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Prêmios “Destaque na Iniciação Científica”, do Ciufla, serão concedidos em dinheiro

congressos-2016A Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) reforça os motivos para que estudantes participantes de programas de iniciação científica enviem seus resumos ao Congresso de Iniciação Científica da UFLA (Ciufla): nesta edição, os prêmios “Destaque na Iniciação Científica”, tanto para os alunos do BIC Júnior quanto para os graduandos, serão concedidos em dinheiro. Haverá entrega de certificado e premiação nos valores de R$300,00 (BIC Júnior) e R$500,00 (graduandos).

Para participar, em ambos os casos, é preciso que o estudante entregue o formulário de inscrição e o resumo expandido à PRP (Centro Administrativo da UFLA) até o dia 12/8/2016. O prêmio também está condicionado à apresentação oral do trabalho na Sessão de Pôsteres e à avaliação pelos membros do comitê interno do Ciufla durante essa apresentação.

O prêmio levará em conta a qualidade do resumo simples e do expandido, assim como do material de exposição; o nível técnico do trabalho; a capacidade de exposição e domínio do assunto; as presenças do primeiro autor e do orientador durante a apresentação do pôster; e o desempenho acadêmico do estudante. A entrega do prêmio será na solenidade de encerramento do XXIX Ciufla, no dia 30 de setembro, às 14 horas, no Salão de Convenções da UFLA.

Graduando Destaque em IC

Poderão concorrer a esse prêmio os estudantes de graduação da UFLA que tenham participado ou estejam participando dos programas de iniciação científica da UFLA há pelo menos um ano e que estejam inscritos como primeiro autor em pelo menos um resumo submetido ao Ciufla 2016. Também devem ter enviado à edição atual do Ciufla o resumo simples da pesquisa de IC.

Acesse aqui mais informações sobre o prêmio Graduando Destaque em Iniciação Científica

BIC Júnior Destaque em IC

Esse prêmio será dado ao estudante do ensino médio vinculado ao programa BIC Júnior que tenha se destacado pela pesquisa realizada durante a iniciação científica nos anos de 2015 e/ou 2016. Para concorrer, o aluno deve estar regularmente matriculado no ensino médio e ser integrante do BIC Júnior, tendo participado ou estar participando há pelo menos um ano. O estudante deve estar inscrito no XXIX Ciufla como primeiro autor do resumo e ter submetido o resumo simples da sua pesquisa.

Acesse aqui mais informações sobre o prêmio BIC Júnior Destaque em Iniciação Científica

Gestão das águas nos espaços públicos

O Ciufla integrará o evento “Gestão das águas nos espaços públicos”, simultaneamente ao XI Congresso de Extensão (Conex) e ao XXV Congresso de Pós-Graduação, nos dias 26 a 30 de setembro. Com esse tema, o evento aborda um recurso valioso e essencial para a vida, objetivando a conscientização e com ênfase na gestão eficiente da água pelo Estado.

Acesse o site dos congressos

 

Submissão de propostas ao Pivic/UFLA pode ser feita a partir de 18/7

pivic-uflaA Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Lavras (PRP/UFLA) publicou o Edital 05/2016, referente ao envio de propostas para o Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica da UFLA (Pivic/UFLA). Professores e técnicos administrativos da instituição poderão inscrever propostas no período de 18/7 a 19/8, com o objetivo de pleitear a participação de estudantes, como orientados, em atividades de iniciação científica.

As propostas devem ser inseridas no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa) pelo orientador. A submissão da proposta exige que o projeto de pesquisa ao qual o bolsista estará ligado esteja cadastrado no Sigaa e que sejam anexados: plano de trabalho a ser seguido pelo bolsista, com cronograma de atividades; comprovante de rendimento acadêmico recente do estudante (CRA) e comprovante do teste de proficiência em língua inglesa (Toefl) realizado pelo aluno após 1º/7/2014. É também necessário, ainda, incluir aprovação da Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) e/ou Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (Coep), quando for o caso.

Cada proponente poderá submeter até três propostas (uma para cada estudante). Caso a natureza do projeto exija maior quantidade de estudantes para o mesmo orientador, ele deverá justificar separadamente a necessidade, para que seja avaliada pela Coordenadoria de Iniciação Científica.

Os projetos serão avaliados e classificados de acordo com o mérito e relevância acadêmica. O resultado preliminar da seleção será divulgado a partir de 6/9 e estará disponível no site da PRP (www.prp.ufla.br).

Não deixe de consultar as informações completas, inclusive os requisitos necessários à participação de estudantes e orientadores, no Edital PRP 05/2016. Para informações adicionais, é possível entrar em contato pelo e-mail prp@prp.ufla.br.

Em chamada de apoio a tecnologias em prol do Rio Doce, UFLA tem 5 propostas aprovadas

Resplendor (MG) - Imagem aéra mostra a a lama no Rio Doce, na cidade Resplendor (Fred Loureiro/ Secom ES)
Imagem aéra mostra a a lama no Rio Doce, na cidade Resplendor – MG (Fred Loureiro/ Secom ES)

Para a recuperação das áreas afetadas no Estado pelo rompimento da barragem em Bento Rodrigues (ocorrido em novembro de 2015), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) tem lançado editais para o financiamento de projetos de pesquisa científica e tecnológica. Na Chamada 04/2016, pioneira nesse sentido, a UFLA teve 5 propostas aprovadas. O resultado dessa chamada foi divulgado pela Fapemig na última sexta-feira, 15.

As propostas vindas da UFLA foram coordenadas por professores dos Departamentos de Ciências Florestais (DCF), de Ciência do Solo (DCS) e de Engenharia (DEG). O valor somado dos recursos captados ultrapassa R$856 mil. Os trabalhos deverão ser desenvolvidos por um período de dois anos.

 

Projetos da UFLA aprovados

Coordenador Nome do projeto
Rafael Farinassi Mendes (DEG) Utilização Do Resíduo De Mineração para a Produção de Compósitos a Base de Cimento
Fausto Weimar Acerbi Júnior (DCF) Definição de Áreas Prioritárias para Recuperação na Bacia do Rio Doce, Através da Análise Multicritério, em Ambiente SIG
Soraya Alvarenga Botelho (DCF) Estratégias para Restauração das Matas Ciliares da Bacia do Rio Doce
Marco Aurélio Carbone Carneiro (DCS) Fungos Micorrízicos Arbusculares, Bactérias Fixadoras de N2 e Outras Promotoras de Crescimento Vegetal de Áreas da Bacia do Rio Doce: Identificação, Caracterização, Informatização e Avaliação do Potencial Biotecnológico
José Roberto Soares Scolforo (DCF) Recuperação do Solo e Potencial de Regeneração Natural das Áreas Afetadas pela Deposição de Rejeitos de Mineração na Região de Mariana – MG

 

O resultado completo da Chamada 04/2016 pode ser visto aqui.

 

Nessa chamada foram submetidos 145 projetos e 29 deles foram encaminhados para contratação. Juntos, elas totalizam o aporte de R$ 4 milhões a serem investidos pela Fapemig. Das 29 propostas escolhidas, seis estão dentro da linha temática Recuperação do Solo, sete na Recuperação da Água, oito na Recuperação da Biodiversidade e oito na linha Tecnologias Sociais.

Outra iniciativa no mesmo sentido é uma chamada para a estruturação de redes de pesquisa visando à recuperação das áreas degradadas pelo rompimento. O seu objetivo é apoiar projetos de pesquisa e de inovação, interdisciplinares, e desenvolvidos em cooperação por diferentes instituições, incluindo as de Minas Gerais e Espírito Santo.

 

Programa Pesquisador Mineiro: UFLA tem 15 projetos aprovados – conheça

pesquisa-uflaA Universidade Federal de Lavras (UFLA) teve 15 projetos contemplados na Chamada 02/2016, referente ao Programa Pesquisador Mineiro – PPM X, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Os resultados foram divulgados na última sexta-feira, 15.

Essa chamada tem como objetivo financiar, por meio da concessão de apoio financeiro mensal (grants), os planos de trabalho vinculados a projetos de pesquisa científica, tecnológica ou de inovação, em desenvolvimento, financiados por instituições de fomento à pesquisa.

A soma do valor captado pelos projetos da UFLA é de R$ 604,8 mil. Nessa chamada, foram recebidas 308 propostas, das quais 184 foram aprovadas para contratação. Elas terão o prazo de execução de até 24 meses, contados a partir de julho de 2016.

Veja os projetos da UFLA:

Coordenador Projeto
Renato Luiz Grisi Macedo Continuidade e Manutenção da Pesquisa de Sistemas Integrados de Produção Pecuária – Florestas para Recuperação de Pastagens Degradadas
Renato Paiva Cultivo e Conservação In Vitro de Frutíferas Nativas
Patrícia Duarte Análise da Evolução Paisagística e Sócio-Cultural de Praças da Região da Estrada Real com Ênfase em Cidades Históricas de Minas Gerais – São João Del Rei e Serro
Rafael Pio Manejo Cultural de Fruteiras de Clima Temperado em Regiões de Inverno Ameno
Luis Roberto Batista Formação de Taxonomistas como uma Ferramenta para o Estudo da Biodiversidade de Microrganismos Terroir de Vinhos de Inverno Produzidos em Minas Gerais
Carlos Rogério de Mello Simulação dos Impactos de Mudanças Climáticas sobre o Potencial de Geração de Energia Elétrica no Sul de Minas Gerais
Cleiton Antônio Nunes Apoio a Atividades Relacionadas ao Projeto “Obtenção de Ingredientes Lipídicos por meio do Fracionamento dos Óleos das Amêndoas do Jerivá e da Macaúba”
Cristina Ferreira Silva Uso do Vinhoto e Bagaço Oriundos da Produção de Cachaça e Tequila como Substratos para Cultivo de Leveduras em um Conceito de Biorrefinaria
Fábio Lúcio Santos Cadeia Produtiva da Macaúba: Elaboração de uma Base de Conhecimentos Aplicados a Projetos de Máquinas
Marcio Machado Ladeira Programação Fetal e Desenvolvimento da Progênie de Vacas Nelore Suplementadas no Período de Seca
Rosane Schwan Desenvolvimento e Caracterização de Novas Bebidas e Alimentos com Propriedades Funcionais a Partir de Diferentes Substratos
Edison José Fassani Fibra Insolúvel na Alimentação de Frangas de Reposição Submetidas à Debicagem Convencional ou por Infravermelho
Raimundo Vicente de Sousa Integração do Metabolismo em Suínos Alimentados com Dietas Contendo Níveis Crescentes de Glicerina Bruta, na Ausência e Presença De Agonista ?-Adrenérgico
Mary Suzan Varaschin Estudo da Patogenia de Cepa de Neospora Caninum Circulante em Caprinos de Minas Gerais
José Camisão de Souza Emprego da Técnica de Transferência de Embriões Desvitrificados Produzidos In Vitro em Tempo Fixo (Tetf) para a Difusão de Genética Superior em Rebanhos de Agricultores Familiares do Sul de Minas Gerais

 

Acesse aqui o resultado completo da chamada.

 

Confira a terceira edição do ano da Revista Coffee Science

CoffeeScienceDisseminar informações sobre a cafeicultura através da publicação de artigos científicos originais completos de pesquisadores de todo o mundo: esse é o objetivo da Revista Coffee Science, publicação trimestral que acaba de lançar sua terceira edição do ano, volume 11, número 3/2016.

Visando promover o desenvolvimento da cafeicultura nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciência dos Alimentos e Ciências Sociais Aplicadas, entre outras, a publicação, vinculada à Universidade Federal de Lavras (UFLA) e ao Consórcio Pesquisa Café, foi criada por pesquisadores do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café-CBP&D/Café.

Fácil acesso

Para acessar a revista online basta entrar no site e realizar o cadastro no menu superior da página.      O cadastro permitirá ao leitor receber o sumário via e-mail a cada nova edição. Os leitores que desejarem ter acesso ao material impresso basta procurar, a versão impressa da revista, com tiragem de 500 exemplares, distribuídos para bibliotecas, universidades e instituições de pesquisa de todo o País e do exterior.

Temas da Edição

  • Quantificação de depósitos e deriva de pulverização utilizando diferentes pontas em pulverizador costal no cafeeiro;
  • Perfil e preferência dos consumidores equatorianos atributos de qualidade na produção de café;
  • Indutores de resistência no controle da cercosporiose do cafeeiro: análise de genes relacionados à defesa;
  • Impactos do déficit hídrico nas respostas ecofisiológicas e espectrais do cafeeiro consorciado com espécies madeireiras;
  • Resíduo da secagem dos grãos de café como substrato alternativo em mudas de café Conilon;
  • Adubação de cafeeiro conilon com fertilizante mineral misto granulado, fonte de magnésio, enxofre e micronutrientes;
  • Viabilidade técnica e econômica da irrigação localizada do cafeeiro, nas condições climáticas do Planalto de Araxá, MG;
  • Secagem por spray drying de extrato de folha de café;
  • Amostra de papéis hidrossensíveis para determinação de espectro de gotas em pulverização no cafeeiro canephora;
  • Potencial de utilização de características anatômicas e fisiológicas na seleção de progênies de cafeeiro;
  • Utilização da técnica SECAFÉ em sementes de diferentes cultivares;
  • Qualidade físico-química e microscópica de 14 marcas comerciais de café torrado e moído;
  • Opção de cultivo intercalar de cafeeiro irrigado com milho e feijão no semiárido mineiro;
  • Viabilidade técnica e econômica de diferentes sistemas de colheita do café;
  • Eficiência agronômica do superfosfato triplo revestido por polímeros no crescimento inicial do cafeeiro

Envie o seu trabalho

A submissão de artigos originais e inéditos pode ser feita de forma contínua pelo site, mesmo endereço em que estão disponíveis todas as edições anteriores. Atualmente a revista é indexada na Agrobase/Binagri, Agris/Caris, Biblioteca Nacional, IBICT/SEER, CAB Abstracts (CABI –Commonwealth Agricultural Bureaux International), Latindex (Regional System of on-line Information for Scientific Publication of Latin America, Caribean, Spain and Portugal), Periódica (Índice de Revistas Latino Americanas em Ciências), Scopus-Elsevier e DOAJ (Directory of Open Access Journals).

