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Calouros UFLA 2018/2: divulgada primeira chamada do Sisu – matrículas de 22/06 a 28/06

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta segunda-feira (18/6) as listas com os candidatos convocados em primeira chamada para o SiSU – 2º Semestre.  É possível visualizar cada lista, por curso e instituição, no endereço: www.sisu.mec.gov.br/selecionados.

As matrículas devem ser feitas entre os dias 22/06 e 28/06. Os candidatos que optaram pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) devem entregar a documentação à Diretoria de Registro e Controle Acadêmico (DRCA), presencialmente ou por Sedex, de acordo com as instruções de matrícula. 

Confira aqui as instruções de matrícula para vagas de ampla concorrência.

Confira aqui as instruções de matrícula para vagas reservadas (Lei 12.711/2012, alterada pela Lei 13.409/2016).

Lista de espera

As vagas eventualmente remanescentes (não ocupadas) ao final da 1ª chamada do processo seletivo do SiSU, referente à segunda edição de 2018, serão preenchidas por meio da utilização prioritária da Lista de Espera. Essa lista trará a classificação dos estudantes por curso e turno, segundo suas notas obtidas no Enem, aplicados os respectivos pesos, com a informação sobre a modalidade de concorrência escolhida. Para constar da Lista de Espera, o estudante deverá, obrigatoriamente, confirmar no SiSU o interesse na vaga, entre os dias 22/06 a 27/06. A convocação dos candidatos em lista de espera será feita a partir do dia 03/07.

Empresa Júnior e Pets da UFLA promovem XV Semana do Meio Ambiente

Entre os dias 19/6 e 21/6, os grupos PET Engenharia Agrícola, PET Engenharia Ambiental e Sanitária e Enagri Jr. Projetos e Consultoria Agrícola, irão promover a XV Semana do Meio Ambiente, com o tema “Novas tecnologias a serviço da conservação ambiental”. As inscrições podem ser feitas no canteiro central da Universidade, com os membros dos grupos organizadores.

O evento busca levar ao público novas ferramentas tecnológicas aplicadas à conservação do meio ambiente, como a utilização de sensores preditivos para o monitoramento de incêndios e de drones para o reflorestamento. A programação será distribuída entre as palestras e minicursos a seguir:


Clique aqui para mais informações.

Ana Carolina Rocha, estagiária Dcom/UFLA

Estudantes de Educação Física realizam 17° Festival de Atletismo

Estudantes de Educação Física realizam 17° Festival de Atletismo. O evento irá ocorrer no dia 7/7, das 8h às 14h, na Pista de Atletismo da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e conta com a participação de 400 crianças de 8 a 14 anos de idade.

Os participantes são alunos de escolas públicas de Lavras e Perdões, que recebem treinamento semanal de graduandos em Educação Física da UFLA.

Sobre o Festival

Realizado semestralmente, o Festival tem como objetivo fomentar o interesse de crianças à prática do Atletismo. No decorrer de sua realização, tem demonstrado bons resultados, muitos atletas do Projeto Cria (Centro Regional de Iniciação ao Atletismo) idealizado e coordenado pelo professor de Educação Física Fernando de Oliveira, iniciaram sua prática na modalidade em edições deste Festival.

Ana Carolina Rocha, estagiária Dcom/UFLA. 

Professora da UFLA foi homenageada com Comenda Antônio Secundino de São José – honraria foi entregue pelo Governador na terça (12/6)

    Foto: Manoel Marques/ Imprensa MG

Um trabalho diversificado, desenvolvido há quase 20 anos na área de meio ambiente e saneamento, fez da professora do Departamento de Ciências da Saúde (DSA) Joziana Muniz de Paiva Barçante uma das 15 personalidades homenageadas com a Comenda Antônio Secundino de São José. A honraria foi entregue na noite de terça-feira (11/6) pelo governador do Estado, Fernando Pimentel, em solenidade realizada na cidade de Patos de Minas.

A Comenda foi criada em 1991 e dá destaque a pessoas que tenham contribuído para o desenvolvimento da agricultura, pecuária, abastecimento, saneamento e meio ambiente no Estado. Faz referência a Antônio Secundino de São José, que nasceu na Fazenda da Onça, hoje pertencente ao município de Presidente Olegário. Antônio Secundino foi engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura de Minas Gerais, em Viçosa. Especializou-se no exterior e, de volta ao Brasil, fundou uma empresa que se dedica à pesquisa e ao agronegócio, responsável pela introdução do milho híbrido no Brasil – a Agroceres.

