Divulgada lista para fiscais no vestibular 2009/2º semestre

A Comissão Permanente de Processo Seletivo (Copese) divulgou, na tarde desta quarta-feira, dia 10, a relação dos funcionários e bolsistas da Ufla selecionados para atuarem como fiscais no vestibular 2009/2º semestre. É importante que os interessados acessem o site www.copese.ufla.br até o dia 17 de junho, com número do Siape (funcionários) ou número de matrícula (estudantes), data de nascimento e senha, para confirmarem o interesse em participar do processo seletivo, marcado para os dias 04 e 05 de julho, das 07h às 13h.

Outras informações pelo telefone (35) 3829-1120

Professor lança livro relacionado à nutrição de suínos

O prof. Elias Tadeu Fialho, do Departamento de Zootecnia, está lançando, este mês, o livro “Alimentos Alternativos para Suínos”, pela Editora Ufla.

De acordo com Fialho, os principais enfoques tratados no livro dão ênfase a outras possibilidades de uso de alimentos que possam substituir parte do milho ou do farelo de soja na produção de suínos. “A substituição parcial desses ingredientes é importante pois de 70 a 80% do custo da produção dos suínos no Brasil está vinculado à alimentação”, diz ele.

Ao todo, o livro traz mais de 60 alternativas em termos de alimentação para suínos, sendo que a edição traz ainda um detalhamento do valor nutricional de cada um desses alimentos e resultados de várias pesquisas relacionadas ao tema.

Com base nessas informações, afirma Fialho, “o técnico em suinocultura ou mesmo o produtor poderá fazer uma matriz nutricional observando qual o nível ideal desses alimentos deverá ser utilizado em substituição ao milho e ao farelo de soja. Com isso, estaremos contribuindo para a redução do custo de produção do suíno”, comenta o autor.

O livro reúne estudos desenvolvidos pelo prof. Fialho ao longo de 30 anos de atividades na área, assim como outras pesquisas sobre o assunto realizadas por pesquisadores de diferentes instituições brasileiras.

Fialho explica que, embora seja editor do livro, a colaboração dos colegas foi fundamental para que se conseguisse a compilação de dados já existentes nos estudos, mas de maneira muito desordenada. “Ordenamos dados como composição química, o valor adicional, nível máximo da utilização de cada um desses ingredientes que podem colaborar com a redução dos custos de produção dos suínos no Brasil”, diz.

Serviço

O lançamento oficial do livro ocorrerá na semana das comemorações dos 101 anos da Ufla, mas os interessados já podem adquiri-lo na Editora Ufla, pelos telefones (035) 3829-1532 e 3829-1115 ou pelo www.editora.ufla.br.

Em destaque, os rumos da Pós-Graduação

Criada em 1975, a Pós-Graduação Stricto Sensu da Ufla vem demonstrando avanços interessantes. Em 2008, a média do número de titulados por docente permanente cresceu a uma taxa de 26%, ou seja, de 1,56 para 1,98 e 80% dos mestrandos e doutorandos recebem bolsas para estudar. Nesse mesmo ano, foram titulados novos 253 mestres e 119 doutores. Já o número de docentes com bolsa de produtividade do CNPq atingiu a marca de 52% dos 255 docentes permanentes que atuam na pós-graduação. Além disso, mais de 90% destes docentes coordenam projetos de pesquisa científica e tecnológica.

A produção científica em periódicos de 2008 alcançou a marca de 4,2 artigos por docente permanente. Para o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Prof. Mozar José de Brito, “os programas de pós-graduação Stricto Sensu alcançaram destacado índice de produtividade científica. No entanto, as estatísticas evidenciam a necessidade de se reorientar a publicação científica dos programas de pós-graduação em direção aos periódicos da categoria A1, A2 e BI, de acordo com a classificação da Capes. Esse será o maior desafio a ser enfrentado pela nossa honrosa e produtiva comunidade acadêmica”, comenta o professor.

Para alcançar esta meta, a Pró-Reitoria, desde junho de 2008, tem colocado em prática um conjunto integrado de ações estratégicas, entre as quais destacam-se o lançamento do edital do Papc-Ufla (Programa de Apoio à Publicação Científica) que destina recursos financeiros para financiar a tradução e correção de artigos científicos que deverão ser submetidos aos periódicos de padrão de qualidade internacional. “Lembramos que a produção científica deve ser vista como uma prática pedagógica estratégica e inerente à formação de mestres e doutores. Não podemos desvincular a formação qualificada da pesquisa e da publicação científica. É nesta justaposição que se encontram os desafios a serem enfrentados pela comunidade acadêmica que atua na pós-graduação”, explica o Pró-Reitor.

