Curso discute metodologias participativas

O projeto “Tecendo saberes entre educadores, educandos e a comunidade – Hortas Escolares” está programando para o próximo sábado, dia 28, um curso sobre metodologias participativas, direcionado aos professores das escolas públicas municipais de Lavras. Os interessados devem fazer suas inscrições, gratuitamente, até esta sexta-feira, 27/03, às 17h, pelo telefone (35) 3829-1212. O evento acontece das 08h às 17h, na sala 1 do Pavilhão 3, no Campus da Universidade Federal de Lavras (Ufla).

Segundo o coordenador do projeto, professor Elias Rodrigues de Oliveira, do Departamento de Administração e Economia (DAE), o curso é uma boa oportunidade para os professores poderem compartilhar saberes e experiências e, assim, atuarem proativamente na educação e formação de crianças e jovens. “A educação brasileira precisa urgentemente de profissionais qualificados e que estejam comprometidos com uma formação cidadã. Por isso a importância desta interação entre os professores”.

Outras informações pelo telefone (35) 3829-1212

IPC da Ufla registra deflação

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), ficou em -0,19% no mês de março. Desde setembro de 2005, que o IPC da UFLA não registrava variação negativa de preços, ou seja, deflação. A pesquisa comparou os preços entre os dias 16 de março e 16 de fevereiro de 2009.

Explica o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, que “deflação é a queda do nível geral de preços, ou seja, o inverso da inflação, não implicando que os preços de todos os produtos e serviços que compõem o índice tenham caído. Na deflação, o que cai é a média dos preços pesquisados, conforme sua ponderação (cada preço tem um peso no IPC). Afirma o professor que a “deflação está associada a diversas causas, como a queda no poder aquisitivo, do consumo e dos investimentos e, na atual conjuntura econômica, às incertezas dos consumidores e dos trabalhadores quanto ao futuro da economia nos próximos meses”.

A deflação de março para o consumidor ficou localizada basicamente no grupo alimentação, sendo a categoria que mais influencia o IPC, ou seja, o que tem o maior peso no índice. Os alimentos ficaram, em média, mais baratos, 1,69%. Por segmentos, os produtos in natura caíram 0,73%, os semi-elaborados, -2,83% e os alimentos industrializados, queda de 0,78%. Os principais destaques foram às quedas de alimentos básicos à população brasileira, como o feijão (-6,5%), o arroz (-1,22%), a carne bovina (-4,42%), a carne de frango (-2,86%), os derivados do milho, como o fubá (-2,88%) e a farinha de milho (-2,17%) e o tomate (-2,17%). A pesquisa também identificou que a maioria das frutas ficou mais baratas em março, a exemplo da goiaba, maça, pêra e manga. Já o melão, mamão e melancia tiveram altas de preços no mês.

Os outros setores pesquisados pelo DAE/UFLA tiveram as seguintes variações de preços em março: bebidas (1,37%), higiene pessoal (0,66%), material de limpeza (0,69%), despesas de com vestuário (1,18%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática (1,1%) e educação e saúde, alta de 0,02%. Não se identificaram aumentos, na média, dos setores serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e gastos com moradia e lazer.

Os itens que compõem o grupo transporte tiveram, em média, também uma queda de 0,16% em março. A cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma variação negativa de 2,13 % em março, com custo de R$361,54.  Em fevereiro, seu valor era de R$369,41. Em 2009, o custo dessa cesta de alimentos já caiu 2,75%.

Ainda, segundo o prof. Ricardo Reis, caso não houve essa queda nos alimentos, a inflação de março seria próxima a 0,1%.

DCE da Ufla confecciona carteira de estudante

O Diretório Central dos Estudantes (DCE), em parceria com o Banco Real, estará disponibilizando as carteiras estudantis aos alunos de graduação da Universidade Federal de Lavras (Ufla) a partir da próxima segunda-feira, dia 30, até o dia sete de abril. O documento é gratuito, devendo o interessado apenas comparecer na sala da Atlética, no Centro de Convivência, das 08h às 12h, das 14h às 16h (exceto quarta e sexta) e das 19h às 21h, de segunda a sexta-feira, para tirar uma foto. A emissão da carteira é imediata.

 

Segundo o presidente do DCE, Rafael Henrique Formiga, a carteira não é só um direito do estudante para garantir a meia entrada em atividades culturais, mas, também, um documento de identificação que comprova que o universitário está regularmente matriculado na Ufla.

Inscrições para bolsas remuneradas de incentivo à docência em Química

Estudantes do curso de licenciatura em Química que estejam interessados em participar do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) já podem procurar a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) e efetuarem sua inscrição. O prazo vai até o dia 02 de abril. Os interessados devem se dirigir ao local, no prédio da Reitoria, no Campus Universitário, das 08h às 12h e das 14h às 18h. Estão sendo oferecidas 15 bolsas remuneradas, no valor de R$300.

