Ufla entrega certificados aos bolsistas do BIC Júnior

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) realiza, hoje às 17 horas a entrega dos certificados aos bolsistas do Programa de Iniciação Científica Júnior.

O Programa de Iniciação Científica Júnior consiste na concessão de quotas de Bolsas de Iniciação Científica Júnior às Universidades e Centros de Pesquisa públicos que tenham atividades de Ensino Superior ou Pós-Graduação (lato e/ou stricto sensu) e Pesquisa sediadas no Estado.

As bolsas são destinadas a alunos do Ensino Médio da Rede Pública de Minas Gerais. O processo de seleção dos bolsistas é realizado, com base em condições e critérios estabelecidos por uma Comissão de Avaliação, observando-se as diretrizes definidas no presente documento.
O objetivo geral deste Programa é favorecer estudantes do Ensino Médio e Profissional, para o desenvolvimento da vocação científica, ampliando sua formação em ambientes de pesquisa.

Bolsistas contemplados:

Alan Pereira Villela – E.E. Firmino Costa, Bruna Sales Ferreira – E.E. Cristiano de Souza, David Augusto Ribeiro – E.E. Firmino Costa, Delyson Vinícius Oliveira Souza – Colégio Tiradentes, Emily Shtefani de Carvalho – E.E. Cinira Carvalho, Glauciele de Lima Siva – E.E. João Batista Hermeto, Guilherme Abreu de Paula – Colégio Tiradentes, Jefferson Francisco R. de Oliveira – E.E. João Batista Hermeto, Larissa Carvalho Costa – E.E. Dora Matarazzo, Leonardo Francisco de Azevedo – Colégio Tiradentes, Luis Fernando Freire de Souza – E.E. Cristiano de Souza, Mayara de Souza Miranda – E.E. Dora Matarazzo, Nayara Teodoro do Prado – Colégio Tiradentes, Pablo Pereira – E.E. Azarias Ribeiro, Patrícia Machado Borges – E.E. Azarias Ribeiro, Priscila Aparecida Brito – E.E. João Batista Hermeto, Racielly das Graças Oliveira – E.E. Cinira Carvalho, Rafael Vilas Boas – E.E. Cristiano de Souza, Rafaela Torres Pereira – Colégio Tiradentes, Rodrigo Vitor da Silva – E.E. Firmino Costa, Larissa de Lima Rosa – Colégio Tiradentes, Sarah Fagundes Sousa – E.E. Dora Matarazzo, Tayane Cristina de Melo Naves – E.E. João Batista Hermeto, Thaysla Mariane Souza Alves – E.E. Dora Matarazzo e Thiago Júnior Furtado Garcia – E.E. Azarias Ribeiro.

Começou a coleta de dados da educação superior

As Instituições de Ensino Superior (IES) têm até o dia 18 de junho para fornecer as informações para o Censo da Educação Superior 2007, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). O censo é obrigatório e as instituições que não responderem ficam impedidas de participar do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Serão colhidas informações sobre os cursos de graduação – presenciais e a distância – e suas habilitações. A pesquisa inclui ainda dados sobre pessoal docente e técnico, informações financeiras e de infra-estrutura, como bibliotecas, instalações e equipamentos. O preenchimento dos dados deve ser feito na internet, na página do Instituto: www.inep.gov.br.

Milho e feijão recuam para o produtor

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) divulgou os Índices de Preços Agrícolas do mês de fevereiro de 2008. Neste período, os preços recebidos pela venda dos produtos agrícolas registraram queda, em média, dos itens pesquisados.

Em fevereiro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural caiu 7,26%, puxado pelas baixas do preço do feijão, que teve forte queda no mês de 44,37% e do preço do milho, que recuou 17,24%. Já os preços pagos aos produtores pelas vendas do café, do arroz, do leite tipo C e da arroba do boi não se alteraram, no mês. Mesmo com o excesso de chuvas em fevereiro, os hortifrutigranjeiros tiveram queda média de 3,1%, apesar das altas de preço dos ovos (24,87%), da beterraba (42,22%) e da laranja (73,08%).

Para o professor Ricardo Reis, coordenador dos Índices Agrícolas, a baixa do preço do feijão está associada à queda nas vendas, influenciada pelo menor consumo devido aos altos preços do produto verificados no segundo semestre de 2007, além da entrada da safra paranaense no mercado. Já a queda do milho não era esperada na atual conjuntura, visto que as demandas doméstica e internacional estão aquecidas. Segundo o prof. Ricardo, a persistir este cenário favorável, espera-se uma recuperação das cotações do produto nos próximos meses.

