III UFLA de Portas Abertas – inscrições encerradas

As inscrições para o III UFLA de Portas Abertas encerraram nesta quarta-feira (17/5). O evento alcançou 12.614 inscritos, totalizando em 177 escolas, sendo 113 públicas e 64 privadas, de 97 cidades. A mostra de profissões ocorrerá em 21 de junho, permitindo que os estudantes matriculados no Ensino Médio conheçam os cursos de graduação, as respectivas profissões e o funcionamento da Instituição.

Atualmente, a UFLA conta com 35 cursos de graduação, entre presenciais e a distância. Durante o evento, os visitantes têm a oportunidade de conversar com professores e estudantes, numa troca de experiências e informações que pode ser determinante para seu futuro.

Cada coordenador de curso com as equipes de acadêmicos da UFLA receberão os estudantes com visitas guiadas. Durante a visita é indispensável a presença de um responsável da escola inscrita para acompanhar os alunos.

A comunidade acadêmica estará organizada, nos diferentes departamentos da Universidade, para receber os participantes com palestras, demonstrações e apresentações culturais, de maneira que eles possam conhecer os cursos, a estrutura da instituição e as pesquisas desenvolvidas.

Parcerias

Empresas que tenham interesse em ser apoiadoras do evento devem ficar atentas ao Plano de Apoio do III UFLA de Portas Abertas. Atualmente, os produtos e serviços necessários para a realização do evento são: coletes de identificação, materiais gráficos e canecas.

Por se tratar de um evento institucional, o UFLA de Portas Abertas possui grande capacidade de alcançar diferentes localidades através de mídias de divulgação, atingindo diferentes públicos. Além disso, apoiar uma mostra de profissões evidencia o papel social de uma organização, que se preocupa com o desenvolvimento dos indivíduos, a partir da educação e desenvolvimento social.

Clique aqui para acessar o Plano de Apoio – UFLA de Portas Abertas

Interessados em colaborar na organização

O evento será realizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) e colaboração de toda a comunidade acadêmica. Os acadêmicos que tenham interesse em participar devem preencher um formulário (disponível aqui). Posteriormente a comissão entrará em contato para explicar todos os detalhes. As atividades serão realizadas durante todo o dia e os voluntários receberão certificado emitido pela Proec, referente à participação em programa de Popularização da Formação Profissional em Ciência, Tecnologia e Inovação. O grupo de colaboradores estará envolvido no apoio à logística geral do evento.

Serviços

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail: codets@proec.ufla.br ou pelo telefone: (35 3829-1101 / 35 3829-1317).

Texto: Camila Caetano- Jornalista, bolsista DCOM/Fapemig. 

Semana Nacional de Museus: realizada na UFLA palestra sobre o “não dito” na história dos museus

Até 21/5, em comemoração à 15ª Semana Nacional de Museus, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) desenvolve programação cultural especial. Entre as diversas atividades, foi realizada na segunda-feira (15/5), uma palestra intitulada ‘Os caminhos da pesquisa: o “não dito” na história recente da UFLA’.

Ministrada pelo professor do Departamento de Educação (DED) Ângelo Constâncio e com a presença de diversos estudantes da Universidade, a palestra abordou a importância das histórias preservadas nos museus, que são, de acordo com o professor, um lugar de encantamento, estudo, conversa e lazer.

Professor Ângelo foi o responsável pela condução do tema.

O “não-dito” nos museus é aquilo que é esquecido na história, até mesmo de forma intencional, principalmente pela tendência maior de conservação e exposição de objetos e histórias relacionadas às classes mais favorecidas, ficando as menos favorecidas em segundo plano. Aplicando o tema à realidade da Universidade, o professor fez uma explanação sobre o período de transformação da antiga Escola Agrícola de Lavras (Esal) em Universidade, quando afloraram opiniões diferentes em relação à linha de atuação que deveria ser seguida e à manutenção ou não da marca Esal. No entanto, esses ditos do passado ficaram ausentes dos registros da história da Universidade e enquadram-se hoje em “não-ditos”.

A reflexão proposta durante a palestra sugere que é necessário pensar nos museus com uma expectativa mais ampla, que vá além do modo como é atualmente retratado, pois é um espaço legítimo, que valoriza o sociocultural, produz sons e silêncio, relaciona e discrimina ao mesmo tempo. E por trás de toda exposição, há também o que é dito no silêncio, e essa mensagem precisa ser refletida, pois dentro dessas ausências existem inúmeras possibilidades.

