Talento e música da melhor qualidade em noite cultural

Na programação cultural da Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) desta quinta-feira, dia 30, momento para prestigiar a “prata da casa”. O grupo Sambocêis, que foi incentivado e criado na Ufla através do projeto Caça Talentos, esbanjou talento e simpatia, presenteando o público presente com um repertório que passeou pelo rico universo da MPB. Compositores como Tom Jobim, Elis Regina, Adoniran Barbosa e Chico Buarque foram alguns que se fizeram presentes nas vozes de Juliana Neves Barbosa e Rafael de Brito Souza.

Os vocalistas contam que, por uma feliz coincidência, tiveram a oportunidade de tocar juntos em uma festa. Nesta ocasião, perceberam que tinham afinidades, tanto no talento, como para o gosto musical. “A partir dessa apresentação, surgiu o convite do professor Magno Antônio Patto Ramalho para participarmos do projeto Caça Talentos da Ufla. Decidimos, então, aceitar o convite, montando um grupo mais estruturado”, conta Juliana.

A apresentação na Cantina Central da Ufla foi um sucesso, agradando a todos. Os convites para pequenos shows começaram a aparecer. Mas era necessário batizar o grupo. Uma tarefa que ficou a cargo do vocalista Rafael de Brito. “Pensamos em um monte de palavras. No nosso repertório sempre buscamos tocar samba, MPB, Bossa Nova. Como somos seis integrantes, então juntamos tudo e surgiu a ideia, o Sambocêis”, conta.

O grupo foi oficialmente formado em março deste ano. De lá pra cá, se apresentaram em diversos locais em Lavras e cidades da região. Mas o talento e a dedicação a música já ultrapassaram as fronteiras de Minas. Recentemente eles foram convidados para se apresentarem no Rio Grande do Sul. Mas o convite foi mais que especial, não apenas pela expansão de seus trabalhos. O interesse pela apresentação do grupo em terras gaúchas partiu de Lupicínio Rodrigues Júnior, filho de um dos melhores compositores da MPB. “Para nós, que estamos começando, é um orgulho receber este convite, que vem como forma de reconhecimento do nosso trabalho, através do filho de Lupícinio Rodrigues, um dos grandes autores musicais que o Brasil já teve”, orgulha-se Rafael.

 

Para Juliana, essa trajetória que o grupo vem trilhando surgiu por acaso graças ao apoio e incentivo de projetos como o Caça Talentos que, segundo ela, são de fundamental importância nas Universidades. “Além de formar ciência e tecnologia, é função da Universidade mostrar a cultura. E a cultura mineira é muito rica. Nós temos aqui grandes talentos. Essa forma de incentivar e explorar o potencial artístico dos alunos são características que devem ser cada vez mais ampliadas e apoiadas nas Universidades”

Os desafios das Universidades para formar empreendedores

A existência de pessoas empreendedoras é o requisito básico para o surgimento de qualquer ramo de iniciativa empresarial. Formar profissionais capazes de criar novas empresas e de introduzir inovações na linha de produção é o grande desafio das universidades. Esse novo panorama do mercado de trabalho foi discutido durante esta semana na programação do IV Simpósio sobre Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia da Ufla.

Promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec), o evento tem por finalidade a disseminação de conhecimentos na área de propriedade intelectual e promoção de debates acerca do tema entre a comunidade científica e a sociedade.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antônio Raupp as instituições de ensino superior precisam estreitar as relações com o mercado, gerando inovações tecnológicas e preparando um profissional capacitado para as novas exigências do mundo do trabalho. “O Brasil ainda precisa avançar nessa temática. Mas setores como o agronegócio e petróleo já se destacam na economia do país por incentivar e estimular o empreendedorismo”.

Uma das incentivadoras da parceria entre universidade e empresa é o Sebrae. Segundo Anísio Dutra Viana, gerente de Acesso a Inovação e Tecnologia, em Minas Gerais, essa tendência tem aumentado a criação de novas empresas, a introdução de inovações na linha de produção. Já para o coordenador da Agência de Inovação da Unicamp, Paulo Lemos, incentivar uma postura empreendedora na formação universitária é fundamental para que o aluno consiga se posicionar diante da nova realidade do mercado de trabalho.