Caem desigualdades regionais e raciais sobre freqüência escolar no Brasil

Agência Brasil, 29/08/07

Juliana Andrade

Brasília – Além de praticamente universalizar o acesso ao ensino entre os brasileiros de 7 a 14 anos, o Brasil está conseguindo reduzir as desigualdades regionais, raciais e também entre as áreas rurais e urbanas no que se refere à taxa de freqüência escolar. É o que mostra o 3º Relatório de Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), divulgado hoje (29) pela Presidência da República.

Universalizar a educação primária é um dos oito ODMs, lançados em 2000 durante a Cúpula do Milênio das Nações Unidas, com a adesão de 189 países, entre os quais o Brasil. Segundo o estudo, entre 1992 e 2005, a proporção de pessoas dessa faixa etária na escola passou de 81,4% para 94,5% em todo o país. Os dados utilizados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

A região Nordeste continua sendo a que registra o menor percentual de crianças de 7 a 14 anos que estudam. Mas a diferença entre o Nordeste a as regiões que registram o maior índice caiu de cerca de 20% para menos de 4% no período. Em 1992, a taxa de freqüência escolar do Nordeste era de 69,7%, enquanto a maior do país era de 88%, do Sudeste. Já em 2005, o percentual nordestino era de 92,4% e o mais elevado, de 95,9% (região Sul).

As disparidades raciais no acesso à escola também tiveram queda, de acordo com o relatório. Em 1992, 87,5% dos brancos na faixa etária de 7 a 14 estavam na escola, contra 75,3% de pretos e pardos, uma diferença de 12,2 pontos percentuais. Em 2005, essa diferença caiu para menos de dois pontos percentuais, com 95,5% dos brancos e 93,7% dos pretos e pardos na escola.

Nas áreas rural e urbana, as desigualdades também recuaram. Se em 1992 66,5% das crianças de 7 a 14 anos tinham acesso ao ensino, em 2005 esse percentual subiu para 92,5% nas zonas rurais. Na área urbana, passou de 86,2% para 95%.

Embora tenha registrado avanços, o país ainda precisa superar alguns desafios, como assegurar que os brasileiros concluam o ensino fundamental, afirma o relatório. De acordo com o estudo, a taxa média esperada para conclusão é de 53,5%. Em média, os estudantes levam 10,1 anos para concluir essa etapa de ensino.

“Apesar dos avanços da sociedade brasileira, ainda é muito alta a proporção de alunos que progridem de forma lenta e dos que abandonam os estudos, o que contribui para manter em patamares baixos a taxa de conclusão no ensino fundamental”, diz o documento. O relatório também revela um aumento na taxa de alfabetização de brasileiros entre 15 e 24 anos, de 91,3% (1992) para 97,2% (2005).

Comemoração dos 10 anos do Curso de Ciência da Computação

Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos

Em Agosto de 2007, o Curso de Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos de atividades. Para comemorar, o Departamento de Ciência da Computação – DCC, em parceria com a Ufla elaborou uma série de eventos a serem realizados entre os dias 29 de Agosto de a 01 de Setembro de 2007.

A solenidade de abertura será realizada às 18 horas do dia 29 de agosto com a inauguração do novo prédio do Departamento de Ciência da Computação (DCC). Em seguida, serão realizadas as aberturas de dois eventos promovidos pela SBC (Sociedade Brasileira de Computação), o IV SMSI – Simpósio Mineiro de Sistemas de Informação e VI ERI-MG – Escola Regional de Informática de Minas Gerais. Ao final da solenidade, todos serão convidados a participar de um coquetel.

No dia 30 de agosto, as comemorações continuam com a realização dos eventos IV SMSI e IV ERI-MG nas dependências do novo prédio a partir das 07 horas. O dia encerra às 16h30 com uma palestra de um convidado externo no Anfiteatro do DCC.

Na sexta-feira, dia 31 de agosto às 7 horas, acontecerá a abertura de mais um evento, o VI WEIMIG – Workshop de Educação em Computação e Informática do Estado de Minas Gerais. Este evento é também promovido pela SBC através da Diretoria de Educação e da Diretoria de Secretarias Regionais e apoiado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE/MG). Ao final do dia, ocorrerá a solenidade de encerramento dos eventos: IV SMSI, IV ERI-MG e VI WEIMIG.

No sábado, dia 01 de setembro, será realizado o encerramento da semana de comemoração do Curso de Ciência da Computação com uma grande festa de confraternização a partir das 10 horas, contanto com a participação de ex-alunos do curso.

O Curso – O Projeto de criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação da UFLA foi concebido em meados de 1996, pela iniciativa dos professores Lucas Chaves (DEX – UFLA), Mirla (DEX-Ufla), Sandro (Unilavras), Olinda (DCC –Ufla), Wilian (DCC –Ufla) e Rêmulo (DCC – Ufla), na época, membros do Departamento de Ciências Exatas – DEX. A consolidação da criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação deu-se com a resolução do CUNI número 511 do dia 05 de maio de 1997, no vigente mandato do reitor professor Fabiano Ribeiro do Vale.

O primeiro vestibular ocorreu em julho de 1997 com 25 vagas a serem preenchidas. Os candidatos aprovados no vestibular formaram a Primeira Turma do curso iniciando suas atividades no mês de agosto desse mesmo ano.

