Fapemig aprimora procedimentos em bolsas e publicações




A Fapemig anuncia mudanças em duas de suas modalidades de apoio: em bolsas, mais especificamente as bolsas de Gestão em Ciência e Tecnologia (BGCT) e Desenvolvimento Tecnológico Industrial (BDTI), e no apoio à publicação em revista indexada. Em ambos os casos, a proposta é facilitar os pedidos de apoio e agilizar a concessão de recursos.

 

Bolsas

Até então, a BGCT e a BDTI eram divididas em cinco níveis, de acordo com titulação e experiência dos candidatos. A partir de 1º de março deste ano, cada uma delas possui apenas três níveis, que variam de acordo com a titulação: doutorado (nível 1), mestrado (nível 2) e graduação (nível 3). Na nova divisão, a Fapemig optou por manter o valor mais alto de cada nível – a tabela de valores pode ser conferida aqui.

As instituições gestoras e as pró-reitorias de pesquisa já foram avisadas sobre a mudança. Não haverá alteração ou reajuste para este tipo de bolsas quando previstas em projetos cujos termos de outorga já haviam sido assinados anteriormente a esta data (01/03/10). Para projetos que estão em processo de julgamento, as bolsas BGCT e BDTI serão enquadradas nestas novas categorias.

 

Publicações

A outra mudança está relacionada ao pedido de apoio para pagamento de publicação em revista indexada. A Fapemig tem financiado até mil dólares por pesquisador, por ano, nessa modalidade. Nessas revistas, o tempo entre o aceite do artigo e sua publicação pode ser longo, o que tem trazido dificuldades aos pesquisadores em relação ao referido pagamento. Por isso, a partir de 01/07/10, o termo de outorga (TO) terá como data-base aquela da submissão da solicitação de apoio à Fapemig e terá validade de 120 dias, o que permite reembolso do valor pago pelo pesquisador dentro da vigência do TO.

Informações adicionais ou dúvidas podem ser tratadas com a Central de Informações: ci@fapemig.br

Qualificação de docentes de instituições federais




Publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira, 4 de junho, o novo edital do Programa de Formação Doutoral Docente (Prodoutoral). A iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) tem como objetivo promover a qualificação docente e incentivar a cooperação acadêmica entre a pós-graduação brasileira. As inscrições vão até o dia 19 de julho.

As instituições federais de ensino superior interessadas em participar do programa devem apresentar o Plano Institucional de Formação de Quadros Docentes (Planfor), de acordo com as regras do Prodoutoral. Poderão apresentar o Planfor as instituições que não o apresentaram, ou que não tiveram seus planos aprovados em 2009, bem como aquelas que desejarem realizar ajustes nas iniciativas vigentes.

Entre os motivos que justificam a criação do Prodoutoral, está a necessidade da formação doutoral em situações de assimetrias inter-regionais, intra-regionais e das áreas do conhecimento. O programa tem como característica, então, favorecer a mobilidade dos bolsistas durante o tempo de duração da capacitação docente, bem como a dos professores orientadores, como forma de integração entre as instituições participantes. Para isso, serão financiadas bolsas de doutorado no país, passagens terrestres, aéreas e diárias.

 

A previsão é que os resultados sejam divulgados no dia 19 de agosto. Mais informações e contatos podem ser obtidos pelo telefone (61) 2022-6258 ou pelo email prodoutoral-planfor@capes.gov.br

Mais informações no site www. capes.gov.br

 

I Formuleite debate os rumos da nutrição do gado leiteiro no Brasil




Um dos setores que impulsinona a economia de Minas, movimentando anualmente cerca de R$ 70 bilhões, o gado leiteiro está sendo amplamente discutido durante a realização do I Formuleite (Simpósio Internacional em Formulação de Dietas para Gado de Leite). O evento, que teve início na manhã desta quinta-feira, dia 10, propõe ser específico na alimentação de vacas leiteiras, discutindo novas tecnologias para aumento do custo benefício do produto e a criação de ferramentas computadorizadas para formulação de dietas.

Ao abrir oficialmente as atividades, o reitor em exercício da Ufla, prof. Elias Tadeu Fialho, contextualizou a importância do setor de gado leiteiro para a economia do estado e do país. Ele citou alguns números, baseados em um balanço realizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). “Minas Gerais tem 22,5 milhões de cabeças de gado, sendo o segundo maior produtor de carne bovina do Brasil. Em termos de gado leiteiro, nosso estado tem 9,83 milhões de cabeças de vacas que produzem oito bilhões de litros de leite por ano, ou seja, 30% da produção nacional, sendo desta forma considerado o primeiro produtor de leite do país, com um detalhe muito peculiar, pois 91% dos produtores de leite são classificados como pequenos produtores”.

Fialho destacou, ainda, que o pecuarista vem ao longo dos últimos 10 anos se modernizando pelo uso da genética de boa qualidade e aprendendo a manejar o animal. Segundo ele, o futuro do setor da pecuária leiteira é promissor, mesmo com os baixos preços atuais do litro de leite pagos ao produtor e o desgaste de uma crise econômica globalizada. “A cadeia agro-industrial do leite no estado é caracterizada pela concentração de atividades nos segmentos de criação de bovinos leiteiros e fabricação de produtos do laticínio. O leite, que há quatro anos o Brasil não exportava, também cresceu na pauta externa e deve fechar no ano de 2010 com um faturamento estimado de 800 milhões de dólares”.

Evento pioneiro

Segundo o coordenador do Formuleite, prof. Marcos Neves Pereira, as discussões sobre a nutrição do gado leiteiro em um evento que envolve diversos pesquisadores, é pioneiro no Brasil. “O valor gasto com o alimento fornecido ao gado representa mais da metade do custo de produção. Temos que levar em conta, também, que o valor nutricional interfere diretamente na qualidade do produto. Por isso, é importante discussões dessa natureza para que possamos proporcionar ao produtor ferramentas que vão garantir um produto competitivo no mercado, com qualidade e com baixo custo”.

Após a solenidade de abertura, os participantes conferiram a palestra com o professor Louis E. Armentano, da University Wisconsin, em Madison, EUA, sobre parâmetros para a formulação de carboidratos fibrosos e não fibrosos e dietas para vacas leiteiras. O evento prossegue até o dia 12 de junto, com atividades que vão retratar a realidade do gado de leite no Brasil e no exterior.