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Jovens empreendedores brasileiros podem se candidatar a treinamento nos EUA – inscrições até 20/5

Jovens empreendedores brasileiros terão a oportunidade a se candidatar a uma vaga para participar de treinamento de quatro semanas nos Estados Unidos (EUA), em outubro e novembro de 2016. A capacitação em empreendedorismo comercial e social é uma iniciativa do Departamento de Estado dos EUA e pertence ao Programa de Bolsas de Estudos Profissionais da Iniciativa Jovens Líderes das Américas (YLAI).

Os requisitos para participação são: possuir entre 21 e 35 anos; ter residência no Brasil, ter pelo menos dois anos de experiência em empreendedorismo/liderança (preferencialmente em startup ou empreendimento social) e apresentar proficiência em leitura, redação e conversação em inglês.

O Programa prevê o suporte financeiro necessário a viagens de ida e volta, habitação, refeições e outros benefícios. Os interessados devem acessar o site Young Leaders of the Americas Initiative para obter informações completas. O prazo para inscrições termina em 20/5.

Para outras informações, é possível entrar em contato com a Embaixada dos EUA em Brasília: (61) 3312-7367 / 7350 / 7364.

Começam em 18/5 as aulas do curso “Português como Língua Estrangeira”

inscriçãoNo primeiro período letivo de 2016, as disciplinas do curso “Português como Língua Estrangeira” terão início em 18/5. Inseridas na perspectiva da internacionalização, as disciplinas são voltadas para estudantes estrangeiros matriculados na Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Os trabalhos do período serão iniciados com duas turmas, ambas com aulas às quartas-feiras e às sextas-feiras. Uma delas estará em atividade das 13h às 14h40 (turma 1) e outra das 15h às 16h40.

O curso “Português como Língua Estrangeira” é de responsabilidade da professora do Departamento de Educação (DED) Débora Racy Soares, em interação com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI). Apesar de recentes na UFLA, as disciplinas têm gerado resultados importantes, como a aprovação de estudantes em níveis considerados difíceis no exame Celpe-BRAS (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros). (Veja aqui o texto sobre a aprovação de uma das estudantes).

Conheça parte dos resultados dos trabalhos do curso: Coletânea produzida na disciplina Português como Língua Estrangeira traz percepções sobre o carnaval brasileiro.

Professor da UFLA integra reunião do Comitê Gestor do Projeto de Cooperação Cotton4 + Togo

O prof. Alessandro (à dir.) acompanhado por Nelci Caixeta, coordenador de África, Ásia e Oceania da ABC.
O prof. Alessandro (à dir.) acompanhado por Nelci Caixeta, coordenador de África, Ásia e Oceania da ABC.

O professor Alessandro Vieira Veloso, do Departamento de Engenharia, representa a UFLA na I Reunião do Comitê Gestor do Projeto de Cooperação Cotton4 + Togo, de 25 a 29/4. O objetivo do evento é apresentar os resultados daquele projeto, que impulsiona o setor algodoeiro dos países parceiros africanos participantes. O encontro é realizado no Itamaraty, em Brasília. “Como a UFLA é executora de um projeto semelhante, o Cotton-Victoria, os professores que compõem a equipe técnica foram convidados a participar”, explica o professor Alessandro.

A sessão de abertura do evento ocorreu na segunda-feira (25), presidida pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Sérgio Danese. Também participaram o embaixador João Almino, diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC); a diretora da Embrapa, Vânia Beatriz Casteglione; o coordenador residente do Sistema das Nações Unidas do Brasil e representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Niky Fabiancic; e embaixadores de países africanos parceiros do Brasil.

Na abertura, ficou reconhecida a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nesse projeto de cooperação técnica com os países africanos Burquina Faso, Chade, Mali e, recentemente, Togo. Os resultados da cooperação já causam impacto em suas lavouras de algodão e culturas correlatas, considerando-se três eixos agrícolas propostos: melhoramento genético, manejo integrado de pragas e sistema de plantio direto.

cotton4-mesasNo âmbito da Cooperação Sul-Sul, conforme mencionou o embaixador Sérgio Danese, “a cooperação técnica é processo catalisador do desenvolvimento, sendo os países africanos os principais receptores da cooperação técnica brasileira”.  Na sequência, foi realizada uma mesa-redonda sobre a “Cooperação Sul-Sul, os desafios de mensuração de resultados obtidos até agora e a construção de indicadores”, além de uma avaliação do projeto.

