Outubro Rosa na UFLA: mobilização no câmpus foi realizada nesta quinta (26)

A quinta-feira (26/10) foi de atividades no câmpus da UFLA para a promoção da saúde da mulher. A campanha Outubro Rosa na Universidade mobilizou a comunidade acadêmica, com o objetivo de reforçar o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero como a principal arma no combate aos efeitos negativos da doença. O projeto foi desenvolvido pelo Minuto da Saúde, com apoio da Coordenadoria de Saúde da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), dos departamentos de Ciências da Saúde (DSA), Educação Física (DEF), Medicina Veterinária (DMV) e Nutrição (DNU), além da participação  da Liga Acadêmica da Saúde da Mulher e da Criança (Lasamc/UFLA), do Peti Biopar, do Nepaflor e do Coletivo Mulheres da UFLA.

As ações tiveram início às 10h, quando o ginecologista Hélio Haddad Filho e a enfermeira Maria Luiza Lima, profissionais da Coordenadoria de Saúde da Praec, prestaram orientações e esclareceram  dúvidas sobre as doenças, atendendo no ônibus laboratório da Universidade estacionado próximo ao Restaurante Universitário (RU).

De acordo com o médico, a prevenção é ainda uma boa medida quando se trata de câncer. “Quanto mais cedo se descobre um câncer, dependendo do caso, as chances de cura são maiores e o tratamento se torna menos invasivo”, observou. O ginecologista recomenda que mulheres acima dos 40 anos façam o exame preventivo de câncer de mama periodicamente. Quanto ao de colo do útero, é necessário acompanhamento profissional a partir do início da vida sexual.

A estudante de Engenharia ABI da UFLA, Mylena Matosinhos Cunha, procurou o atendimento. Ela revelou ter histórico da doença na família, o que despertou seu  interesse em buscar informações a respeito do câncer de mama. “É preciso ter cautela e se prevenir. Acho esse tipo de ação muito válida e importante. Que o tema seja mais difundido na universidade”, ressaltou.

A aluna de doutorado do Departamento de Entomologia, Lívia Souza, também  foi atendida para esclarecer algumas dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV (Papiloma Vírus Humano). “Eu imaginava que o somente o anticoncepcional era suficiente para prevenir o HPV. É preciso tomar a vacina, e foi isso que o profissional me aconselhou a fazer”. A pós-graduanda considera importante o trabalho da Coordenadoria de Saúde para orientar e levar informações à comunidade acadêmica.

Roda de conversa entre mulheres

No intervalo do almoço, das 12h às 13h, foi momento de bate-papo no Centro de Convivência. A roda de conversa contou com profissionais de saúde especializadas na saúde da mulher e na prevenção e combate às doenças que mais acometem a parcela feminina da população. Participaram da atividade também uma representante do Coletivo de Mulheres UFLA e uma paciente oncológica, Lídia Lopes Pereira, que prestou um depoimento emocionante sobre sua descoberta e tratamento de um câncer de mama.

Como enfermeira, Lídia disse ter se acostumado a prestar orientações sobre a doença, mas não imaginava descobrir um nódulo e passar para a outra condição: a de paciente. “Venho mostrar que existe vida e beleza apesar do câncer e me colocar como um espelho para quem está começando a passar por isso. Precisamos nos remontar todos os dias, como o apoio da família e amigos. Celebro a vida e me dedico à minha doença somente o tempo que ela realmente necessita. Não paro para ficar pensando ou sofrendo. Meu apelo hoje é pela prevenção, para que as mulheres, e também seus companheiros, se cuidem. O câncer de mama é silencioso, mas tem cura”, enfatizou.  

No local, foram distribuídos folhetos informativos e adesivos do Outubro Rosa na UFLA, com o slogan “Declare seu amor por você mesma – Juntas contra o câncer de mama e colo de útero”, além de preservativos. Às mulheres, foram entregues rosas como forma de demonstrar a importância de suas vidas.

Segundo a coordenadora da Saúde da Praec, Kátia Poles, é preciso desfazer as crenças sobre o câncer, para que a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um mal inevitável e incurável. “Embora possa ser um tema difícil de tratar, falar abertamente sobre o câncer ajuda a esclarecer dúvidas e pode aumentar a chance de enfrentamento da doença. Um em cada três casos de câncer pode ser curado quando descoberto no início, mas o tabu sobre o assunto pode acabar atrasando o diagnóstico. Por isso a campanha, para despertar o autocuidado e desmistificar a doença”, concluiu.

Veja os vídeos do quadro Minuto da Saúde sobre o tema:

Iluminação especial

O movimento Outubro Rosa nasceu na década de 1990, com o objetivo de estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Abraçando a causa, a UFLA aproveitou pontos de grande circulação para chamar a atenção para a importância do cuidado com a saúde da mulher. Quem passou pelo letreiro da rotatória de acesso principal ao câmpus e em frente ao prédio administrativo no período noturno, percebeu uma iluminação especial, de cor rosa, em referência à campanha. A iniciativa inédita na Universidade é também uma forma de colocar em evidência uma das doenças que mais atinge mulheres no Brasil e no mundo.

Com a colaboração em texto e fotos do jornalista Rafael Passos – bolsista Fapemig