No mês de Fevereiro, os preços médios dos insumos agrícolas estiveram em alta. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 1,19%. Entre os mais de 180 itens pesquisados, as maiores altas ficaram com os setores ligados às sementes e mudas (12,84%), bernicidas (3,1%), vacinas (1,27%) e manutenção de equipamentos, com alta de 1,99%.

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Para fazer música”, Cecília Cavalieri França – um livro didático para o ensino da música para 2ª/9 e 3ª/9 séries do Ensino Fundamental. É visualmente estimulante, todo em cores e ricamente ilustrado, com um design que mescla desenho, fotografia e outros recursos visuais. O texto dialoga com a criança, estimulando-a a se posicionar expressiva e criticamente em relação às experiências realizadas. Convocações específicas, como “Reúna sua turma” e “Convide seus amigos”, direcionam o foco para atividades coletivas capazes de promover o desenvolvimento sócio-emocional da criança. Propostas-âncora, tais como “Experimentando”, “Você sabia?” e outras, criam uma cultura de pesquisa sonora e sua imediata aplicação musical. O livro inclui um CD com 35 faixas sugeridas para apreciação com um repertório variado que inclui rock, rap, samba e compositores como Villa-Lobos, Tchaikovsky, Mussorgsky, Schafer, entre outros. Fruto de anos de pesquisa e experimentação da autora com base na obra do educador musical inglês Keith Swanwick, a proposta estimula a pesquisa e a experimentação, envolvendo a criação individual e coletiva, a apreciação de obras de tradições diversas, o canto, a performance instrumental e a construção de instrumentos alternativos. Com a recente volta da obrigatoriedade do ensino da música nas escolas (PL330/2006), Para fazer música torna-se uma ferramenta indispensável para o educador musical. (UFMG)

´Cultura Popular: nas teias da memória´, Ingrid Fechine e Ione Severo (Orgs.) – tem como proposta dialogar os conceitos de Cultura e de Memória no âmbito da construção identitária, da arqueologia social, da etnografia, do patrimônio e autoria, da voz, da performance e da poética dos folhetos de cordel. (UFPB)

“Entre o mar e a montanha: esporte, aventura e natureza no Rio de Janeiro”, Edmundo de Drummond Alves Junior e Cleber Augusto Gonçalves Dias – imagine um amplo mercado consumidor ávido por produtos articulados a símbolos da cultura esportiva, associados a imagens de aventura, coragem, audácia e jovialidade. Junte-se a isso uma cidade de paisagens deslumbrantes, recortada por praias e morros propícios à prática de surf, caminhada, windsurf, vôo livre, escalada, ciclismo. Dessa mistura, emerge um poderoso símbolo de identificação coletiva que os pesquisadores chamam de “identidade esportiva do carioca”. Patrocinada pelo Ministério do Esporte, a obra analisa os desafios e perspectivas dos esportes praticados na natureza, também conhecidos como radicais e de aventura, especialmente o surf e o montanhismo, sob as perspectivas das ciências sociais e econômica. (UFF)

“Trabalho docente na educação básica: contribuições formativas e investigativas em diferentes contextos”, Filomena Maria de Arruda Monteiro (Org.) – a obra enfeixa o resultado de estudos, reflexões e pesquisas na área da Educação, com destaque para dois grandes eixos analíticos: Formação Docente de Professores e Trabalho Docente/Fazer Pedagógico. São abordadas, na primeira parte, questões relativas às reformas educacionais, a avaliação formativa e o trabalho com os portifólios, as mudanças na prática de ensino e sua interface com a cultura docente, a formação continuada dos professores e sua estreita relação com o fazer pedagógico, os cursos de licenciatura parcelada e a atuação dos professores-formadores. Na segunda parte são analisadas a agenda dos futuros professores das séries iniciais, as políticas de currículos e sua visão crítica, assim como os ciclos de formação. (UFMT)

Salário de professores aumentou 39%

Estudo do Ministério da Educação mostra que variação de renda na rede pública foi maior que a inflação de 17% entre 2003 a 2006

Tese da FGV-SP revela também que de 1995 a 2006 salários no magistério público cresceram mais do que em outras categorias

Em muitas análises sobre a piora da qualidade da educação, um argumento usado é o de que sucessivas perdas salariais foram diminuindo a atratividade da carreira do magistério. Duas pesquisas inéditas, no entanto, apontam mudanças positivas nesse quadro.

