e escrever, mas também para comunicar-se com outros, para informar-se sobre os outros, para apreciar as qualidades literárias de um autor, para pensar melhor, aprofundar as idéias. A escola precisa mostrar as situações nas quais se pode trabalhar escrita e leitura com propósitos tão interessantes quanto os que são oferecidos fora da escola.

Como o desenvolvimento científico e os avanços do conhecimento sobre o sistema cognitivo infantil, podem contribuir para o ensino?

Um aspecto fundamental do ensino é propor problemas cognitivos aos alunos porque, ao tentar respondê-los, eles estarão produzindo conhecimento como resposta. Dessa perspectiva, conhecer as idéias das crianças, como os processos que elas desenvolvem, é fundamental porque permite organizar situações didáticas nas quais as crianças podem intervir, que tipo de desafios eles podem conseguir resolver usando seus conhecimentos prévios, permite aproximar o ensino da aprendizagem. Essa aproximação é essencial para acabar com as altíssimas taxas do fracasso escolar. Para nós, foram um aporte muito forte os descobrimentos lingüísticos, os modelos de psicologia cognitiva sobre o modelo de escrita. Os estudos mais recentes focam muito no nível da palavra, que, para o uso com a aprendizagem, sabemos não ser suficiente. Então usamos menos os conhecimentos mais atuais. Em Buenos Aires, todas as escolas públicas têm laboratório de computação e todas as séries, uma ou duas vezes por semana, têm horários reservados para usar o computador. Agora, há uma diferença qualitativa quando existe um ajudante de um professor que é monitor desses laboratórios e quando tudo está nas mãos de um garoto que entende muito de computadores, mas nada de ensino. Com relação à leitura foi mais difícil por causa do hipertexto. Isso que estamos incorporando nas escolas que têm condições propõe muitos problemas didáticos. Como fazer para que os estudantes decidam se uma informação é confiável ou não? Como fazer com que eles a comparem com outras fontes de informação? Como lidar com a possibilidade de reprodução sem gerar condições didáticas para que os alunos sejam autores e não mescladores de textos de outras pessoas? Isso é mais difícil hoje. É um novo problema didático.

O que seria essencial que pais e professores soubessem?

Gostaria que todo mundo tivesse a possibilidade de descobrir que a leitura e a escrita são ferramentas de desenvolvimento pessoal importantes. Sempre me lembro de um especialista francês em leitura que fazia a seguinte atividade com os alunos: ir à biblioteca e analisar todos os livros que eles nunca leram. E descobrir por que não os leram. Com esse tipo de atividade, ele conseguia fazer os estudantes se interessarem mais e desenvolverem um senso crítico. Para que alguém se transforme em um não-leitor, que seja um não-leitor crítico, que saiba porque está lendo e porque não está lendo. Se alguma coisa as ferramentas tecnológicas fizeram foi obrigar as pessoas a ler. Crianças que não lêem passam o dia trocando mensagens pelo celular. As pessoas precisam descobrir o que estão perdendo quando não lêem. Se elas soubessem disso, muitos não-leitores se tornariam leitores. Muitas crianças não sabem o que podem encontrar na leitura. E seria muito bom se a escola conseguisse um dia lhes mostrar isso.

Quem é:

Delia Lerner

A educadora trabalha como assessora de órgãos governamentais em vários países da América Latina e na Espanha

É professora da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de La Plata, na Argentina

Trabalha como consultora do Ministério da Educação (MEC) nas áreas de
alfabetização e currículos

FAPEMIG divulga resultado do edital de Biocombustíveis

A FAPEMIG acaba de divulgar o resultado do edital ‘Programa mineiro de desenvolvimento tecnológico e produção de biocombustíveis’ que visa financiar projetos de desenvolvimento e transferência de tecnologias para produção de biocombustíveis no Estado. Das 29 propostas recebidas pela FAPEMIG, 12 foram aprovadas, no montante de R$2,2 milhões, que serão aplicados em projetos de pesquisas científicas. A instituição que se destacou foi a Universidade Federal de Viçosa, com 4 das 12 aprovações.

As propostas irão apoiar a estruturação de um pólo de excelência na área. Elas foram apresentadas dentro de áreas específicas: aperfeiçoamento dos sistemas e custo de produção de espécies vegetais destinadas à geração de bioenergia; avaliação de sistemas de produção, introdução e testes de cultivares de espécies oleaginosas para a região norte de Minas; e produção de sementes melhoradas, de espécies vegetais, destinadas à produção de bioenergia.

Os crescentes preços do petróleo recentemente tornaram fontes alternativas de combustíveis economicamente viáveis e criaram uma série de oportunidades, dúvidas e desafios. Ao oferecer incentivos à pesquisa, a FAPEMIG cria novas oportunidades de investimentos, que resultam na redução da pobreza e expande o desenvolvimento econômico. Com o ‘Programa mineiro de desenvolvimento tecnológico e produção de biocombustíveis’, a FAPEMIG e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior impulsionam Minas Gerais na direção exata que mira o progresso e corrobora sua força científica no cenário brasileiro.

Para conferir a relação dos projetos aprovados, acesse o endereço eletrônico, clique aqui

A FAPEMIG também disponibiliza uma lista de projetos não aprovados. Para visualizá-los, clique aqui

Informações:

Assessoria de Comunicação Social / FAPEMIG
Telefones: (31) 3280-2141 / 2105
acs@fapemig.br

Universidade Federal de Lavras