Além destas medidas, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação tem estimulado a reformulação das estruturas curriculares dos programas; a formação de redes de cooperação científica com outros programas de pós-graduação nacionais e estrangeiros; a participação do corpo discente na publicação de artigos científicos em periódicos mais qualificados e com elevado fator de impacto e a produção científica em bases teóricas e metodológicas renovadas, entre outras. 

Juliano Tavares / Ascom Ufla

Professores e estudantes assistem a aula inaugural da Pós-Graduação Stricto-sensu

QUASE 500 VAGAS A MAIS – Destaca-se que estas medidas estão previstas no plano de gestão formulado pela administração para o período entre 2008-2012. Esse plano prevê ainda a ampliação do número de vagas da pós-graduação por meio da abertura de outros cursos de mestrado e doutorado. A proposta de reestruturação da Ufla (Projeto REUNI) definiu que o conjunto de programas de pós-graduação Stricto Sensu deverá ofertar cerca de 1726 vagas em 2012 (atualmente são 1238). “Espera-se que esta expansão esteja acompanhada pela melhoria contínua da qualidade dos nossos programas, pois esta tem sido, em última análise, o nosso maior desafio acadêmico”, finaliza o Prof. Mozar.

Centro de Trainee em Mercados recebe apoio estadual

Como líder absoluto na produção de café com 50% da produção nacional, Minas Gerais está preparando profissionais capazes de auxiliar cooperativas e produtores individuais na comercialização da mercadoria. A iniciativa inédita do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), resultou no apoio ao Centro de Trainee em Mercados. É uma parceria do Pólo de Excelência do Café e Universidade Federal de Lavras (Ufla). A coordenação é do professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), ligado ao Departamento de Economia e Administração (DAE).

 

Segundo o gerente executivo do Pólo do Café, Edinaldo José Abrahão, o projeto de R$ 100 mil para preparar profissionais é uma necessidade do mercado e foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). “Os profissionais das ciências agrárias produziam bem, mas vendiam mal”, disse Abrahão ao explicar a necessidade de profissionalizar a comercialização do café, conforme definição do Plano de Negócios. As cooperativas Agrícola Alto Rio Grande (CAARG), de Lavras, e dos Pecuaristas Agricultores e Cafeicultores de Minas Gerais (Coopacafé), de Perdões, já estão ligadas ao projeto e outras poderão ser beneficiadas.

 

De acordo com o professor Luiz Gonzaga, o curso pretende aliar teoria à prática, deixando os alunos familiarizados com a realidade da produção e do mercado. São 64 trainees da Ufla e das escolas técnicas federais de Muzambinho e de Machado, selecionados a partir da disponibilidade do candidato, que precisa estar matriculado regularmente numa instituição de ensino, além de se interessar pelo funcionamento dos mercados. O treinamento dura seis meses com aulas e orientação dos professores da Ufla e prestação de serviços por parte dos trainees. Nesse período, os futuros profissionais elaboram boletins estatísticos, fazem análises de mercado e custos de produção, além de estudarem as condições econômicas e sociais para orientar as cooperativas e produtores na tomada de decisões.

 

Conforme o gerente do pólo, a primeira turma irá concluir o curso em julho e os novos profissionais — cuja maioria já está sendo aguardada pelo mercado — irão atuar na Cédula do Produtor Rural (CPR) e no mercado futuro. Ou seja, será ampliada a comercialização do café antes mesmo da colheita do produto, utilizando a Bolsa de Valores, Mercadoria & Futuros (BM&F).

 

Liderança

Em 2008, a produção mineira de café chegou a 23 milhões de sacas, cerca de 50% da safra nacional. O café é o segundo produto mais exportado em Minas, ficando atrás apenas do minério de ferro. No primeiro trimestre de 2009, o café foi o responsável por 15,63% das exportações, movimentando US$ 675,7 milhões, segundo a Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg).

Taxa de formação de doutores registra queda

A letra do zoólogo Paulo Vanzolini ilustra bem a situação do sistema de pós-graduação nacional: "De um lado tem maré alta, do outro praia de fora." O país rompeu a barreira simbólica da formação de 10 mil doutores em 2008. Segundo número ainda não divulgado pelo governo, 10.711 receberam o título. Porém, a taxa de aumento de titulados, que era de 15% em média ao ano no início da década, caiu para 6% de 2004 em diante – com uma tendência de alta no último ano.

Dados mostram que a carência do setor acadêmico no Brasil continua enorme. De todas as instituições de ensino superior do país, entre particulares e públicas, só 24% dos professores são doutores. E há três anos, pelo menos, a taxa relativa mostra que o Brasil ainda está longe de alcançar o número de formação dos americanos. O resultado da divisão do número de titulados nos EUA pela quantidade anual de doutores brasileiros – um dos indicadores mais usados pelos estudiosos – está estagnado em 21%.

"É bastante preocupante", afirma Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP). O fato de o intervalo entre os dois países não diminuir, para o pesquisador e dirigente científico, impede que o Brasil se aproxime das estatísticas de países mais desenvolvidos.

Apesar de considerar que as taxas de formação de doutores, mesmo em queda, estão altas, Eduardo Viotti, economista especialista em política científica, concorda que o número de professores universitários que possuem título de doutorado ainda é muito reduzido e precisa ser elevado. Ele é um dos autores de um estudo sobre ensino superior publicado pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) em 2008.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, vê o quadro com mais naturalidade e com menos preocupação. "Não é possível que um sistema de pós-graduação cresça tanto por um tempo muito longo", disse ele à Folha.

O Plano Nacional de Pós-Graduação do Brasil prevê para o fim do próximo ano a cifra de 16 mil doutores em um ano – número que dificilmente será atingido. Mas o titular do MCT sabe onde está um dos gargalos: a inovação brasileira, no setor privado, ainda não ocorre na velocidade desejada.

Federais

Mesmo com as particulares fora da conta, o número de doutores entre os professores do terceiro grau é baixo. Quando são analisadas apenas as universidades federais, por exemplo, a cifra é de 50%.

Das 55 universidades federais que o Brasil tem hoje, 9 (16,3%) não poderiam ter mais esse nome se a discussão da reforma universitária, estagnada no Congresso há anos, já tivesse sido encerrada. Pelo Projeto de Lei, cada instituição deve ter pelo menos 25% de doutores no quadro de docentes para ser denominada "universidade".

Em São Paulo, onde existem ilhas de excelência, a taxa média nas três universidades estaduais é de 93%. Nos EUA, que possui universidades mais voltadas para a pesquisa e outras focadas quase exclusivamente no ensino, as mesmas taxas ficam ao redor dos 73%.

Jarbas Bonetti, professor e pesquisador na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), diz que a menor busca dos alunos por doutorado pode ter a ver com a maior dificuldade para a obtenção de bolsas e falta de perspectiva de emprego após conseguir o título.

Já Adalberto Vieyra, coordenador de área da Capes e professor da UFRJ, diz que os programas de pós-graduação cresceram em número e tamanho, especialmente a partir de 2003. "Mas o corpo de orientadores qualificados, de formação demorada e cuidadosa, cresceu de forma muito lenta, passando de 32 mil para 35 mil."

Segundo ele, o desafio não é só superar o fosso dos 0,6 doutores por 1.000 habitantes contra os 30 da Alemanha, por exemplo. "É preciso formar pessoas capazes de liderar a abordagem de complexos problemas nas fronteiras do conhecimento, no mesmo nível que nos países desenvolvidos."

Para o consultor e ex-reitor da USP, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, é importante aumentar a incorporação de doutores tanto na iniciativa privada, para a inovação, quanto no setor acadêmico.

Edital de cooperação prevê incentivo para estudantes

Até o dia 31 de julho, estão abertas as inscrições para o Programa de Estudantes-Convênio de Pós-graduação (PEC-PG 2009). O edital é uma parceria entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

O programa visa conceder bolsas de estudo de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em instituições brasileiras de ensino superior a professores universitários, pesquisadores, profissionais e graduados de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordo de Cooperação Educacional, Cultural ou de Ciência e Tecnologia. As atividades iniciam em março de 2010.

 

Os candidatos devem ser cidadãos dos países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordo de Cooperação Educacional, Cultural ou de Ciência e Tecnologia. Além disso, não podem possuir visto permanente no Brasil, nem ser cidadãos brasileiros, ainda que binacionais, ou mesmo ter pai ou mãe brasileiros. No caso de ter sido bolsista do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação – PEC-G, deve-se comprovar permanência no país de origem por, pelo menos, dois anos após a obtenção do diploma brasileiro.