Uma delas, feita pelo Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC) a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE), mostra que, de 2003 a 2006, o rendimento médio dos professores do setor público na educação básica aumentou 39%.
O crescimento foi superior aos 17% registrados no índice de inflação oficial, o IPCA, e aos 29% registrados para os demais trabalhadores.

A outra, elaborada por Gabriela Moriconi na Escola de Administração de Empresas da FGV-SP, usa também a Pnad para concluir que, de 1995 a 2006, os ganhos nos rendimentos dos professores da rede pública básica foram superiores aos das escolas particulares e aos de outros trabalhadores do setor público e privado.

Moriconi comparou os salários de um professor da rede pública da educação básica aos de um trabalhador com as mesmas características (escolaridade, cor, sexo, domicílio e outras variáveis) no setor privado e em outras ocupações.

Para profissionais com nível superior, seu trabalho mostra que a distância que separava os professores da rede pública dos demais grupos diminuiu.

O diferencial em favor de outros trabalhadores (não-professores) do setor privado com nível superior caiu de 62% para 17% entre 1995 e 2006. Para ocupados no setor público que não estão no magistério, a redução foi de 60% para 43%.

Quando se compara somente docentes do setor público e privado com diploma, o diferencial cai de 34% em 1995 para insignificativos 2,5% (ainda em favor do setor particular).

O mesmo foi verificado nas comparações de profissionais com formação apenas de nível médio com mesmas características. Nesse caso, os diferenciais, desfavoráveis em 1995, passaram a ser favoráveis aos professores da rede pública.

Pela pesquisa do MEC, o maior crescimento na renda da rede pública foi verificado de 2005 para 2006.

O trabalho de Moriconi destaca igualmente que a melhoria foi mais intensa nos últimos anos, mas, por analisar um período maior -1995 a 2006-, cita também possíveis efeitos do Fundef (fundo de financiamento do ensino fundamental criado em 1996) e uma tendência de melhoria na remuneração em todo o setor público.

Por se tratar de um movimento recente, as razões dessa melhoria salarial ainda foram pouco estudadas.

Para o ministro Fernando Haddad (Educação), a retomada das discussões sobre o estabelecimento de um piso salarial nacional de R$ 850 e uma maior pressão em ano eleitoral (2006) por reajuste ajudaram a melhorar o rendimento dos professores em 2006.
A presidente União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação, Justina Iva Silva, aponta que muitos municípios só recentemente criaram planos de carreira e remuneração.

Para Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, o crescimento se deve ao pagamento de abonose gratificações. ‘Não pode ser considerada política salarial perene. O benefício pode ser retirado a qualquer momento e não atinge inativos’.

Pernambuco tem piores salários; DF, os melhores

São Paulo tem quinta maior média, R$ 1.767, nas redes municipal e estadual. Levantamento revela surpresa, como o terceiro lugar conquistado por Sergipe; cálculo teve como base jornada de 40 horas

Os maiores rendimentos de professores da rede pública básica para uma jornada de 40 horas são encontrados no Distrito Federal (R$ 3.371, em média), diz o estudo do Ministério da Educação feito a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Os docentes de Pernambuco são os com piores salários (R$ 831) no país.

Em Pernambuco, Maria Agnalda Cunha, 47, mesmo com nível superior, tem na rede estadual salário bruto com gratificações de apenas R$ 542 para uma jornada parcial. Segundo ela, o valor não chegar a ser suficiente nem para poder quitar mensalmente as despesas com água, luz e telefone.

Por isso, precisa complementar o salário dando aulas à noite no município e, entre as duas escolas, ainda acha tempo para dar aulas particulares. ‘Fica muito apertado e não sobra quase nenhum tempo livre’, diz Maria Agnalda.

Já Cesar Santos, 41, professor em Brasília, consegue um rendimento líquido de cerca de R$ 3.000 ao trabalhar exclusivamente na rede distrital.

‘Se eu disser que não consigo viver com esse salário estaria mentindo, mas não pago aluguel. Muitos professores daqui não têm essa facilidade, o que faz muita diferença numa cidade com custo de vida tão alto’, afirma Santos.

Antônio Lisboa, diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, lembra que, além do custo de vida, é preciso considerar que os professores têm o pior rendimento entre os servidores públicos da capital.

O secretário de educação do DF, José Valente, reconhece essa situação e diz que o governo se comprometeu a priorizar os professores em reajustes, mas afirma que, por ter os melhores salários do Brasil, cobrará sempre os melhores desempenhos em avaliações.
O levantamento revela também algumas surpresas. O Estado de Sergipe aparece como terceiro melhor rendimento (média de R$ 2.012).

O diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe, Roberto dos Santos, diz que, levando em conta gratificações, o salário pode mesmo chegar a R$ 2.000 se o professor trabalhar no Estado e no município.

Ele diz que o sindicato conseguiu repor parte das perdas em 2006, mas que ainda há uma perda acumulada de 32%.

São Paulo

São Paulo tinha em 2006 a quinta maior média (R$ 1.767) quando se considerava tanto a rede municipal quanto a estadual. Considerando apenas a rede estadual, o Estado apresentava o sétimo maior rendimento (R$ 1.840). Na média das redes municipais, o rendimento dos professores paulistas era o segundo maior.

Uma das maiores vantagens de usar a Pnad em comparações de salários de professores é que a pesquisa permite medir o rendimento médio de todos os docentes do país, sem se limitar a apenas um ponto da carreira (o rendimento para um professor em início da carreira é sempre diferente de um no fim, por exemplo).

Em compensação, por ser uma pesquisa feita por amostra, é preciso considerar que há margem de erro.

Os rendimentos médios de R$ 1.840 na rede estadual de São Paulo, por exemplo, são tão próximos dos de Rondônia (R$ 1.863), Roraima (R$ 1.856) e Acre (R$ 1.826) que a diferença não é estatisticamente significativa. (ANTÔNIO GOIS)

Melhoria salarial não é suficiente, diz MEC

Para o MEC e secretários de educação, a melhoria dos salários dos professores é um ponto positivo, mas não suficiente para impactar na qualidade.

O ministro Fernando Haddad diz que o governo espera que os salários continuem melhorando por causa do Fundeb (fundo de financiamento da educação básica que substituiu o Fundef) e da aprovação do piso nacional de R$ 850, em tramitação no Congresso. Ele afirma, no entanto, que a melhoria na formação dos professores é fundamental.

Sua avaliação é de que os currículos em cursos de pedagogia são muito voltados para a formação teórica e preparam pouco o professor para sua principal função em sala de aula: ensinar. Para incentivar a mudança, o ministro diz que o próximo Enade -avaliação aplicada aos os formandos- já será adequado a essa nova formação.

Outra estratégia que Haddad cita nesse sentido foi a criação do Conselho Técnico e Científico da Educação Básica, órgão que terá entre suas atribuições orientar políticas públicas para capacitação de professores e ajudar o MEC na avaliação da qualidade dos cursos.

O ministério quer também incentivar que os melhores professores formados em universidades públicas sejam atraídos pelas escolas públicas. ‘Foi por isso que, ao lançarmos o Pibid [programa que oferecerá bolsas a alunos de cursos de licenciatura e pedagogia de universidades públicas], colocamos como contrapartida o desenvolvimento de projetos de educação em escolas públicas’, diz Haddad.

O sociólogo Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE no governo FHC e atual presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, aponta como fundamental para a qualidade da educação a melhoria da formação do professor.

‘Bons salários podem atrair melhores talentos, mas aumentar o vencimento de quem já está trabalhando não muda muita coisa. No entanto, para mudar o prestígio da profissão, é preciso também melhorar a qualidade dos cursos de pedagogia e educação, hoje desmoralizados. Uma combinação interessante poderiam ser cursos bem articulados, criados ou supervisionados por secretarias de educação como as de São Paulo ou Minas’, diz. (AG)

Seminário debate modelo de pesquisa e pós-graduação das IFES

O encontro reuniu, pela primeira vez, dirigentes, vice-dirigentes e pró-reitores das Instituições Federais de Ensino Superior e as agências de apoio à ciência e tecnologia para debater a pós-graduação brasileira

Dirigentes e representantes de agências de apoio à ciência e tecnologia do País debateram, nesta quarta-feira (20/02), o modelo de pesquisa e de pós-graduação das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), em seminário promovido pela Andifes, em Salvador, Bahia. O encontro discutiu as possibilidades de superar a fragmentação da pós-graduação, as formas de financiamento, a avaliação de desempenho e outras questões para auxiliar a formulação de propostas de reestruturação da pós-graduação brasileira no âmbito das IFES.

O presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), abriu o seminário, afirmando que as IFES possuem programas de pós-graduação de alto nível – a maioria ostenta conceitos máximos, entre 5 e 7, de acordo com a avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Entretanto, os cursos avaliados insatisfatoriamente precisam de auxílio para melhorar sua conceituação.

