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Professores do DAE/UFLA lançam livros em evento na Universidade

Os livros Gestão Pública Municipal e Ator-Rede e Adequação Sociotécnica foram lançados essa semana na UFLA

Na última terça-feira (25/7), os professores José Roberto Pereira e José de Arimatéia Dias Valadão realizaram o lançamento de seus livros no auditório do Departamento de Administração e Economia (DAE).

A obra Gestão Pública Municipal, de autoria de José Roberto em parceria com o professor João Batista Rezende, da Fundação João Pinheiro (FJP), contextualiza o desenvolvimento histórico dos municípios brasileiros desde o período colonial até a atualidade e procura explicar como se encontram em termos de potencialidade administrativa (incluindo as dimensões sociopolítica, institucional-administrativa, econômico-financeira e socioambiental) frente aos problemas políticos, socioeconômicos, institucionais e ambientais.

Segundo o professor José Roberto, para que se mude o histórico de corrupção no Brasil, “é necessário uma participação efetiva da população por meio da cobrança de transparência e prestação de contas por parte dos gestores”. De acordo com ele, o livro Gestão Pública Municipal apresenta resultados de pesquisas que são úteis nesse processo. O livro está à venda no site da Editora CRV.

Lançado no mesmo evento, o livro Teoria do Ator-Rede e Adequação Sociotécnica, dos professores José de Arimatéia Dias Valadão e Jackeline Amantino de Andrade , busca contar a história de uma tecnologia social como a Pedagogia da Alternância (PA) e analisar seus processos atuais de expansão por meio da Teoria do Ator-Rede e das discussões de Adequação Sociotécnica. A obra está disponível para compra na Editora UFLA

 

Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

IPC: prato típico do brasileiro fica 80% mais caro em dois meses

índice preços consumidorOs principais produtos que compõem o prato típico do brasileiro já apresentam elevação superior a 80% nos últimos dois meses. A conclusão é do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido na UFLA: o feijão, de acordo com a pesquisa, encareceu em 19,02% em maio e 21,86% em junho; e o arroz teve um aumento de 12,04% em maio e 15,33% no mês passado. No acumulado do período, a alta desses alimentos já atinge 87,39%. A inflação, no entanto, teve índices menos elevados, ficando em 1,59% em junho e em 1,83% em maio.

Os alimentos foram os “vilões” da inflação, apresentando uma média de elevação de 4,75%. Produtos in natura bastante consumidos contribuíram para o aumento, como a batata (41,52%), o tomate (13,78%), o limão (40,94%), a cebola (63,2%), o repolho (35,73%), a mandioca (24,21%) e a cenoura (23,25%). A elevação média na categoria foi de 12,04%.

Entre os alimentos industrializados, que ficaram mais caros em maio 8,48%, o leite e seus derivados se destacaram: foram registrados aumentos nos leites longa vida (11,42%), tipo C (25,35%) e em pó (8,48%). A pesquisa também identificou altas nos derivados do trigo, como a farinha de trigo (25,22%) e o macarrão (11,63%). No caso das carnes, os aumentos variaram entre 1,3% a 2,7%.

Com esses resultados, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou mais caro 1,31% em junho, passando a custar R$ 415,87. No mês anterior, o valor era de R$ 410,46. No acumulado do semestre, a inflação medida pelo IPC da UFLA já registra alta de 9,06%, indicando uma tendência de ficar com um valor acima de 12,0% em 2013, ou seja: o dobro da meta superior de inflação fixada pelo governo para todo o ano, que é de 6,5%.

Os demais setores pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes alterações de preços em junho: bebidas (-6,8%), material de limpeza (6,56%), higiene pessoal (2,68%), vestuário (1,03%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática (1,03%), educação e saúde (0,17%) e despesas com transporte, com alta de 0,32%. Já as despesas com moradia, lazer e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) não tiveram, em média, alterações de preços no mês.

A pesquisa é coordenada pelo professor Ricardo Reis, do Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE).