 

Ao se inscrever, o estudante deve preencher uma ficha de inscrição disponibilizada na PRG ou no link disponível abaixo e apresentar cópias do seu histórico escolar (do ensino médio para alunos do 1º período) e da carteira de identidade. A seleção será composta da análise de documentos e uma entrevista. A lista com os pré-selecionados estará na PRG no dia 07 de abril, a partir das 9h, bem como o local das entrevistas e horários, que devem ocorrer entre os dias 13 e 17 de abril.

Outras informações pelo telefone (35) 3829-1113

Reflexões sobre a publicação científica vinculada aos programas de pós-graduação Stricto Sensu da UFLA

Os programas de pós-graduação Stricto Sensu da Universidade Federal de Lavras se encontram, mais uma vez, diante de novos desafios proporcionados pela mudança do ambiente institucional, incluindo aqueles relacionados ao processo de avaliação da CAPES. A qualidade da produção científica passará em 2010 por uma rigorosa avaliação oficial, levando-se em consideração os periódicos nos estratos A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C definidos pelo Sistema QUALIS/CAPES. Estudos da Pró-reitoria de Pós-graduação evidenciam algumas particularidades da publicação científica que precisam ser equacionadas por aqueles que atuam na pós-graduação, sejam coordenadores, docentes, discentes ou gestores institucionais.


Pode-se observar pelo gráfico acima que somente 3,3% da produção científica total dos programas foram veiculados em periódicos pertencentes ao estrato A1 e 6,3% da mesma produção foram publicados em periódicos classificados como A2. Em termos absolutos, foram publicados em 2007, respectivamente, 32 e 62 artigos nos estratos A1 e A2, indicando uma publicação pouco expressiva em periódicos que terão maior peso na avaliação dos programas. Na categoria B1, que abriga periódicos portadores de fator de impacto entre 0,10 e 0,749, foram classificados 17,2% do total de 1072 artigos publicados em 2007 por nossa comunidade acadêmica. Portanto, observa-se que somente 26,8% do total de artigos foram publicados em periódicos que possuem fator de impacto. O restante, 74,2% do total de artigos publicados pelos docentes da pós-graduação, foi veiculado em periódicos classificados nos estratos B2, B3, B4 e B5, cujo fator de fator de impacto não foi mensurado pelo JCR (Journal of Citation Reports). A análise do gráfico permite destacar que 44,8% do total de publicações foram veiculados em periódicos do estrato B2. Entre estes periódicos destacam-se: Revista Ciência e Agrotecnologia (UFLA), Revista e Tecnologia de Alimentos, Ciência Rural, Engenharia Agrícola, Fitopatologia Brasileira, Horticultura Brasileira, Revista Cerne, Revista Brasileira de Botânica, Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Revista Brasileira de Fruticultura, Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Revista Brasileira de Sementes, Revista Ciência Agronômica, Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Brazilian Journal of Plant Physiology, entre outros que estão listados pelo Sistema QUALIS/CAPES. Portanto, trata-se de uma publicação que foi publicada prioritariamente em periódicos editados no Brasil.

A análise da referida produção reclama por uma mudança efetiva no comportamento dos membros da nossa comunidade. Por outras palavras, estes indicadores evidenciam a necessidade de reorientação do processo de veiculação da produção científica em direção aos periódicos da categoria A1 e A2. Sabe-se que este processo não se limita à simples escolha dos periódicos classificados nos referidos estratos. Ao contrário, este movimento implica na adoção de um conjunto de medidas que produzirão efeitos sinérgicos no curto e médio prazo. Entre as medidas que podem ser adotadas pelos programas, destacam-se; a) a formação de redes de cooperação científica com outros programas de pós-graduação nacionais e estrangeiros que alcançaram níveis de excelência. Estas parcerias deverão ser fortemente orientadas para resultados em termos de publicação de artigos e formação de novos doutores; b) promover a melhoria da qualidade das dissertações e teses, de tal modo que elas dêem origem a artigos científicos qualificados; c) priorizar a publicação em periódicos portadores de fator de impacto mais elevado das categorias A1 e A2. Para tanto, os membros da nossa comunidade acadêmica poderão fazer as suas escolhas entre os mais de 700 periódicos que se encontram indexados nas bases de dados internacionais (ISI, SCOPUS, entre outras); d) estimular a produção científica em bases teóricas e metodológicas renovadas que estejam alinhadas (e não submissas) com o desenvolvimento científico experimentado pelos programas de pós-graduação das melhores universidades do mundo; e) estimular a participação do corpo discente na publicação de artigos científicos em periódicos mais qualificados e portadores de elevado fator de impacto.

Lembramos que a produção científica deve ser vista como uma prática pedagógica estratégica e inerente à formação de mestres e doutores. Não podemos desvincular a formação qualificada de mestres e doutores da pesquisa e da publicação científica. É nesta justaposição que se encontram os desafios a serem enfrentados pela comunidade acadêmica que atua na pós-graduação Stricto Sensu da UFLA.