Exposição conta história do patrimônio de Ciência e Tecnologia na UFLA – abertura oficial ocorreu na segunda (5/9)

2Como parte da programação da Semana de Ciência, Cultura e Arte da Universidade Federal de Lavras (UFLA), ocorreu nessa segunda-feira (5/9) a abertura oficial da exposição “O patrimônio de Ciência e Tecnologia da UFLA: histórias e memórias”.  A iniciativa faz parte das celebrações pelos 108 anos da Universidade e reúne equipamentos utilizados, no passado, em diferentes laboratórios da instituição, bem como fotografias que registram parte da história da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) e da UFLA no que se refere à evolução da Ciência e da Tecnologia.

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A corrente de agrimensor, da década de 1920, utilizada para medir distâncias lineares, é um dos objetos em exposição.

Na parte externa ao Museu Bi Moreira, que abriga a exposição temporária, pode ser encontrado o trator Fordson, importado dos Estados Unidos e que chegou à UFLA em 1923. “Esse foi o terceiro trator do Estado de Minas Gerais”, conta a museóloga da UFLA, Patrícia Muniz. Outro utensilio da década de 1920 e disponível para apreciação do público é a corrente de agrimensor, utilizada à época para medir distâncias lineares. E quando o objetivo era registrar o índice de evaporação da água no solo ou cursos de água, era utilizado o evaporímetro, também em exposição.

Além desses, outros equipamentos já obsoletos compõem o acervo e ajudam a resgatar memórias de Ciência e Tecnologia. Fotografias do câmpus histórico garantem a apreciação arquitetônica das infraestruturas que fizeram parte dessa evolução e dos momentos marcantes relacionados ao tema.

A exposição é uma atividade prevista no projeto “A importância do Patrimônio de C&T da Universidade Federal de Lavras (UFLA):3 mapeamento, política de preservação e musealização”, aprovado na demanda Universal da Fapemig. Esse projeto visa a identificar e pesquisar o patrimônio de C&T não musealizado e promover um conjunto de ações preservacionistas consolidando esses testemunhos materiais como fontes primárias para pesquisas interdisciplinares, através de uma perspectiva biográfica que abarca o estudo das trajetórias dos objetos.

Abertura

Cerca de 50 alunos do 9º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Umbelina Azevedo Avellar marcaram presença na abertura da exposição, acompanhados de professores da escola. O momento foi enriquecido com apresentações ao ar livre de integrantes do projeto de extensão “Capoeira do Câmpus: Universidade na Ginga” e do grupo “Maracatu Baque do Morro”.

4Durante a solenidade de abertura, a museóloga Patrícia Muniz falou dos objetivos da exposição. O reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, deu as boas-vindas aos estudantes visitantes e realçou a importância de cultivarem o apreço pela cultura. “Espero que em breve vocês estejam participando do Processo de Avaliação Seriada, o PAS, e venham construir conosco esta Universidade”.

Para a professora de Ciências que acompanhava os alunos, Ana Tereza Gonçalves, a visita ao Museu e à Universidade é importante para a formação deles: “Assim ocorre o despertar para a cultura e para tudo o que curso superior pode oferecer. É muito relevante que eles vivenciem esse ambiente e se entusiasmem.”, comentou.

*Trajetória recontada

Ao longo dos 108 anos, a UFLA acumulou e preservou diversos artefatos utilizados, inicialmente, nos laboratórios de ensino e pesquisa e aulas práticas. Essa ação de preservação do Patrimônio de C&T pode ser percebida inicialmente devido à coleção proveniente da antiga ESAL, que foi incorporada ao acervo do Museu Bi Moreira (MBM); além de outros aparatos e máquinas agrícolas em exposição em diferentes áreas do câmpus universitário.

Destaca-se ainda, nessa perspectiva, o denominado câmpus histórico da UFLA, que evidencia parcela significativa da memória da ciência e da tecnologia, integrada ao patrimônio histórico nacional, no qual as edificações foram produzidas com a funcionalidade de atender às necessidades dos processos científicos e de ensino, e atualmente abrigam espaços culturais e administrativos da Universidade. Neste conjunto arquitetônico, convivem gerações históricas e estilísticas de edificações do século XX e XXI, que expressam as transformações da universidade, sendo o berço de seu primeiro curso.

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Após as atividades de abertura, integrantes dos grupos de Capoeira e Maracatu conheceram as instalações do Centro de Cultura, recém-construído. Eles visitaram o local acompanhados do reitor da UFLA; da vice-reitoria, professora Édila Vilela de Rezende Von Pinho; de membros da Diretoria Executiva da Universidade e de representantes da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec).

Serviço:

Exposição O patrimônio de Ciência e Tecnologia da UFLA: histórias e memórias
Local: Museu Bi Moreira – Câmpus Histórico da UFLA
Funcionamento: de segunda a sexta-feira
Horário: 9h às 12h/ 14h às 17h30
Visitas escolares agendadas pelo telefone: (35) 3829-1205

*Texto de Cibele Aguiar, jornalista DCOM/UFLA.

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