UFLA recebe secretário de Ciência e Tecnologia para início das atividades da Inbatec

Por Cibele Aguiar

Nesta sexta-feira (27), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebe a visita do secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), deputado federal Narcio Rodrigues, para a instalação das empresas selecionadas para o processo de incubação na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec).  A Inbatec faz parte de um amplo plano de inovação que a UFLA empreende desde 2004, que inclui a estruturação do Núcleo de Incentivo à Inovação Tecnológica (Nintec) – órgão vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa – e o projeto de construção do Parque Científico e Tecnológico de Lavras.

Para o coordenador da Inbatec, professor Wílson Magela, os investimentos para a inovação são justificados pela excelência que a Universidade tem conquistado nessa temática, tornando-se referência em importantes áreas do conhecimento. Ele cita como diferenciais da UFLA o crescimento do número de patentes, a ampliação significativa de recursos para projetos inovadores, a modernização dos laboratórios, a qualificação do corpo docente e o alto nível dos programas de pós-graduação.

Em 2007, a UFLA foi escolhida para desenvolver o Programa de Incentivo à Inovação da UFLA (PII), iniciativa pioneira no Estado, que amparou o desenvolvimento e elaboração de um plano de negócios para 12 tecnologias. Aliado a esses indicadores, a UFLA também é sede do Polo de Excelência do Café, projeto estruturador do Estado, e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT/Café), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

Fapemig destaca atuação da UFLA

O diretor de Planejamento, Gestão e Finanças da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais, professor Paulo Kléber Duarte Pereira, ressalta a importância de Lavras figurar entre as quatro cidades mais inovadoras do Estado. Além da localização estratégica e do empreendedorismo de setores como a agricultura, ele destaca a importância da Universidade como motivadora do desenvolvimento regional.

O diretor da Fapemig resgata a visão empreendedora que o Instituto Gammon trouxe a Lavras, que resultou na antiga Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal) e se transformou na UFLA, mantendo a excelência do ensino, pesquisa e extensão. “O grande desafio está na aproximação das universidades como geradoras do conhecimento, e as empresas, responsáveis por transformar o conhecimento em produtos inovadores”, reforça, lembrando que a relação entre universidades e empresas deve ser incentivada na busca pela liderança e competitividade de Minas Gerais na área do conhecimento.

“O exemplo da UFLA como instituição inovadora meritosa deve ser seguido por outras regiões de Minas, Estado que abriga o maior número de universidades públicas no país e dispõe da Lei Mineira de Inovação, que amplia os incentivos às ações empreendedoras para garantir mais competitividade às empresas mineiras. A Fapemig está modernizando sua estrutura, com ênfase no apoio à ciência, tecnologia e inovação”, declara.

Centro de Referência

Nesta sexta-feira (27), o secretário Nárcio Rodrigues, a prefeita de Lavras Jussara Menicucci de Oliveira e o reitor da UFLA, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, deverão assinar o protocolo de intenções para o desenvolvimento de um projeto para criação do Centro de Referência para o Potencial e Talento de Minas Gerais, programa voltado à educação especial e à promoção de atividades extracurriculares para estudantes do município.

Quedas nas cotações dos alimentos e do etanol derrubam a inflação de maio

Departamento de Administração e Economia

O Departamento de Administração e Economia (DAE) divulga o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com destaque para o registro, no mês de maio, de queda na média geral dos preços pesquisados, ou seja, houve “deflação” no período. De acordo com o coordenador da Pesquisa, professor Ricardo Pereira Reis, em maio, a deflação foi de 0,54%; em abril, o índice de inflação estimado pela UFLA ficou em 1,39%, um dos maiores índices dos últimos cinco anos.

O professor explica que “deflação é o inverso da inflação, não implicando que os preços de todos os produtos e serviços que compõem o índice tenham caído”. Na deflação, o que cai é a média dos preços pesquisados, conforme sua ponderação (cada preço tem um peso no IPC).

Pelo relatório, no mês de maio, a deflação ficou localizada principalmente no setor de alimentos, que teve queda média de 1,73% e nas despesas com transporte, com redução de 1,22%, puxada pela queda no preço do etanol, que ficou mais barato, em média, 13,25%.

A pesquisa também registrou quedas nos gastos com material de limpeza (-0,39%), Educação e Saúde (-0,03%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática, que ficaram mais baratos 1,39%, e higiene pessoal (-0,01%).

As altas no mês de maio ficaram localizadas nos setores de bebidas (0,28%) e vestuário (0,43%). As despesas com lazer, moradia e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) mantiveram-se estáveis no mês.

Os alimentos in natura ficaram mais baratos 9,56%, principalmente batata, couve-flor, jiló, repolho, chuchu, abobrinha e as frutas em geral. No entanto, os produtos semielaborados aumentaram 1,8%, devido às altas nas carnes, tanto a bovina, como a suína e de frango. Já o arroz registrou queda de preço para o consumidor de 7,4% e o feijão, baixa de 8,78%. E os alimentos industrializados também contribuíram para a deflação de maio, com queda média de 2,81%.

Com esses comportamentos de baixa dos preços dos alimentos, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve queda de 1,68%. Em abril, seu valor foi de R$ 380,58 e, no mês de maio, esta despesa caiu para R$ 374,18.