Texto: Panmela Oliveira, comunicadora e bolsista DCOM/Fapemig.

UFLA realiza cerimônia de recepção de estudantes estrangeiros

Os estudantes estrangeiros ingressantes na Universidade Federal de Lavras (UFLA) nos semestres 2016/2 e 2017/1 foram recepcionados oficialmente na última segunda-feira (15/5). São 31 estudantes de graduação e pós-graduação, vindos da Colômbia, Moçambique, México, Peru, Chile e Rússia.

Com a presença da vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho; da pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários, professora Ana Paula Piovesan Melchiori; do pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio;  do diretor de Avaliação e Desenvolvimento do Ensino, professor José Antônio Araújo Andrade; da professora Débora Racy; e de integrantes da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), os estudantes tiveram a oportunidade de solucionar suas dúvidas. O diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Júnior, foi quem apresentou as informações gerais sobre a Universidade, assim como as instruções sobre a permanência no País, além de ter falado sobre o auxílio que a DRI oferece para procedimentos obrigatórios a serem realizados durante a estadia.

O pró-reitor de Pós-Graduação incentivou os presentes a aproveitarem o seu tempo no Brasil realizando cursos independentes e afirmou que este período é importante para o estabelecimento de novas amizades, além da conciliação entre os estudos e os momentos de diversão.

Já a professora Édila reforçou o pedido para que tanto os professores quanto os estudantes sigam as normas da UFLA. Afirmou que o espaço da Instituição é aberto à discussão, pois os estudantes também são gestores da Universidade.

A servidora da DRI Joyce de Almeida Alves encerrou as atividades do evento falando sobre a atuação da Comissão de Acolhimento e Acompanhamento dos Estudantes Estrangeiros.

Professora e pesquisadora no Peru, Verônica Castro vai iniciar o mestrado em Ciências Veterinárias: “Estar no Brasil é a realização de um sonho”, disse. Enfatizou a variedade de pesquisas possíveis na área e o tamanho da Universidade, pela qual está encantada.

Juan Felipe Avendaño cursa Direito na Colômbia e vai passar seis meses na UFLA. Já realizou intercâmbios no México e Estados Unidos, mas disse que a melhor experiência até o momento está sendo no Brasil e mostra-se apaixonado pela UFLA. “Considero as aulas muito boas, com professores capacitados que utilizam uma linguagem acessível e metodologias interativas” – afirmou.

Na terça-feira, 16/5, os estudantes fizeram um tour pela Universidade sob a orientação da equipe da DRI.

Daniel Kalambaiji Kalonji explicou sobre o Núcleo de Cultura Internacional.

A UFLA

A Universidade está entre as 12 melhores do Brasil, de acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC/MEC), além de se destacar também em rankings internacionais. No ranking de sustentabilidade GreenMetric, a instituição ocupa o 1° lugar na América Latina. É também a 2ª no mundo a receber o certificado Blue University, que atesta que a instituição realiza uma ótima gestão das águas, investindo em todo o processo de produção, tratamento, uso e reaproveitamento desse recurso natural no próprio câmpus.

Além disso, a instituição oferece aos seus estudantes, incluindo os estrangeiros, atendimento médico, dentário, ginecológico, psicológico, além de outros benefícios que podem ser consultados na página da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). 

Daniel Kalambaiji Kalonji, da República Democrática do Congo, está há quatro anos na UFLA, no curso de Engenharia de Controle e Automação. Coordenador do Núcleo de Cultura Internacional, considera a UFLA uma boa universidade, com uma boa educação, conhecimento e direção.

Texto: Panmela Oliveira, comunicadora e bolsista DCOM/Fapemig.

Projeto Golden Cup premia cafés especiais e difunde conhecimento

O Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf), do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), realizou na última sexta-feira (12/5) o lançamento do projeto Golden Cup. A proposta consiste em premiar a qualidade de cafés especiais produzidos pelos filhos dos cafeicultores da Agência de Inovação do Café (InovaCafé).

Segundo o coordenador-geral do InovaCafé, Giovani Belutti Voltolini, o projeto busca o treinamento dos filhos dos cafeicultores para que eles sejam difusores de conhecimento e de tecnologia na área.  As amostras do produto começaram a ser recebidas na segunda-feira (15/5), na sala de recepção do Necaf, e podem ser entregues até 18 de agosto.

