Com aproximadamente 800 participantes, a Universidade Federal de Lavras (Ufla) organizou o 4º Congresso Brasileiro de Melhoramento de Plantas, sediado em São Lourenço/MG. O evento, que acontece de dois em dois anos, é realizado pela Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas (SBMP).

Este é um encontro marcado por grande repercussão no Brasil, em função da visão decisiva de aplicação em tecnologias relacionadas à genética e ao melhoramento de plantas, que promovam sustentabilidade e maior competitividade do agronegócio nacional.

O encontro visa proporcionar treinamento e atualização dos participantes por meio da organização de mini-cursos e workshops; debater as políticas para o crescimento do Melhoramento de Plantas no contexto de sua importância no Agronegócio nacional; e informar, debater e avaliar os avanços nas áreas de melhoramento genético de plantas e ciências correlatas.

Vários professores da Ufla marcaram presença no evento com efetiva participação e apresentações de palestras. Entre eles: João Bosco dos Santos; Wilson Roberto Maluf, Lisete Chamma Davide, Édila Vilela de Resende Von Pinho e Magno Antônio Patto Ramalho.

Fizeram parte da organização do evento os docentes: César Augusto Brasil Pereira Pinto (Presidente da Comissão Organizadora), João Bosco dos Santos (vice-presidente), Elaine Aparecida de Souza (secretária), Magno Antônio Patto Ramalho (tesoureiro), João Cândido de Souza (secretário executivo), Flávia Maria Avelar Gonçalves (secretária executiva), além de estudantes de graduação e de pós-graduação que integram o Núcleo de Estudos em Genética, coordenado pelo doutorando Adriano Bruzzi.

A Ufla participou com mais de 100 profissionais e estudantes. Também estiveramrepresentadas diversas instituições de ensino e pesquisa, como: Embrapa, Epamig, IAC, Iapar, Incaper, UFV, UFRGS, UFU, ESALQ, USP, Unicamp, Unesp, Ufes, UFG, além de várias empresas que atuam na área.

O evento contou com o apoio da Capes, CNPq, Fapemig e Petrobrás.

De acordo com o professor César Augusto Brasil, presidente da comissão organizadora “esse Congresso é uma oportunidade de estarmos discutindo novas estratégias e assim melhorarmos a nossa produtividade no que diz respeito ao melhoramento de plantas. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos em todo o mundo, exportamos café, açúcar, soja e muitos outros produtos, por isso, é necessário desenvolver cultivares produtivas”.

Para a professora Elaine de Souza, secretária da comissão organizadora, “Este é um foro que permite não apenas um encontro, mas principalmente, discussões sobre o melhoramento genético de plantas e que envolvem estudantes de graduação e pós graduação, professores e pesquisadores”.

“Este é o único momento de encontro com profissionais de todo o Brasil. Um intercâmbio importante para conhecer novas experiências e para que possamos buscar melhorias”, relata o professor João Cândido de Souza.

“O Congresso é fundamental para o país, pois traz perspectivas interessantes para a pesquisa nesta área. Este é um evento que pretende, sobretudo, direcionar o melhoramento de plantas”, diz o professor Magno Ramalho, que discutiu no encontro “A formação dos melhoristas de plantas”.
(Colaborou Fernanda Botelho)

O professor e pesquisador do departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Magno Antônio Patto Ramalho é o ganhador do prêmio Fundação Conrado Wessel – FCW 2006, categoria “Ciência Aplicada ao Campo”, concedido a personalidades que atuam em Ciência Tecnologia e Inovação.

O “Prêmio Fundação Conrado Wessel” é destinado à personalidade ou entidade de reconhecimento nacional no campo da Arte, Ciência e Cultura, mediante critérios e normas estabelecidos em regulamento específico pela Diretoria Executiva e pelo conselho Curador da Fundação.

O perfil dos premiados em Ciência e Cultura, na visão da FCW, revela qualidades de talento inovador, liderança, abrangência social, trabalho incansável, integridade e ética.

Na Ciência, o prêmio contempla cinco modalidades: Ciência Geral, Ciência Aplicada à Água, Ciência Aplicada ao Campo, Ciência Aplicada ao Meio Ambiente e Medicina. As modalidades se distinguem pelo objetivo do cientista ou da entidade premiada, valendo a característica predominante, mantido o entendimento da Comissão Julgadora.

Indicado a essa premiação pelo Reitor Antônio Nazareno Mendes, em fevereiro de 2007, o professor Magno Ramalho foi vencedor da categoria Ciência Aplicada ao Campo e se destacou, principalmente, pelos trabalhos de melhoramento genético do feijoeiro.

“Um prêmio deste nível é como se fosse uma coroação de um trabalho de 36 anos em prol da Ciência brasileira!”, comenta o professor Magno.

Os concorrentes ao prêmio foram analisados por uma comissão julgadora, composta por representantes da Academia Brasileira de Letras, Fapesp, Capes, CNPq, SBPC, dos Ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Cultura, Educação, Meio Ambiente e Saúde, do Comando da Marinha e da Secretaria de Aqüicultura e Pesca.

Sobre a premiação
O prêmio foi criado em 2002, com o objetivo de incentivar atividades relacionadas a Arte, a Ciência e a Cultura, ganhando abrangência nacional. Para a Fundação esta premiação corresponde ao que de mais nobre se pode pensar para o Brasil: “o incentivo à Ciência, âncora do desenvolvimento nacional, o incentivo à Cultura, raiz do bem estar social e da paz mundial, o incentivo à Arte, veículo da perfeição espiritual”.

A cerimônia de entrega do prêmio será realizada em São Paulo, no dia 4/6/2007, onde os vencedores receberão um troféu e uma premiação especial pela qualidade e eficiência da participação.

Segundo o reitor, prof. Antônio Nazareno Mendes, “é importante que o mérito daqueles que se dedicam à ciência com competência, liderança, integridade e ética seja reconhecido, como é o caso do prof. Magno. É um notável pesquisador na área de genética e melhoramento de plantas, com expressiva contribuição ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro nas últimas décadas, inspirando-nos com seu estímulo e motivação nos trabalhos de melhoramento vegetal, particularmente aos nossos estudantes de graduação e de pós-graduação”.

Biografia
Magno Antônio Patto Ramalho, natural de Ribeirão Vermelho/MG, Engenheiro Agrônomo pela Ufla, mestre e doutor pela ESALQ/USP, é um apaixonado pela pesquisa e pela docência. Professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) desde 1971, já recebeu várias distinções e honrarias: Medalha de Honra como 1º colocado da turma de Agronomia da Esal, em 1970; Patrono da turma de Agronomia da ESAL em 1986; Homenagem da Comunidade Esaliana nas comemorações dos 85 anos de Fundação da Instituição em 1993; Prêmio Mérito Faepe – Categoria Ensino, em 1995; Homenagem da Revista Ciência e Prática por ter sido autor com maior número de artigos publicados no período de 1977 a 1995, Mérito Universitário pela Ufla em 2006, entre outros.

O professor Magno participou de mais de 60 bancas de trabalhos de conclusão e publicou 12 livros ou capítulos, participou de 139 eventos científicos e 212 artigos em Revistas Científicas, orientou mais de 70 dissertações de mestrado e 30 teses de doutorado.

Nesses 36 anos de dedicação à Ufla, o professor Magno tem marcado sua atuação pela capacidade de ensinar, de buscar novos conhecimentos e de coordenar projetos de pesquisa.

Conheça a Fundação Conrado Wessel: Incentivo à Arte, à Ciência e à Cultura e apoio a entidades filantrópicas pelo site: www.fcw.org.br

(Colaborou Fernanda Botelho)

Projeto Galpão Cidadão

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) e a Fundação Padre Dehon, com o apoio da Petrobrás apresentam à comunidade lavrense o Projeto Galpão Cidadão.

O objetivo do projeto é a capacitação de jovens e adultos, de famílias de baixa renda residentes em Lavras/MG, buscando potencializá-los para o trabalho e geração de renda numa perspectiva de cidadania plena.

O projeto desenvolverá duas linhas de ação:

– Capacitação em horticultura, visando o aproveitamento dos quintais das residências, com o cultivo de hortaliças para consumo familiar e comércio local.
– Capacitação para informática – operação, montagem e recuperação de microcomputadores, numa perspectiva de profissionalização para o mercado de trabalho e empreendedorismo.

Os cursos serão realizados por equipe de alunos sob a coordenação de professores da Ufla.

Serão selecionadas 120 pessoas para participarem das atividades com horticultura; e 144 pessoas para as atividades de informática, por um período de 12 meses de cursos.

Neste final de semana (5 e 6 de maio) uma equipe de estudantes da Ufla estará visitando várias residências nos bairros de Lavras para aplicar um questionário visando a seleção das famílias que participarão do projeto.

Mais informações: Tel: (35) 3829 1764