As homenagens ocorrem anualmente, a partir da avaliação de um Conselho específico, presidido pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais e composto por representantes de instituições de ensino e outros órgãos públicos, além de entidades de classes ligadas à agricultura. O Conselho aprovou por unanimidade a indicação do nome da professora Joziana para receber a horaria.

Trajetória de contribuições

Joziana iniciou sua caminhada de contribuições ao meio ambiente e ao saneamento no ano 2000, com pesquisas sobre parasitos de importância médica e veterinária. Na UFLA, ingressou em 2010, quando iniciou trabalhos de pesquisa e extensão intensificados a partir de 2012, relacionados à prevenção de endemias e ao debate público sobre doenças negligenciadas, sendo as leishmanioses e o combate à dengue focos importantes de seu trabalho, que tem auxiliado a saúde pública em Lavras e na região. Coordena ações de educação em saúde e projetos dentro e fora do câmpus da UFLA que colaboram para a vigilância ambiental e epidemiológica.

A professora foi coordenadora de Prevenção de Endemias da UFLA, membro da Câmara de Assessoramento (CBB) da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), chefe do DSA/UFLA e coordenadora do Curso de Medicina da UFLA, tendo também integrado a comissão que liderou a criação do curso de Medicina na Instituição. Atualmente é chefe de Gabinete na UFLA e presidente do IV Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas, que a cada ano amplia a conexão entre a academia e os profissionais de saúde em atuação na cidade e região. A homenagem emocionou Joziana, que compareceu à cerimônia acompanhada da família. “Fiquei muito feliz e satisfeita, porque é um reconhecimento que, para mim, se estende a todos os envolvidos nos projetos: estudantes, outros professores e técnicos administrativos da Universidade, servidores do município, do Estado e do Governo Federal que estão junto conosco para tornar as ações possíveis. Ninguém realiza um trabalho assim sozinho. E temos tido o privilégio de ver que mesmo quem deixa os projetos para seguir caminho em outra instituição, acaba levando consigo a valorização forte de um trabalho baseado no cuidado extremo com a comunidade, e essa semente vai sendo plantada e germinando também em outros lugares. É bom demais ver esse resultado”, avalia.

Doação de Sangue: Minuto da Saúde organiza mutirão para a próxima quinta-feira (21/6)

Dia 14 /6 é o Dia Mundial do Doador de Sangue. Em referência à data e para incentivar a comunidade acadêmica a realizar esse ato de solidariedade, a Universidade Federal de Lavras (UFLA), por meio do projeto Minuto da Saúde e da Coordenadoria de Saúde da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), está organizando um mutirão para doação de sangue para a próxima quinta-feira (21/6).

Estão agendadas 15 vagas para a data no posto avançado de coleta do Hemominas em Lavras. Por isso, é muito importante que os interessados confiram todos os critérios necessários para realizar a doação antes de confirmar a participação, preenchendo o seguinte formulário: https://goo.gl/forms/Qx7ntD4V2hlZ91Af2

Para ser um doador é necessário:
– Ter e estar em boa saúde;
– Não ter tido hepatite após os 11 anos de idade;
– Ter entre 16 e 69 anos de idade (jovens abaixo de 18 anos devem ser acompanhados por um responsável legal);
– Pesar acima de 50kg;
– Ter dormido bem na noite anterior à doação;
– Não ter passado por situações de risco para doenças sexualmente transmissíveis;
– Não ter tido gripe, resfriado ou diarreia nos últimos 7 dias;
– Não ter ingerido bebida alcóolica 12 horas antes da doação;
– Não usar drogas;
– Não apresentar ferimento ainda não cicatrizado;
– Não estar grávida ou em período de amamentação;
– Não ter sido submetido a exame de endoscopia nos últimos 6 meses;
– Não ter feito tatuagem ou piercing no último ano;
– Não estar em jejum.

Lembre-se:
– O prazo mínimo entre uma doação e outra é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres;
– A menstruação e o uso de pílulas anticoncepcionais não impedem a doação;
– É obrigatória a apresentação de documento original de identidade com foto no ato da doação;
– Recomenda-se repouso após a doação;
– Hidratar-se bastante no dia anterior à doação;
– Uma única doação de sangue pode beneficiar vários pacientes!

