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Niesp realiza curso de pesquisa bibliográfica

O Núcleo de Inovação Empreendedorismo e Setor Público – Niesp, realizou o curso de pesquisa bibliográfica, ministrado pelo membro Daniel Leite Mesquita, no Departamento de Administração e Economia (DAE). A finalidade do mesmo, foi demonstrar de forma prática e objetiva, como realizar corretamente as pesquisas, suas respectivas etapas e as principais plataformas de buscas atuais. Por meio da didática, foi possível conhecer mais sobre o histórico da pesquisa científica, além das principais e mais renomadas bases de busca do meio científico.

O Niesp possui como objetivo geral colaborar positivamente com o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão, além de adquirir e disseminar novos conhecimentos, na área de inovação, empreendedorismo e setor público, a fim de permitir um intercâmbio entre a Universidade e a sociedade. Sob a coordenação dos professores do DAE, Daniela Meirelles Andrade e Dany Flávio Tonelli, o Niesp é formado por docentes e discentes de graduação e pós-graduação dos cursos de Administração, Administração Pública, áreas afins e também por membros externos e pesquisadores com formação em áreas já assinaladas ou em outras áreas de interesse.

Autora: Milena Carvalho Ferreira.

Encontro Sul Mineiro de Cafeicultores reuniu produtores de mais de cem cidades na UFLA

Vista geral da feira e da montagem dos estandes

Mais de mil inscrições, nove estações de campo, 60 estandes, visitantes de 140 cidades de dez estados brasileiros e até presenças internacionais, advindas de países como Honduras, Nicarágua e Japão. Este é o saldo da edição comemorativa de 20 anos do Encontro Sul Mineiro de Cafeicultores, que aconteceu na área física da Agência de Inovação do Café (InovaCafé), na Universidade Federal de Lavras (UFLA), no dia 3/5.

O evento, concebido pelo Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) do Departamento de Agricultura (DAG/UFLA), em 1995, contou com os seguintes realizadores neste ano: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/MG), UFLA, Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe), além do próprio Necaf.

A programação contemplou abertura oficial, estações de campo e estandes de núcleos de estudos, empresas juniores da UFLA e empresas patrocinadoras, que promoveram aos produtores conhecimentos sobre técnicas e inovações ligadas não somente à cafeicultura, mas ao agronegócio como um todo.

Dispositivo de honra contou com diversas autoridades

Os pronunciamentos foram abertos com a fala do estudante Vinícius Leite, que lembrou que a primeira edição do evento ocorreu no mesmo ano de criação do Necaf. “É com muita alegria que chegamos, hoje, à 20ª edição do Encontro Sul Mineiro de Cafeicultura, ao longo de 23 anos. Ninguém jamais imaginou a proporção que este evento tomaria. Ele é fruto da garra e da dedicação de muitas pessoas, e me permito fazer, aqui, um agradecimento especial aos meus irmãos do Necaf”, disse. O acadêmico ainda mencionou a parceria dos Núcleos de Cafeicultura do Brasil.

O pró-reitor de Extensão e Cultura da UFLA, professor João José Granate de Sá e Melo Marques, ressaltou a importância dos produtores. “Vocês são o motivo da existência das atividades de extensão e da própria universidade. Agradeço imensamente por acreditarem e abraçarem a proposta deste evento”. Já o representante da Emater, Marcos Fabri Júnior, lembrou que a parceria entre UFLA e sua instituição vem de mais de 60 anos, com ações voltadas ao atendimento ao produtor. “Trabalhar com a cafeicultura é uma honra. Mas não estamos aqui comemorando a atividade ou o produto, mas sim os cafeicultores, que fizeram do Sul de Minas a maior região produtora de café do planeta”, destacou. Fabri ainda mencionou que o evento é uma importante ferramenta de aquisição de novos conhecimentos, acesso às tecnologias e troca de informações, auxiliando no melhor planejamento da atividade.