Acesse a nova edição da revista Coffee Science aqui

Texto e Foto: Vanessa Trevisan (Ascom InovaCafé)

 

Você compraria uma barra de cereal com café? Pesquisa avalia o potencial do produto no mercado

barra-2A barra alimentícia, conhecida popularmente como barrinha de cereal, foi objeto de estudo da mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Maísa Mancini Matioli de Sousa. Ela avaliou o produto quanto à impressão global, intenção de compra, preferência e expectativa, antes e após o consumo da barra.

A pesquisa aferiu a viabilidade de introdução no mercado de uma barra alimentícia adicionada de café e a intenção de compra dos consumidores, além de identificar o melhor conceito e os possíveis segmentos de mercado para inserção do produto.

Desenvolvimento

pesquisa-barra-cereais-cafeO estudo foi dividido em duas fases: a etapa qualitativa, na qual a discente entrevistou dois grupos focais de pessoas; e a etapa quantitativa, que foi feita a partir de análise sensorial e questionário estruturado sobre opinião e comportamento em relação à barra alimentícia, avaliado através de estatísticas descritivas e multivariadas.

Resultados

Os resultados da pesquisa demonstraram os principais aspectos considerados pelos consumidores em relação ao produto: segundo a avaliação qualitativa, o consumidor prefere embalagens com cores foscas variando nos tons relacionados aos grãos de café. Essas são melhores para a embalagem que contém a informação “sabor café especial – 100% arábica”. Quanto à segmentação de mercado, foi possível concluir que “o grupo dos consumidores saudáveis e conscientes é o segmento com maior potencial para ser explorado com relação à compra e consumo da barra alimentícia adicionada de café”, explica Maísa.

O projeto, iniciado através do Programa do Polo de Excelência do Café e INCT Café, teve o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e faz parte da linha de pesquisa que busca o desenvolvimento de novos produtos à base de café desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da UFLA.

A análise inicial sobre o produto foi desenvolvida pela nutricionista e mestre em Ciência dos Alimentos pela UFLA Nathália de Souza Lara. Nessa análise, foi realizada a formulação, avaliação físico-química e sensorial da barra alimentícia adicionada de café. O estudo concluiu que a barra alimentícia composta por uva passa e com 100% de café destacou-se quanto à capacidade de proteção contra o estresse oxidativo e demonstrou satisfatória aceitabilidade, podendo ser uma nova alternativa para o mercado de produtos diferenciados, com possíveis efeitos benéficos à saúde.

A partir dos resultados iniciais que constataram o potencial do produto, o estudo seguiu com a análise de marketing feita pela nutricionista Maísa. A orientadora das duas pesquisas e professora da UFLA Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira afirma que, além de ser muito apreciado, o café oferece diversos benefícios à saúde. Nesse caso, a associação do produto com a uva passa potencializou o poder antioxidante. “Queremos explorar esse produto essencialmente brasileiro e o próximo passo da pesquisa é a extração de aromas de cafés especiais para inserção em filmes comestíveis na barra alimentícia”, adianta.

O coorientador das pesquisas e professor da UFLA João de Deus Souza Carneiro explica que  desenvolver um novo produto é algo complexo e que envolve diferentes áreas de pesquisa: “Estamos no caminho certo seguindo com a análise de mercado para entender melhor a percepção dos futuros consumidores – um público que está cada vez mais preocupado com a qualidade, segurança alimentar e que almejam produtos saudáveis”, afirma.

Texto e Fotos: Vanessa Trevisan (Ascom Inovacafé)

 

Pesquisa identifica registro inédito de lobo-guará no câmpus da UFLA

lobo-guará
A imagem registrada, apesar de não retratar o lobo-guará integralmente, permitiu que os pesquisadores o identificassem a partir de características bem definidas.

Um projeto de pesquisa em desenvolvimento no Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos, do Departamento de Biologia (Lecom/DBI), fez o registro inédito da presença de um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A imagem do animal foi capturada em 23 de março, na região de matas próxima à rodovia MG-355 (confira no mapa).

O lobo-guará está no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, posicionado na categoria “vulnerável”. Assim, para os pesquisadores, a presença da espécie na área da Universidade é um indicativo da importância de conservação dos fragmentos florestais e resquícios de cerrados presentes na UFLA e seu entorno. É uma região que pode proporcionar recursos e servir de corredor ecológico para a maior espécie de canídeo silvestre sul-americano. A redução populacional dessa figura icônica da fauna brasileira tem sido causada, principalmente, pela degradação de seus habitats, por atropelamentos, doenças e retaliação à predação de animais domésticos.