 O transporte sairá às 7h da portaria principal da UFLA. Participe e ajude a salvar vidas!

Artigos científicos de estudantes e professores da UFLA estão entre os melhores trabalhos do V Encontro Brasileiro de Administração Pública

O V Encontro Brasileiro de Administração Pública, realizado na Universidade Federal de Viçosa (UFV), reuniu acadêmicos e profissionais nos dias 13 e 14 de junho de 2018. O Encontro foi estruturado na forma de conferências, grupos de trabalho e oficinas. 

Entre os 13 trabalhos científicos considerados os melhores do evento está o artigo “Os Guardiões das Águas no Circuito das Águas de Minas Gerais: Um Estudo a Partir do Modelo de Estruturação dos Sistemas Sociais de Ação Coletiva”, dos autores da UFLA Valderí de Castro Alcântara, José Roberto Pereira e Lindsay Teixeira Sant’anna. O artigo foi um dos homenageados no grupo de trabalho Governança e Cooperação no Setor Público.

Já no grupo Casos de Ensino em Administração Pública, as autoras da UFLA Patrícia Aparecida Ferreira, Marina Aparecida Lima e Andreina Del Carmen de Lima também foram mencionadas entre os melhores trabalhos, com o artigo “Desenvolvimento Sustentável de Três Comunidades Atingidas pela Construção de Uma Usina Hidrelétrica”.

O objetivo do V Encontro Brasileiro de Administração Pública foi promover o livre debate de ideias, o aprendizado fundado na troca de experiências, a divulgação científica de qualidade e a coordenação das ações estratégicas para a consolidação do campo acadêmico da Administração Pública, com ênfase na pós-graduação.

Confira o resultado completo.

Ana Carolina Rocha, estagiária Dcom/UFLA. 

Márcio Lacerda discutiu práticas de gestão eficiente em evento promovido pelo CA de Administração Pública

É fato: o Estado brasileiro é  recordista em arrecadação de tributos e, em contrapartida, entrega serviços precários para a população.  Para discutir melhores práticas de gestão pública , o Centro Acadêmico de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu o empresário e administrador  Márcio Lacerda na última sexta-feira (8/6). Cerca de 50 alunos de vários cursos da Universidade acompanharam a palestra no anfiteatro Magno Antônio Patto Ramalho (Ramalhão).  

A partir de sua experiência como gestor público, Mário Lacerda frisou que, nos últimos 20 anos, “o Brasil melhorou muito”, mas ponderou que “o serviço público ainda está longe de ser um instrumento que presta serviço de qualidade para a sociedade”. O empresário disse ainda que “os gestores devem formar equipes com profissionais melhores do que eles próprios, enquanto a chefia deve focar o seu  talento para coordenar os demais”. 

O palestrante defendeu também que os pilares que devem nortear a gestão pública no país são a expansão da infraestrutura, exportações e, sobretudo, a geração de emprego e renda. “Sem economia mais dinâmica, não é possível melhorar as questões sociais e nem sair do fundo do poço onde chegamos”, declarou. 

Universidade

Depois de visitar alguns pontos do câmpus da UFLA, tendo sido recebido pelo reitor, professor José Roberto Soares Scolforo, e pró-reitores da universidade, Márcio Lacerda enfatizou a importância das boas práticas de gestão pública para garantir a qualidade das universidades públicas  no país. “O Brasil gasta 5% do PIB com educação. E a qualidade da administração pública está muito ruim, como um todo.  É preciso replicar o bom exemplo da UFLA para outras universidades brasileiras”, disse o empresário.

Na ocasião, o reitor ressaltou o bom desempenho da UFLA.  Scolforo afirmou que, com ferramentas adequadas e vontade dos gestores, é possível conjugar a implementação de melhorias nos serviços prestados à população, com responsabilidade fiscal.

Sobre o palestrante

Márcio Lacerda é empresário e administrador de empresas do setor das telecomunicações.  Em 2003, Márcio Lacerda assumiu a função de Secretário-Executivo do Ministério da Integração Nacional. De 2007 a 2008 foi Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais.  O empresário foi eleito prefeito de Belo Horizonte em 2008 e reeleito no primeiro turno em 2012.   

