Mais 233 profissionais
formados pela Ufla

Juliano Tavares / Ascom Ufla

Gritos de alegria, “torcidas uniformizadas”, choro de satisfação e olhares emocionados de familiares, amigos e de formandos marcaram as três sessões de colação de grau da Ufla no último fim de semana.

Dirigidas pelo Reitor Prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes, as sessões contaram ainda com a presença dos patronos (professores homenageados de cada curso), técnicos administrativos homenageados e coordenadores de curso, além de autoridades e dos respectivos paraninfos de cada sessão.

Num ambiente preparado especialmente para receber jovens que, naquele momento, comemoravam uma grande vitória em suas vidas, 233 formandos de 10 cursos receberam seus certificados, fizeram seus juramentos e foram parabenizados pela Chefe de Gabinete Fátima Elizabeth Silva, pelo Reitor Prof. Nazareno e pelos paraninfos Dr. Humberto Candeias Cavalcanti (Diretor Geral do Instituto Estadual de Florestas do Estado de MG), Dr. Rubens Vargas Filho(Coordenador de Relações Institucionais da Companhia Vale) e Prof. Alysson Paolinelli (Doutor Honoris causa e Professor Emérito da UFla), cada qual em sua respectiva colação.

Na primeira sessão, realizada na sexta-feira, dia 31, às 14h, formaram-se os concluintes dos cursos de Zootecnia, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Ciência da Computação. Às 19h, foi a vez dos formandos de Administração, Engenharia de Alimentos, Química e Ciências Biológicas. Já no sábado, às 14h, o mercado de trabalho passou a contar com novos profissionais de Agronomia e Engenharia Agrícola.

Para a realização dos juramentos, os formandos foram representados pelas estudantes Rafaela Girôtto, Elayne Penha Veiga e Danilo Fonseca Cunha. Já as oradoras escolhidas para representar os novos profissionais foram Maíra Reis de Assis, Priscila Destro e Francile Dias Barbosa. 

Após a entrega dos certificados, os melhores alunos de cada curso foram agraciados com a medalha de ouro da universidade e com o certificado de mérito acadêmico. Houve ainda a entrega de prêmios de empresas parceiras da Ufla a alunos que se destacaram durante a graduação em suas respectivas áreas.

Indicadores Agrícolas sinalizam que situação no campo ainda preocupa

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou os resultados dos Índices de Preços Agrícolas de julho, pelo qual se constata que a economia do setor rural ainda passa por momentos de instabilidade neste ano de 2009.

 

Em julho, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agrícolas teve queda de 1,39%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pela compra de insumos agrícolas aumentou 4,17%.

 

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador do Índice, “esses resultados indicam um processo de descapitalização do produtor rural e que tende a ter influência na produção da safra 2009/2010, que se inicia neste segundo semestre”.

 

E afirma que essa queda de preços no campo também chegou ao final da cadeia produtiva, com a redução da taxa de inflação. Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela UFLA registrou deflação nos preços, principalmente nos grupos dos alimentos in natura e semi-elaborados.

 

E foram principalmente os hortifrutigranjeiros que puxaram para baixo a renda do produtor rural. Em julho, essa queda foi de 16,79%, puxados pelas baixas nos preços da laranja (-54,0%), da cebola (-29,09%), do tomate (-25,71%), da cenoura (-17,5%), da couve (-40,0%), da batata (-15,06%) e do quiabo (-15,79%). As maiores cotações nesse grupo foram nos preços do pimentão (40,0%), do pepino (40,61%) e do quilo do mel, 22,22%. 

 

Com exceção do preço recebido pelo milho, que teve alta de 1,82% em julho, os grãos tiveram queda de preços no campo, como o café (-4,21%) e o feijão (-0,87%).

 

E, na contramão dessas quedas, o preço do leite fluido tipo C recebido pelo pecuarista reverteu a tendência de queda do mês anterior. Em julho, esse produto teve valorização de 4,76%, bem com o leite tipo B, cujo preço recebido variou 7,69%.

 

Entre os insumos agrícolas, as maiores cotações ocorreram nos preços dos vermífugos, com aumento médio de 13,59% em julho; sementes e mudas, com alta de 3,76%, herbicidas, 6,15% e materiais de construção, que ficaram mais caros para o produtor 1,33%. E as maiores baixas entre os insumos foram nos grupos das rações (-0,3%%), dos carrapaticidas (-10,81%) e das vacinas, -3,8%.

IPC da Ufla registra mais uma deflação em 2009

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), ficou em -0,25% no mês de julho. É a segunda deflação registrada no ano, quando em março o índice de preços foi negativo 0,19%. No acumulado do ano, o IPC da UFLA está em 2,44%; no mesmo período em 2008 (janeiro a julho), o índice já tinha atingido 4,85%.

Explica o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, que “deflação é a queda do nível geral de preços, ou seja, o inverso da inflação, não implicando que os preços de todos os produtos e serviços que compõem o índice tenham caído. Na deflação, o que cai é a média dos preços pesquisados, conforme sua ponderação (cada preço tem um peso no IPC).

A deflação de julho para o consumidor ficou localizada novamente no grupo alimentação, sendo a categoria que mais influencia o IPC, ou seja, o que tem o maior peso no índice. Os alimentos ficaram, em média, mais baratos, 1,05%. Por segmentos, os produtos in natura caíram 0,83%, os semi-elaborados, -3,19% e os alimentos industrializados tiveram uma alta de 0,97%. Os principais destaques foram às quedas de alimentos básicos à população brasileira, como o feijão (-5,82%), o arroz (-3,12%), a carne bovina (-3,79%), a carne suína (-4,45%), a carne de frango (-2,95%), os derivados do milho, como o fubá (-1,56%) e a farinha de milho (-5,19%), o tomate (-4,8%), a cebola (-4,66%) e a beterraba (-5,13%). Entre os produtos industrializados, destacam-se as altas dos preços do leite longa vida (8,14%) e do leite tipo C, 2,51%.

No ano, os alimentos já tiveram uma queda média de 3,05%, enquanto a taxa de inflação medida pelo IPC da UFLA aumentou 2,44%.

Outros dois grupos que também tiveram quedas de preços em julho foram higiene pessoal, ficando em média mais barato 0,48% e bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), cuja queda foi de 2,52%.

Os outros setores pesquisados pelo DAE/UFLA tiveram as seguintes variações de preços em julho: bebidas (0,05%), material de limpeza (1,58%), despesas de com vestuário (0,4%), com transporte (0,64%), e com educação e saúde, cuja alta foi de 0,02%.Não se identificaram aumentos, na média, dos setores serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e gastos com moradia e lazer.

A cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma variação negativa de 1,55 % em julho, com custo de R$350,15.

Em junho, seu valor era de R$355,68. Em 2009, o custo dessa cesta de alimentos já caiu 5,81%.