O chefe do Departamento de Agricultura (DAG) e tutor do Necaf, professor Rubens José Guimarães, fez uma fala emocionada, agradecendo ao funcionário do setor de Cafeicultura, José Maurício da Silva, em processo de aposentadoria. “Você é parte de tudo o que está acontecendo aqui”. Guimarães lembrou da idealização da primeira edição do evento, feita conjuntamente com José Ferreira Cambraia (Emater) – outro homenageado na solenidade – com o intuito de reunir produtores de café em um grande evento. A proposta cresceu tanto que, em 2000, passou a integrar o Circuito Mineiro de Cafeicultura, com disseminação para outras regiões cafeeiras do Estado. “Somos a maior região produtora de café do mundo. E estamos todos aqui por vocês, cafeicultores, que trabalham, diuturnamente, em prol dessa grande locomotiva da economia brasileira”, finalizou.

O professor Virgílio Anastácio também recebeu homenagem pela parceria de anos como orientador de atividades do Necaf.

Palestras de Campo

O turno da tarde foi destinado às estações de campo, realizadas por docentes e discentes da UFLA e por pesquisadores e extensionistas de instituições ligadas à promoção da atividade cafeeira. Todos os inscritos puderam percorrer as nove estações disponíveis. O casal de produtores Aluísio Vicente Ayusso e Solange Carvalho, de São Carlos/SP, foi um dos interessados pelo percurso. “Já participamos de outras edições do Circuito e viemos pela primeira vez aqui. Buscamos informações sobre tecnologia, aumento de produtividade e redução de custos e, com certeza, voltaremos com preciosos conhecimentos na bagagem, já que somos produtores na região do Cerrado Mineiro”, destacou Ayusso.

Produtores tiveram acesso a nove estações de campo

A palestra “Agricultura de precisão com o uso de VANT’s (Veículos Aéreos Não Tripulados” ficou a cargo dos representantes da Emater Péricles Marques (Poços de Caldas) e Francisco Carlos Pedro (Campo Belo). A dupla explanou sobre a tecnologia suíça de uso agrícola, que permite cobrir centenas de hectares em um único vôo e acompanhar a cultura do início ao fim da produção.

Outra atividade, intitulada “Boas práticas de pré e pós colheita”, foi conduzida pela representante da Emater, Sara Maria Chalfoun. Ela abordou algumas práticas necessárias para o aumento da produtividade, a redução de custos e a melhoria da qualidade. Como desafio, ela citou o desenvolvimento de todas as etapas do processo dentro das boas práticas, destacando que a qualidade não é intrínseca somente ao café, mas a toda a atividade produtiva.

A estação “Cultivares Procafé”, coordenada por Iran Bueno Ferreira e Carlos Henrique Siqueira, de Varginha/MG, trouxe a temática de variedades de cafés, como Arara e Acauã Novo, de alta produtividade e resistência à ferrugem. Eles deram dicas sobre o que é importante verificar na variedade, a necessidade de se checar a adaptabilidade à região, ao tipo de produtor, ao sistema de plantio e manejo, bem como de se considerar resultados de experimentos em regiões mais próximas.

Outra palestra de campo tratou do “Manejo da fertilidade do solo”, com orientações de Estevam Reis e Tainah Freitas, ambos do Necaf. Eles informaram que a análise do solo deve ser feita para conhecer o teor de nutrientes, textura e matéria orgânica. Explicaram, ainda, sobre técnicas de calagem, destinada a corrigir o PH do solo e aumentar a disponibilidade dos nutrientes, e gessagem, que visa propiciar condições adequadas ao crescimento na subsuperfície, fornecendo nutrientes em camadas mais profundas.

A estação “Manejo de podas”, coordenada por Thales Barcelos, do Necaf, trouxe conhecimentos sobre as possibilidades de recuperação da lavoura. Ele explicou sobre a poda recepa, a mais drástica e que prevê a recuperação da saia da planta; o esqueletamento, que é o corte que estimula o brotamento de novas hastes; o desponte, arrancando apenas a ponta do ramo; e decote, corte na parte superior após o esqueletamento.

A palestra “Manejo de terreiros”, ministrada por Murilo Tosta e Rodrigo Pieroni, do Núcleo de Estudos em Pós Colheita do Café (Pós Café), trouxe conselhos como a importância de se tomar cuidado no início da secagem, a fim de manter os cafés grão a grão, sem revolvimento, evitando a ocorrência de fermentação. Também houve instruções sobre o momento oportuno de fazer a dobra da camada de secagem.