Pollyanna Dias, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig  

 

II Simpósio de Inovação, Empreendedorismo e Gestão Pública é realizado na UFLA

Nessa segunda-feira (11/6) foi realizado o II Simpósio de Inovação, Empreendedorismo e Gestão Pública (II Siegep), no Anfiteatro do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA). Promovido pelo Núcleo de Inovação, Empreendedorismo e Setor Público (Niesp) do DAE, o simpósio teve como tema central “Ambientes de Inovação no Setor Público”.

Com o objetivo de difundir o conhecimento nas áreas de inovação, empreendedorismo e gestão pública, a segunda edição do evento reuniu cerca de 90 participantes, entre discentes da graduação e pós-graduação, professores e diferentes profissionais da comunidade lavrense, interessados em discutir a temática.

As atividades foram iniciadas no período da tarde com a apresentação de artigos completos, na modalidade oral, além de trabalhos em forma de pôsteres. Já no período da noite, a solenidade de abertura foi realizada pela coordenadora do núcleo e professora do DAE, Daniela Meirelles Andrade, que na ocasião, agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância do papel da universidade em promover o intercâmbio entre diferentes setores, órgãos e instituições.

O diplomata Juliano Alves Pinto iniciou a palestra “Diplomacia da Inovação”, abordando o conceito de inovação dentro do Ministério de Relações Internacionais (ou Itamaraty): “Essa área de inovação é uma área nova dentro do Itamaraty. O conceito de inovação foi trazido por mim quando voltei de São Francisco, em vista da experiência que outros países já vêm fazendo, principalmente a China (…). O Brasil precisa percorrer um caminho semelhante se quiser continuar de alguma forma competindo internacionalmente nessa área”. Além disso, apresentou a relação existente entre inovação e diplomacia e o papel do Itamaraty, que é o responsável pela atuação do Brasil no exterior.

Ao final, foi realizada a mesa redonda “O Público e o Privado nos Ecossistemas de Inovação”, com a participação do palestrante, Juliano Alves Pinto; o coordenador do núcleo e professor do DAE, Dany Flávio Tonelly; o professor do Departamento de Direito (DIR/UFLA), Felipe Guerra David Reis; a professora do DAE, Eloísa Helena de Souza Cabral; o membro do grupo e doutor em Administração pela UFLA, Daniel Leite Mesquita; e o mestre em Administração Pública pela UFLA, Herman Resende Santos.

O simpósio teve o apoio do Programa de Pós Graduação em Administração (PPGA/UFLA), Programa de Pós Graduação em Administração Pública (PPGAP/UFLA), Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec/UFLA) e DAE.

Texto: Luciana Tereza

30 anos da Constituição Federal e os rumos da democracia é tema de entrevista de professor da UFLA

 Nas últimas três décadas, o Brasil consolidou o voto direto, realizou sete eleições presidenciais com alternância de partidos políticos no poder, garantiu a independência de suas principais instituições, cresceu economicamente e ampliou os direitos sociais. A maturidade do regime democrático ainda foi medida com cidadãos cobrando uma pauta diversificada de reivindicações, entre elas mais transparência. Por outro lado, ainda falta garantir direitos civis básicos e o país continua vítima da violência e corrupção. Esse é o Brasil depois de 30 anos da promulgação da Constituição 1988.  No balanço do período, avanços e crises marcaram a democracia brasileira, tema da entrevista com o professor do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Federal de Lavras, Marcelo Sevaybricker.

