Conselho Universitário da UFLA aprova adesão ao Reuni

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Lavras (Ufla) aprovou por unanimidade, na tarde de sexta-feira (26) a adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni.

A comissão responsável pela elaboração da proposta de expansão da Ufla apresentou o projeto aos conselheiros que questionaram aspectos metodológicos, técnicos e político-institucionais. Após esclarecimentos, o Conselho discutiu amplamente a proposta, deliberando, à unanimidade de 25 membros presentes, pela adesão da Ufla ao Reuni.

A Ufla encaminha ao MEC nesta segunda-feira (29), sua proposta de adesão que contempla novos cursos diurnos e noturnos, aumento na oferta de vagas em alguns dos cursos regularmente ofertados, novos cursos de pós-graduação, incremento para a assistência estudantil, contratação de professores e servidores técnico-administrativos e melhoria e ampliação da infra-estrutura de apoio.

Após cinco meses de recuperação de renda, preços agropecuários caem em outubro

O ritmo de variação média dos preços agropecuários, após cinco meses consecutivos de alta, sofreu uma reversão em outubro, quando o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou negativo em 1,83%. Essa mudança acontece principalmente pela queda do leite fluido pago ao pecuarista, cuja baixa foi de 9,41% para o leite tipo B e 6,92% para o tipo C.

São levantados os preços de 42 produtos na pesquisa feita pelo Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Apesar de o setor leiteiro ter puxado para baixo esse índice de preços, os grãos ainda se mantiveram em alta, a exemplo do mês anterior. Em outubro, o preço recebido pelo arroz teve variação positiva de 7,69%; café, 2,63%; feijão, 4,96% e o milho, alta de 2,81%.

Entre os hortifrutigranjeiros, que tiveram variação média de 0,05%, as maiores quedas para o produtor ficaram localizadas na banana (-45,0%), batata (-12,09%), alho (-11,31%), repolho (-18,37%), berinjela (-9,88%) e beterraba (-7,46%). As maiores altas entre os hortifruti foram: couve-flor (72,73%), couve (22,41%), mandioca (20,0%), pepino (11,11%) e pimentão (8,33%).

No caso dos preços pagos pelos insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em outubro também foi negativa, ficando em 2,62%. Para estes insumos, são pesquisados 187 produtos e, entre estes, as principais quedas ocorreram nos setores de sementes e mudas (-5,98%), de inseticidas (-5,59%), carrapaticidas (-9,62%) e vermífugos (-9,38%), de animais de tração (-14,08%) e de serviços de terceiros (dia/homem, hora/trator, assistência técnica), com queda de 5,37%. Entre os grupos de insumos que tiveram alta em outubro, destacam-se rações (7,81%), herbicidas (3,05%) e vacinas, estas com alta de 2,5%.

O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento.

Alimentos continuam pressionando a inflação

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 0,81%, no mês de outubro, a segunda maior taxa do ano. Em setembro, o índice havia sido de 0,57%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela UFLA, em 2007, está acumulada em 4,65%.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da UFLA, a taxa de inflação de outubro ficou localizada principalmente na categoria alimentos, a exemplo dos meses anteriores, que teve alta, em média, de 3,58%. Os preços dos produtos in natura subiram 2,01%, bem como os dos semi-elaborados, que ficaram mais caros 5,67%; os alimentos industrializados aumentaram 2,41%. A inflação do mês de outubro teve forte influência das carnes; a bovina subiu 8,3%; a suína, alta de 8,03% e a carne de frango, aumento de 4,71%. O preço pago pelo feijão também teve impacto na inflação do mês, ficando mais caro 3,87%.

O segmento de leite e laticínios continua puxando a taxa de inflação, a exemplo dos meses anteriores, mas já em menor intensidade. Para o consumidor, o leite tipo C aumentou 5,18%; o longa vida, 4,62%; o leite em pó, 3,74%; o queijo teve um aumento de 4,67% e o iogurte, acréscimo de 8,9%.
Além dos alimentos, a taxa de inflação de outubro foi influenciada pelos setores de bebidas, com alta de 2,41%; material de limpeza, 0,85%; higiene pessoal, 0,31% e bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática, cuja variação média de preços foi 0,91%.

A pesquisa da UFLA identificou queda na média dos preços dos itens que compõem as categorias vestuário (-1,55%) e despesas de transporte (-0,14%). Os demais grupos pesquisados praticamente não sofreram alteração, na média, de preços, entre eles os gastos com serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), educação e saúde, moradia e despesas com lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve variação de 0,07% em outubro, passando a custar R$283,39. Em setembro, esse valor foi de R$283,18. O custo desta cesta de alimentos foi influenciado pelas quedas de preços do açúcar e dos ovos.

No acumulado do ano, o custo da cesta básica de alimentos já está em 6,17%, superior à inflação acumulada em 2007, que ficou em 4,65%.