Pnad revela que matrículas na rede pública diminuíram

Folha Dirigida, 20/09/2007

O número de estudantes matriculados em toda a rede pública de ensino caiu 0,7% entre os anos de 2005 e 2006. Esse é um dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, dia 14. Apesar da queda, o número de estudantes no setor público ainda é significativamente maior do que no setor privado: 43,7 milhões contra 11,2 milhões, respectivamente.

Reitor da Rural, Ricardo Miranda acredita que os números relativos à rede pública devem ser analisados com cuidado, já que ainda não contemplam dados de novas unidades inauguradas e expansões feitas. ‘Tenho avaliado a relação de acesso ao ensino superior público ao longo dos anos. Percebi que esses números continuaram estáveis durante a atual década. Nos anos 90 foi quando tivemos um crescimento maior. Um novo impacto só deve ser percebido em 2008, com o aumento das políticas públicas, novas unidades e diminuição da evasão. O campus da Rural em Nova Iguaçu, por exemplo, recebe 500 novos estudantes por ano’, explica.

Já o reitor da Uezo, Marco Antônio Lucidi, atribui a queda na rede pública ao descrédito no ensino médio do setor. ‘A realidade hoje é que o ensino público tem baixa qualidade, o que aumenta a evasão. Também existe o desinteresse dos pais em colocarem os filhos nessas escolas e o medo pela insegurança em certos estabelecimentos. Outro ponto que deve ser lembrado é que as famílias, em sua maioria, já se conscientizaram da necessidade da educação e se esforçam para pagar uma particular’, avalia Lucidi.

Já no ensino superior, o dirigente faz questão de lembrar que muitos alunos foram atraídos para as instituições privadas por conta de projetos do governo. ‘Uma parcela de estudantes acabou optando em estudar no setor privado. Apesar de achar que o Financiamento ao Estudante (Fies) tem sérios problemas, ele e o Programa Universidade para Todos (ProUni) fizeram com que o número de alunos nas instituições pagas aumentasse. A competitividade de mercado predatório também faz com que as mensalidades sejam cada vez mais baixas’, afirma.

Apesar da queda no número de alunos da rede pública, o Pnad revelou que a quantidade de estudantes presentes nas universidades aumentou em 13,2%, chegando a 5,9 milhões. ‘Eu percebo que está havendo a expansão de cursos do setor terciário e de serviços e o afastamento e diminuição de vagas nas áreas industrial e de saúde. Isso é preocupante, pois poderemos ter a carência desses profissionais’, conclui Lucidi.

Novos critérios do MEC regulamentam ensino a distância

Folha Dirigida, 20/09/2007

Novos critérios elaborados pelo Ministério da Educação (MEC) criam para o ensino superior a distância no país uma avaliação com caracteristícas próprias. A partir da regulamentação, os cursos poderão ser reconhecidos e as universidades autorizadas a aplicá-los. Atualmente, 575,7 mil estudantes brasileiros integram este tipo de ensino. As mudanças foram aprovadas na última semana durante reunião do Conselho Nacional de Educação (CNE) e devem ser homologados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda este mês.

Outra novidade aprovada é a avaliação dos cursos presenciais que funcionam como extensões da universidade. A modalidade que só se tornou possível devido à implementação dos cursos a distância deverá, de acordo com o MEC, oferecer recursos como acesso à internet, laboratórios, bibliotecas e professores. Três novas ferramentas e serão incluídos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) para atender a este objetivo.

As instituições interessadas em credenciar seus cursos terão que comprovar experiência anterior na área e contar com um quadro de docentes especializados na modalidade. O diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), José Roberto Moreira, diz esperar que a nova avaliação deixe mais claros os critérios para credenciamento de novos cursos. ‘Dentro de cinco anos, não haverá mais cursos inteiramente presenciais. Todos terão elementos a distância’, afirma.

Resultado do edital de Popularização da Ciência já está disponível

Já é possível consultar no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig, o resultado do Edital 10/07, ‘Apoio à Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia’. Das 68 propostas habilitadas, 40 foram aprovadas para contratação, 16 a mais que no ano passado. Elas receberão, juntas, cerca de R$2,5 milhões. Esta é a terceira versão do edital, lançado em 2004, com o objetivo de divulgar a ciência para o grande público, estimulando o aprendizado e o despertar de vocações.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Fapemig, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e a Fundação Lampadia, instituição estrangeira responsável por parte dos recursos. ‘O objetivo da Fapemig é mostrar ao cidadão a importância da ciência para seu cotidiano e para a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade. O êxito da iniciativa pode ser comprovado pelo número de projetos concorrentes e sua qualidade’, comenta José Geraldo de Freitas Drumond, presidente da Fapemig.

Os projetos aprovados se dividem entre as três linhas temáticas estabelecidas no edital: instalação ou aprimoramento de centros, museus e parques de ciências; produção de experimentos, material gráfico ou de ensino, modelos e equipamentos de multimídia; e cursos para treinamento e capacitação de professores, exclusivamente para parques e museus de ciência com atendimento contínuo ao público externo. Entre as novidades desta edição está a possibilidade de financiamento de veículo apropriado para montagem de centro ou museu interativo itinerante.

Paleontologia para leigos
Entre as propostas aprovadas para contratação está a de Fortalecimento e Popularização do Museu dos Dinossauros, localizado em Uberaba. O projeto prevê a construção de uma réplica de um novo titanossauro, cujos fósseis foram descobertos recentemente pela equipe de escavações do Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewelyn Ivor Price, além de promover a educação em paleontologia para leigos. ‘Com o projeto, pretendemos fazer a réplica do dinossauro e promover a educação em paleontologia no museu para mais de 30 mil crianças do município’, conta o diretor do Centro Price, Luiz Carlos Ribeiro. ‘A réplica é um importante instrumento de popularização da ciência, pois permite que as pessoas visualizem o dinossauro completo, além de dar margem a toda uma história de magia para envolver as crianças e o público leigo’.

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