No ano de 2000, foi criado o Departamento de Ciência da Computação (DCC) da Ufla, que ficou responsável pelo curso de Bacharelado em Ciência da Computação. O curso foi reconhecido pelo MEC, conforme Portaria nº. 2.011 de 11 de setembro de 2001, publicada no D.O.U. de 12 de setembro de 2001, de acordo com o parecer do Conselho Nacional de Educação.

A primeira turma concluiu o curso em julho de 2001. Na solenidade de colação de grau, formaram-se os primeiros vinte e um bacharéis em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Lavras. Até hoje, já se formaram onze turmas em um total de duzentos e setenta e cinco alunos.

O Curso Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla objetiva formar profissionais com sólidos conhecimentos na área de computação. O curso tem a duração média de 8 semestres (4 anos) totalizando 36 disciplinas obrigatórias e 7 disciplinas eletivas.

Atualmente, o curso de Ciência da Computação possui um corpo docente formado por mais de sessenta professores compreendendo os Departamentos de Ciência da Computação (DCC), Departamento de Ciências Exatas (DEX) e Departamento de Administração e Economia (DAE). Seu corpo discente conta com cerca de 200 alunos de graduação.

Ufla concede isenção da taxa de vestibular

A Comissão Permanente de Processo Seletivo (Copese), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), informa que as inscrições para solicitação de isenção da taxa de inscrição para o vestibular e Processo Seletivo Seriado – PAS, estarão abertas no período de 3 a 12 de setembro de 2007. Os interessados deverão acessar o site www.copese.ufla.br
ou procurar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais (PRAECC), situada no campus histórico da Ufla.

Mais informações pelos telefones (35) 3829.1582 / 1586

CNE vai avaliar títulos de pós-graduação

Portal MEC,22/08/07

O Conselho Nacional de Educação (CNE) está convocando as instituições de ensino superior que ofereceram cursos de mestrado e doutorado entre os anos de 1983 e 2001, e não obtiveram avaliação favorável da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), a prestar informações. O objetivo do conselho é calcular o número de concluintes dos cursos para, se possível, validar os títulos obtidos.

Segundo o secretário executivo do CNE, Adalberto Carvalho, o conselho, como instância de análise de recursos, avaliará cada caso. “Vamos dimensionar o número de concluintes para análise de mérito sobre a convalidação dos estudos realizados e respectiva validade nacional dos títulos obtidos”, explica.

As instituições e os concluintes desses cursos têm até o dia 31 de outubro para enviar ao CNE informações como local e período do curso, estrutura curricular, carga horária, titulação do corpo docente responsável, entre outros. Os dados devem ser enviados para o endereço eletrônico md2001@mec.gov.br.

A chamada pública é realizada em virtude de solicitações ao CNE de alunos em situação semelhante. A íntegra da convocação está na página eletrônica do CNE.

Encontro da Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares

O III Encontro da Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares da Região Sudeste reuniu 13 universidades no campus da Ufla, entre os dias 24 e 26 de agosto, e foram representadas por estudantes e professores. Estiveram presentes a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Cefet / RJ, Universidade Estadual de São Paulo (UNESP / Assis), Fundação Santo André, Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Ufla (INCUBACOOP/Ufla), órgão integrante da estrutura organizacional da Pró-Reitoria de Extensão – Proex, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Tecnológico e Social – CODETS, compõe a Rede Universitária de ITCP’s, que surgiu em 1999 para vincular de forma interativa e dinâmica as incubadoras, favorecendo o intercâmbio de metodologias, práticas e conhecimentos produzidos no contato das universidades com os grupos incubados. A rede nacional de ITCPs conta hoje com a participação de 31 (trinta e uma) instituições de ensino superior, sendo 13 (treze) da região sudeste.

A experiência das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP’s) abriu um novo conjunto de ações de apoio às iniciativas de geração de trabalho e renda, pois têm como objetivo desenvolver atividades voltadas para a inserção de setores economicamente marginalizados no mercado formal de trabalho. Seu público-alvo é um grande contingente de trabalhadores, desempregados ou vinculados ao plano da economia informal, que pode conquistar requisitos básicos de cidadania a partir da organização do trabalho em cooperativas. As Incubadoras foram criadas pelas universidades públicas, formando-se uma rede complexa de parcerias, de âmbito regional e nacional. Através da prática de extensão universitária fundamentada em metodologias participativas, a rede de ITCP’s propõe um modelo de ação coletiva focado na valorização do trabalho e do trabalhador.

Para o professor José Roberto Pereira, coordenador do evento “Esta rede conta com encontros anuais, nas diversas regiões do país, para potencializar as atividades das incubadoras, possibilitando a socialização de debates relacionados à autogestão e à economia solidária, visando sistematização das experiências acumuladas nas ITCP’s, grupos incubados e movimentos populares. Na região Sudeste, o I Seminário de Metodologia de Incubação da Rede ocorreu em 2005, na Universidade Federal de Viçosa (ITCP/UFV). Em 2006, o II Seminário da Rede Sudeste foi realizado na cidade de São Carlos, na UFSCar e, em 2007, foi realizado em Lavras no campus da Ufla. A Ufla, com este III Encontro, contribuiu significativamente para pensar e propor mudanças na relação entre Universidade e Sociedade por meio dos projetos de extensão universitária, demonstrando responsabilidade e competência na organização do evento”.