A vice-presidente do (CNPq), Wrana Maria Panizzi, e o coordenador do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP), Jaime Arturo Ramírez , apresentaram o histórico e os indicadores da pesquisa e da pós-graduação brasileira. Segundo eles, o Brasil ocupa hoje a 15ª posição no cenário de produção científica mundial, titulando mais de dez mil doutores e trinta mil mestres por ano.

Entre os dados apresentados, estão: as IFES acomodam e são responsáveis pela titulação de 50% dos alunos de pós-graduação do País; o sistema federal de pós-graduação brasileiro é responsável pelo oferecimento de 56% dos programas de doutorado, apresentando a maior expansão no último triênio; 53% dos docentes das IFES estão envolvidos em pós-graduação no País; o corpo discente vem crescendo a uma taxa maior a 10% ao ano em matrículas, alunos novos e titulados.

O diretor de programas da Capes, Emídio Cantídio de Oliveira Filho , fez uma apresentação sobre o financiamento da pesquisa e da pós-graduação no Brasil. De acordo com ele, a agência financia atualmente 3.165 cursos, por meio de bolsas de estudo de mestrado (20.827), doutorado (12.007) e pós-doutorado (369).

Em 2007, a Capes investiu aproximadamente R$ 642 milhões em financiamento para formação de recursos humanos e desenvolvimento das atividades da pós-graduação no País. Para este ano, está previsto um orçamento de cerca de R$ 701 milhões.

Os presidentes do CNPq, Marco Antônio Zago , e da Capes, Jorge Almeida Guimarães, debateram sobre a relação das agências com as IFES. De acordo com os dados apresentados, as universidades brasileiras são grandes produtoras de conhecimento científico. Cerca de 75% dos nossos cientistas encontram-se nessas instituições. Em países como o Canadá, os Estados Unidos, a Inglaterra e a Alemanha, este percentual não chega a 40%.

O reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ícaro de Sousa Moreira, e o diretor de avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, fizeram uma avaliação da pesquisa e da pós-graduação brasileira. A expansão da pesquisa e da pós-graduação nas IFES foi o tema debatido pelo vice-presidente da Andifes, reitor José Ivonildo do Rêgo (UFRN), e pelo ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Francisco César de Sá Barreto.

O modelo de pesquisa e de pós-graduação das IFES será debatido na reunião do Conselho Pleno da Andifes, que acontecerá na Universidade Federal de Tocantis (UFT) e em outros encontros da Associação. Após, a Andifes deverá formular uma proposta de fortalecimento e expansão da pós-graduação das IFES, que será apresentada ao Ministério da Educação.

Ufla abre vaga para Professor Substituto

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) divulga o edital que abre inscrições para seleção de Professor Substituto, nos termos da Lei nº 8.745/93 conforme a resolução CUNI nº 046/2007.

Os candidatos concorrerão à vaga na área de Inspeção de alimentos de origem animal e deverão possuir titulação mínima de graduação em Medicina Veterinária. Para o cumprimento do regime de trabalho de quarenta horas semanais, a remuneração do cargo será de R$ 988,00 (novecentos e oitenta e oito reais), mais auxílio alimentação no valor de R$ 143,99 (cento e quarenta três reais e noventa e nove centavos).

As inscrições poderão ser realizadas entre os dias 3 e 7 de março de 2008, das 08h às 11h e das 13 às 16h na Divisão de Seleção e Desenvolvimento da Diretoria de Recursos Humanos, prédio da Reitoria da Ufla em Lavras MG.

Mais informações pelo telefone 35 3829-1146, ou no site www.drh.ufla.br.

Bolsista BIC-Júnior é aprovado no Vestibular da UFJF

O estudante Leonardo Francisco de Azevedo, do Colégio Tiradentes em Lavras e bolsista no Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior – BIC-Júnior na Universidade Federal de Lavras (Ufla), foi aprovado em 4º lugar no Curso Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Nesse Programa, apoiado pelo CNPq e Fapemig, alunos do ensino médio da rede estadual participam de projetos na Ufla nas diversas linhas de pesquisa.

Essa aprovação demonstra o cumprimento de um dos objetivos desse programa que é a inserção desses estudantes na Universidade.

Municípios podem concorrer a prêmio de R$ 100 mil por destaque em gestão educacional

Brasília – Municípios com boas práticas em administração escolar poderão concorrer à 2ª edição do Prêmio Inovação em Gestão 2008, que foi lançado ontem (20), em Brasília. Os dez municípios com as melhores práticas de administração escolar vão dividir R$ 1 milhão.