  • A Constituição brasileira completa 30 anos. A Carta Magna foi a grande conquista? Depois de 21 anos de ditadura militar no Brasil, a Carta de 88 consolidou a aspiração e a luta de vários atores e movimentos sociais que combatiam não apenas a repressão e o autoritarismo, mas vários problemas do país que tiveram sua solução ou encaminhamento interrompido com o golpe de 1964. Além disso, ela criou um importante horizonte de expectativas a partir do qual antigos, mas também novos atores e movimentos sociais emergiram na cena pública nacional, com novas pautas e reivindicações.
  • E qual é a principal falha?  Acho que não foi ter efetivado material e especificamente alguns direitos e políticas públicas, que ficaram aguardando legislação especial, como, por exemplo, a tributação de grandes fortunas e heranças, que poderia tornar a sociedade brasileira um pouco menos injusta. Mas é preciso ponderar também a correlação de forças progressistas no país, no final dos anos 80, para avaliar em que medida essa efetivação seria factível.
  • A Constituição assegurou efetivamente direitos fundamentais? Sim e não. É fato que alguns direitos, como o do voto, passaram a ser gozados, de fato, universalmente. Outros, até mais elementares (como acesso à justiça), ainda são privilégios de algumas classes e raças no país. Ainda convivemos com cidadãos de primeira e de segunda classe em pleno século XXI, o que é uma lástima.
  • Qual é a importância do processo democrático brasileiro? A manutenção da democracia é crucial. Há que se lembrar da famosa frase do Churchill, de acordo com a qual a democracia é a pior das formas de governo, com a exceção de todas as outras. No contexto das sociedades modernas, a democracia eleitoral – ainda que não seja condição suficiente para resolução de todos os problemas comuns do povo – certamente é mais capaz, do que qualquer outra forma de governo de garantir os direitos fundamentais, que você mencionou, promover bem-estar, etc. Nesse cenário atual em que normas constitucionais são violadas, em que os resultados eleitorais não são plenamente respeitados, em que cidadãos e cidadãs, paradoxalmente, saem às ruas pedindo a volta dos militares, creio que deveríamos pensar e falar mais seriamente sobre as vantagens de se viver em uma democracia. E se a gente considerar a história da política brasileira, fica evidente que a democracia é uma nota de rodapé. Nós não vivemos sob regime democrático na maior parte da histórica do país. Também por isso, devemos valorizar o que conquistamos de 1980 pra cá.
  • Em que estágio está a democracia brasileira? Amadurecemos enquanto uma nação democrática? Nas últimas três décadas, nós tivemos um processo de expansão dos partidos, que se consolidaram como instituições de representação em nível nacional. O eleitorado cresceu. Consolidou-se um sistema que ainda que não seja rigorosamente bipartidário, acabou se tornando efetivamente quase bipartidário, ou seja, entre duas siglas (PSDB e PT). Segundo especialistas, isso é também indício de uma estabilização do regime democrático brasileiro. Também avançamos na garantia de direitos sociais. No século XX e XXI, o regime democrático é associado à promoção de certos direitos sociais. A ideia de que além de garantir os direitos fundamentais, como políticos, de participação política, e os civis, também é necessário garantir um mínimo de justiça social.
  • Crises políticas comprometem a democracia ou são passageiras?  Na medida que é um sistema de aberta contestação pública – diferentemente de uma ditadura por exemplo – a democracia está inerentemente mais suscetível a crises.  Isso faz parte da natureza democrática, inclusive a existência de grupos antidemocráticos faz parte. Então, faz parte da história da democracia vivenciar crises. Por exemplo, logo após o processo de redemocratização do País, no início dos anos 1990, nós elegemos um presidente da República – Fernando Collor de Melo –  e em seguida vivenciamos um processo dramático de crise com o impeachment dele, mas que conseguiu se solucionar sem colocar em risco o próprio sistema. A questão é saber avaliar a natureza da crise que vivenciamos hoje e que saída podemos encontrar, factualmente, para ela.
  • Para onde vai a democracia brasileira? É muito difícil fazer qualquer prognóstico. Qualquer tipo de previsão da democracia brasileira hoje, em pleno 2018, dado o grau recente de instabilidade das instituições políticas. O cenário político brasileiro nos últimos anos se deteriorou com muita força e rapidez. As instituições políticas (partido, Executivo, Congresso Nacional, Judiciário) não têm se comportado dentro de uma normalidade, de certo padrão, o que torna difícil para qualquer analista da política fazer uma previsão razoável do que está por vir. Nesse aspecto, destacaria dois fenômenos que indicam um cenário pouco promissor da democracia nacional: de um lado, uma crescente ilegitimidade da classe política e das instituições políticas, tais como os partidos e o Congresso Nacional e, de outro lado, um processo de judicialização da política e de politização do judiciário, do qual a Lava-Jato é a maior expressão. O resultado, a curto prazo, desses dois fenômenos, é de aprofundamento da incapacidade das instituições de processarem o conflito e da maior probabilidade de soluções antidemocráticas, como temos visto.