A pesquisa, coordenada pelo professor Marcelo Passamani e desenvolvida pelo estudante de graduação em Biologia Mateus Melo Dias, com o envolvimento de mais três estudantes ligados ao Lecom, começou a ser feita em outubro de 2015, com término previsto para setembro de 2016. Três câmeras fotográficas especiais (com sensor infravermelho para captura de movimento e calor) são posicionadas em locais estratégicos do câmpus para captura das imagens. Juntas, elas registram cerca de 1500 fotografias por semana. A equipe envolvida altera periodicamente o lugar de instalação das câmeras, mantendo-as sempre protegidas da ação do tempo.

Um veado aparece em imagem registrada em 15/5, no período da manhã.
Um veado aparece em imagem registrada em 15/5, no período da manhã.

A cada duas semanas, os cartões de memórias das câmeras são descarregados e tem início a seleção de imagens, com os pesquisadores examinando-as atentamente à procura de mamíferos de médio e grande porte. De acordo com Mateus, as espécies com maior número de registros são gambás, tatus-galinha e tapiti (lebre brasileira). Outras aparecem em menor frequência, como o veado mostrado na fotografia de 15 de maio de 2016.

Pesquisa semelhante foi realizada há sete anos por Júnior Ribeiro da Silva, durante seu Trabalho de Conclusão de Curso, porém com metodologia diferente. Na época, os registros eram somente feitos por meio de parcelas de areia para identificação de pegadas. Se comparados com os resultados anteriores, o levantamento atual já permitiu o registro inédito de duas espécies: além do lobo-guará, o quati (Nasua nasua). No intervalo entre as duas pesquisas (entre 2013 e 2014), parte do câmpus foi cercada por alambrados. Uma das intenções dos pesquisadores é também verificar se há impacto dessas estruturas na circulação da fauna de médio e grande portes.

Imagem de um tatu-galinha, registrada em 17/4. Ele está entre os animais que aparecem com maior frequência nas fotografias.
Imagem de um tatu-galinha, registrada em 17/4. Ele está entre os animais que aparecem com maior frequência nas fotografias.

A pesquisa Levantamento da Mastofauna de Médio e Grande Porte no Câmpus da UFLA tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), materializado na bolsa que garante as atividades do graduando Mateus. A identificação dos mamíferos presentes permite o conhecimento da área para que ações de conservação e preservação da biodiversidade possam ser implementadas. De acordo o prefeito do câmpus, professor Jackson Antônio Barbosa, pesquisas como essas são essenciais para que a instituição possa pautar suas ações, conciliando as necessidades de expansão com a preservação ambiental. “Os resultados podem apontar caminhos inovadores para um desenvolvimento institucional sempre sustentável”, comenta.

O câmpus da UFLA possui 475,72 ha. A área urbanizada equivale a 13,82% do total (65,79 ha); a vegetação nativa ocupa 23,79% (113,18 ha); as áreas agrícolas, incluindo as florestas plantadas, têm extensão de 271,16 ha (56,99%), e as regiões ocupadas pelas águas são de 15,59 ha (3,27%).

Mais sobre o lobo-guará

O mamífero, cujo nome significa “cachorro dourado de cauda curta em latim”, pesa entre 20 e 33 Kg. Em geral, ele circula por uma área com extensão entre 50 e 70 Km2, possuindo hábito solitário. É conhecido como agricultor do Cerrado, já que uma boa parte de sua dieta é composta por frutas, servindo como um grande agente dispersor de sementes.

O lobo-guará é também um predador de animais, como ratos e cobras. Ele não tem parentesco próximo com nenhuma espécie de lobo, raposa ou coiote, pois seguiu um caminho próprio na evolução dos canídeos selvagens.

Com habitat tradicional nas regiões de Cerrado, o lobo-guará tem também ocupado regiões de Mata Atlântica, pelo fato de esse bioma ter sido intensamente desmatado, apresentando características cada vez mais campestres. Com trechos que podem ser considerados transição de Cerrado e Mata Atlântica, a UFLA é um local em que este mamífero pode circular, especialmente nas regiões não ocupadas pela ação humana.

Mestranda em Ciências Veterinárias recebe prêmio por melhor trabalho apresentado em Congresso

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A mestranda Tássia (a centro), acompanhada do professor Luis David Solis Murgas e da professora Mônica Rodrigues Ferreira.

A estudante de mestrado da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Tássia Flávia Dias Castro recebeu nesta quinta-feira (5/5) o prêmio de melhor trabalho apresentado no 14º Congresso da Sociedade Brasileira de Ciências em Animais de Laboratório e no 3º Encontro Latinoamericano da área. O evento está sendo realizado na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, e será encerrado nesta sexta-feira (6/5).

Tássia é aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. O título do trabalho produzido por ela é “Efeito do Tebuconazol sobre o Desenvolvimento Embrionário do Zebrafish Danio rerio”. O professor do Deparamento de Medicina Veterinária (DMV) Luis David Solis Murgas é o orientador do trabalho, que tem como coorientadoras as professoras Larissa Fonseca Andrade Vieira (DBI-UFLA) e Mônica Rodrigues Ferreira (Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás – IBC/UFG/Jataí). Mônica fez seu pós-doutorado na UFLA sob orientação do professor Murgas.

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O prêmio foi recebido em Porto Alegre durante evento sediado na PUCRS.

A produção de Tássia faz parte do projeto de pesquisa coordenado pela professora Larissa, com apoio da Rede Mineira de Bioterismo (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig).

Saiba mais sobre o evento: http://www.sbcal2016.com.br

Pesquisa revela que perdas na biodiversidade tropical podem estar subestimadas

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Espécie de besouro escarabeíneo utilizada durante a pesquisa. Foto: Hannah M. Griffiths e Filipe França.

Avaliar, de forma eficiente, o impacto das atividades humanas sobre a biodiversidade é essencial para a criação de estratégias adequadas à conservação ambiental. Por isso, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e do Lancaster Environment Centre (Inglaterra) dedicaram-se a investigar os efeitos da exploração madeireira sustentável sobre a biodiversidade da Amazônia. Parte da pesquisa está consolidada em artigo publicado nesta semana na revista Journal of Applied Ecology.

Acesse o artigo completo.

O estudo comparou duas metodologias de avaliação dos impactos causados por distúrbios florestais sobre a biodiversidade tropical. A primeira metodologia, conhecida como Space-For-Time substitution (SFT), é predominante na literatura científica, já que a maioria das pesquisas é realizada após a ocorrência dos distúrbios (incêndios e extração madeireira, por exemplo). Nesse caso, áreas florestais não perturbadas são consideradas como referência (ou controle) espacial das áreas perturbadas.

Por outro lado, quando pesquisadores têm acesso às áreas antes do manejo florestal, eles podem usar o método Before-After Control-Impact (Baci). Esse método experimental permite a comparação da biodiversidade antes e após a ocorrência do distúrbio e entre áreas perturbadas e não perturbadas.

Para comparar os resultados da aplicação dessas duas metodologias, a pesquisa investigou os efeitos do corte seletivo sobre besouros escarabeíneos na Amazônia. Esses besouros foram escolhidos por serem considerados um excelente grupo bioindicador, ou seja, são bons indicadores da qualidade ambiental, pois estão intimamente relacionados às características ambientais. Também apresentam vantagens na relação custo-benefício de amostragem.

Os resultados da investigação, segundo os pesquisadores, são de grande importância para o manejo florestal em áreas de floresta tropical. A grande relevância está no fato de a pesquisa revelar que a metodologia Baci demonstrou efeitos significativos sobre a diversidade de besouros a partir da intensificação do corte seletivo, enquanto a metodologia SFT – a mais adotada em estudos ecológicos – subestimou a perda de espécies quase pela metade.

A pesquisa é parte da tese de doutorado defendida pelo pesquisador Filipe França. Seu doutorado foi desenvolvido em programa de dupla-titulação – fruto da parceria entre a UFLA e a Lancaster University – sob a orientação dos professores Júlio Louzada (Departamento de Biologia, UFLA) e Jos Barlow (LEC, Lancaster University). A pesquisa também contou com o apoio da equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação de Invertebrados (UFLA) e do Tropical Group (LEC).

Para Filipe, a produção do trabalho foi compensadora e tem implicações para a Biologia da Conservação e o Manejo Florestal. “Nossa pesquisa evidencia que o uso da metodologia Space-For-Time (SFT) pode subestimar a perda de biodiversidade tropical associada aos distúrbios florestais. Além disso, nós mostramos que grandes perdas na biomassa e diversidade dos besouros escarabeíneos aconteceram nas áreas com maior intensidade de corte seletivo”.

A partir dos resultados do estudo, o pesquisador destaca que o uso do método Baci deve ser incentivado, por meio de fontes de financiamento de longo-prazo para a coleta de dados, além de uma boa relação entre pesquisadores e setor privado (proprietários de terra e empresas madeireiras, por exemplo). “Sabemos que a recorrência à abordagem SFT é, muitas vezes, o único recurso, pois muitos pesquisadores só têm acesso às áreas de estudo após a ocorrência do distúrbio; além disso, o método Baci possui muitos desafios logísticos. No entanto, defendemos um bom planejamento experimental e o desenvolvimento de maior número de pesquisas que possam subsidiar melhor a busca pela sustentabilidade do manejo florestal”, avalia Filipe.

Da esq. p/ dir.: Edvar Correa (guia do grupo de pesquisa) , Jos Barlow (orientador no LEC, Lancaster University), Toby Gardner (colaborador, Stockholm Environment Institute), Filipe França (autor do estudo pela dupla-titulação UFLA-LEC) e Júlio (orientador no DBI/UFLA) .
Da esq. p/ dir.: Edvar Correa (guia do grupo de pesquisa) , Jos Barlow (orientador no LEC, Lancaster University), Toby Gardner (colaborador, Stockholm Environment Institute), Filipe França (autor do estudo pela dupla-titulação UFLA-LEC) e Júlio (orientador no DBI/UFLA). Foto: Filipe França.

Para o orientador brasileiro de Filipe, professor Júlio, a experiência da dupla-titulação contribui muito para a alta qualidade do trabalho desenvolvido. “É um meio pelo qual a interação do estudante com as duas instituições ocorre durante toda a sua formação no  doutorado, desde o planejamento da pesquisa até a publicação da tese. Desse processo, resultou um trabalho que pode alterar a percepção da comunidade científica sobre as pesquisas da área. A primeira publicação de resultados já ocorre em uma das revistas mais importantes do mundo na área”, avalia.

Atualmente, outros três estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da UFLA estão em Lancaster para dupla-titulação. Há também dois estudantes da instituição britânica em atividade no Programa. O pesquisador Jos Barlow, que orientou Filipe, permaneceu na UFLA por 12 meses durante seu período sabático. O retorno à Inglaterra ocorreu recentemente. A parceria da UFLA com a Lancaster University abrange ainda outros programas de pós-graduação da instituição.

A contribuição da experiência Internacional

Durante o doutorado, Filipe permaneceu um ano na Inglaterra dedicando-se à sua pesquisa. Ele relata que o programa de dupla titulação e a parceria com a Lancaster University foi muito enriquecedora para o estudo. “A experiência foi incrível e contribuiu para o amadurecimento da minha forma ‘de fazer ciência’. É impossível não passarmos por uma transformação. O que aprendi nesse processo melhorou a qualidade da minha pesquisa e o meu desenvolvimento acadêmico.”

O tempo de permanência na instituição estrangeira também permitiu ao pesquisador ampliar suas relações pessoais. “Eu até esperava ir morar num local frio e nublado (como foi realmente), mas conhecer pessoas tão amáveis e fazer boas amizades foram as melhores surpresas que eu poderia ter.”

Filipe descreve, ainda, a fase da pesquisa desenvolvida na Amazônia como algo marcante. “Realizei dois sonhos durante meu doutorado: um deles era viver e estudar na Inglaterra; e o outro era o de conhecer, morar e pesquisar a Floresta Amazônica, a maior floresta contínua do mundo. Desde quando iniciei a graduação em Ciências Biológicas na UFLA, eu tinha interesse em trabalhar na Amazônia. Hoje, sinto-me extremamente realizado”.

Dividindo seu tempo entre a região quente, ensolarada e úmida da floresta tropical e a região fria e nublada de Lancaster, Filipe diz ter aproveitado intensamente as oportunidades. “Foi realmente uma experiência fascinante e já planejo novos estudos na Amazônia”.

Observe na imagem a representação gráfica da pesquisa (Infográfico produzido por Filipe França).

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Pesquisa identifica estado nutricional de universitários vegetarianos

Clique na imagem e assista a matéria da TVU-Lavras sobre a pesquisa.
Clique na imagem e assista à matéria da TVU-Lavras sobre a pesquisa.

Na UFLA, vegetarianos têm menores taxas de colesterol e não apresentam sinais de anemia. Taxas de glicemia e gordura corporal desses estudantes poderiam estar mais baixas.

 

A opção pelo vegetarianismo pode trazer muitos benefícios à saúde, desde que o indivíduo siga um cardápio balanceado, ingerindo todos os nutrientes que o corpo precisa. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Lavras (UFLA) analisou o estado nutricional e os hábitos de estudantes universitários vegetarianos, comparando-os com os onívoros (aqueles que comem carne). O resultado mostrou que os vegetarianos estão com as taxas de colesterol mais baixas e não apresentam anemia.

De acordo com o professor do Departamento de Nutrição (DNU), que orientou o trabalho, Michel Cardoso Angelis Pereira, os dados confirmam que é possível manter a saúde mesmo sem a ingestão de carne. No entanto, outros aspectos observados indicam a necessidade de os jovens vegetarianos darem mais atenção a uma dieta equilibrada. “Esperávamos encontrar, entre os vegetarianos, menores taxas de glicose (açúcar no sangue) e menor Índice de Massa Corporal (IMC), mas não foi o que ocorreu. As taxas estão bem próximas das encontradas no grupo que consome carne. A explicação pode estar no alto consumo, pelos estudantes, de produtos industrializados”.