Para Camila Guedes Ariza, analista de projeto da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e integrante do Projeto Cotton-Victoria, “a Reunião do Comitê Gestor é a estância máxima de coordenação do projeto, onde os parceiros compartilham acertos e erros, para traçarem ações futuras”.

Projeto Cotton-Victoria

O Projeto Cotton-Victoria, do qual a equipe da UFLA é a instituição executora, também possuirá um Comitê Gestor e estarão previstos dois encontros anuais. Além do professor Alessandro Veloso, fazem parte do referido projeto os professores: Antônio Carlos Fraga (DAG); Pedro Castro Neto (DEG); Renato Mendes Guimarães (DAG); e Wilson Gonçalves Magela (DAG). As suas áreas de atuação nos países membros (Quênia e Tanzânia) envolvem a cultura do algodão propriamente dita, solos, agrometeorologia, construções, mercado e sementes.

Para o professor Alessadro, “a UFLA se vê em mais uma missão desafiadora para contribuir com o desenvolvimento e aumento da produtividade da cultura do algodão nos países africanos membros do projeto. Isso evidencia o processo de Internacionalização e Cooperação Internacional, que constituem um dos pontos-chave da atual administração da UFLA”.

Colaboração: Prof. Alessandro Vieira Veloso

 

DRI divulga oportunidades de experiências acadêmicas internacionais

internacionalizacaoOs estudantes que buscam oportunidades para complementarem sua formação com experiências acadêmicas internacionais devem ficar atentos aos processos seletivos em curso. A Diretoria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Lavras (DRI/UFLA) divulga informações sobre o Programa de Mobilidade Estudantil na Turquia, sobre os cursos de graduação na Universidade do Porto e o Programa da Fundación Botín para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina.

Programa de Mobilidade Estudantil na Turquia

Para quem tem interesse em participar do Programa de Mobilidade Estudantil na Turquia (Universidade de Fatih – Istanbul), o prazo para candidatura termina na quarta-feira (27/4). São 20 vagas e os selecionados terão as aulas iniciadas na segunda quinzena de setembro. Podem concorrer os estudantes regularmente matriculados nas universidades brasileiras que fazem parte do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB). Consulte o Edital e tenha as informações completas.

Outras informações: http://erasmus.fatih.edu.tr/

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Estão abertas até ao dia 31/5 as pré-candidaturas aos cursos de graduação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (Feup). Podem se candidatar os estudantes que concluíram o Ensino Médio e já prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), assim como estudantes que já estão no ensino superior. As inscrições podem ser feitas pelo link www.fe.up.pt/brasil, no qual é possível também encontrar depoimentos de alunos brasileiros que estão atualmente na Feup, informações sobre a cidade e o país, entre outros conteúdos.

Um protocolo assinado em a Universidade do Porto e o (Inep) propiciou a aceitação das provas do Enem nos processos de candidatura.

Programa da Fundación Botín para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina

Desde 18/4 estão disponíveis as informações para quem deseja se candidatar a participar do Programa da Fundación Botín para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina. Basta acessar o site da Fundação. O prazo máximo para candidaturas é 16/6. As atividades começarão em 14/10, em Madri (Espanha), e serão encerradas em 30/11 no Rio de Janeiro. O financiamento do Programa inclui gastos com matrícula, viagem e estadia dos estudantes selecionados.

Pesquisa revela que perdas na biodiversidade tropical podem estar subestimadas

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Espécie de besouro escarabeíneo utilizada durante a pesquisa. Foto: Hannah M. Griffiths e Filipe França.

Avaliar, de forma eficiente, o impacto das atividades humanas sobre a biodiversidade é essencial para a criação de estratégias adequadas à conservação ambiental. Por isso, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e do Lancaster Environment Centre (Inglaterra) dedicaram-se a investigar os efeitos da exploração madeireira sustentável sobre a biodiversidade da Amazônia. Parte da pesquisa está consolidada em artigo publicado nesta semana na revista Journal of Applied Ecology.

Acesse o artigo completo.

O estudo comparou duas metodologias de avaliação dos impactos causados por distúrbios florestais sobre a biodiversidade tropical. A primeira metodologia, conhecida como Space-For-Time substitution (SFT), é predominante na literatura científica, já que a maioria das pesquisas é realizada após a ocorrência dos distúrbios (incêndios e extração madeireira, por exemplo). Nesse caso, áreas florestais não perturbadas são consideradas como referência (ou controle) espacial das áreas perturbadas.

