Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitopatologia aprova projeto em Edital da Capes

O Programa de Pós-Graduação em Agronomia/ Fitopatologia aprovou em dezembro de 2007 um projeto no valor de R$ 165.908,00, no Edital Pró-Equipamentos 01/2007 da Capes. O projeto intitulado ‘Aquisição de sistema de microscopia de epifluorescência com spinning disk confocal e base para microscopia laser confocal’ está sob a coordenação do professor Vicente Paulo Campos. O equipamento será instalado na unidade multiusuária da Ufla “Laboratório de Microscopia Eletrônica e Análise Ultra-Estrutural da Ufla (LME)” e estará disponível para todos docentes e estudantes de pós-graduação dos diversos programas interessados.

O sistema permitirá a obtenção de imagens 3D de materiais vegetais e animais com fluorescência natural, com corantes fluorescentes, com anticorpos fluorescentes e de materiais modificados com genes fluorescentes como o da GFP (Green Fluorescent Protein).

Para o pró-reitor de pós-graduação, professor Joel Augusto Muniz ‘este moderno sistema abrirá um novo campo de pesquisa para a pós-graduação da Ufla, pois permitirá a consolidação do LME como centro de referência multiusuária na área de microscopia. O edital apoiou a recuperação, modernização e suprimento da necessidade de equipamentos destinados à melhoria da infra-estrutura científica e tecnológica dos cursos de pós-graduação, exigindo-se uso compartilhado por diferentes grupos de pesquisa, visando a perspectiva de alavancar dois ou mais programas de pós-graduação. O projeto aprovado trouxe para a Ufla recursos equivalentes ao montante alocado pela Capes, no ano de 2007, para todos os 19 programas de pós-graduação, no programa PROF’.

A unidade LME localizada no Departamento de Fitopatologia, coordenada pelo professor Eduardo Alves atende a 12 programas de pós-graduação da Ufla. Nos últimos quatro anos foram desenvolvidas no LME 64 teses/dissertações, 8 monografias de graduação e treinados 238 usuários em cursos de extensão.

Atualmente estão em andamento 34 projetos de tese e dissertação. O novo sistema irá se juntar aos demais equipamentos da unidade aprimorando as condições de desenvolvimento das pesquisas, melhorando o nível das dissertações/teses da área com reflexos positivos nas publicações de artigos dos próximos anos.

Professor Moacir Pasqual foi indicado para coordenador da área de ciências agrárias da Capes

O professor Moacir Pasqual, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia foi designado pela Portaria 006/08 do Presidente da Capes, professor Jorge Almeida Guimarães, para exercer por um período de três anos (janeiro de 2008 a dezembro de 2010) a função de coordenador da Área de Ciências Agrárias I.

A designação foi feita a partir de lista preparada pelo Conselho Superior da Capes com base em consulta aos Coordenadores de Curso. A Área de Ciências Agrárias I conta com 161 programas de pós-graduação que oferecem 100 cursos de doutorado (DS), 156 cursos de mestrado (MS) e 4 cursos de mestrado profissional (MP), distribuídos em três áreas de avaliação: Agronomia (78 DS, 124 MS e 3 MP), Engenharia Agrícola (10 DS e 14 MS) e Recursos Florestais e Engenharia Florestal(12 DS, 18 MS e 1 MP).

O coordenador de área é um consultor de alto nível designado para auxiliar a Capes no planejamento e execução de suas atividades e na coordenação da participação de consultores acadêmicos junto a esta entidade, respondendo pelas atividades de avaliação da pós-graduação correspondente à área de conhecimento para a qual foi designado.

Entre as atribuições de um coordenador de área da Capes destacam-se:

i.Colaborar no debate e definição da política nacional de desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação dentro da perspectiva mais ampla das necessidades e interesses nacionais e, nesse contexto, do desenvolvimento da pós-graduação em sua área;

ii.Subsidiar os Diretores da Capes na seleção de consultores científicos qualificados, observadas as orientações para tal fim estabelecidas;

iii.Coordenar a atuação das comissões e grupos regulares de consultores correspondentes a seu campo de competência, assegurando o cumprimento das normas em vigência e das recomendações ou resoluções dos colegiados superiores da Capes;

iv.Apresentar à Diretoria de Avaliação, nos prazos e com os conteúdos básicos fixados, os documentos requeridos para a fundamentação e organização dos processos de avaliação em sua área, de acordo com as normas e instruções para esse fim baixadas;

v.Manter os membros do Conselho Técnico-Científico (CTC) que representam sua grande área ou grandes áreas afins devidamente informados sobre questões relativas a processos, propostas ou solicitações vinculadas ao seu campo de competência, para respaldar a atuação destes junto ao referido colegiado.

Para o pró-reitor de pós-graduação da Ufla,professor Joel Augusto Muniz ‘a nomeação do professsor Moacir foi merecida, pois trata-se de um profissional com experiência consolidada e expressiva produção científica. É Prof. Titular do Departamento de Agricultura, atuando nas áreas de Cultura de Tecidos e Fruticultura. Já orientou 40 dissertações de mestrado e 16 teses de doutorado. É pesquisador 1A do CNPq e líder de grupo de pesquisa. A pós-graduação da Ufla com 14 programas na área de Ciências Agrárias I sente-se valorizada com a ida do prof. Pasqual para a Capes. Ele dará continuidade ao trabalho de valorização da área, iniciado pelo coordenador anterior, professor José Oswaldo Siqueira, atualmente na diretoria do CNPq‘.

Um quarto dos jovens não fica 8 anos na escola

O Estado de São Paulo, 22/01/08

Na outra ponta, só 4,5 milhões, ou 12,4%, estão na faculdade

Um quarto dos brasileiros entre 18 e 29 anos não conseguiu nem mesmo completar o ensino fundamental. São quase 9 milhões de jovens sem escolaridade básica. Desses, 816 mil são analfabetos. Os dados, levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), servirão para o governo tentar melhorar o foco de sua política de juventude, especialmente o ProJovem, programa voltado para pessoas dessa faixa etária que não conseguiram terminar o ensino fundamental e têm dificuldades para achar emprego.

A maior parte dos jovens que não concluíram o ensino fundamental está nas cidades, onde o acesso à escola deveria ser mais fácil. São 6,4 milhões. Os outros 2,6 milhões estão em zona rurais. Na outra ponta, apenas 12,4% dos jovens de 18 a 24 anos – cerca de 4,5 milhões – estão na universidade, nível de escolaridade que deveriam ter.

Atualmente, 7 milhões de brasileiros entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham, de acordo com a Pnad. São jovens que têm dificuldade de encontrar emprego porque não têm escolaridade mínima, mas também não continuam estudando porque a idade os empurra para o trabalho.

O número de jovens com baixa escolaridade, no entanto, vem caindo. Dados distribuídos ontem pelo Ministério da Educação mostram que, em 1996, eram 12,2 milhões – 47,9% da população nessa faixa etária. Em 2002, eram 10,9 milhões.

A expectativa do governo é que a taxa continue caindo. A projeção para 2010 é de que 15% da população entre 18 e 29 anos não tenha completado oito anos de escola. Seriam, em números de hoje, mais de 5 milhões de jovens sem escolaridade básica.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que essa queda vai ocorrer por conta do aumento dos investimentos em educação nos próximos anos, incluindo o Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), que levará recursos para que Estados e municípios invistam mais em políticas de formação de professores e melhorias no ensino médio. Um estudo elaborado pelo Ministério da Educação mostra que boa parte dos alunos abandona a escola por não ter motivação para estudar e por não ver relação entre o aprendido e o que se precisa saber para trabalhar.

De acordo com o ministro, uma das razões para essa falta de conexão dos jovens com a escola é a falta de qualidade do ensino, que começaria com o “sucateamento da universidade pública”. “Rompeu-se a ponte entre a educação superior e a básica, as licenciaturas ficaram em segundo plano e a qualidade da educação caiu de ponta a ponta”, afirmou, em texto distribuído pelo ministério.