 

Confira aqui notícia sobre o IPC de maio

 

 

Despesas com moradia surpreendem e puxam a inflação de junho

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), realizada mensalmente pelo Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), ficou em1,36% no mês de junho. Em maio de 2011, esse índice havia sido negativo em 0,51 %, ou seja, foi registrada deflação. A taxa de inflação de junho foi a segunda maior do ano, ficando abaixo da do mês de abril, que teve alta de 1,39%.No ano, o acumulado pelo IPC da UFLA já atinge 3,53%.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, o índice da UFLA foi puxado, basicamente, pelas despesas com moradia, cuja alta chegou a 10,15%. Nesta categoria, os aluguéis subiram 12,24%, os gastos com empregada doméstica, 6,86%, e com faxineira, 9,09%.

Outros setores que compõem o índice e que tiveram aumentos em junho foram: alimentos (0,15%), higiene pessoal (0,37%), vestuário (0,25%), gastos com transporte (0,11%) e com educação e saúde (0,02%).

Entre os segmentos que tiveram queda de preços nesse mês, destacam-se bebidas (-1,34), materiais de limpeza (-1,09%) e bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos,  móveis e informática) (-0,25%). Na média, os itens que compõem os gastos com lazer e com serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) não alteraram os preços em junho.

Entre os alimentos, que tiveram aumento de 0,15% no mês, as maiores altas aconteceram nos produtos industrializados (1,87%), destacando-se os aumentos do leite longa vida (4,69%), leite tipo C (3,4%), chocolates (14,44%), maizena (4,63%), polvilho (13,0%) e adoçantes (12,46%).

Ainda segundo o professor Ricardo Reis, foram os setores de alimentos in natura e de semielaborados que, em parte, seguraram a inflação de junho. De maneira geral, quase todos os itens que compõem esses segmentos tiveram quedas de preços no mês, a exemplo das hortícolas e das carnes. Os alimentos in natura tiveram queda, em média, de 3,79% e os produtos semielaborados, baixa de 0,41%.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve queda de 1,01% em junho, passando a custar R$370,38. Em maio seu valor era de R$374,18.

Após cinco meses de recuperação de renda, preços agropecuários caem em junho

O ritmo de variação média dos preços agropecuários, após cinco meses consecutivos de alta, reverteu em maio e em junho. No mês de junho, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou negativo em 3,84%. Em maio, o IPR já indicava queda média da renda agrícola de 0,72%. Essas mudanças acontecem principalmente pelas quedas nas cotações do café e dos principais itens que compõem os hortifrutigranjeiros.

Em junho, a cotação do arroz fechou o mês em alta de 4,76%; a do feijão teve aumento de 1,16% e o preço pago pelo café teve queda de 7,69%. O preço recebido pelo milho também esteve em baixa em junho, com queda de 0,45%.

O segmento dos hortifrutigranjeiros ficou, em média, mais barato no campo em 2,55% no mês de junho.  As maiores baixas se localizaram nos preços pagos pela laranja                 (-40,0%), banana (-10,45%), batata (-27,03%), pimentão (-47,09%), repolho (-25,0%) e ovos (-5,7%). As maiores altas nesse segmento ficaram com a alface (9,52%), a couve (9,09%), a mandioca (27,9%) e o rabanete (39,22%).

Quanto aos pagamentos pelos leites tipo B e tipo C, a pesquisa da UFLA identificou altas de preços de 2,82% e 2,45% respectivamente em relação ao mês de maio.

Os preços médios dos grupos de insumos agrícolas (totalizando 187 insumos), praticamente não se alteraram no mês de junho. Nesse caso, o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos teve uma variação de 0,03%.

O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento.

De acordo com o coordenador dos índices, prof. Ricardo Reis, do Departamento de Administração e Economia da UFLA, a situação anualizada ainda é favorável no campo. Ele afirma que a renda agrícola (IPR) acumula alta de 36,24% no período de julho/2010 a junho/2011 e os custos de produção (IPP) ficaram, no mesmo período, em 4,15%.