Em 1 e 2 de setembro serão conhecidos os campeões do concurso, que abrange cafés de todas as regiões produtoras do Brasil. Com isso, forma-se uma mesa de provas diversificada e enriquecida com sabores, aromas e aspectos do café.

O diretor da InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, disse que a proposta reforça a busca pelo melhoramento contínuo da qualidade do café.  “O projeto favorece a difusão de tecnologia e conhecimento relativos ao café, que inicialmente pode parecer restrita, mas que visa o futuro da cafeicultura. A iniciativa é bem interessante e acho que vai trazer ótimos frutos para InovaCafé, para UFLA e para todos”.

O Golden Cup é realizado em parceria com o Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo do Café (QICafé) e com o Núcleo de Estudos em Pós-Colheita (Pós-Café), ambos da UFLA.

Texto: Mariane Rodrigues de Freitas

Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal: equipe da Prefeitura estará na UFLA para atualizações e novos registros

Uma equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social estará na Universidade Federal de Lavras (UFLA) para cadastro e recadastro de integrantes da comunidade acadêmica no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O atendimento será prestado no Centro de Convivência da UFLA nos dias 30/5 e 31/5, das 10h às 15h e das 17h às 20h.

Os cidadãos inseridos no Cadastro Único podem ter acesso a diferentes benefícios, como telefone popular; tarifa social de energia elétrica, isenção de taxas em concursos públicos; passe livre para pessoas com deficiência; carta social; carteira do idoso; aposentadoria de pessoas de baixa renda, além de programas como ID Jovem, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Verde, Erradicação do Trabalho Infantil, Fomento às Atividades Produtivas Rurais e outros, inclusive os específicos de estados e municípios.

De acordo com a gestora do Bolsa Família da Prefeitura de Lavras, Patrícia Condé Marques, a equipe está realizando ações semelhantes em diferentes regiões da cidade, geralmente aos sábados, para facilitar o acesso da população e garantir a atualização dos dados e inclusão de novos cadastros. “Percebemos que havia uma demanda significativa por parte dos estudantes da UFLA pelo Cadastro Único, especialmente por causa do Programa ID Jovem. Por isso, pela primeira vez, levaremos a ação ao câmpus, já que muitas pessoas não conseguem comparecer aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras)”.

Para realizar ou atualizar o cadastro, é necessário apresentar comprovante de residência e os documentos originais de todos os membros do núcleo familiar (CPF e Identidade, mais certidão de nascimento e declaração da escola – no caso de crianças menores de 18 anos ). O Cadastro Único é voltado a famílias de baixa renda (com até dois salários mínimos per capta, ou com renda de até três salários mínimos de renda mensal total).

Um pouco mais sobre o ID Jovem

O Identidade Jovem (ID Jovem) é o documento pelo qual jovens que têm entre 15 e 29 anos podem ter acesso a benefícios como meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos, além de vagas gratuitas ou com desconto no sistema de transporte coletivo interestadual, conforme disposto no Decreto 8.537/2015.

Para ter direito ao ID Jovem é necessário que a família do requerente tenha renda mensal de até dois salários mínimos. Ele deve estar inscrito no Cadastro Único do Governo Federal, com informações atualizadas há pelo menos 24 meses.

Confira outras informações sobre o ID Jovem

Torneio Amistoso de Rugby Sevens será realizado na UFLA no próximo sábado (20/5)

A equipe de Rugby da Universidade Federal de Lavras (UFLA Rugby Team) realizará no próximo sábado (20/5), a partir de 9h, um torneio no Estádio da UFLA. O evento será uma disputa amistosa entre equipes do formato Rugby Sevens, com o objetivo de promover o esporte em Minas Gerais.

A competição deverá ter participação mínima de três times, com limite máximo de 12 atletas cada, além de contar com a participação da modalidade sevens feminino. Ao final, haverá premiações para os vencedores e jogadores destaques durante o campeonato.

Mais informações podem ser obtidas na página oficial do UFLA Rugby Team no facebook.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA. 

Núcleo de Estudos em Inovação, Empreendedorismo e Setor Público da UFLA completa um ano de atuação

O Núcleo de Estudos em Inovação, Empreendedorismo e Setor Público (Niesp) do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) completou um ano de fundação na última quinta-feira (11/5). O núcleo é coordenado pelos professores Dany Flávio Tonelli e Daniela Meirelles Andrade.

O grupo possui como objetivo geral colaborar positivamente com o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão, além de adquirir e disseminar novos conhecimentos, na área de inovação, empreendedorismo e setor público, a fim de permitir um intercâmbio entre a Universidade e a sociedade.

Formado por docentes e discentes de graduação e pós-graduação dos cursos de Administração e Administração Pública, incluindo outros correlatos, o núcleo também é composto por membros externos e pesquisadores com formação em áreas já assinaladas ou em outras áreas de interesse.

Nesse primeiro ano de atuação foram realizadas diversas atividades. Dentre elas: cursos de capacitação dos integrantes; workshop de “Negócios Impacto Social”, desenvolvido por alunos externos ao núcleo, objetivando difundir o conceito de negócios de impacto social; além de discussões e debates de alguns textos, bem como a realização de projetos de extensão e pesquisa.

Para celebrar seu primeiro aniversário, o Niesp organizará um evento para discutir perspectivas atuais sobre inovação, empreendedorismo e setor público no Brasil. O evento ainda está em processo de andamento, com data prevista de realização para junho. A execução deste evento atesta que grupo visa buscar um espaço permanente que contribua para o crescimento e o diálogo entre estudantes, professores e sociedade.

Mais informações sobre o Niesp podem ser obtidas pelo e-mail niespufla@gmail.com ou na página no facebook.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA. 

Pesquisa da UFLA descreve as vias de silenciamento no genoma do café – estudo possibilitará melhorias no desenvolvimento da planta

Thales Henrique Cherubino Ribeiro, Antonio Chalfun Junior, Christiane Noronha Fernandes Brum e Pâmela Marinho Rezende

Análise genômica da via de silenciamento guiada por RNA no café revela seus mecanismos reguladores. Este foi um dos focos da tese de doutorado da bióloga Christiane Noronha Fernandes Brum, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sob a orientação do professor Antonio Chalfun Junior.

O conhecimento dessas vias de regulação da expressão gênica em cafeeiro é de extrema importância para o meio científico e poderá futuramente ser aplicado para o melhoramento vegetal por meio da biotecnologia. Os resultados trazem perspectivas para a cultura, abrindo novas frentes de pesquisa para melhoria da qualidade, produtividade e tolerância a estresses.

“Em 2014 saiu o genoma do café, Coffea canephora, a partir de então tivemos o interesse de estudar a regulação da expressão gênica, que são os mecanismos de ligar e desligar os genes em determinados momentos, em resposta a alguma condição, como crescimento vegetativo ou reprodutivo. Esse trabalho já foi realizado em outras espécies, como milho, sorgo, dentre outras. Então, utilizamos estes como base para conseguir desvendar no café. Fizemos um levantamento bem mais aprofundado, conseguimos identificar cerca de 50 proteínas no café, que são responsáveis pela biossíntese, processamento e funcionamento dos pequenos RNAs não codantes, dentre eles os microRNAs”, relata Christiane.

De acordo com os pesquisadores, um trabalho tão amplo, detectando mais de 50 proteínas nunca foi feito em outras espécies cultivadas. Também foi identificada uma classe de pequenos RNAs que regulam a expressão gênica, os microRNAs, no genoma de Coffea canephora. “Ao todo, 235 precursores de microRNAs foram preditos”, complementa a pesquisadora.

Aplicabilidade

A pesquisadora explica como essa revelação poderá ajudar a compreender os processos de expressão gênica no café. “No nosso laboratório, por exemplo, temos como foco o florescimento, que possui o problema da desigualdade, pois produz flores em diferentes estádios. Isso faz com que na mesma planta haja frutos verdes, maduros ou que já passaram da época de colheita, prejudicando a qualidade. Se conseguirmos compreender quais mecanismos regulam esse processo, conseguiremos modificá-los, uniformizando o florescimento”, comenta.

A partir de dados brutos do genoma, os pesquisadores foram discutindo possibilidades, fazendo análises evolutivas, funcionais, estruturais e posteriormente caracterizando todo o material, tanto as proteínas quanto os microRNAs. A partir de todo esse processo, eles conseguiram identificar uma quantidade expressiva de microRNAs, não presente na literatura, ampliando significativamente esse conhecimento. “Identificamos todos os microRNAs – reguladores da expressão – que existem no genoma de café, agora o próximo passo é fazer a análise da função de cada um, estudando-os em processos específicos. Quando um gene se expressa, ele sai de uma forma de DNA para RNA mensageiro. O microRNA que regula esse RNA mensageiro, permitindo ou não que ele forme uma proteína”, explica a pesquisadora.

O orientador da pesquisa, professor Chalfun, ressalta que por meio dessa pesquisa é possível ter um leque maior que possibilitará o desenvolvimento de importantes trabalhos futuros. “É algo inédito devido a abrangência dos dados e não da técnica em si. É algo novo aplicado ao café e toda essa gama de conhecimento poderá ser empregada até mesmo em outras espécies. A aplicabilidade desse trabalho vem posteriormente, que inclusive já está sendo executada”.

Na segunda fase do doutorado foram realizadas análises, aplicadas, dos dados obtidos durante a pesquisa. O foco do estudo é o florescimento da planta de café. Esta parte prática ainda está sendo finalizada, por isso, a tese está retida, mas a previsão é de que seja divulgada ainda nesse ano.

Já os resultados da primeira etapa acabam de ser publicados na PLOS ONE (The Public Library of Science ONE), considerado o segundo maior periódico do mundo, tendo publicado por volta de 22 mil artigos científicos em 2016. Clique aqui para acessar o artigo completo.

Parceria

A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT) e realizada em colaboração com o Laboratório de Fisiologia Molecular de Plantas (LFMP) coordenado por Chalfun, e o Laboratório de Bioinformática e Análises Moleculares (LBAM), sob a orientação do professor Matheus de Souza Gomes, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Texto: Camila Caetano, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Coordenador da Área de Medicina II – Capes proferiu Aula Inaugural da Pós-Graduação em Ciências da Saúde

Prof. Geraldo Brasileiro Filho

O início do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da UFLA foi marcado pela Aula Inaugural proferida pelo professor Geraldo Brasileiro Filho, coordenador da Área de Medicina II da Capes. A aula foi ministrada na manhã da última sexta-feira, 12, no Auditório Magno Antonio Patto Ramalho (Departamento de Biologia). Nela, o professor Geraldo Brasileiro explicou os critérios e diretrizes de avaliação dos programas de pós-graduação pela Capes, sendo eles: proposta do programa; corpo docente; corpo discente, teses e dissertações; produção intelectual; e inserção social.

Durante a abertura do evento, o coordenador do Programa, professor Luciano José Pereira, agradeceu a confiança dos pós-graduandos e a atuação dos participantes no processo de abertura do PPGDSA. De acordo com ele, a primeira proposta de criação de um programa na área de saúde, na UFLA, foi feita em 2012.  “Foram cerca de 4 anos estudando as diretrizes da Capes e mantendo a produção científica. E houve uma motivação crescente, conforme o grupo de docentes foi aumentando”, destacou.

O chefe do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), professor Tales Barçante, também agradeceu os ingressantes pela confiança e frisou que “os próximo passos são sedimentar o programa e buscar o conceito 4 da Capes, com metas e objetivos definidos”.

O pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, também representou a Reitoria no evento. Ele destacou o empenho da Direção Executiva da UFLA na obtenção de bolsas junto às agências de fomento e aconselhou os graduandos a se empenharem desde já para se destacarem nos processos seletivos do Programa.

Também participaram da mesa de abertura o coordenador-adjunto do PPGDSA e o coordenador do curso de Medicina, professores Fernando Ferrari e Vítor Mati, respectivamente.

A proposta do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da UFLA foi recomendada pela Capes em outubro de 2016, sendo aprovada pela Câmara da Área de Medicina II. A equipe do Programa é composta por 14 professores, incluindo a participação de docentes do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), de outros departamentos da UFLA e ainda colaboradores de outras instituições.

Sobre o ministrante

O professor Geraldo Filho é graduado e doutor em Medicina pela UFMG, com título de pós-doutorado pela McGill University, Montreal, Canadá. Ele é professor titular de Patologia da Faculdade de Medicina da UFMG, onde ocupou vários cargos administrativos, inclusive o de diretor. Atuou ainda como membro da Comissão de Especialistas de Ensino Médico do MEC. Dentre suas diversas funções como professor, pesquisador e avaliador da Capes, o professor Brasileiro é ainda o organizador/editor do famoso livro “Bogliolo Patologia”. 

 

Prêmio Alfredo Scheid Lopes é destaque no Simpósio de Ciência do Solo

Professora Fátima Maria Moreira (DCS), Rodrigo F. da Silva (estudante de doutorado), e professor Alfredo Sheid Lopes (DCS)

Na última semana a Universidade Federal de Lavras (UFLA) realizou o Segundo Simpósio de Ciência do Solo. Nesta edição, em homenagem a um dos ícones da área de ciência do solo, foi criado o prêmio Alfredo Scheid Lopes, honraria concedida ao melhor trabalho apresentado no evento.

O evento, promovido e organizado pelo Departamento de Ciência do Solo (DCS/UFLA), através do Núcleo de Estudos em Ciência do Solo e a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo-Núcleo Regional Leste, foi realizado de 10 a 12 de maio. A premiação ocorreu na quinta-feira (11/5) e teve como ganhador o estudante de doutorado Rodrigo F. da Silva, pela apresentação do trabalho: “Técnicas de Modelagem no ajuste da curva de retenção de água do solo sob diferentes tipos de manejo”.

Orientado pelo professor Geraldo Oliveira (DCS/UFLA), Rodrigo pesquisou modelos que melhor se ajustam e que promovem um grau de refinamento maior para a utilização da água no solo. “Nosso trabalho surge com uma dúvida em torno de um assunto muito importante: modelagem de retenção de água em solo. No Brasil, de uma maneira geral, temos um modelo usual, que a maioria dos estudos utiliza. O que propusemos foi usar técnicas estatísticas mais apropriadas para comparar os modelos e depois entender se são de fato ajustáveis ou não àquela situação”.

Rodrigo realizou o mestrado na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e chegou à UFLA para realizar o doutorado. “Eu gostaria de agradecer ao DCS e ao professor Alfredo, que é um ícone da nossa área. Falar do professor Alfredo é falar de tudo que a ciência do solo representa para os pesquisadores. Estar hoje aqui e ser premiado diante de vários trabalhos de ótima qualidade como foram os apresentados hoje, é uma grande honra. Ter o seu trabalho reconhecido é o melhor benefício que um pesquisador pode alcançar”. Para Rodrigo a UFLA lhe proporcionou um significativo crescimento pessoal e profissional.

Na abertura do evento, ao ser anunciado o prêmio Alfredo Scheid Lopes, a professora Maria Lígia de Souza Silva (DCS), tutora do Núcleo de Estudos em Ciência do Solo, ressaltou a importância da homenagem realizada. “O pioneirismo de suas pesquisas proporcionaram conhecimentos científicos que levaram a um desenvolvimento sustentável na região dos cerrados, sendo que as tecnologias de manejo por ele desenvolvidas são hoje extrapoladas por vários países da América do Sul e da África. Por toda sua dedicação a pesquisa, ensino e extensão, que ainda continua, pela grande pessoa que é, não só em tamanho mas em coração, que estamos homenageando com esse prêmio. É a forma de dizermos muito obrigado por tudo que nos proporcionou”, pronunciou 

Emocionado, o professor Alfredo agradeceu à homenagem e aconselhou os estudantes a sempre sonharem alto, visando um país melhor. “O trabalho honesto pode ser o divisor de águas para que esse sonho se torne realidade. E, vocês são a razão da minha existência profissional”, disse o homenageado.

Na ocasião, o professor Scolforo, presente na abertura do Simpósio, enfatizou todo o trabalho já realizado pelo professor Alfredo, que permitiu a socialização de um conhecimento pioneiro. “A economia do país é amparada pela agricultura. E o grande celeiro desse setor está no cerrado brasileiro. Com o professor Alfredo que veio o conhecimento de que o cerrado poderia ser cultivado. Isso é uma das coisas que mais me orgulha na UFLA, ter pessoas fantásticas que contribuíram para o desenvolvimento do país”, afirmou o reitor.

Integrantes do Núcleo de Estudos em Ciência do Solo juntamente com os professores do DCS: Alfredo Lopes, Fátima Moreira, e Maria Ligia. 

Confira aqui a matéria da abertura do evento.

Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. Cobertura da premiação: Thays Monteiro – bolsita Proat/Dccom.