Capes aprova novos projetos na Argentina

Portal Capes, 20/07/07

Três projetos para o desenvolvimento de intercâmbio científico entre Brasil e Argentina foram aprovados pelo programa realizado entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) e a Secretaria de Políticas Universitárias do Ministério de Educação da Argentina (SPU).

O presidente da Capes, Jorge Guimarães, participou da reunião com representantes de instituições do Brasil e Argentina, no último dia 16, em Buenos Aires. O programa Capes/SPU tem como objetivo estimular a parceria entre instituições de ensino superior do Brasil e da Argentina que possuem cursos de pós-graduação considerados de excelência. As áreas beneficiadas são letras, zootecnia e ciência da computação.

Cada proposta selecionada irá receber da Capes R$ 50 mil para o financiamento das missões de trabalho, realizadas pelos pesquisadores e professores, além de missões de estudo feitas por estudantes. Também são pagas as passagens aéreas e diárias. A duração dos projetos é de dois anos. As atividades começam em agosto.

O professor Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS), José Palazzo Moreira de Oliveira, integrante do projeto da área de ciência da computação, ficou satisfeito com o resultado do edital.“É importante essa troca de conhecimento e mobilidade de pesquisadores e alunos. Aprovação do nosso projeto foi essencial para que possamos manter e aprofundar contato com outros paises”, diz.

Atualmente, o programa Capes/SPU tem 23 projetos em andamento. Com as novas propostas para o ano de 2007 esse número sobe para 26. No total serão investidos R$ 815 mil.(Assessoria de Imprensa da Capes)

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Orientações Metodológicas para Produção de Trabalhos Acadêmicos”, Ana Rita F. Costa, Laura Cristina V. Pizzi, Maria Edna de Lima Bertoldo e Suzana Barrios – Seu conteúso introduz as questões mais comuns que envolvem a elaboração de um trabalho acadêmico, indo, assim, desde os procedimentos básicos para sistematização de um estudo mais produtivo, como aspectos lógicos e técnicos inerentes à estrutura e à redação de trabalhos científicos, até às orientações metodológicas e técnicas para a apresentação de trabalhos comumente utilizados no meio acadêmico. (UFAL)

“Os condenados da terra”, Frantz Fanon – alimenta os ideais de transformação e construção de uma sociedade melhor na Argélia e por toda a África. Um livro revelador para a massa colonizada, mostra quem lhes feriu a pele e a alma e lhes negava o ser. (UFJF)

“Da cidade de pedra à cidade de papel: projetos de educação, projetos de cidades (1959)”, Alarcon Agra do Ó – No final da década de 50 produziu-se, em Campina Grande, no interior da Paraíba, a percepção de que a cidade experienciava um caos, do qual decorria uma necessidade de organização. O autor analisa as eleições de 1959, quando os eleitores seriam chamados às urnas para escolher prefeito e os vereadores, e estava posta em circulação a crença de que este novo encaminhamento para a cidade seria uma função de uma boa escolha no dia da eleição. (UFCG)

“Manual para normalização de publicações técnico-científicas”, Júnia Lessa França e Ana Cristina Vasconcellos, colaboradoras: Maria Helena de Andrade Magalhães e Stela Maris Borges – Algumas pessoas se perguntam a razão da existência de normas (neste caso, as bibliográficas), com a sensação de que foram criadas não mais que como um instrumento de tortura do pesquisador. A resposta, contudo, é simples: seu objetivo é garantir a eficácia dos processos de comunicação. Sem elas, seria como se quem escreve falasse uma língua diferente de quem lê, multiplicando os ruídos. É com essa perspectiva que o Manual para Normalização de Publicações Técnico-científicas. (UFMG)

“José Genoino – Escolhas Políticas”, Maria Francisca Coelho – A publicação engloba desde a infância do deputado e sua época de militante no movimento estudantil em Fortaleza até a crise no PT. Entre os temas abordados pelo livro estão a opinião de Genoino sobre os processos de investigação da CPI do Mensalão e os erros do PT depois que chegou ao poder. (UnB)

“O Poder nas Organizações”, Cristina Amélia Carvalho e Marcelo Milano Falcão Vieira – A obra aborda as interferências econômicas, políticas e ideológicas das organizações na sociedade contemporânea. Ainda no livro, pode ser encontrada uma reflexão sobre o poder nas organizações e a análise de suas formas de exercício com ênfase no contexto social e histórico. (UFPE)

“Internet & Ensino: novos gêneros, outros desafios”, Júlio César Araújo (Org.) – O livro mostra a escrita digital e suas implicações pedagógicas. Com 19 artigos, a obra analisa o mundo digital e como ele cria novas práticas de linguagem, interferindo na realidade do ensino. (UFC)

“Controle social e política redistributiva no orçamento participativo”, Euzinéia Carlos – O livro insere-se no debate acerca dos dilemas e desafios para a consolidação da democracia na sociedade brasileira e lida, mais especificamente, com o tema da democracia participativa. Baseado em análise comparada das experiências de orçamento participativo de duas cidades da Região Metropolitana da Grande Vitória – Serra e a Capital – o livro busca tratar a relação entre políticas participativas e justiça social, na distribuição de bens públicos, e considera as políticas públicas sobre prioridades orçamentárias. (UFES)

“Arte, Educação e Cultura”, Marilda Oliveira de Oliveira (Org.) – A gênese da coletânea de artigos que compõem este livro é do Grupo de Estudos e Pesquisas em Arte, Educação e Cultura (GEPAEC) da UFSM que procurou contemplar as três linhas de pesquisa desse grupo: Arte e Cultura, Arte e Visualidade e Formação de Professores. Dessa forma medeia idéias, deflagra conceitos, aponta novas contribuições que podem servir aos estudantes e docentes da graduação e da pós-graduação das áreas da Arte, da Educação e da Cultura. (UFSM)

“Ensinar Saúde: a integralidade e o SUS nos cursos de graduação na área da saúde”, Roseni Pinheiro, Ricardo Burg Ceccim, Ruben Araujo de Mattos (Orgs.) – O Sistema Único de Saúde – maior empregador da área, com quase um milhão e meio de funcionários – serviu como campo de pesquisa para uma reflexão sobre a formação do profissional de saúde no país. O livro reúne artigos de dezesseis professores ligados ao Laboratório de Pesquisa sobre Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS), nos quais são problematizadas questões como ensino e produção de conhecimento, integralidade, operacionalização de pesquisas e as relações ético-políticas em saúde, entre outras. (UFF)

“CHRONOS n.º 3 (“O Senhor das Águas”)”, publicação que contempla os saberes e a produção de conhecimento das diversas áreas desta universidade, editada pela Reitoria/Projeto Cultural – Nessa terceira edição, é abordada a questão ambientalista e suas injunções sobre os recursos hídricos mundiais, através da prospecção da vida e obra do pesquisador, cientista e professor José Galízia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia, Membro da Academia Brasileira de Ciências e ex-presidente do CNPq. (UNIRIO)

“A memória viva de Onofre Lopes”, Tarcísio Gurgel (Org.) – O livro é originado da série de programas produzidos pela TV Universitária na década de 80. Além da reprodução da entrevista, a edição especial também traz farto material fotográfico, ilustrações, e, também, um DVD com o programa veiculado pela TVU. Nascido em São José de Mipibu, Onofre Lopes estudou em Natal e formou-se em medicina. Recebeu uma proposta de emprego para o interior do Estado, mas foi na Capital que construiu sua história, marcada pela obstinação. A partir da convivência com os problemas na área da Saúde do RN, Onofre Lopes liderou a criação da Faculdade de Medicina, consumada em 1955. (UFRN)

“Tratado de animais selvagens – Medicina Veterinária”, Jean Carlos Silva e Zalmir S. Cubas e José Luiz Catã – É um dos classificados para a primeira fase dos finalistas do Prêmio Jabuti 2007, o mais tradicional e importante prêmio literário do Brasil. A obra, que é interessante para os médicos veterinários especializados em animais selvagens, estudiosos e curiosos, reúne informações inéditas e exclusivas de 88 especialistas brasileiros e quatro convidados estrangeiros, sendo útil para o clínico de pequenos animais que atende bichos exóticos, como hamsters, papagaios, periquitos e tartarugas. A publicação também aborda os animais selvagens a respeito do envolvimento dessas espécies no ciclo de zoonoses (doenças adquiridas em contato com animais domésticos) e doenças emergentes, atingindo diretamente epidemiologistas, microbiologistas e médicos veterinários sanitaristas. (UFRPE)

“Incontrolável Marx”, Jorge Névoa (Org.) – A coletânea, co-edição da Edufba/Edunesp, reúne textos de especialistas brasileiros e estrangeiros , entre os quais Pierre Fugeyrollas, Louis Gill, François Chesnais, Jean Marie Brohm, Michel Lowy, Denis Collin, Edmundo Fernandes Dias , Antônio Câmara e Mauro Castelo Branco de Moura. Os ensaios da coletânea rebuscam o pensamento de Marx, sua atualidade e dimensão, discutem a relação do marxismo com as diversas ciências sociais e revelam a presença e atualidade do legado de Marx nos grandes debates do mundo contemporâneo. (UFBA)

‘Unidades de Conservação: Gestão e Conflitos’, Dora Orth e Emiliana Debetir (Orgs.) – Em seis capítulos, dez pesquisadores de diferentes regiões e especialidades dividem as suas experiências na área de gestão ambiental. O objetivo é oportunizar uma alternativa de repasse desses conhecimentos à sociedade, para que se possam aplicá-los na gestão de seu território. O GrupoGE começou a estudar os espaços de preservação ambiental em 2000, mas foi durante os anos de 2004 e 2005 que esse passou a ser o principal tema tratado pelo grupo. Essa é a primeira publicação da Coleção GrupoGE, que pretende divulgar os principais resultados das pesquisas executadas pelo grupo. (UFSC)

Conselho Universitário toma posição a favor da greve

Reunido no dia 17 de julho, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, instância máxima de deliberação da Instituição, aprovou, por unanimidade, moção sobre a greve dos trabalhadores técnico-administrativos da Universidade. Segue, na íntegra, o documento “Insensibilidade diante da greve”.

Insensibilidade diante da greve

A greve dos trabalhadores técnico-administrativos das universidades federais está entrando no segundo mês sem merecer a devida consideração política e institucional do Governo Federal.

Apoiando claramente a pauta de reivindicações e reconhecendo a justeza do movimento paredista, reforçamos as ações políticas das entidades representativas no sentido de sensibilizar Brasília a abrir um efetivo canal de negociação com o Comando de Greve. Neste sentido, em nome da Administração da UFSC e também da Andifes, apelamos ao MEC para que intermedie uma solução rápida e justa, evitando, assim, maiores prejuízos à sociedade e danos irreparáveis ao conjunto das IFEs.

As reivindicações dos trabalhadores técnico-administrativos, vítimas de arrocho salarial e ausência de perspectivas de carreira, são legítimas e representam também a vontade política da Administração da Universidade. A pauta de greve confunde-se, inclusive, com muitas das ações e demandas que a Reitoria têm tratado, cotidianamente, com o Governo para a manutenção e fortalecimento da universidade pública, gratuita e de qualidade.

Ao mesmo tempo em que respalda a pauta salarial e por melhores condições de trabalho, a Administração posiciona-se contra a criação da fundação estatal de direito privado para os Hospitais Universitários (HUs), encarando a iniciativa como uma iminente ameaça ao acesso público e gratuito á saúde da população.

Compartilhamos também as preocupações e pleitos da comunidade universitária em relação à melhoria das condições de funcionamento do Restaurante Universitário (RU), da realização de concursos públicos, da ascensão funcional, da paridade de direitos entre efetivos, aposentados e pensionistas, da inclusão dos trabalhadores técnico-administrativos em projetos de pesquisa e extensão e da necessidade de novos investimentos na segurança do campus. São medidas, aliás, imprescindíveis para manter a qualidade e o conceito de uma instituição que já se consolidou como uma referência do ensino público no País.

Em nível nacional, é preciso reconhecer ainda que os avanços conquistados, historicamente, nas políticas salarial e de carreira somente têm se concretizado no bojo de movimentos grevistas. É lamentável, portanto, que os governos não desenvolvam e implementem Políticas de Estado capazes de prevenir reflexos periódicos danosos que recaem sobre toda a sociedade.

Finalmente, é importante frisar, mais uma vez, que a Administração da UFSC mantém-se firme e presente ao lado da comunidade universitária. Ou seja, eleita por servidores, estudantes e professores, é representante dessa comunidade junto ao Governo Federal e não o contrário.

Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Florianópolis, 17 de julho de 2007.