Após seis meses de recuperação de renda, preços agropecuários caem em maio

O ritmo de variação média dos preços agropecuários, após seis meses consecutivos de alta, reverteu em maio. Neste mês, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou negativo em 0,71%. Essa mudança ocorreu principalmente pelas quedas nas cotações dos grãos e dos principais itens que compõem os hortifrutigranjeiros.

A cotação do arroz fechou o mês em queda de 16,0%; a do feijão,  de 1,59% e o preço pago pelo café teve queda de 0,48%. A exceção ficou com o preço recebido pelo milho, cuja alta em maio foi de 4,17%.

Além do setor de grãos, o segmento dos hortifrutigranjeiros ficou, em média, mais barato no campo  6,17%. As maiores baixas  localizaram-se nos preços pagos pela banana (-7,59%), alface (-19,23%), couve (-21,43%), cenoura (-11,3%) e tomate (-12,61%).

Quanto ao pagamento pelos leites tipo B e tipo C, a pesquisa da UFLA não identificou alterações de preços em relação ao mês passado.

No caso dos preços pagos pelos insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em maio foi de 0,05%.

Os preços médios dos grupos de insumos agrícolas (totalizando 187 insumos), praticamente não se alteraram no mês, mas cabe registrar a queda de 0,26% no setor de adubos e de 1,96% no grupo das vacinas. A alta média verificada em maio ficou com os antibióticos (2,70%).

O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento.

De acordo com o coordenador dos índices, professor Ricardo Pereira Reis, do Departamento de Administração e Economia da UFLA, a situação anualizada ainda é amplamente favorável no campo. Ele afirma que a renda agrícola (IPR) acumula alta de 34,43% no período de junho/2010 a maio/2011 e os custos de produção (IPP) ficaram, no mesmo período, em 4,29%.

Quedas nas cotações dos alimentos e do etanol derrubam a inflação de maio

Departamento de Administração e Economia

O Departamento de Administração e Economia (DAE) divulga o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com destaque para o registro, no mês de maio, de queda na média geral dos preços pesquisados, ou seja, houve “deflação” no período. De acordo com o coordenador da Pesquisa, professor Ricardo Pereira Reis, em maio, a deflação foi de 0,54%; em abril, o índice de inflação estimado pela UFLA ficou em 1,39%, um dos maiores índices dos últimos cinco anos.

O professor explica que “deflação é o inverso da inflação, não implicando que os preços de todos os produtos e serviços que compõem o índice tenham caído”. Na deflação, o que cai é a média dos preços pesquisados, conforme sua ponderação (cada preço tem um peso no IPC).

Pelo relatório, no mês de maio, a deflação ficou localizada principalmente no setor de alimentos, que teve queda média de 1,73% e nas despesas com transporte, com redução de 1,22%, puxada pela queda no preço do etanol, que ficou mais barato, em média, 13,25%.

A pesquisa também registrou quedas nos gastos com material de limpeza (-0,39%), Educação e Saúde (-0,03%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática, que ficaram mais baratos 1,39%, e higiene pessoal (-0,01%).

As altas no mês de maio ficaram localizadas nos setores de bebidas (0,28%) e vestuário (0,43%). As despesas com lazer, moradia e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) mantiveram-se estáveis no mês.

Os alimentos in natura ficaram mais baratos 9,56%, principalmente batata, couve-flor, jiló, repolho, chuchu, abobrinha e as frutas em geral. No entanto, os produtos semielaborados aumentaram 1,8%, devido às altas nas carnes, tanto a bovina, como a suína e de frango. Já o arroz registrou queda de preço para o consumidor de 7,4% e o feijão, baixa de 8,78%. E os alimentos industrializados também contribuíram para a deflação de maio, com queda média de 2,81%.

Com esses comportamentos de baixa dos preços dos alimentos, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve queda de 1,68%. Em abril, seu valor foi de R$ 380,58 e, no mês de maio, esta despesa caiu para R$ 374,18.