  • É ano eleitoral. Quais são os maiores desafios para os partidos e candidatos? Independentemente de o cidadão se situar ao centro, à esquerda ou à direita, já seria uma meta razoável garantir a realização das eleições. Um dos grandes desafios é manter o calendário eleitoral com o mínimo de respeito às regras eleitorais. Alterações propostas no calor do momento – como adoção de semi-presidencialismo, ou a proibição de certas candidaturas – serão sempre interpretadas como soluções de conveniência e tenderão a tirar a legitimidade daqueles que saírem vitoriosos no pleito deste ano. Um sistema democrático é aquele no qual os indivíduos podem competir pelo poder segundo regras claras e respeitadas por todos participantes. E, num regime democrático, os perdedores de uma eleição tendem a aceitar a derrota. Ele entende que daqui a quatro anos poderá competir novamente e, portanto, concorda com o mandato do adversário.  Com a realização das eleições, talvez as instituições políticas que estão deterioradas possam se recuperar. Isso pode gerar um cenário institucional um pouquinho melhor do que temos agora.
  •  De que forma o eleitor deve se blindar da disseminação de notícias falsas, as chamadas “fake news” nas redes sociais,  para não ser vítima de informações sem credibilidade?  Se a gente considerar que a televisão está em 98% dos lares do Brasil e a internet apenas em metade deles, é preciso reconhecer que os grandes meios de comunicação ainda têm um impacto e poder ideológico muito forte. Com o surgimento das novas mídias e fontes alternativas de informação criou-se uma imprevisibilidade. De qualquer modo, o eleitorado brasileiro não é tão preparado para o exercício do voto. Não temos trinta anos de prática democrática ininterrupta. E o aprendizado do voto exige a decantação de uma cultura, valores, hábitos, etc. Além disso, nós não temos do ponto de vista educacional qualquer tipo de discussão e preparação mais sistemática. Por exemplo, a escola básica é absolutamente precária e vive condições deletérias de funcionamento. Que eleitor é esse que majoritariamente se forma nas escolas brasileiras? Que tipo de informação ele tem? Que capacidade crítica de analisar as informações? Infelizmente, o eleitor será refém das notícias fantasmas e toda forma de manipulação que possam aparecer em 2018. Não existe milagre e o que se fazer para deixar o eleitor prevenido em relação às notícias falsas, enquanto o Brasil não apostar mais em desenvolver uma política educacional séria de longo prazo para todos os cidadãos. Agora, é bem verdade, como notou a filósofa alemã Hannah Arendt, que a mentira é parte integrante da política. Assim, mais uma vantagem de viver em uma sociedade democrática é que essa mentira é constantemente posta à prova e não se tem um controle hegemônico da circulação de informações.
  •  Nos últimos anos, a população ocupou as ruas em defesa de várias pautas. Na sua avaliação, a democracia brasileira será marcada pelo crescimento da pluralidade de atores e demandas? Pode haver uma maior pluralidade, mas acredito que estamos num momento de crise da democracia nacional e não de expansão do regime democrático. Temos um conjunto de problemas absolutamente prioritários que não foram solucionadas, como por exemplo as grandes desigualdades sociais no país, e pautas mínimas como a universalização dos direitos civis básicos. Um trabalhador brasileiro, numa grande cidade do país, não sabe se o policial que fiscaliza a rua é seu protetor, ou o seu inimigo. Além disso, essas novas demandas, como as causas associadas ao movimento contra a homofobia, por exemplo, estão vivendo um processo reativo de questionamento público muito forte, o que, é verdade, não é uma particularidade do nosso país. O assassinato recente da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, é prova de que a reação a essas demandas pode se tornar absolutamente violenta.
  • Qual será o tema mais sensível no processo eleitoral de 2018? Em primeiro lugar, a economia. O que vai dividir os candidatos e servir de critério para a escolha do eleitor é a capacidade do presidenciável melhorar as condições econômicas do país: aumentar o emprego, controlar a inflação, promover políticas de habitação popular. Além disso, dado que a discussão sobre política no país, nos últimos anos, foi muito centralizada em torno à questão da corrupção e que os principais quadros dos mais importantes partidos estão sendo associados a escândalos de corrupção, creio que esse tema também produzirá algum efeito na cabeça de determinados seguimentos do eleitorado. E, penso, que um efeito, em geral, ruim, pois acaba produzindo a sensação de que todos políticos profissionais são corruptos. Isso pode incitar o eleitor a anular o seu voto, ou a escolher alguém pela simples razão desse se apresentar como honesto. O problema é que política não é moral. Não basta ser honesto. O grande número de candidatos que se apresentam como não-políticos é sintoma desse fenômeno. O surgimento de novos partidos, que se autodeclaram diferentes dos partidos tradicionais, também. 

 

 

Pollyanna Dias, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig  

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Semana do Meio Ambiente na UFLA mobiliza comunidade universitária

De 5/6 a 8/6, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) realizou a Semana do Meio Ambiente, com o objetivo de conscientizar a comunidade sobre a preservação do meio ambiente e pela busca de um desenvolvimento sustentável. A iniciativa foi promovida pela Diretoria de Meio Ambiente (DMA), órgão responsável pela implantação e gestão do Plano Ambiental da UFLA – referência internacional em sustentabilidade.

Além da cerimônia oficial em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, em 5/6, as atividades ao longo da semana incluíram mobilizações e rodas de conversa no Centro de Convivência, e visitas técnicas às Estações de Tratamento de Água e de Esgoto e ao Laboratório de Gestão de Resíduos Químicos (LGRQ). De acordo com o diretor de Meio Ambiente, Leandro Naves, o objetivo da campanha foi apresentar as ações ambientais realizadas na UFLA e aproximar a comunidade acadêmica. “Os estudantes são a grande maioria de nossa Instituição e têm um papel muito importante. Contamos com vocês para esse cuidado com o meio ambiente. Caso identifiquem vazamentos ou focos de vetores, comuniquem às secretarias dos departamentos para que possamos resolver a questão”, ressalta.

A estudante do 2º período da Biologia, Marcela Faralhi Daolio, participou da visita técnica à Estação de Tratamento de Água (ETA) da UFLA e se surpreendeu. “Não tinha ideia de como era tratada a água que consumimos. Foi importante entender mais sobre o procedimento, saber de que forma esse recurso chega pra gente e poder confiar que nossa água tem todo o cuidado necessário”, conta.

Para o vice-diretor de Meio Ambiente e Coordenador de Saneamento, Dyego de Freitas, os resultados da interação com o público foram positivos. “Ficamos felizes em observar o grande interesse da comunidade em conhecer mais sobre as ações e as formas de cuidar do meio ambiente”, destaca.

Além da DMA, contribuíram com as ações a Pró-Ambiental – empresa terceirizada pela UFLA para gestão de resíduos -, a Preserva Jr. , o grupo Engenheiros Sem Fronteiras de Lavras,  e os núcleos de Medicina Veterinária do Coletivo, de Saúde Única, de Estudos de Poluição Urbana e Agroindustrial, e em Silvicultura.  

Reconhecimento internacional

Os esforços em sustentabilidade e gestão ambiental da UFLA têm tido cada vez mais reconhecimento internacional. Em 2017, a UFLA alcançou a 35ª posição no ranking UI Green Metric, que avaliou o desenvolvimento sustentável de 618 universidades em todo o mundo. A Universidade subiu três posições em relação ao ano anterior. No item Educação, ocupamos a 1ª colocação.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o Plano Ambiental

A UFLA é também a 2ª Universidade do mundo a receber o certificado de Universidade Azul, concedida pelo movimento global “Blue Community”, por sua excelência em gestão das águas. A Instituição é autossuficiente em recursos hídricos, com quinze nascentes reflorestadas, três poços artesianos, estruturas para captação da água das chuvas e estações de tratamento de água (ETA) e esgoto (ETE) – desenvolvidas com tecnologia própria.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre a gestão das águas

Por ser uma Universidade sustentável, a UFLA se preocupa com a correta destinação de resíduos, reciclando e os transformando em novos produtos. Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, as ações de gerenciamento de resíduos também trazem uma economia financeira para a Instituição.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o gerenciamento de resíduos

Na UFLA, o plantio de espécies arbóreas é feito a cada estação chuvosa, sendo um dos destaques do Plano Ambiental da UFLA. Desde 2009,, mais de 135 mil mudas de árvores foram plantadas em todo o câmpus, com objetivo de proteger nascentes e áreas de preservação, além de proporcionar sombra e um ambiente agradável à comunidade.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o plantio de árvores

O cuidado com o meio ambiente também passa pela eficiência energética. Por isso, a UFLA tem substituído lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED em todo o câmpus. Já foram instaladas mais de 28 mil lâmpadas com a tecnologia LED por meio de uma parceria com a Cemig.

As lâmpadas LED, com mais eficiência energética e luminosa, têm vida útil maior e não possuem adição de metais pesados em sua composição, assim como gases nocivos à atmosfera, reduzindo os impactos ambientais. A substituição dos materiais também inclui o correto descarte dos antigos equipamentos.

 Assista ao vídeo e saiba mais sobre a instalação de lâmpadas LED

Controle de endemias e zoonoses

O cuidado com o meio ambiente também está relacionado à prevenção de zoonoses e endemias. A UFLA tem desenvolvido políticas para controlar e combater a ocorrência de focos de vetores e realizado diversas campanhas de educação em saúde, o que inclui a instrução sobre guarda responsável de animais. De acordo com a coordenadora de Prevenção de Endemias, Christiane Barcellos Magalhães da Rocha, a presença de animais errantes tem exigido acompanhamento contínuo da Instituição. “Os cães são animais que merecem nosso respeito e carinho, e precisam de cuidados necessários para que não se tornem transmissores de doenças. É um desafio pensar em uma política que contemple o bem-estar desses animais, ao mesmo tempo que envolva o combate à zoonoses e o cuidado com a saúde da comunidade acadêmica”, explica.

Para entender mais sobre a relação da comunidade acadêmica e os cães errantes, a Coordenadoria de Endemias da DMA, em parceria com o Núcleo de Estudos de Medicina Veterinária do Coletivo, desenvolveu um questionário online. Clique aqui para responder o questionário online e fazer sua contribuição.

 

O que você pode fazer para preservar o meio ambiente?

 Economizar água é algo essencial!

  • Feche as torneiras quando não estiverem sendo usadas;
  • Reutilize água sempre que possível;
  • Evite banhos demorados;
  • Não utilize a descarga sem necessidade;
  • Não utilize o vaso sanitário como lixeira;
  • Não desperdice água em limpeza de áreas sem a necessidade, prefira utilizar um pano úmido.

 Economize energia: bom para você, bom para a natureza!

  • Apague as luzes dos cômodos que não estão sendo usados;
  • Não deixe aparelhos elétricos e eletrônicos ligados se ninguém estiver utilizando;
  • Aproveite a luz solar, abra as portas e janelas. É mais agradável e faz bem para a saúde;
  • Retire da tomada os eletrodomésticos após o uso.

 Reduza!

  • Diminua o consumo de produtos embalados e pequenas porções. Dê preferência a embalagens maiores ou produtos concentrados;
  • Na hora da compra, avalie se realmente precisa do produto: além de economizar, irá gerar menos resíduo;
  • Diminua o uso de descartáveis.

 Reutilize!

  • Transforme coisas velhas em novas com um pouco de criatividade e materiais que tem em casa;
  • Escolha produtos com embalagens retornáveis;

 Recicle!

  • Separar o lixo para coleta seletiva diminui a poluição do solo. Na UFLA, há lixeiras para separação dos resíduos em todo o câmpus, e a coleta é realizada todas as quintas-feiras;
  • Faça a compostagem dos resíduos orgânicos ou encaminhe para o setor especializado;

 Use o Transporte Sustentável!

  • Em curtas distâncias deixe o carro na garagem e faça uma caminhada, além de evitar a emissão de gases poluentes, faz bem à saúde;
  • Andar de bicicleta faz bem para a saúde e poupa a natureza;
  • Se possível use transporte coletivo, é um carro a menos poluindo o ar que respiramos. Na UFLA, confira os horários de circulação do transporte interno gratuito;
  • Dar carona aos amigos ou pegar carona pode ser divertido e sustentável.

 Não descarte pilhas e baterias em lixo comum
Pilhas e baterias contêm metais pesados e tóxicos como cádmio, chumbo e mercúrio, que contaminam o solo e a água. Ao descartar pilhas e baterias, procure um posto de coleta. Na UFLA, existe um ponto de descarte próximo à copiadora, no Centro de Convivência.

 Ensine a importância da sustentabilidade

Não dá para mudar o mundo sozinho, é necessário a união para conseguirmos atingir essa meta de sermos sustentáveis.

É importante ensinar às pessoas a importância de preservar a natureza e seus benefícios,pois o futuro do planeta depende disso.

 

Texto com a colaboração de Karina Mascarenhas

Veja as fotos da Campanha do Meio Ambiente (Por Camila Caetano, Karina Mascarenhas e Samara Avelar)

 

Por Dyego de Freitas