Por outro lado, quando pesquisadores têm acesso às áreas antes do manejo florestal, eles podem usar o método Before-After Control-Impact (Baci). Esse método experimental permite a comparação da biodiversidade antes e após a ocorrência do distúrbio e entre áreas perturbadas e não perturbadas.

Para comparar os resultados da aplicação dessas duas metodologias, a pesquisa investigou os efeitos do corte seletivo sobre besouros escarabeíneos na Amazônia. Esses besouros foram escolhidos por serem considerados um excelente grupo bioindicador, ou seja, são bons indicadores da qualidade ambiental, pois estão intimamente relacionados às características ambientais. Também apresentam vantagens na relação custo-benefício de amostragem.

Os resultados da investigação, segundo os pesquisadores, são de grande importância para o manejo florestal em áreas de floresta tropical. A grande relevância está no fato de a pesquisa revelar que a metodologia Baci demonstrou efeitos significativos sobre a diversidade de besouros a partir da intensificação do corte seletivo, enquanto a metodologia SFT – a mais adotada em estudos ecológicos – subestimou a perda de espécies quase pela metade.

A pesquisa é parte da tese de doutorado defendida pelo pesquisador Filipe França. Seu doutorado foi desenvolvido em programa de dupla-titulação – fruto da parceria entre a UFLA e a Lancaster University – sob a orientação dos professores Júlio Louzada (Departamento de Biologia, UFLA) e Jos Barlow (LEC, Lancaster University). A pesquisa também contou com o apoio da equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação de Invertebrados (UFLA) e do Tropical Group (LEC).

Para Filipe, a produção do trabalho foi compensadora e tem implicações para a Biologia da Conservação e o Manejo Florestal. “Nossa pesquisa evidencia que o uso da metodologia Space-For-Time (SFT) pode subestimar a perda de biodiversidade tropical associada aos distúrbios florestais. Além disso, nós mostramos que grandes perdas na biomassa e diversidade dos besouros escarabeíneos aconteceram nas áreas com maior intensidade de corte seletivo”.

A partir dos resultados do estudo, o pesquisador destaca que o uso do método Baci deve ser incentivado, por meio de fontes de financiamento de longo-prazo para a coleta de dados, além de uma boa relação entre pesquisadores e setor privado (proprietários de terra e empresas madeireiras, por exemplo). “Sabemos que a recorrência à abordagem SFT é, muitas vezes, o único recurso, pois muitos pesquisadores só têm acesso às áreas de estudo após a ocorrência do distúrbio; além disso, o método Baci possui muitos desafios logísticos. No entanto, defendemos um bom planejamento experimental e o desenvolvimento de maior número de pesquisas que possam subsidiar melhor a busca pela sustentabilidade do manejo florestal”, avalia Filipe.

Da esq. p/ dir.: Edvar Correa (guia do grupo de pesquisa) , Jos Barlow (orientador no LEC, Lancaster University), Toby Gardner (colaborador, Stockholm Environment Institute), Filipe França (autor do estudo pela dupla-titulação UFLA-LEC) e Júlio (orientador no DBI/UFLA) .
Da esq. p/ dir.: Edvar Correa (guia do grupo de pesquisa) , Jos Barlow (orientador no LEC, Lancaster University), Toby Gardner (colaborador, Stockholm Environment Institute), Filipe França (autor do estudo pela dupla-titulação UFLA-LEC) e Júlio (orientador no DBI/UFLA). Foto: Filipe França.

Para o orientador brasileiro de Filipe, professor Júlio, a experiência da dupla-titulação contribui muito para a alta qualidade do trabalho desenvolvido. “É um meio pelo qual a interação do estudante com as duas instituições ocorre durante toda a sua formação no  doutorado, desde o planejamento da pesquisa até a publicação da tese. Desse processo, resultou um trabalho que pode alterar a percepção da comunidade científica sobre as pesquisas da área. A primeira publicação de resultados já ocorre em uma das revistas mais importantes do mundo na área”, avalia.

Atualmente, outros três estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da UFLA estão em Lancaster para dupla-titulação. Há também dois estudantes da instituição britânica em atividade no Programa. O pesquisador Jos Barlow, que orientou Filipe, permaneceu na UFLA por 12 meses durante seu período sabático. O retorno à Inglaterra ocorreu recentemente. A parceria da UFLA com a Lancaster University abrange ainda outros programas de pós-graduação da instituição.