Na estação “Manejo integrado de pragas: Broca e Bicho mineiro”, conduzida por Geraldo Carvalho (UFLA), foi possível ter informações sobre as principais pragas do cafeeiro. O ácaro, por exemplo, prejudica a quantidade de frutos e interfere na qualidade da bebida, pois acelera o amadurecimento. Causa, ainda, prejuízo com a desfolha do café e é comum no período da seca, sendo de difícil percepção. Ressaltou-se a necessidade de se fazer o monitoramento da lavoura e o controle químico de forma seletiva.

A estação “Plantas de cobertura”, coordenada por Ademilson Alecrim, do GHPD, tratou dos benefícios proporcionados por plantas como Braquiária, Feijão-de-porco, Crotalária, Mucuna-Preta, entre outras. Elas auxiliam na manutenção da umidade, menor evaporação, maior fotossíntese, menor escoamento superficial, maior infiltração, fixação de nitrogênio, ciclagem de nutrientes, controle de plantas daninhas, além de auxiliar no aumento da produtividade.

Encerrando as estações de campo, também aconteceu a palestra “Resistência de Cultivares”, ministrada por Mário Lúcio Vilela, do INCT do Café. Ocorreu visita guiada à vitrine de cultivares, com mais de 30 cultivares diferentes, com foco na resistência contra a ferrugem graças à implementação de programas de melhoramento. Além disso, foram destacadas cultivares com potencial de produção de cafés especiais.

Ascom InovaCafé

Projeto da UFLA desvenda ciência por trás dos poderes dos super-heróis em “Os Vingadores”

Ficção? Futurismo? Ou realidade? Confira o que tem de base científica em alguns dos superpoderes do filme “Vingadores: Guerra Infinita”

No mundo fictício dos super-heróis, os superpoderes ou acessórios especiais de combate ao inimigo intrigam desde crianças a adultos. Para responder o que de fato seria possível na vida real, estudantes do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Lavras (UFLA) revelam a base científica por trás das peripécias dos personagens do filme “Os Vingadores: Guerra Infinita”, lançado no final de abril, que vêm atraindo a atenção de multidões no mundo inteiro.  

A ideia surgiu no projeto de popularização da ciência “Engenheiros do Amanhã”, contemplado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), sob coordenação do professor Juliano Elvis de Oliveira.  Dessa vez, a novidade é o meio utilizado para levar conhecimento científico da física, química e engenharia de materiais para estudantes do ensino médio: uma série de vídeos no Youtube que desvendam ciência por trás de superpoderes.

Em um dos episódios, por exemplo, o público descobre que o escudo do Capitão América e a armadura do Pantera Negra utilizam um elemento químico, criado pela Marvel, chamado vibrânio. O mérito dele é absorver energia cinética para ser usada quando necessária, a partir de conceitos físicos, como energia, colisões e lei de Newton.

Juliano Elvis de Oliveira explica que, por meio de aplicações de teorias como dos pesos e da eletricidade, materiais transformam energia de um impacto em energia elétrica. “Na vida real, isso pode ser usado como freio inteligente para veículos, muito usado na Fórmula 1”, exemplifica.

O professor ressalta que filmes de ficção científica e super-heróis têm grande potencial para disseminar conceitos de física, química e engenharia de materiais.  “Nesse filme, o personagem Homem de Ferro usa nanotecnologia na armadura, enquanto em outros ela é um vilão. O entretenimento é capaz de mudar a percepção da ciência, criando imagem benéfica ou deturpada dela”, informa.   

E aí, vai perder?

Pollyana Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig

Abertas as inscrições de programa de Mobilidade Acadêmica no Mercosul para estudantes de Agronomia da UFLA

A Diretoria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Lavras (DRI/UFLA) torna público o Edital N° 002/2018/DRI/UFLA, referente à seleção interna para Mobilidade Acadêmica no Mercosul, no âmbito do Programa de Mobilidade Acadêmica Regional em Cursos Acreditados (MARCA). São 3 vagas disponíveis, exclusivamente destinadas aos discentes regularmente matriculados no curso de graduação em Agronomia, para a realização da mobilidade no segundo semestre de 2018 na Argentina e no Uruguai.

As inscrições vão até 28/5, e devem ser feitas das 08h às 12h e das 14h às 17h, na Diretoria de Relações Internacionais (prédio da Reitoria). A inscrição se efetivará por meio de formulário específico disponível no anexo do edital, que deverá ser preenchido e assinado pelo interessado e entregue, pessoalmente ou por procuração assinada pelo candidato, na DRI, juntamente com os demais documentos solicitados.

