Curso aborda genética de espécies arbóreas

A Genética de populações em espécies arbóreas estará em debate em um curso que será ministrado pelo pesquisador Alexandre Magno Sebbenn, do Instituto Florestal de São Paulo. O evento, direcionado a estudantes de graduação, pós graduação, professores e profissionais que se interessam pelo tema, será realizado entre os dias 25 e 29 de maio, das 8h às 11h e das 14h às 18h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (35) 3829-1431.

 

Promovido pelo Laboratório de Conservação Genética de Espécies Arbóreas, do Departamento de Ciências Florestais (DCF), o curso abordará a análise de diversos fatores que envolvem a genética de populações como a herança, ligação entre locos, sistema de reprodução, estrutura genética espacial dos genótipos, diversidade genética, endogamia e parentesco, estrutura genética, fluxo gênico remoto e contemporâneo, e a influência de fatores evolutivos (seleção natural, deriva genética, migração e mutação) e humanos (poluição, manejo, fragmentação, seleção artificial, conservação genética) nesses fatores.

 

Der acordo com a coordenadora do curso, prof. Dulcinéia de Carvalho, o objetivo é atualizar o conhecimento dos participantes e mostrar a importância de se entender a evolução das espécies. “A genética de populações estuda a genética de grupos de indivíduos. Tais estudos são fundamentais para entender a evolução das espécies, melhorar, conservar e manejar populações naturais e em domesticação”.

 

Sobre o pesquisador

 

Alexandre Magno Sebbenn possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1992), mestrado em Ciência e Tecnologia de Madeiras pela Universidade de São Paulo (1997), doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas (2001) pela mesma Universidade e pós-doutorado em Genética Florestal (2007) pelo Institut für Forestgenetik und Forstpflanzenzüchtung, Bundesforschungsanstalt für Forst- und Holzwirtschaft (BHF), Grosshansdorf, na Alemanha.

 

É pesquisador científico do Instituto Florestal de São Paulo, professor de genética de populações nos cursos de pós-graduação da UNESP/Ilha Solteira (Agronomia) e Universidade Federal de Santa Catarina (Recursos Genéticos Vegetais) e revisor de diversas revistas científicas nacionais e internacionais. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Genética Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: genética de populações, genética quantitativa, melhoramento florestal e conservação genética.

 

Outras informações no Laboratório de Conservação Genética de Espécies Arbóreas pelo telefone (35) 3829-1431.

Selo de qualidade do Mercosul certificará cursos nacionais

Cursos brasileiros de graduação em agronomia e arquitetura poderão receber um selo de qualidade no âmbito do Mercosul e países associados. Instituições de educação superior que ofertam cursos nessas áreas podem se inscrever até o próximo dia 30 no processo de acreditação, uma avaliação que atesta a qualidade do ensino, com critérios estabelecidos pelos países participantes – Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia e Venezuela.

 

Este é o primeiro ciclo de acreditação de cursos de graduação dos países do Mercosul. De acordo com a presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), Nadja Viana, a escolha de agronomia e arquitetura como os primeiros a serem avaliados levou em conta os interesses comuns entre as nações na área profissional. No segundo semestre deste ano, passarão pelo mesmo processo os cursos de enfermagem e veterinária. Em 2010, será a vez da engenharia.

 

Nadja explica que a acreditação não tem fins regulatórios e que a revalidação de diploma para quem for estudar em uma universidade no exterior ainda será necessária. “A diferença é que o processo de revalidação será mais rápido, porque a qualidade do curso já vai estar atestada”, diz.

 

O objetivo da acreditação é integrar ainda mais os países da região, visando ao desenvolvimento educacional, econômico, social, político e cultural. Com a certificação dos cursos, será mais fácil, por exemplo, o intercâmbio de estudantes e professores entre as instituições acreditadas durante a vigência da certificação.

 

Avaliação – A certificação da qualidade acadêmica será obtida por meio de procedimentos previamente aprovados pelo setor educacional do Mercosul. Neste primeiro ciclo, poderão ser acreditados até 20 cursos de agronomia e 20 cursos de arquitetura brasileiros, de instituições públicas ou privadas, pelo Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Caráter Universitário (Arcu-sul).

 

As instituições precisam seguir três condições para participar do processo de avaliação: desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão; ter pelo menos dez anos de funcionamento; e participar das avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

 

Para se candidatar, a instituição interessada, por meio do coordenador de curso e com aprovação do pró-reitor de graduação ou cargo equivalente, deve assinar um termo de compromisso de participação voluntária e enviar para o endereço eletrônico: conaes.mercosul@mec.gov.br

 

Assim que receber o documento, a Conaes informará à universidade a data de realização de uma reunião técnica de orientação para auto-avaliação do curso. Essa reunião deverá ocorrer em Brasília até no máximo 15 dias após o recebimento do termo. A instituição candidata terá prazo máximo de quatro meses para realizar sua auto-avaliação, de acordo com as diretrizes do Sistema Arcu-sul.

 

Em seguida, a Conaes estabelecerá um cronograma de visitas a cada instituição inscrita. Após o relatório final de visita in loco, feita por uma comissão de especialistas, a Conaes vai divulgar a lista dos cursos a serem acreditados.

Outras informações poderão ser obtidas neste Portal ou pelos telefones (61) 2104-9975 / 6233.

 

Letícia Tancredi

Portal MEC

Novos critérios para concessão de bolsas de produtividade

A Comissão de Assessoramento Tecnológico-Científico (CATC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) reuniu-se na última quarta-feira (13/5) na sede da agência em Brasília, com o objetivo de fechar a proposta dos novos critérios para concessão de bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ). Estes critérios serão, agora, submetidos ao Conselho Deliberativo do CNPq.

 

Na reunião, presidida pelo diretor de Programas Temáticos e Setoriais (DPT) do CNPq, José Oswaldo Siqueira, também foi discutida a nova configuração dos Comitês Assessores (CAs) que passam por processo de reavaliação dos seus critérios. "Consideramos um grande avanço chegar a esta definição de critérios gerais, na visão do CNPq. Critérios que poderão garantir uma maior visibilidade aos critérios de avaliação e uma melhor comparabilidade", afirmou o pesquisador Jailson Bittencourt de Andrade, da Universidade Federal da Bahia, membro da Comissão.

 

Criada em maio de 2008, a CATC é responsável por assessorar a diretoria executiva do CNPq na coordenação das atividades dos comitês de assessoramento, propondo diretrizes e normas sobre o funcionamento dos comitês e sobre os critérios de julgamento de bolsas e auxílios.

 

Formada por 14 integrantes, a CATC tem como membros o diretor José Oswaldo Siqueira, da Diretoria de Programas Temáticos e Setoriais (DPT), também presidente da Comissão, e o diretor José Roberto Drugowich, da Diretoria de Programas Horizontais e Instrumentais (DPH), e os pesquisadores Argelina Figueiredo, do Iuperj; Armando Cervi, da UFPR; Jailson Andrade, da UFBA; Leonardo Richtzenhain, da USP; Luciano Mendes Filho, da UFMG; Manoel Barral Netto, da Fiocruz-BA; Paulo Rogério Menandro, da Ufes; Rafael Linden, da UFRJ; e Romildo Toledo Filho, também da UFRJ.