Michel ressalta que os vegetarianos que participaram da pesquisa demonstram saber buscar a reposição de ferro em outros alimentos (já que não apresentam anemia). Eles também tiveram maior consumo de carboidratos, ácidos graxos insaturados e fibras, conforme era esperado pelos pesquisadores; no entanto, a vida corrida do ambiente universitário, muitas vezes longe da família, pode favorecer para o consumo de produtos que não colaboram para o projeto de vida saudável que tem o vegetariano.

A pesquisa foi desenvolvida ao longo de dois anos pela graduanda em Nutrição Alexandra Vieira Gonçalves, em conjunto com outras alunas da graduação e de pós-graduação da UFLA. Um grupo, formado por 29 estudantes vegetarianos da UFLA e de 29 estudantes que utilizam normalmente a carne na alimentação, foi voluntário para os estudos. Eles anotaram tudo o que ingeriram em três dias (dias alternados) e disponibilizaram as informações para a equipe de pesquisa. Assim, foi possível calcular a quantidade de nutrientes ingeridos. Exames bioquímicos e a análise de aspectos corporais (percentual de gordura e IMC) complementaram as análises.

“A principal contribuição do estudo é a evidência de que não é necessário comer carnes para manter a saúde, sendo possível buscar os nutrientes em outros alimentos. Mas quem faz a opção pelo vegetarianismo precisa ter uma preocupação adicional na manutenção da dieta equilibrada, sendo indispensável o acompanhamento de um nutricionista”, comenta o professor.

O fato de ser vegetariana e ter o desejo de contribuir com reflexões sobre o vegetarianismo e as dietas equilibradas motivaram Alexandra a fazer a pesquisa. “De maneira geral, percebemos que tanto vegetarianos quanto onívoros podem melhorar a qualidade da alimentação, aprendendo combinações de alimentos que ajudam a absorção dos nutrientes. Por isso, nossa intenção daqui para frente é oferecer atividades de educação alimentar e nutricional aos vegetarianos, com cursos, palestras, etc. Também pretendemos colaborar com sugestões para o Restaurante Universitário da UFLA”, diz Alexandra.

Mais sobre o vegetarianismo

pesquisa-vegetarianosA opção pela dieta vegetariana pode ter diferentes motivações. Questões éticas, por exemplo, levam o indivíduo a não concordar com a criação de animais para o abate ou a alegar que o meio ambiente pode sofrer danos com essas estruturas de produção para o consumo. Há também aqueles que abandonam a carne por considerar que ela pode favorecer doenças cardíacas, a incidência de câncer e outros problemas de saúde.

Professor Michel esclarece que os estudos sobre os malefícios que a carne pode causar ainda são contraditórios. “O que está comprovado é que o consumo exagerado desse alimento realmente não é bom. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também já alertou quanto ao perigo do consumo de embutidos, considerados agentes causadores de câncer”. Ele também diz que carnes e seus derivados são grandes fontes de gorduras saturadas e colesterol e, devido às formas de preparo, também acabam sendo uma das principais formas de consumo excessivo de sódio pela população. “Portanto, para quem consome carnes e seus derivados, é preciso ter mais prudência para não exceder no consumo do sal”, alerta.

“O vegetarianismo é uma opção viável para a manutenção da saúde”, constata o professor. Uma das principais vantagens para os vegetarianos é que eles acabam ingerindo quantidades superiores de substâncias funcionais (promotoras da saúde, encontradas em grãos, frutas e hortaliças, por exemplo), entre elas, os antioxidantes (que reduzem a ação agressiva dos radicais livres, responsáveis pelo desenvolvimento de diversas doenças). O alto consumo de fibras também está relacionado com a prevenção de diferentes tipos de câncer, ajudam a reduzir a glicemia e a probabilidade de doenças cardiovasculares, além de melhorar o funcionamento do intestino.

Os riscos para o vegetariano ocorrem apenas se ele retira produtos de origem animal e não se preocupa em repor alguns nutrientes por meio de dieta equilibrada. Nesse caso, pode vir a apresentar anemias por deficiência de ferro e/ou vitamina B12, deficiência de proteínas e cálcio, o que pode levar à hipertensão e osteoporose, por exemplo. Isso é mais comum no caso do vegano (vegetariano que não consome também ovos, leite e seus derivados) que não usa meios adequados para reposição desses nutrientes.

O assunto também foi tema de matéria da TVU-Lavras (assista)

Com contribuição de Camila Caetano, jornalista e bolsista Ascom.