O MARCA

É um programa de mobilidade de estudantes de graduação promovido pelo setor educacional dos governos dos países do MERCOSUL. Participam deste programa os países membros e associados do bloco, incentivando a integração regional. A mobilidade se realiza entre os países do MERCOSUL e se desenvolve através de períodos letivos regulares de um semestre acadêmico, entre instituições cujos cursos são acreditados (reconhecidos) pelo Sistema ARCU-SUL.

Mais informações junto à DRI pelo dri@dri.ufla.br ou (35) 3829-1858.

Acesse aqui o edital na íntegra.  

 

Rhuane Jackeline – bolsista Proat/Dcom

Restaurante Universitário: horário de funcionamento do setor de recarga nesta sexta (4/5)

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários da Universidade Federal de Lavras (Praec/UFLA), informa que o setor de recarga dos cartões, excepcionalmente nesta sexta-feira (4/5), abrirá na parte da tarde às 18h, e no sábado (5/5) não funcionará. O Restaurante Universitário (RU), funcionará normalmente ambos os dias.

Rhuane Jackeline – bolsista Proat/Dcom

UFLA na mídia: pesquisa sobre o perfil de cafeicultores do Sul de Minas é destaque no G1 e na EPTV

Um levantamento feito pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) mostrou que muitos cafeicultores do Sul de Minas Gerais ainda utilizam pouca tecnologia em suas lavouras. O estudo que analisou o perfil dos cafeicultores da região foi destaque na série “Grão Sagrado” exibido no jornal da EPTV- 2ª edição e G1 Sul de Minas dessa segunda-feira (30/4).

Durante a pesquisa foram entrevistados 179 agricultores em quatro meses. De acordo os dados, pelo menos 20% dos entrevistados disseram que não fazem esse tipo de trabalho anualmente e 33% também não tem o costume de fazer análise foliar.

Segundo a pesquisadora responsável, Angélica Azevedo, “O pequeno produtor, muitas vezes, é um pouco mais complicado para ele ter acesso à essa tecnologia, então é muito importante que órgãos principalmente de pesquisa, como a Ufla, e outras organizações de assistência, como a Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) continuem promovendo a disseminação de tecnologias existentes para esses produtores e incentivando que eles busquem, que eles se atentem e procurem introduzi-las em suas propriedades”.

O estudo também apontou que as propriedades e os conhecimentos sobre a cultura são passados de pai para filho, além disso, demonstrou que quem está no campo, também tem amor pelo trabalho.

Veja a matéria na íntegra aqui.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Extração e uso de óleos essenciais é tema de diversas pesquisas na UFLA

Há séculos, o uso de óleos essenciais é feito pela humanidade, seja por conta de seus aromas ou propriedades terapêuticas. Além do uso para cosméticos, medicamentos e aromoterapia, atualmente, os óleos são muito importantes no combate a microorganismos.

Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), pesquisas já testaram os óleos para observar a ação bactericida, fungicida, antitumoral e parasitária, com a coordenação da professora Maria das Graças Cardoso, do Departamento de Química (DQI/UFLA).

O Brasil possui um grande número de plantas ainda não estudadas com relação ao seu uso, principalmente com relação aos óleos essenciais. Para a professora Graça, é possível que a cura para muitas doenças seja encontrada em plantas nativas “Um óleo essencial não tem apenas um componente, ele tem vários. Por exemplo, o óleo de menta tem de 20 a 30 componentes. Então, não sabemos ainda se é um componente ou a  mistura desses que vai provocar um determinado efeito”.

A extração dos óleos pode ser feita de diversas partes das plantas, como folhas, frutos, cascas, raízes e sementes. Dependendo da planta, o óleo essencial terá características diferenciadas de aroma, cor e densidade, variando de qual parte da planta ele foi extraído. O modo de se obter o líquido também varia: “Os óleos podem ser extraídos de várias maneiras, as mais comuns e que são aceitas pela comunidade europeia são destilação a vapor, hidrodestilação ou fluídos supercríticos. Nos nossos laboratórios, trabalhamos com a técnica de hidrodestilação”, ressalta a professora.

De acordo com a Sociedade Nacional de Agricultura, há, pelo menos, 300 óleos essenciais de interesse comercial no mundo e, entre os 18 mais importantes, o Brasil lidera a produção de dois: laranja (Citrus sinensis) e lima destilada (Citrus aurantifolia). Dados da Comtrade (United Nations Commodity Trade Statistics Database), mostram que os maiores consumidores de óleos essenciais no mundo são os EUA (40%) e a União Europeia (30%), sendo a França o país líder em importações.

 

Reportagem:  Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo: Lídia Bueno, jornalista – bolsista Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Projeto de extensão Incubacoop/UFLA promove o desenvolvimento de associações e cooperativas populares

Uma iniciativa voltada para a promoção da economia solidária e do cooperativismo popular – esse é o trabalho da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Incubacoop/UFLA), um projeto de extensão vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) que teve início em 2005, sob a orientação do professor José Roberto Pereira, do Departamento de Administração e Economia (DAE).

O projeto visa assessorar a constituição e funcionamento de cooperativas populares no município de Lavras e região, no intuito de gerar trabalho e renda, recursos financeiros e consciência cooperativista das pessoas envolvidas no trabalho.

De acordo com o atual coordenador do projeto, professor Valderí de Castro Alcântara, uma incubadora tecnológica de cooperativas se diferencia de outras organizações justamente por trabalhar com valores que vêm da economia solidária e do cooperativismo popular. Além disso, por se orientar sob a ótica de um método emancipador, o grupo de estudantes não executa as tarefas da associação ou cooperativa, mas sim estimula o desenvolvimento das pessoas ali envolvidas. “O processo de incubação é mais longo, pois demanda uma construção de raciocínio de todo grupo”, ressalta.

O que é economia solidária?

Valderí explica que a alternativa busca desenvolver atividade econômica a partir de outra economia possível: a cooperativista. “Essas associações e cooperativas populares desenvolvem suas atividades fora de um mercado formal de trabalho. Além disso, tratam de questões extremamente importantes, como as sociais e ambientais, e desenvolvem tudo isso a partir de valores como a cooperação e a igualdade na gestão de empreendimento, sem haver a tradicional hierarquia de empresas.”

O coordenador geral da Associação Comunitária dos Bairros Jardim Glória e Campestre I, II e III, Samir Oliveira, conta que o grupo é atendido pela Incubacoop há mais de cinco anos. “Além de apoio técnico, a incubadora também proporciona um apoio moral aos associados, e isso os engrandece como cidadãos”, afirma.

Os estudantes de Administração Pública, Camila Pereira de Souza e Eduardo Armani Rooke, relatam que trabalhar com um projeto de extensão proporciona tanto aprendizado acadêmico, quanto de vida pessoal. “Isso traz um enriquecimento na universidade e na vida. A gente consegue fazer essa relação com a comunidade e ver a realidade das pessoas. Vivemos restritos a um ambiente e, pra sair dele, é preciso entrar em contato com as adversidades”, ressalta Eduardo.  

Eduardo ainda completa que fica gratificado em saber que sua formação possibilita uma mudança na vida das pessoas. “É um crescimento pessoal e profissional. Agregar esse conhecimento à pratica e para a melhoria da vida das pessoas é imensurável” , conclui.

 Com uma equipe multidisciplinar de estudantes, orientadores e professores voluntários de diversas áreas do conhecimento, a Incubacoop está sediada no Bloco III do DAE. O serviço é gratuito, e os grupos interessados podem entrar em contato pelo telefone (35) 3829-1458 ou pelo email incubacoop@gmail.com. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira entre 8h às 11h e das 14h às 17h.

Alberto Moura, estagiário DCOM/UFLA

 

Pesquisa da UFLA comprova que silagem de espiga de milho nutre mais e estimula mastigação dos rebanhos

A presença da palha e do sabugo aumenta a concentração de fibras na dieta dos animais

Pesquisa do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) comprovou os benefícios de uma nova técnica utilizada para alimentar gado de corte e de leite no País: a silagem de espiga de milho. Testes apontaram que a alternativa garante uma dieta rica em fibras e estimula a mastigação dos animais. Com o procedimento, o resíduo da palha do milho ainda prepara o solo para plantio.