A contribuição da experiência Internacional

Durante o doutorado, Filipe permaneceu um ano na Inglaterra dedicando-se à sua pesquisa. Ele relata que o programa de dupla titulação e a parceria com a Lancaster University foi muito enriquecedora para o estudo. “A experiência foi incrível e contribuiu para o amadurecimento da minha forma ‘de fazer ciência’. É impossível não passarmos por uma transformação. O que aprendi nesse processo melhorou a qualidade da minha pesquisa e o meu desenvolvimento acadêmico.”

O tempo de permanência na instituição estrangeira também permitiu ao pesquisador ampliar suas relações pessoais. “Eu até esperava ir morar num local frio e nublado (como foi realmente), mas conhecer pessoas tão amáveis e fazer boas amizades foram as melhores surpresas que eu poderia ter.”

Filipe descreve, ainda, a fase da pesquisa desenvolvida na Amazônia como algo marcante. “Realizei dois sonhos durante meu doutorado: um deles era viver e estudar na Inglaterra; e o outro era o de conhecer, morar e pesquisar a Floresta Amazônica, a maior floresta contínua do mundo. Desde quando iniciei a graduação em Ciências Biológicas na UFLA, eu tinha interesse em trabalhar na Amazônia. Hoje, sinto-me extremamente realizado”.

Dividindo seu tempo entre a região quente, ensolarada e úmida da floresta tropical e a região fria e nublada de Lancaster, Filipe diz ter aproveitado intensamente as oportunidades. “Foi realmente uma experiência fascinante e já planejo novos estudos na Amazônia”.

Observe na imagem a representação gráfica da pesquisa (Infográfico produzido por Filipe França).

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Professores da UFLA podem se candidatar a visitas técnicas nos Estados Unidos – confira as instituições parceiras

internacionalizacaoA Universidade Federal de Lavras (UFLA) formalizou, no ano passado, o Acordo de Cooperação com a National Association of African American Studies & Affiliates (NAAAS). Como uma das ações no âmbito desse instrumento, foi lançada em 2016 pela NAAAS a proposta de selecionar um professor da UFLA para visitar uma das instituições parceiras da Associação nos Estados Unidos. A duração da visita será de um a três meses. A lista de instituições parceiras pode ser consultada no link: https://www.naaas.org/

A seleção dos candidatos será realizada pela própria NAAAS, cabendo à UFLA o envio dos formulários dos professores que tenham interesse em participar. Clique aqui para acessar a ficha de inscrição.

Os interessados devem encaminhar por e-mail (dri@dri.ufla.br) os documentos listados abaixo, bem como devem também entregá-los pessoalmente à Diretoria de Relações Internacionais (DRI) até o dia 25 de abril (com exceção do formulário, todos os demais devem estar em Inglês):

  1. a) Formulário;
  2. b) Carta de interesse (contendo a duração desejada para a visita: 1, 2 ou 3 meses);
  3. c) Curriculum Vitae;
  4. d) Projeto de pesquisa ou proposta de programação da visita;
  5. e) Carta de apoio da chefia imediata.

O professor selecionado pode ser requisitado a realizar uma das atividades listadas abaixo:

– Lecionar 2-3 disciplinas a sua escolha pelo período de um mês;

– Lecionar uma disciplina pelo período de 3 meses e diversos workshops;

– Participar de eventos na instituição de destino;

– Conduzir uma pesquisa;

– Redigir um relatório final de atividades.

 

A instituição de destino concederá:

– transporte local para o aeroporto;

– acomodações;

– refeições na universidade;

– acesso à biblioteca da universidade;

– acesso aos meios de comunicação eletrônicos (por exemplo, internet , etc.);

– escritório e/ou laboratório de pesquisa;

– professor orientador;

– carta convite.

 

A NAAAS será responsável por:

– carta convite;

– bolsa de $3000 dólares ($1000 dólares por mês), durante a visita à Universidade;

– preparação para a visita;

– entrega dos certificados das visitas;

– publicação de eventuais pesquisas no Journal of Intercultural Disciplines;

– arquivamento de eventuais pesquisas com Ebsco , Pro Quest and the Library of Congress;

– entrevista final com o professor.

Universidades Parceiras:

1. Benedict College
2. Hampton University
3. Texas State University
4. Fort Hayes University
5. University of Denver
6. University of West Florida
7. Florida State University
8. Florida A&M University
9. South Carolina State University
10. Illinois State University
11. Houston Community College
12. Southern University and A&M College
13. Texas A&M – Central Texas
14. University of North Texas
15. Northeast Oklahoma State University
16. Virginia Commonwealth University
17. University of Louisiana – Lafayette
18. Jackson State University
19. Mississippi College
20. University of Puerto Rico
21. Highline College
22. Daemen College

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.

Recepção de estudantes estrangeiros será realizada na UFLA em 25/4

INTERNACIONALIZACAO2-249x173A Diretoria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Lavras (DRI/UFLA) promoverá em 25/4 a recepção oficial dos novos estudantes estrangeiros que chegam à UFLA por ocasião do início do período letivo 2016/1. O evento ocorrerá às 9h, no Salão dos Conselhos, prédio da Reitoria.

Pela programação, os estudantes receberão as boas-vindas do reitor, professor José Roberto Soares Scolforo, e na sequência terão uma palestra informativa com o diretor de Relações Internacionais da UFLA, professor Antônio Chalfun Júnior. Será também a oportunidade para que os novos alunos tenham informações sobre as disciplinas de Português como Língua Estrangeira, com a professora Débora Racy Soares.

Durante as atividades, o público presente também poderá saber mais sobre a nova chamada de inscrições para o Programa Brother UFLA, prevista ter início em maio, além de conhecer o Núcleo de Cultura Internacional e as possibilidades que ele oferece para integração de estudantes de diferentes nacionalidades.

De acordo com a DRI, é esperada a participação de 25 alunos estrangeiros. As atividades estão ligadas ao Plano de Internacionalização da Universidade.

Universitat de Lleida oferece apoio para estrangeiros que desejam cursar mestrado na Espanha

internacionalizacaoNa Universitat de Lleida (Espanha), estão abertas até 15/5 as inscrições para o programa que prevê apoio a estudantes estrangeiros que desejam frequentar cursos de mestrado da instituição. Entre os requisitos para a candidatura, está a necessidade de que o interessado tenha obtido qualificação oficial em qualquer universidade estrangeira.

São oferecidas duas modalidades de apoio. Os brasileiros podem pleitear a Modalidade A, que prevê auxílio financeiro para taxas referentes a matrícula, encargos administrativos e acadêmicos.

Para informações completas sobre as modalidades de apoio, os cursos disponíveis, os critérios de seleção e documentações necessárias, acesse as orientações.

Com informações enviadas à Ascom pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI).

Coletânea produzida na disciplina “Português como Língua Estrangeira” traz percepções sobre o Carnaval brasileiro

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Estudantes da disciplina, acompanhados da professora Débora Racy.

Os estudantes da disciplina “Português como Língua Estrangeira 3” evoluíram nos estudos da Língua e, ao final do período letivo 2015/2, suas produções textuais foram consolidadas em uma coletânea. O material foi organizado pela professora do Departamento de Educação (DED) Débora Racy Soares que, em interação com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI), é a responsável pela condução dos trabalhos das disciplinas da área.

A coletânea intitulada “Olhares estrangeiros sobre o Carnaval brasileiro” reúne redações que tiveram como tema o Carnaval, a partir da percepção dos estrangeiros sobre a festa, sobre os brasileiros e o Brasil. “Estas redações são uma pequena amostra de um dos assuntos discutidos em sala de aula. A motivação para reuni-las e registrá-las deve-se ao fato de lidarem, de forma bastante sensível, com as diferenças culturais. Ademais, ampliam as possibilidades de sentido e de entendimento do Carnaval de forma reveladora, abordando questões de natureza multi/transcultural que nos interessam”, ressalta a professora. Essa iniciativa faz parte de um projeto mais amplo, de extensão e de pesquisa, denominado “Aquarela Cultural” e coordenado por Débora.

“A experiência de incentivo à leitura e produção textual, além de envolver positivamente os discentes na aprendizagem da língua-alvo, funciona como uma espécie de aclimatação à temperatura social brasileira, no microcosmo universitário”, explica a professora.

A turma também criou um blog (http://ple3ufla2015.blogspot.com.br), com a intenção de compartilhar, com seus colegas de departamento, as entrevistas realizadas pelos alunos. A ideia surgiu a partir do trabalho com gêneros textuais, mais especificamente resumos acadêmicos, blogs e entrevistas. “Todos estão convidados a ler as entrevistas sobre pesquisas desenvolvidas na UFLA, nos mais diversos departamentos, e conhecer seus autores. Leiam e comentem!”, convida a professora.

De acordo com Débora, a apresentação de seminários também foi um ponto alto da disciplina, pois funcionou como simulacro de situações reais. “O entrosamento da turma, que convive desde o primeiro módulo do curso, facilitou a exposição oral. Os seminários serviram como uma espécie de treino para a apresentação de trabalhos acadêmicos, solicitados em outras disciplinas de pós-graduação”.

As disciplinas de Português como Língua Estrangeira são recentes na UFLA, mas têm gerado frutos. Um exemplo é a aprovação de estudantes em níveis considerados difíceis no exame Celpe-BRAS (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros). (Veja aqui o texto sobre a aprovação de uma das estudantes). Os cursos constituem mais uma iniciativa da Universidade em prol da internacionalização.

As disciplinas continuam no próximo semestre letivo, assim como os cursos de extensão. Para frequentar as aulas, é preciso fazer matrícula, dentro dos prazos estabelecidos no calendário acadêmico da pós-graduação. Já os cursos de extensão serão divulgados oportunamente e são abertos a todos os estrangeiros interessados.

Acesse o arquivo com as redações.

Com informações da professora Débora Racy Soares.

Atleta africano inicia nova trajetória na UFLA

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Youssouf Mahamat Goubaye, ao centro, aparece na imagem acompanhado de integrantes do projeto Cria-Lavras.

Youssouf Mahamat Goubaye é o novo estudante e atleta da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Ele é natural de Tchad, um país localizado na parte central do norte da África, cortado pelo deserto do Saara, com temperaturas que ultrapassam a casa dos 45 graus. “Com uma história de milhares de anos, mantém tradições e costumes de seus ancestrais e, como em vários países, há disputas e guerras que se eternizam”, conta o professor de Educação Física da UFLA (DEF) Fernando de Oliveira, responsável pela vinda do atleta para a UFLA.

“A minha história com o Tchad era inexistente (sem contato com o país nem pelas leituras da filosofia africana ou sobre a diáspora negra), até que viajei em 2015 para o mundial de atletismo sub18, realizado na Colômbia. No meu retorno ao Brasil, passando pela sala de espera do Aeroporto de Cali, encontrei um atleta tchadiano conversando com um treinador português – Luís Heredio – do Sporting Lisboa de Portugal e da Seleção Nacional”, relata o professor

Fernando conta que nunca tinha visto Youssouf correndo, mas ao conversar com Luís Heredio, soube que o jovem era muito bom, além de muito decidido. “Ele saiu sozinho do seu país e resolveu, também sozinho, todos os problemas encontrados em competições como aquela. Ataquei com o meu francês de baixa qualidade e conversamos rapidamente; então o atleta do Tchad demonstrou interesse de vir ao Brasil treinar e estudar. Trocamos e-mails e telefonemas”, comentou Fernando.

Após um tempo, o professor  volta a ter contato com o atleta. Assim, resolvem que Youssouf viria para o Brasil. “Primeiro, o visto deveria ser tirado em Yaoundé, Camarões, já que não temos representação consular em N`Djamena, capital do Tchad. Depois, o custo da passagem foi outra dificuldade, por ser muito alto para um jovem tchadiano e sua família. Por fim, seu pai conseguiu parte do dinheiro e ele vendeu seu computador e celular para completar a compra. De N´Djamena, na sua vinda, ele foi para a Ethiopia e passou um dia em Addis Abeba; no outro, chegou a São Paulo e veio para Lavras”, diz Fernando.

O professor relata que, logo de início, impressionou-se com as atitudes do jovem de 17 anos. “Chegando aqui, após dormir algumas horas, já estava treinando conosco. Ele me contou das dificuldades de seu país e de seu treinamento. Descobri que o campeonato mundial foi sua quarta competição e que seus treinos pareciam de outro mundo, de tão básicos e incompletos. Havia jogado apenas futebol até 15 meses antes. Ele nos impressionou em suas primeiras corridas em nossa nova pista, parecia ter nascido para correr com suas pernas finas e longas”.

Além das grandes habilidades, o professor Fernando tem admirado, cada vez mais, o caráter de Youssouf. “Outro dia me disse que havia recebido o convite do Canadá para ir treinar por lá. Caí na besteira de perguntar o porquê de não ter aceitado a proposta. Sua resposta: – Meu pai me ensinou que não posso ser duas pessoas – havia assumido um compromisso com o senhor. Naquele momento, vi que estava diante de algo diferente”.

Youssouf já está classificado para o mundial sub 20 neste ano, e a expectativa é de que também participe dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Ele é bom demais e corre como um guepardo. É um exemplo para os que vivem reclamando da vida, e demonstra uma segurança em suas decisões que espanta quem está por perto”, complementa Fernando. O atleta tchadiano cursará Educação Física na UFLA.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA