Ufla em luto

A Reitoria da Universidade Federal de Lavras comunica o falecimento do servidor aposentado José Amâncio de Souza, ex-diretor do Departamento de Pessoal, ocorrido em 23 de setembro de 2007.

José Amâncio de Souza, nasceu em Iguatu/CE, em 20 de agosto de 1909.

Foi admitido na Ufla em 1951 na função de Oficial de Administração.

Bolsas de doutorado em ‘Visualization of Large and Unstructured Data Sets’

Inscrições até 15 de outubro de 2007.
Com apoio da Fundação Alemã de Pesquisa (DFG), a Universidade Técnica (TU)de Kaiserslautern está selecionando 12 bolsistas para doutorado (PhD).

Os doutorandos farão parte de um International Research Training Group sob o tema ‘Visualization of Large and Unstructured Data Sets’, com aplicações em planejamento geoespacial, modelagem e engenharia.

O grupo começará em janeiro de 2008 suas atividades, que deverão estender-se por 36 meses. Intercâmbio com universidades americanas. Valor da bolsa: 1365 euros mensais
+ suplemento de 103 euros.

Mais informações: www.irtg.unikl.de/openphd.html.

Ufla realiza evento sobre biodiversidade do solo amazônico

Pesquisadores e especialistas brasileiros que atuam na Amazônia e de outros países integrantes do Consórcio Iniciativa Amazônica (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Venezuela) estarão participando em Rio Branco (AC), no período de 26 a 29 de setembro, para discutir estratégias de manejo e conservação do Workshop Pan-amazônico sobre Biodiversidade do Solo na Amazônia.

O evento é uma realização da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em parceria com a Embrapa Acre, consórcio Iniciativa Amazônica, Centro Interamericano de Agricultura Tropical (CIAT), Universidade Federal do Acre (UFAC) e Universidad Nacional Agraria La Molina (Peru) e acontece no auditório da Adufac, no Campus Universitário, das 8 às 18 horas.

Entre os objetivos estão a formação de uma rede temática relacionada à biodiversidade do solo, definição de bases, critérios e diretrizes para a atuação dos parceiros e elaboração uma proposta de pesquisa e desenvolvimento a ser submetida aos representantes dos países envolvidos. De acordo com o pesquisador Paulo Wadt, um dos coordenadores do evento, a implantação da rede vai fortalecer as parcerias e potencializar a sistematização e disseminação de conhecimentos, além de promover troca de experiências entre profissionais dos diversos países.

Para o pesquisador Luiz Cláudio de Oliveira, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Acre, o Workshop é a materialização das propostas de articulação das pesquisas em busca de alternativas para o uso sustentável da terra e manutenção dos ecossistemas nas regiões amazônicas. A biodiversidade do solo é um indicador importante de sustentabilidade e de resistência às mudanças provocadas pelo homem.

BIOSBRASIL

A rede temática de biodiversidade do solo será articulada com as ações do projeto Conservação e Manejo Sustentável da Biodiversidade do Solo (CSM-BGBD), coordenado pelo Instituto de Biologia e Fertilidade de Solos do CIAT, com sede na Colômbia. O CSM-BGDB é desenvolvido no Brasil, México, Uganda, Quênia, Costa do Marfim, Índia e Indonésia, com o objetivo de aumentar a consciência e conhecimento sobre a biodiversidade do solo como fator importante para a produção agrícola em paisagens tropicais, por meio da demonstração de métodos para conservação e manejo sustentado. No Brasil é coordenado pela Universidade Federal de Lavras e recebe o nome de BiosBrasil.

Segundo Fátima Moreira, professora da Ufla e coordenadora do BiosBrasil, o projeto estuda os diversos grupos funcionais de organismos vivos do solo (fauna do solo) e da sua superfície e explora a hipótese de que por meio do manejo apropriado do solo e disponível em sua superfície por meio de diferentes sistemas de uso da terra, é possível garantir a conservação da biodiversidade, resultando em ganhos para a produção agrícola sustentável e benefícios locais e globais.

INICIATIVA AMAZÔNICA

Criado em 2004 por instituições de pesquisa e centros consultivos de sete países, o Consórcio Iniciativa Amazônica para a Conservação e Uso Racional de Recursos Naturais (IA) tem o objetivo de prevenir, reduzir e reverter a degradação ambiental, por meio do uso de tecnologias sustentáveis e apoio de políticas públicas na Amazônia.

Coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental, conta com a participação de diversos centros da Embrapa e de outras instituições de pesquisa na realização de pesquisas para reabilitação de áreas degradadas, controle biológico de pragas e doenças, estudos em biossegurança ambiental, biodegradação de agrotóxicos, técnicas de uso de resíduos urbano-industriais na agricultura, boas práticas de manejo para aqüicultura e ações de educação agroambiental.

A Embrapa Acre é uma das 40 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Mais informações:

Paulo Wadt
E-mail: paulo@cpafac.embrapa.br

Fátima Moreira
E-mail: fmoreira@ufla.br

Educação e precedência

Correio Braziliense, 24/09/07

Mozart Neves Ramos*

Os instrumentos de avaliação aplicados pelo Ministério da Educação (MEC), como o Saeb e Prova Brasil, espelhados agora no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), vêm revelando a baixa qualidade do ensino público em nosso país, notadamente nas regiões mais pobres. Um dos fatores responsáveis pelo fraco desempenho é, sem dúvida, o baixo valor investido por aluno/ano. Enquanto países vizinhos, como Argentina, Chile e México, investem em média US$ 2 mil por aluno, o Brasil investe metade desse valor. Países da Organização do Comércio e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com economias prósperas, investem em média sete vezes mais do que o Brasil. Assim, não é surpreendente que o Brasil esteja na última posição no ranking educacional da avaliação internacional, como retratado pelo Programa Internacional de Avaliação de Desempenho (Pisa).

Para contribuir na reversão do triste quadro da educação brasileira foi que surgiu, há um ano, fruto de aliança com a sociedade civil, o compromisso Todos Pela Educação. No seu ideário consta conjunto de cinco metas que, se cumpridas até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o país poderá de fato comemorar a verdadeira independência.

Uma das metas, mais precisamente a quinta, reforça a tese da ampliação de recursos para a educação básica. Na sua concepção, além da boa gestão dos recursos, será preciso, em consonância com estudos da Unesco e do próprio Ministério da Educação, que o país invista 5% do PIB na etapa da formação educacional — o que equivale a colocar mais R$ 20 bilhões no orçamento da educação.

O primeiro passo para isso veio com a criação do Fundeb (um fundo de investimento para toda a educação básica). Apesar da importância, os recursos são ainda insuficientes para assegurar educação pública de qualidade para todos os brasileiros. No seu ápice de funcionamento, que ocorrerá daqui a três anos, o Fundeb aportará R$ 5 bilhões a mais, portanto longe dos R$ 20 bilhões desejáveis e necessários.

No início deste ano, o MEC lançou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), com metas ambiciosas de qualidade refletidas no Ideb dos estados e municípios. A principal delas é que o Brasil chegue em 2022 com um Ideb igual ou superior a 6, de forma que comece a oferecer educação de qualidade compatível com a que hoje é oferecida pelos países da OCDE. Mas isso só será possível com financiamento adequado.

Medida importante nessa direção seria excluir a educação da DRU (Desvinculação dos Recursos da União). O que isso significa? O advento da DRU vem permitindo ao governo federal, desde 1995, a desvinculação de 20% dos impostos e contribuições federais, podendo assim formar espécie de fonte de recursos livre de destino predeterminado. Com isso, a educação perdeu, nos últimos 10 anos, cerca de R$ 43 bilhões, que poderiam ter sido utilizados para melhorar a qualidade do ensino público. Só este ano a educação deixará de receber algo em torno de R$ 7 bilhões.

Mas a situação pode se reverter. Para isso é necessário que o Congresso aprove a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) nº 66/2007, apresentada pelo deputado Rogério Marinho, que prevê o fim paulatino da DRU sobre o orçamento do MEC. É importante afirmar que isso não vai tirar recursos do governo federal, apenas vai redirecioná-los para o leito de origem, ou seja, para a educação. Fazendo isso, e com a anuência do Poder Executivo, o Congresso dará demonstração inequívoca de que a educação começa a ser tratada com a prioridade que merece.

* Ex-presidente da Andifes, diretor-executivo do Todos Pela Educação e membro do Conselho Nacional de Educação

Ufla realiza Simpósio de Atualização em Genética e Melhoramento de Plantas

A Genética e o Melhoramento de Plantas destacam-se como uma das áreas que mais vêm contribuindo para o bem-estar da sociedade, atendendo à sua demanda tanto em quantidade como na qualidade de alimentos. Com esse objetivo, foi criado em junho de 1993 o Núcleo de Estudos de Genética da Ufla – GEN, que é pioneiro nessa categoria dentro da Universidade e tem como meta principal promover o intercâmbio e a atualização de conhecimentos entre profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação da área de genética e melhoramento. Atualmente o GEN ocupa lugar de destaque, juntamente com outros núcleos, participando ativamente da realização de diversos eventos, como cursos, palestras e simpósios, sempre objetivando contribuir para a formação profissional e pessoal dos estudantes. O evento, já consolidado, conta com grande participação de profissionais, professores e estudantes de diferentes instituições de ensino e de pesquisa.

O Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de plantas da Ufla tem o intuito de estimular novos interessados e promover o intercâmbio entre profissionais atuantes da área, discutindo os avanços obtidos com o melhoramento de plantas e discorrendo sobre as contribuições para o aumento na produção de alimentos, biocombustíveis, madeira.

No período de 27 a 29 de setembro, O Núcleo de Estudos de Genética – GEN estará realizando o XII Simpósio de Atualização em Genética e Melhoramento de Plantas.

Mais informações: E-mail: genetica@ufla.br – Tel (35) 3829-1183 – 3822-7298 – www.nucleoestudo.ufla.br/gen

Universidades de MG terão cotas para rede pública

O Estado de São Paulo, 22/09/07

Eduardo Kattah

Um tribunal federal determinou, em decisão de segunda instância, que 12 centros de ensino superior de Minas reservem 50% das vagas de seus cursos a candidatos provenientes de escolas públicas. A Justiça acatou parecer da Procuradoria Regional da República, confirmando uma sentença de primeira instância. Elas terão de elaborar listas diferenciadas de aprovação de alunos de escolas privadas e públicas.

Autora do parecer, a procuradora regional da República Denise Vinci Tulio citou a “igualdade de oportunidades entre todos” prevista na Constituição e o direito de acesso “aos níveis mais elevados de ensino”. Segundo ela, a reserva de vagas se justifica porque é “induvidosa a grande distância entre as condições fornecidas pelas escolas públicas e pelas escolas particulares no preparo daqueles que pretendem prestar o exame vestibular”.

A decisão é de dezembro, mas só na quarta-feira os últimos recursos das universidades foram julgados e negados. As instituições adiantaram que vão recorrer. O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Arquimedes Diógenes Ciloni, classificou a decisão como uma “ingerência” que “fere” a autonomia das universidades. Segundo ele, cada instituição deve definir sobre o regime de cotas, sejam étnicas ou sociais.