O lançamento aconteceu durante a abertura da 5ª reunião do grupo de trabalho das capitais e grandes cidades, que reúne gestores da educação básica. Este ano, o foco da premiação será a qualidade na aprendizagem.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a iniciativa tem a intenção de dar visibilidade à boa gestão educacional realizada em muitos municípios e estados, que às vezes, não chegam ao conhecimento público. “Muitas vezes essas experiências ficam encapsuladas ali naquela região, cidade ou escola, e não ganham a visibilidade que merecem. Então, educar bem também é disseminar aquilo que se faz bem”, afirmou.

Questionado sobre a importância de uma boa gestão escolar, o ministro disse que a organização nas escolas afeta diretamente os alunos. “Todo mundo que participa de uma forma de organização bem estruturada enxerga seus objetivos, sua missão e, principalmente, o zelo com os recursos ali investidos. Com certeza é um fator motivador para a permanência do aluno na escola.”

Serão premiados com R$ 100 mil as dez experiências de gestão municipal que contribuam de forma efetiva para o alcance das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e, conseqüentemente, para a melhoria da qualidade da educação básica na região. Podem participar dirigentes municipais de educação ou coordenadores por eles designados que desenvolvam projetos inovadores em suas redes de educação básica.

As inscrições vão até o dia 18 de abril. Os municípios podem optar entre os seguintes grupos temáticos: planejamento e gestão, gestão pedagógica, de pessoas, avaliação e resultados educacionais. Cada um dos temas está vinculado às diretrizes do PDE.

O prêmio é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

As inscrições podem ser feitas no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O regulamento e o calendário do programa também estão na página do instituto (www.inep.gov.br). A entrega do prêmio está marcada para o dia 19 de novembro.

Primeira dissertação do curso Mestrado em Biotecnologia Vegetal na Ufla

O Curso de Mestrado em Biotecnologia Vegetal da Universidade Federal de Lavras (Ufla) terá sua primeira dissertação defendida em 22/02/2008, as 14 horas, no Anfiteatro da Biblioteca Central.

A aluna Elizângela Almeida Rocha, orientada pelo professor Luciano Vilela Paiva, desenvolveu seu trabalho sobre “Divergência genética e Fingerprint em cultivares de Batata (Solanum tuberosum L.) usando marcadores moleculares RAPD e SSR”.

A Banca será composta por Luciano Vilela Paiva, Cláudia Teixeira Guimarães, Anderson Cleiton José e Marcelo Murad Magalhães (Suplente).

Para a autora, a introdução de novas cultivares de batata (Solanum tuberosum L.) tem sido uma estratégia adotada para aumentar a produtividade. Devido aos processos de melhoramento, a batata apresenta base genética estreita o que dificulta a identificação das cultivares por meio de marcadores morfológicos. Assim, há uma necessidade constante de utilizar métodos que possam identificar tais cultivares e avaliar a divergência genética em seu germoplasma.

O trabalho teve como objetivo avaliar a divergência genética e identificar cultivares de batata por meio de marcadores RAPD e SSR. Foram avaliadas 16 cultivares fornecidas pela Empresa Multiplanta Tecnologia Vegetal Ltda. O DNA genômico foi extraído através do protocolo CTAB, sendo a amplificação e obtenção dos fragmentos analisados através de reações RAPD e SSR.

As distâncias genéticas foram obtidas pelo coeficiente de Jaccard, o agrupamento pelo método UPGMA e foram obtidos também, os valores de PIC para os primers RAPD e SSR utilizados. 25 primers RAPD e 20 primers SSR foram selecionados com base na quantidade e qualidade do polimorfismo obtido entre as cultivares. Os 25 primers RAPD geraram 92 bandas polimórficas e os 20 primers SSR produziram 136 bandas polimórficas as quais foram suficientes para estabelecer a similaridade genética entre as cultivares em estudo. A análise de agrupamento, realizada com o método UPGMA, produziu os dendogramas os quais permitiram uma distinção genética das cultivares.

Os valores de PIC demonstraram o alto conteúdo informativo dos primers RAPD e SSR, sendo que através da utilização de 6 primers RAPD e de 3 primers SSR foi possível identificar todas as 16 cultivares analisadas neste estudo. Os marcadores RAPD e SSR foram adequados para a diversidade genética e caracterização das cultivares de batata evidenciando que o alto grau de polimorfismo detectado por estes marcadores confirma o potencial das técnicas na análise de fingerprinting e suas utilidades na caracterização genética de cultivares de batata.