Os produtores rurais já investem na plantação de milho para a produção de silagem (alimento fermentado à base de milho). Mas, se antes era usado planta inteira, grãos úmidos ou reconstituídos, o diferencial da nova tecnologia está na extração da espiga de milho por uma plataforma despigadora adaptada à máquina autopropelida.

Segundo o professor do DZO, Thiago Bernardes, que estuda o processo há oito meses, a silagem de espigas garante uma ração que, além dos grãos, inclui palhas e sabugo. O composto aumenta a concentração de fibra na dieta dos ruminantes. “Hoje, a pecuária intensiva tem utilizado alimentos que não promovem a mastigação do animal. Então, a composição proposta pela pesquisa da UFLA pode suprir essa necessidade”, recomenda.

Outra vantagem é a quantidade de colmo e folha que permanece no campo após a colheita.  “O resíduo tem sido aproveitado como palha para o sistema de plantio direto e como fonte de potássio para o solo”, afirma o pesquisador.

A técnica ainda facilita o dia-a-dia do médio e grande produtor rural. Alugada por aproximadamente R$ 500 por hectare, a máquina colhe e processa as espigas, além de armazenar o composto no silo.  “Não há necessidade de maquinário específico para a colheita de grãos, como ocorre com a silagem de grãos úmidos ou a necessidade das operações de adição de água e moagem (grãos reconstituídos)”, acrescenta.

Para chegar aos resultados, pesquisadores da UFLA coletam amostras do milho ensilado em fazendas do sul de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

Pesquisa

A originalidade do estudo do Departamento de Zootecnia da UFLA, em destaque na revista do setor publicada na Alemanha Maiskomitee, está nos ajustes da tecnologia para a realidade do campo brasileiro. Isso porque a silagem de espiga de milho nasceu na Itália na década de 1960, migrou para os Estados Unidos e chegou às propriedades rurais brasileiras há apenas cinco anos. “Até então, o produtor reproduzia as recomendações técnicas dos norte-americanos e europeus. O objetivo da pesquisa é detectar se a silagem de espiga é viável do ponto de vista econômico e técnico para os produtores brasileiros”, informa o professor do DZO, Thiago Bernardes.

Os produtores rurais desconheciam, por exemplo, o percentual de umidade da espiga necessária para evitar perdas na silagem, que deve ser de 35%.  O estudo busca solucionar dois problemas ainda encontrados pelos pecuaristas e agricultores no País: tipos de híbridos de milhos mais adequados para a silagem de espiga e os efeitos da umidade da espiga sobre moagem a conservação da ração. 

Para isso, pesquisadores da UFLA testam quais híbridos são mais recomendados para a silagem de espiga de milho em território nacional. “Estudamos mais de 100 tipos de híbridos tendo em vista a viabilidade econômica das sementes, controle de pragas, entre outros fatores”, comenta o pesquisador.

Indústria brasileira de milho

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho e o segundo maior exportador, atrás apenas dos Estados Unidos. O plantio do milho cresceu nas últimas décadas, principalmente no uso de ração para gado, já que o país é o maior exportador mundial de carne.

A silagem, a base de milho, tem sido uma alternativa para alimentar o rebanho no mundo inteiro. Por isso, produtores rurais investem na plantação de milho para a produção de silagem, principalmente para superar os transtornos da seca e degradação dos pastos. 

Pollyana Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

3º Workshop sobre Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande é realizado na UFLA

A Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), realizou na última semana, quinta (26/4) e sexta-feira (27/4), o terceiro workshop do projeto “Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande”.

O evento possibilitou o compartilhamento de informações e resultados parciais das pesquisas realizadas pela UFLA  através do  Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf) nas  áreas de: diversidade florística, ecologia de ecossistemas florestais, melhoramento genético de espécies florestais, monitoramento da fauna, manejo de micro bacias hidrográficas, quantificação de biomassa e estoque de carbono em remanescentes florestais, mapeamento do uso e cobertura do solo da bacia com imagens de satélite, entre outros levantamentos.

O projeto teve início em 2013, com intuito de dar subsídio a programas de revitalização das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e propiciar o desenvolvimento sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Grande. O workshop é realizado no   Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf/UFLA), vinculado ao Departamento de Ciências Florestais (DCF).

Karina Mascarenhas, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig.