UFLA realiza evento internacional referência na área de coturnicultura

Evento será realizado até sexta-feira (27/10)
Evento será realizado até sexta-feira (27/10)

Único evento específico e direcionado à coturnicultura no mundo é realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), com a organização do Núcleo de Estudos em Ciência e Tecnologia Avícola (Necta) conjuntamente com o Departamento de Zootecnia (DZO), desde 2001. São ao todo seis Simpósios e cinco Congressos. Desde a primeira edição, já passaram pelo evento palestrantes de diversos países, como EUA, Espanha, Japão, Estônia e Brasil.

O VI Simpósio Internacional e V Congresso Brasileiro de Coturnicultura teve início nesta quinta-feira (27/10) com participantes provenientes de diversas instituições de ensino, além de técnicos e empresários do setor avícola. O evento, que será realizado até sexta-feira (27/10), tem o objetivo de retratar a produção, a nutrição, a ambiência, o bem-estar, o melhoramento genético e o mercado de codornas de corte e postura.

Para o presidente do Necta, professor Antônio Gilberto Bertechini, o Brasil é o país em que a coturnicultura mais cresce, considerado referência mundial. “Por isso é preciso nos unir para continuar a crescer e melhorar a produção e segurança de alimentos”- comentou. A abertura do evento contou com a presença do professor aposentado da UFLA Benedito Lemos de Oliveira, que também enfatizou a importância da coturnicultura no agronegócio do país, um dos pontos chave da economia.

O chefe do Departamento de Zootecnia da UFLA, professor Carlos Eduardo do Prado Saad ressaltou a relevância da Universidade sediar um evento desse porte, em uma área de destaque. Na ocasião, o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor João José Granate de Sá e Melo Marques, destacou a presença de produtores e técnicos que são de extrema importância.

Panorama atual e perspectivas da coturnicultura no Brasil

Professor Antônio Gilberto Bertechini
Professor Antônio Gilberto Bertechini

A primeira palestra do evento foi ministrada pelo professor Gilberto Bertechini, que abordou o panorama atual e as perspectivas da coturnicultura no Brasil. “As perspectivas são boas, basta aproveitá-las. O agronegócio representa 23% do PIB brasileiro, e é este setor que vem mantendo a economia, sempre com resultados positivos”, comentou.

O professor explicou que há um sério problema a ser enfrentado, o descompasso entre os custos de produção e os preços de venda dos ovos de codorna. “Houve muita exportação de milho, fazendo com que o preço aqui aumentasse. Por isso, hoje o custo de produção é alto, pois a alimentação das codornas representa 50%”.

Durante a palestra, o professor enfatizou a importância do ovo de codorna para a saúde humana. “Possui um alto conteúdo de nutrientes, alto valor biológico de proteínas, e ainda é baixa fonte de calorias. Nossa expectativa é de até convencer o governo a inserir o ovo de codorna na merenda escolar, devido aos seus grandes benefícios. É preciso que toda população entenda a qualidade dos ovos”.

Destaques na programação

Sendo referência mundial, o evento contará com palestrantes de diversas instituições de ensino renomadas no Brasil e exterior. Seguem alguns dos destaques:

Professor Galal Abou Khadiga, Faculty of Desert and Environmental Agriculture, Alexandria University, Egito: Melhoramento genético em codornas de postura

Professor Sohail Ahmad, Department of Poultry Production, University of Veterinary and Animal Sciences, Paquistão: Manejo de dejetos e destino de aves mortas

Nair Katayama Ito, SPAVE: Salmonella e causas de mortalidade em codornas de postura

Daniela Duarte de Oliveira, Médica Veterinária do Aviário Santo Antônio: Legislação e boas práticas na indústria de ovos.

Luiz Fernando Teixeira Albino da Universidade Federal de Viçosa (UFV): Nutrição na fase de cria e recria de codornas japonesas.

Fernando Guilherme Perazzo Costa, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB): Ferramentas nutricionais para otimização do período produtivo em codornas de postura.

Carla Cachoni Pizzolante e José Evandro de Moraes, Pesquisadores Científicos, do Instituto de Zootecnia, APTA, São Paulo: Atualização em bem-estar e ambiência para codornas.

Cristina Moreira Bonafé Professora Adjunta da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM): Avanços no melhoramento genético em codornas de corte.

Professor Ednardo Rodrigues Freitas, professor Adjunto da Universidade Federal do Ceará (UFC): Perspectivas e avanços para incentivar o mercado de carne de codornas de descarte.

Confira aqui a programação completa

Texto: Camila Caetano- jornalista/ bolsista UFLA.

 

UFLA divulga calendário administrativo para último trimestre de 2016

A Portaria Nº 1.588, de 25 de Outubro de 2016, estabelece o calendário administrativo para a Universidade Federal de Lavras, sinalizando os dias de feriados e pontos facultativos dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2016. O calendário deve ser cumprido pelas unidades administrativas e acadêmicas da UFLA, observando-se a manutenção dos serviços considerados essenciais, definidos pelas respectivas chefias.

O calendário considera os seguintes documentos:

  •  Portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) nº 630, de 31 de dezembro de 2015, que divulga os dias de feriados nacionais e estabelece os dias de ponto facultativo no ano de 2016, para cumprimento pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo;
  • Ofício Circular nº 7/2016 da Coordenadoria-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Educação que trata dos feriados e pontos facultativos dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal;
  • Ofício Circular nº 622, de 21 de setembro de 2016, da Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço Público do MPOG, que trata do recesso de final de ano;
  • Calendário escolar dos cursos de graduação presenciais da UFLA, referente ao segundo período letivo de 2016, aprovado pela Resolução CEPE nº 254, de 28 de julho de 2016.

A Portaria foi assinada pelo reitor, professor José Roberto Scolforo, em conformidade com a solicitação da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PRGDP).

Consulte o calendário:

calendario-outubro

 

 

 

 

 

 

 

 

calendario-novembro

 

 

 

 

 

 

calendario-dezembro

Debate sobre violência contra a mulher será realizado hoje na UFLA

Será realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), nesta quinta-feira (27/10), às 16 horas, um debate sobre violência contra a mulher. O evento contará com a presença da delegada titular, da delegacia especializada em atendimento à mulher, Ana Paula Arruda; do psicólogo, psicanalista e coordenador da Proteção Social Especial, Stenio Xavier e, da professora do Departamento de Educação Catarina Dallapicula.

Os palestrantes irão discutir e sanar dúvidas à comunidade acadêmica e sociedade civil lavrense sobre as ações existentes para solucionar os casos de violência contra as mulheres atualmente, políticas públicas, questões jurídicas e atuação do Estado. A mesa redonda terá como mediador o professor e chefe do Departamento de Administração e Economia Renato Fontes. Além disso, serão distribuídos materiais sobre a Lei Maria da Penha.

O debate será realizado no anfiteatro do Departamento de Ciências da Computação (DCC/UFLA) com capacidade para 130 pessoas. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas no site https://sig.ufla.br. O evento é promovido pelo Centro Acadêmico de Administração Pública e apoiado pelo Departamento de Administração e Economia (DAE); Peti Pública; Alfa Pública Consultoria Jr. em Gestão; Coletivo Mulheres da UFLA e Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.

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II Simpósio de Ecofisiologia Sistêmica convida para reflexões que ampliem as fronteiras do conhecimento

O II SES 2016: espaço aberto para a discussão de temas emergentes do estudo das interações entre planta e ambiente
II SES 2016: espaço aberto para a discussão de temas emergentes do estudo das interações entre planta e ambiente

Contribuições da história para a reflexão e produção científica”, essa foi a palestra de abertura do II Simpósio de Ecofisiologia Sistêmica – SES 2016, iniciado nesta quarta-feira (26/10), no Anfiteatro “Ramalhão”, do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (DBI/UFLA). O evento, que segue até sexta-feira, tem a chancela da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal (SBFV), com a organização do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal (PPGFV), Laboratório de Ecofisiologia Vegetal e Núcleo de Estudo em Fisiologia Vegetal.

Não foi por acaso que o evento teve início com a apresentação da professora Marina Battistetti Festozo, professora do DBI/UFLA na área de Educação Científica e Ambiental. Por meio de um breve resgate histórico sobre a produção do conhecimento em sociedade e suas transformações, a aula magna convidou os participantes para uma reflexão sobre a forma como a ciência é produzida, suas contribuições, utilidades e evolução ao longo dos anos.

E é justamente essa a proposta do II SES 2016, que se caracteriza como espaço aberto para a discussão de temas emergentes do estudo das interações entre planta e ambiente em seus aspectos mais amplos. A ideia é promover um ambiente favorável para discussão, desenvolvimento e disseminação de ideias inovadoras sobre a ecofisiologia de plantas, bem como suas aplicações mais diversas.

Único evento no Brasil voltado para eco fisiologistas, a programação é voltada para os profissionais e estudantes que estão inseridos em ensino e pesquisa sobre a interação entre planta e ambiente. Não é apenas um evento de caráter técnico-científico, mas um fórum para o debate de perspectivas científicas originais e inovadoras (novas hipóteses, teorias e metodologias) que inspirem e motivem o avanço da Ecofisiologia no Brasil.

professora Marina Festozo DBI/UFLA convida para reflexões sobre o modo de se fazer ciência
Professora Marina Festozo DBI/UFLA convida para reflexões sobre o modo de se fazer ciência

Representando a Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal, o professor Gustavo Maia Souza enfatizou que o evento traz a oportunidade de discutir temas que estão fora do paradigma central que envolve a ecofisiologia vegetal. “É muito importante quando grupos relevantes de pesquisa e universidades renomadas como a UFLA abram o debate sobre novas questões que ampliem a fronteira do conhecimento. A UFLA é um dos principais centros de pesquisa em fisiologia e ecofisiologia vegetal, com história e tradição”, destacou.

Incentivo ao debate

De acordo com o professor João Paulo Barbosa – presidente do evento, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal e tutor do Núcleo de Estudo em Fisiologia Vegetal, o objetivo é ampliar o debate sobre o tema ecofisiologia por meio de uma abordagem sistêmica e integrativa. Assim, o Simpósio segue a um modelo diferenciado, com a proposição de quatro painéis e a abertura de debate sobre diferentes temáticas: Instrumentação e Metodologias; Cognição/Inteligência em Plantas; Fisiologia do Estresse e Produção Vegetal.

As mesas são mediadas por pesquisadores renomados em cada uma das áreas abordadas, mas as palestras são proferidas prioritariamente por jovens pesquisadores, com a apresentação de linhas de pesquisas inovadoras. “O evento oferece aos participantes uma oportunidade para compartilhar informações e resultados de pesquisa, estabelecer parcerias e formar massa crítica capaz de ampliar o conhecimento em temas emergentes e de vanguarda na fisiologia de plantas”, complementa.

O formato do simpósio também inclui a apresentação de pôsteres. Porém, nesse ponto, também houve uma novidade. Os temas apresentados poderão ser discutidos presencialmente durante o evento e também por meio de um aplicativo criado especialmente para interação dos participantes, ampliando o fórum e os vínculos para futuras parcerias.

Incentivo Institucional

O pró-reitor de Pesquisa, professor Teodorico de Castro Ramalho, enfatizou em seu pronunciamento a admiração pela área da ciência e pelas pesquisas que envolvem a interação entre planta e ambiente, com reflexos na vida humana e na sociedade. O formato do Simpósio, segundo ele, propicia o debate de ideias, em temas se caracterizam pela relevância, complexidade e interdisciplinaridade.

Presente na abertura do evento, o pró-reitor adjunto de pós-graduação da UFLA, professor Márcio Machado Ladeira, destacou os núcleos de estudos, considerados por ele como importante diferencial da Universidade. Entre as atribuições dos núcleos, a organização de eventos contribui para a formação de recursos humanos capacitados em trabalhar em grupo e com fortes relações interpessoais, características desejadas pelo mercado de trabalho.

O evento foi organizado com o apoio do Núcleo de Estudo em Fisiologia Vegetal e teve o apoio financeiro da Capes e empresas parceiras.

Legenda: Mesa de Honra de abertura: presidente do II Simpósio de Ecofisiologia Sistêmica, prof. João Paulo Delfino Barbosa; pró-reitor adjunto de pós-graduação da UFLA, prof. Márcio Ladeira; chefe do Departamento de Biologia, professor João Cândido de Souza; pró-reitor de Pesquisa, professor Teodorico Ramalho e o secretário-geral da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal, prof. Gustavo Souza
Mesa de Honra de abertura: presidente do II Simpósio de Ecofisiologia Sistêmica, prof. João Paulo Delfino Barbosa; pró-reitor adjunto de pós-graduação da UFLA, prof. Márcio Ladeira; chefe do Departamento de Biologia, professor João Cândido de Souza; pró-reitor de Pesquisa, professor Teodorico Ramalho e o secretário-geral da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal, prof. Gustavo Souza

 

UFLA tem Mestrado em Ciências da Saúde/Medicina II recomendado pela Capes

pos-graduacao-saudeA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou na sexta-feira, 21/10, os resultados da Apresentação de Propostas de Cursos Novos (APCN) acadêmicos e profissionais. Entre eles, a proposta da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de Ciências da Saúde (DSA), para o primeiro programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), aprovada pela Câmara da Área de Medicina II.

O Programa tem como proposta o desenvolvimento de estudos envolvendo doenças crônicas não transmissíveis e doenças infecciosas e parasitárias de interesse biomédico. As linhas pesquisa são: Alterações Metabólicas, Inflamação e Alimentos Funcionais; Epidemiologia de doenças infecciosas e parasitárias; Neurobiologia experimental e Relação parasito-hospedeiro e controle de vetores.

O coordenador da proposta é o professor Luciano José Pereira, e o coordenador adjunto é o professor Fernando Ferrari Alves, ambos do Departamento de Ciências da Saúde (DSA/UFLA). Outros 12 professores compõe a equipe do Programa, incluindo a participação de professores de outros departamentos da Universidade e colaboradores de outras instituições.

O Mestrado objetiva a formação de profissionais para atuar na docência e na pesquisa, no campo das Ciências da Saúde. Os egressos do Programa terão perfil multiprofissional e transdisciplinar, sendo capacitados a atuar de acordo com os princípios científicos, com forte enfoque em metodologia de pesquisa e docência, nos diferentes cenários que abrangem as áreas básicas e aplicadas da Saúde Humana. Visa atender à demanda por profissionais – docentes, pesquisadores e gestores – com conhecimentos básicos e aplicados, aptos a colaborar na promoção da saúde da população.

O coordenador ressalta que a proposta foi construída coletivamente e com o apoio de profissionais de diferentes áreas do conhecimento. “Trata-se de um desafio, por ser uma área nova na UFLA, porém, ressaltou o comprometimento da equipe do DSA  uma vez que após apenas dois anos de criação, o Departamento teve sua proposta de mestrado aprovada, demonstrando o reconhecimento da capacidade de seu corpo docente. Além disso, a  estrutura da Universidade foi avaliada in loco e considerada adequada para a oferta de um programa de pós-graduação na área da saúde”, destacou.

Para o Pró-reitor de pós-graduação, professor Rafael Pio, a aprovação da proposta é mais um motivo de orgulho para a Instituição. “A oferta de um curso em nova área do conhecimento vai ao encontro das metas da UFLA, que é ampliar não apenas o número de vagas e programas, mas também as opções de formação na pós-graduação para atender as demandas da sociedade”, considerou.

Para o chefe do departamento, professor Thales Augusto Barçante, a proposta demonstra o comprometimento do corpo docente, com o avanço na pós-graduação. Além disso, as linhas da presente proposta permitirão integração do Programa em Medicina II com docentes de outros setores/departamentos já consolidados da UFLA.

Inicialmente, estão previstas 14 vagas anuais. O edital de seleção deverá ser comunicado em breve, com provável início no primeiro período letivo de 2017.

Público alvo

O PPGCS será voltado para profissionais de diversas áreas de formação, preenchendo uma lacuna existente na região de Lavras para formação em nível Stricto Sensu de médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, médicos veterinários, biomédicos, biólogos, psicólogos, farmacêutico-bioquímicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, profissionais de Educação Física, nutricionistas, químicos e biotecnólogos, entre outros que queiram se tornar mestres em Ciências da Saúde.

Avanços da Pós-graduação

Uma importante característica da UFLA é ser reconhecida como uma Universidade de pesquisa. Isso quer dizer que um de seus alicerces é a pós-graduação, setor responsável por uma significativa parcela do avanço científico da Universidade. A história da pós-graduação na UFLA completou 40 anos em 2015. Dos dois mestrados implantados em 1975 (Agronomia com concentração em Fitotecnia e Administração Rural), a pós-graduação da UFLA evoluiu para 33 programas stricto sensu, sendo 26 acadêmicos (incluindo o Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Química de Minas Gerais) e 7 profissionais. Nesses programas acadêmicos, há 26 cursos de mestrado e 23 de doutorado.

Embora seja uma Universidade com consolidada estrutura de graduação e pós-graduação, a trajetória dos cursos na área de saúde humana é relativamente recente: Educação Física (2007), Ciências Biológicas e Nutrição (2009) e, em 2015, o curso de Medicina.

Assim, a oferta da pós-graduação na área da saúde contribui para o fortalecimento da educação continuada, o desenvolvimento do corpo docente e interação com os graduandos, oferecendo a oportunidade do contato direto com pesquisas de ponta.

Da UFLA à Califórnia: a trajetória de um ex-aluno

Vicente de Paula foi um dos palestrantes da Semana de Tecnologia da Informação (Seti/UFLA)
Vicente De Luca foi um dos palestrantes da Semana de Tecnologia da Informação (Seti/UFLA)

Vicente De Luca, ex-estudante do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras (DCC/UFLA) esteve na Universidade para contar um pouco da sua história antes de ingressar na UFLA, a trajetória durante a graduação, além da experiência no mercado de trabalho.

“Minha paixão por sistemas e redes de computadores começou aos 7 anos, quando meu pai, um engenheiro entusiasta, começou a compartilhar seu conhecimento enquanto nos divertíamos mantendo um BBS (Bulletin Board System – precursor da internet) em UNIX para nossos amigos e a comunidade local em Barretos. Três anos depois nós inauguramos o primeiro provedor de internet na nossa região, sendo um pouco responsável pelo crescimento da internet no interior do estado de São Paulo”, relata Vicente.

Vicente De Luca em São Francisco, Califórnia
Vicente De Luca em São Francisco, Califórnia

Posteriormente, ingressou no curso de Ciência da Computação na UFLA. Ainda durante a graduação recebeu uma proposta de emprego da empresa americana AT&T para trabalhar em Campinas, enquanto ainda cursava os últimos créditos. “Após uma estadia de quase dois anos nesta cidade a oportunidade de se mudar para Europa através da Zendesk foi como um presente. Após dois anos em Dublin, fui transferido para o Headquarter em São Francisco, Califórnia, onde trabalho atualmente com um sorriso imenso e agradecendo todos os dias por ter um dos meus sonhos realizado”, comenta.

Hoje, aos 31 anos, Vicente considera que a estadia na UFLA foi essencial na sua formação. “A UFLA não me ensinou as tecnologias que aplico, mas me deu uma sólida base para aplicá-las e ainda poder desenvolver novas tecnologias”, afirma.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

Professora da UFLA recebe o prêmio de melhor tese do Programa de Pós-Graduação em Parasitologia da UFMG

Professora Nathália Maria Resende do Departamento de Educação Física da UFLA
Professora Nathália Maria Resende do Departamento de Educação Física da UFLA

A professora Nathália Maria Resende, do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Lavras (DEF/UFLA), recebeu o prêmio de melhor tese do Programa de Pós-Graduação em Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nathália iniciou o doutorado em 2012, realizando a defesa em 2015 e, ingressou na UFLA em 14 de junho de 2016.

A solenidade foi realizada no auditório da Reitoria da UFMG na última quinta-feira (20/10), sendo contemplados 44 trabalhos de doutorado defendidos em 2015 nos cursos de pós-graduação da Universidade.

A tese da professora da UFLA, intitulada “Efeitos do exercício físico na infecção experimental por Toxocara canis“, foi orientada pelo professor Ricardo Toshio Fujiwara e coordenada pelo professor Gustavo Tadeu Volpato.

A pesquisa foi idealizada pelo seu anseio em investigar e comprovar que o exercício físico também possui valioso papel modulador da resposta imunológica nas parasitoses. “Para isto, foi necessário padronizar o modelo de infecção experimental por Toxocara canis e aplicar o desenho experimental de exercício físico. Com esta pesquisa, conseguiu-se mostrar que a infecção por T. canis produz uma resposta pró-inflamatória sistêmica e alterações histopatológicas (lesão tecidual) causadas pela migração errática do parasito”, explica.

Solenidade de premiação da UFMG
Solenidade de premiação da UFMG

Além disso, de acordo com a professora, foi demostrado também que o exercício físico potencializa o sistema imunológico para um padrão de resposta anti-inflamatória, melhorando a capacidade do organismo de tolerar de forma mais adequada os danos causados pelos eventos inflamatórios da infecção por T. canis. “Assim, foi possível a compreensão dos eventos imunopatológicos que também podem ocorrer durante a toxocarose humana, contribuindo para futuras estratégias de diagnóstico e controle. Por conseguinte, novas perspectivas de investigação com outras linhagens de camundongos e outras doenças inflamatórias se fazem imprescindíveis”, complementa a professora.

A professora utilizou como protocolo de exercício a natação com intensidade moderada em modelo animal (camundongos) e, segundo ela, esses resultados podem gerar e contribuir com outras pesquisas e não só nas parasitoses, mas também em doenças inflamatórias como diabetes, aterosclerose e obesidade.

“Mais do que um símbolo de vitória, ganhar o ‘Prêmio UFMG de Teses’ se traduz em três nobres ações: valorização, reconhecimento e estímulo para as pesquisas de aplicabilidade na prática clínica e da importância da prática regular de exercício físico. Com certeza, ampliam a visibilidade da minha pesquisa e aprimoram meu trilhar acadêmico e crescimento profissional”, comenta Nathália.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

Trabalhos da UFLA são premiados em Conferência Internacional Sul Americana das Humanidades

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Trabalhos da UFLA estiveram entre os melhores apresentados em Conferência

Dois trabalhos do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) foram premiados na Conferência Internacional Sul Americana: Territorialidades e Humanidades, preparatória da Conferência Mundial de Humanidades que será realizada em 2017 (em Liège, Bélgica).

O evento organizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), com o objetivo de discutir a globalização nas dimensões internacional, nacional e regional. Entre as autoridades presentes, destaca-se o líder de equipe da Unesco John Crowley e, o secretário-geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH) Luiz Oosterbeek.

Paulo Henrique e Isabela Gonçalves
Paulo Henrique e Isabela Gonçalves

Mais de cem pôsteres foram apresentados durante o evento. Os autores de 21 trabalhos receberam o Prêmio Destaque Humanidades. A UFLA foi premiada com as apresentações: “Plantando Futuro: Um mapeamento das organizações sociais da Serra do Espinhaço” da estudante de Administração Pública Isabela Gonçalves e, “Gestão Integrada de Território: Alternativas de educação e formação na microrregião de Gouveia/MG” do aluno de mestrado em Administração Pública Paulo Henrique Silva.

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Pôsteres apresentados na Conferência. Foto: Foca Lisboa / UFMG

O Projeto Plantando futuro é um projeto desenvolvido pelo estado de Minas Gerais e vem sendo implementado por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais  (Codemig) em parceria com o Instituto Espinhaço, com o objetivo de promover o reflorestamento e a revitalização de nascentes na Serra do Espinhaço no Vale do Jequitinhonha/MG.

Para potencializar este programa, existe um termo de cooperação com a UFLA com a finalidade de desenvolver estudos na região, sob a coordenação do professor José de Arimatéia (DAE). E um dos estudos desenvolvidos é um projeto que visa integrar a dimensão Econômica, Social, Ambiental e Cultural da região, tendo como base um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

“O reconhecimento dos trabalhos apresentados é um reflexo da emersão dos estudos de Gestão Integrada do Território (GIT) no Brasil e no mundo. O destaque do trabalho no evento tem duas grandes importâncias: a primeira, porque a conferência reconhece o papel da GIT face aos desafios das humanidades e, a segunda, pelo fato de o projeto ser o único projeto de GIT desenvolvido no estado de Minas Gerais” relata Paulo, um dos premiados. Os desdobramentos do projeto serão submetidos à Conferência Mundial, em Liége.

Camila Caetano: jornalista/ bolsista UFLA.