Ufla recebe 420 novos calouros

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio da Pró-reitoria de Graduação (PRG), divulga extensa programação para recepcionar os calouros – 1ª semestre de 2008 – dos cursos diurnos e noturnos.

Os eventos, com início dia 27 e encerramento no dia 29 de fevereiro, acontecerão no Ginásio Poliesportivo, Salão de Convenções e Salão de Exposições da Ufla.

Com a presença do reitor Antônio Nazareno Mendes, pró-reitores, coordenadores de cursos, técnico-administrativos e representação estudantil, a programação consta de Palestras, como: Entrei na Faculdade e Agora?, Os direitos sexuais reprodutivos, Seus direitos e deveres na Ufla, a representação acadêmica na Ufla; Encontro com pais e responsáveis; Tendas sobre órgãos; setores e atividades na Ufla; Reunião com Coordenadores de Cursos; Ação de Cidadania com coleta e distribuição de alimentos; Oficinas Culturais e Técnicas e Confraternização de Calouros no Restaurante Universitário (RU).

A presença dos estudantes é obrigatória e regulamentada pela Resolução CEPE nº 042, de 21/3/2007 que estabelece normas gerais do ensino de graduação na Ufla, disponível na página da PRG – www.prg.ufla.br e será entregue aos calouros na recepção.

Recentemente o Conselho Universitário da Ufla aprovou em sua reunião de 30/1/2008 uma resolução que proíbe a prática do ‘trote’ dentro e fora do campus universitário, não sendo tolerado qualquer tipo de ato estudantil que cause, a quem quer que seja, agressão física, moral ou outras formas de constrangimento, dentro e fora do espaço físico da Universidade. A transgressão será considerada falta grave, importando na aplicação das penalidades de desligamento ou suspensão previstas no Regime Disciplinar do Corpo Discente, após o devido processo legal, assegurados o direito ao contraditório e ampla defesa.

Mais detalhes sobre a programação e outras informações; www.prg.ufla.br ou pelo telefone (35) 3829-1113.

Tese de Doutorado em Administração defendida na Ufla ganha Menção Honrosa de Melhor Tese Capes de 2007

A Tese de Doutorado em Administração de Gláucia M. Vasconcellos Vale “Laços como Ativos Territoriais: Análise das Aglomerações Produtivas na Perspectiva do Capital Social”, realizada na Universidade Federal de Lavras, sob a orientação dos professores Robson Amâncio (Ufla) e John Wilkinson (UFRRJ) foi agraciada com a Menção Honrosa no contexto do Prêmio Capes de Tese/ 2007.

A premiação, instituída em 2005, visa distinguir as melhores teses de doutorado defendidas e aprovadas em cursos reconhecidos pelo MEC, considerando os quesitos de originalidade e qualidade. Além da tese, a pesquisa, desenvolvida pela autora deu origem a um livro intitulado “Territórios Vitoriosos: o Papel das Redes Organizacionais”, recém editado pela Garamond, onde a autora destaca a importância da ação empreendedora e do capital relacional, trazendo contribuições relevantes para uma melhor compreensão da dinâmica competitiva das empresas e das regiões.

O novo perfil do Conselho Nacional de Educação

As alterações que o Ministério da Educação (MEC) acaba de promover nos critérios de escolha dos 24 integrantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) – o órgão colegiado encarregado de propor diretrizes, fixar metas e normas para os ensinos básico e superior – mostram como o setor, que é estratégico para o futuro do País, vem sendo administrado pelo governo.

A alteração tem o objetivo de tornar o Conselho menos corporativo e mais doutrinário. Pelas regras vigentes, os membros do CNE são escolhidos pelo presidente da República com base numa lista de candidatos indicados por 40 entidades – entre elas a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), federações trabalhistas filiadas à Força Sindical e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederações do Comércio, Indústria e Agricultura e associações de dirigentes de universidades públicas e de mantenedoras de instituições particulares e confessionais. Por isso, segundo o secretário de Ensino Superior do MEC, Ronaldo Mota, os conselheiros freqüentemente atuariam mais como ´parte interessada´ do que como formuladores de políticas públicas, o que transformou o CNE num ´balaio-de-gatos´.

Os membros indicados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), por exemplo, priorizam a defesa dos interesses corporativos das universidades públicas. Os conselheiros indicados pela UNE, Ubes, Força Sindical e CUT estão mais preocupados em fazer política do que em lutar pela melhoria da qualidade do ensino. Os conselheiros indicados pela Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes) e Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), por sua vez, têm interesses diretos nas questões relativas a credenciamento de novos cursos, recredenciamento de cursos já existentes e ampliação de vagas e no descredenciamento de cursos considerados ruins pelos mecanismos de avaliação do MEC. No entendimento do secretário do Ensino Superior do MEC, ´não há um problema ético nisso; mas, funcionalmente, há problemas, sim´.

Desde sua criação, na década de 60, com o nome de Conselho Federal de Educação (CFE), o órgão foi por diversas vezes objeto de trocas de denúncias de favorecimento entre grandes grupos educacionais. Em 1994, em meio a uma guerra de acusações de venda de pareceres, o então presidente Itamar Franco demitiu todos os conselheiros e substituiu o CFE pelo CNE. Mas, apesar dessas mudanças, os problemas continuaram. Em 1997, o então conselheiro José Arthur Giannotti pediu demissão, após criticar a falta de lisura nos critérios utilizados para o credenciamento de universidades. E, em 2001, a conselheira Eunice Ribeiro Durhan, substitutiva de Giannotti, também pediu afastamento, criticando a concessão desenfreada de autorizações para novas instituições particulares de ensino superior.

Não há dúvida de que o diagnóstico do MEC sobre o sistema de escolha dos membros do CNE está correto. É de se indagar, contudo, por que o governo Lula demorou mais de cinco anos para enfrentar o problema e por que a solução escolhida para evitar conflitos de interesse foi mal recebida pelos especialistas. As autoridades educacionais deixaram de fora as federações trabalhistas e as confederações patronais e incluíram entre as entidades que podem indicar conselheiros associações de docentes que representam áreas específicas do conhecimento científico, como as de história, geografia, letras, educação, economia e ciências sociais. Mas, das 40 entidades que antes tinham a prerrogativa de indicar conselheiros, pelo menos 30 – entre elas a UNE e a Ubes – continuaram com essa prerrogativa.

Além disso, o governo privilegiou o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação. Ou seja, com os novos critérios adotados para a composição do CNE, o MEC pode ter trocado seis por meia dúzia, substituindo conselheiros com viés político e sindical por outros não menos envolvidos com disputas eleitorais locais e estaduais.