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Difusão de tecnologias celebra o aniversário da InovaCafé

Ambiente que colabora com o desenvolvimento da cafeicultura no País comemorou, no dia 27 de junho, dois anos de atuação

Na lavoura, os participantes conheceram as etapas de desenvolvimento do caféMantendo a tradição e o pioneirismo na área de cafeicultura, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) inaugurou no dia 27 de junho de 2014 a Agência de Inovação do Café (InovaCafé). Vinculada à Pró-Reitoria de Pesquisa e sediada no câmpus da Universidade, a InovaCafé integra em um mesmo espaço físico as iniciativas voltadas ao desenvolvimento de inovações para o setor cafeeiro, por meio da interação de profissionais e estudantes em projetos de ensino, pesquisa e extensão.

Para celebrar o seu aniversário de dois anos, a Agência, juntamente com os núcleos de estudos parceiros, elaborou uma programação especial a fim de compartilhar as inovações e tecnologias que são geradas dentro da organização. Cerca de quarenta estudantes dos cursos de Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Ciências Biológicas, Filosofia, Administração e Engenharia dos Alimentos, além de cafeicultores, participaram do evento gratuito promovido nessa quarta-feira, 29.

Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a InovaCafé e participaram de minicursos na lavoura sobre: “Processo de Clonagem de Café Arábica por meio de estaquia”, com o Núcleo de Estudos em Melhoramento e Clonagem (Nemec); “Implantação da lavoura com o uso de polímero hidrorretentor”, com o Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf); “Deriva de herbicidas na cultura do café”, com o Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (Ghpd); e “Colheita semi mecanizada” com o Núcleo de Estudos em Máquinas Agrícolas e Portáteis (Nemaport).

Demonstração de utilização de máquinas no campoNo anfiteatro foram apresentados os processos de “Pós-Colheita do café”, com o Núcleo de Estudos em Pós-Colheita do Café (Pós-Café); “Formas de preparo e padrão da bebida”, com o Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QI Café); e “Terceira Onda do Café”, com o Bureau de Inteligência Competitiva do Café. A programação foi finalizada com aplicação do teste de aceitabilidade de brigadeiro de café promovido pelo QI Café e sorteio de brindes.

“Achei bastante interessante o evento, uma vez que ele foi direcionado para um público que ainda não tem contato com o café, isso que me chamou atenção, pois não tive ainda nenhum contato com a área. Foi muito legal aprender sobre como diferenciar um café especial, analisando o sabor, o aroma e o modo de preparo, para conseguir diferenciar do café que estamos acostumados a beber, que não tem a mesma qualidade”, explica o estudante do 6º período de Agronomia da UFLA, Alan Eduardo.

O estudante do 8º período de Engenharia de Alimentos da UFLA, Celso Rodrigues, teve o seu primeiro contato com o universo do café e acredita que o movimento caracterizado como a “terceira onda do café” apresenta um grande potencial de mercado e pode ser bastante explorado por diferentes profissionais, sendo uma excelente oportunidade para atuação. O cafeicultor e estudante do curso técnico em Cafeicultura do Instituto Federal de Muzambinho, William Adriano da Silva, não conhecia a InovaCafé é acredita que a criação da Agência foi algo necessário para impulsionar a cafeicultura, uma vez que sua localização é estratégica. “Todo o conhecimento adquirido no evento enriquece a minha atuação no campo. O estudo sobre a qualidade do café é algo bem sugestivo, uma tremenda necessidade para o produtor avaliar cada vez mais a qualidade do seu produto”, ressalta Wiliam.

Apresentação dos núcleos de estudos parceiros da InovaCaféO diretor da Agência e professor da UFLA, Luiz Gonzaga de Castro, avaliou o evento de forma positiva e afirma que outras ações como essas serão promovidas a fim de disseminar informações sobre a cafeicultura na região: “Acreditamos que a melhor forma de comemorar é compartilhando o que temos de melhor: o conhecimento. diante disso, apresentamos aos participantes as tecnologias e inovações que foram geradas na Universidade e que são aplicadas nas etapas de produção do café”, explica Gonzaga.

Agência

A Agência é fruto da articulação do Polo de Excelência do Café, Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes), UFLA e Ministério da Educação (MEC), contando com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Também contribuem para a atuação da Agência o Consórcio Pesquisa Café e INCT-Café.

Texto e Fotos: Vanessa Trevisan (Ascom InovaCafé) 

 

Estudo desenvolvido na UFLA apresenta conceito e aplicações sobre a “Terceira Onda do Café”

Preparo de Cappuccino na InovaCafé
Preparo de Cappuccino na InovaCafé

O consumo mundial de café passa por mudanças e evoluções, diante disso novos hábitos e tendências de consumo caracterizam um movimento chamado de “Terceira Onda do Café”. Desenvolvida pela mestranda do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da UFLA, Elisa Reis Guimarães, a pesquisa pode contribuir para a compreensão e discussão acerca da Terceira Onda no Brasil, uma vez que tal conceito ainda é pouco difundido e compreendido de forma distinta pela grande maioria dos profissionais.

A definição de um conceito amplo, que compreenda todos os elos da cadeia, pode facilitar o debate sobre o tema e promover discussões mais aprofundadas, que sejam benéficas a todos os elos, bem como contribuir com a construção de conhecimentos sobre a Terceira Onda, assunto ainda escasso na literatura. “A pesquisa também conta com grande interesse prático, sendo valiosa na elaboração tanto de políticas públicas quanto de estratégias empresariais, voltadas ao aumento do público consumidor de cafés especiais, bem como à expansão deste movimento no país e no estado de Minas Gerais”, ressalta o orientador da pesquisa, prof. Luiz Gonzaga de Castro Junior, diretor da Agência de Inovação do Café (InovaCafé).

Ondas

Estudos desenvolvidos na InovaCafé analisam a qualidade da bebida
Estudos desenvolvidos na InovaCafé analisam a qualidade da bebida

De acordo com a pesquisa, existem três movimentos, também chamados de ‘ondas’, influenciando o mercado de café, cada um com seu próprio conjunto de prioridades e filosofias e com contribuições diferentes para a experiência de consumo. A mestranda, que também é coordenadora do Bureau de Inteligência Competitiva do Café (projeto desenvolvido pelo Centro de Inteligência em Mercados – CIM  da UFLA), explica que a “Primeira Onda” estaria ligada ao aumento exponencial do consumo de café e a revoluções no processamento e comercialização do produto, até então de baixíssima qualidade. A “Segunda Onda” teria surgido como reação ao movimento anterior, sendo responsável pela introdução do conceito de cafés especiais e de origem produtora, bem como pela popularização do café espresso e do consumo da bebida em cafeterias. Por fim, a “Terceira Onda” estaria ligada à percepção do café como produto artesanal, diferenciado por inúmeros atributos, como qualidade, origem, torra e método de preparo, e comercializado de forma mais direta entre os elos da cadeia.

Para o desenvolvimento do estudo, a pós-graduanda utilizou ampla pesquisa bibliográfica aliada a uma análise de conteúdo, de forma a estabelecer uma base conceitual para o tema, posteriormente entrevistando proprietários de cafeterias mineiras e inúmeros profissionais respeitados no mercado de café, de forma a compreender a forma de adoção da Terceira Onda em nível nacional e estadual.

“Referência em pesquisa sobre o sistema agroindustrial do café, a UFLA contribui, mais uma vez, com a cafeicultura nacional, pois este estudo poderá contribuir com cafeicultores, torrefadoras, cafeterias e consumidores, já que os resultados servirão como orientação para o sucesso de cada um desses elos da cadeia”, afirma Gonzaga.

A pesquisa contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Agência de Inovação do Café, do Centro de Inteligência em Mercados (CIM/UFLA) e do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

Acesse a dissertação aqui.

Vanessa Trevisan – Assessora de Comunicação da InovaCafé

 

XI Ciclo de Palestras em Cafeicultura reúne estudantes, produtores e profissionais da área

Cerca de 200 pessoas participaram do evento, tradicional na Instituição
Cerca de 200 pessoas participaram do evento, tradicional na Instituição

Durante dois dias de evento, mais de duzentas pessoas se atualizaram sobre a Cafeicultura no país e no mundo

Promovido pelo Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e pela Agência de Inovação do Café (InovaCafé), o XI Ciclo de Palestras em Cafeicultura foi realizado no Salão de Convenções e reuniu duzentas pessoas nas noites de quarta e quinta-feira (2 e 3/3).

O evento contou com a participação de especialistas para discutir os principais avanços obtidos e as perspectivas para o mercado da cafeicultura. A primeira apresentação foi sobre o tema: “Denominações de Origem do Cerrado de Minas” feita pela Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento na Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer), Karine Dias Nogueira. “ A escolha desse tema se deu pelo belíssimo trabalho que vem sendo desenvolvido pelos profissionais da região do Café do Cerrado, da região alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, tem nos dados a cerca de trinta anos aproximadamente, e a Universidade acompanhou isso em meados da década de oitenta, principalmente no início dos anos noventa, a partir daí o Brasil teve uma arrancada muito grande com questões ligadas a qualidade do café produzido e outras regiões do Brasil, a exemplo da própria região do sul de minas, inspirados no trabalho feito na região do cerrado, pensou na qualidade do produto. Hoje o trabalho desenvolvido no cerrado é exemplo para todo o Brasil”, pontou o professor titular da UFLA e um dos idealizadores do Necaf, Antônio Nazareno Guimarães Mendes.

Informações geradas pela pesquisa e que modificam a atuação prática no campo
Informações geradas pela pesquisa e que modificam a atuação prática no campo

Apresentando a segunda palestra da primeira noite do evento, sobre o “Cenário da Cafeicultura na América Latina”, o pesquisador da Empresa de Pesquisa e Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Gladyston Rodrigues Carvalho, acredita que o assunto que trouxe para o ciclo, é uma oportunidade para os estudantes, que como ele no passado não tiveram a oportunidade de conhecer outros países produtores de café, através da palestras terão a possibilidade de comparar como é a nossa cafeicultura e como ela funciona lá fora. Com foco em tecnologias o palestrante apresentou o que existe de novo em termos de cafeicultura no mundo e fez uma integração entre o que tem de bom no Brasil e em outros países, “essas informações terão um valor muito grande no futuro, para carreira profissional desses alunos” explicou Gladyston.

Iniciando as palestras na segunda noite do evento, o consultor e engenheiro agrônomo da Empresa Rehagro, Luiz Paulo Vilela, falou sobre o Cronograma Agrícola do Cafeeiro: “trouxe as principais atividades realizadas durante o ano agrícola do cafeeiro e o embasamento técnico cientifico de porquê fazer essas tarefas nas datas propostas e também as dificuldades que o produtor vive na prática”, o palestrante também chamou atenção para as principais atividades que o produtor deixa de realizar e sobre as oportunidades que os profissionais podem ter, unindo o conhecimento teórico e prático.

Temas relevantes atraíram a atenção do público presente
Temas relevantes atraíram a atenção do público presente

Encerrando o XI Ciclo de Palestras, abordando as Principais Perspectivas no Mercado Brasileiro de Cafés, o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fernando Rati, apresentou o cenário atual da cafeicultura brasileira no sentido produtivo, econômico/industrial e as principais tendências para o setor em 2016 e para os próximos anos. Também foi explanado sobre o que a cafeicultura tem de melhor, os principais desafios que o setor enfrenta e algumas sugestões de como os profissionais podem atacar os desafios transformando em oportunidades.

O estudante de Agronomia da UFLA, participante do evento, Miguel Dias, avaliou o ciclo:  “Como a UFLA é centro de referência em café, e o Necaf tem dedicação e empenho junto a Universidade nessa área, ao participar desse evento, estou conhecendo as novas tecnologias e informações que serão úteis para a minha formação e de todos os participantes. Ao adquirir conhecimento estamos agregando informações para a pesquisa e para nossa própria atuação no campo, estaremos preparados para trabalhar nesse cenário, tendo em vista que o grande forte do estado de Minas Gerais, é a cafeicultura”.

Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) realiza, com sucesso, mais uma edição do Ciclo de Palestras em Cafeicultura
Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) realiza, com sucesso, mais uma edição do Ciclo de Palestras em Cafeicultura
Vanessa Trevisan – Assessoria de Comunicação da InovaCafé

Relatório apresenta tendências da cafeicultura no mundo

tendencias-cafeA primeira edição de 2016 do Relatório Internacional de Tendências do Café do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), traz como destaques: o aumento da produção mundial de café robusta, o crescimento do consumo de cafés em cápsula no Brasil, a instalação de novas fábricas no país e os resultados da pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) sobre o mercado brasileiro de café.

“Ao longo da história da produção comercial de café, a espécie Coffea arabica sempre foi a mais cultivada. A bebida obtida a partir dos grãos dessa espécie é, de maneira geral, de qualidade superior àquela obtida a partir dos grãos de Coffea canephora. No entanto, dados compilados e analisados pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café para o projeto Campo Futuro mostram uma tendência de participação cada vez maior dos grãos de C. canephora no total mundial”, aponta o relatório.

Os pesquisadores do Bureau de Inteligência Competitiva do Café destacam o crescimento do consumo de cápsulas no Brasil e apontam o aparecimento de outras concorrentes para as marcas atuais. O crescimento deste consumo é acompanhado pelo aumento das preocupações sobre a sustentabilidade das cápsulas que, até o momento, não possuem métodos de reciclagem difundidos.

O documento também apresenta as diferentes formas de se oferecer café, por parte das cafeterias, indústrias e demais estabelecimentos. “Diante desta grande variedade oferecida ao consumidor, cabe às empresas trabalharem alternativas, como o oferecimento de grãos certificados e de produtos sustentáveis, para gerar uma diferenciação dos seus produtos e conquistar a fidelização dos seus clientes”, ressalta o relatório.

Bureau de Inteligência Competitiva

Sediado na Agência de Inovação do Café (InovaCafé), o projeto busca oferecer informações e análises relevantes para o setor cafeeiro através do desenvolvimento do Relatório Internacional de Tendências do Café – que já se encontra em seu quinto ano de edição e conta com publicações mensais sobre análises do mercado de café a nível internacional.

“As informações apresentadas nos relatórios são um compilado das notícias mais importantes do cenário cafeeiro mundial. A partir destas notícias são realizadas análises pelos pesquisadores do Bureau e apresentadas as tendências identificadas a partir dos dados coletados”, explica a pesquisadora do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, Angélica Azevedo.

Confira o Relatório Internacional de Tendências v.5 n.1, clique aqui!

Vanessa Trevisan – assessora de Comunicação da InovaCafé

 

Relatório Internacional de Tendências do Café/UFLA contribui com a competitividade no setor cafeeiro

bureauA edição do Relatório Internacional de Tendências do Café do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), publicada em dezembro de 2015, aponta que o mercado de café em cápsulas no Brasil cresceu 52,4% entre 2013 e 2014. Além disso, o documento mostra outras tendências como os cafés funcionais.

Esse relatório é responsável por apresentar periodicamente análises do mercado de café a nível internacional. Fruto dos estudos realizados no Bureau de Inteligência Competitiva do Café do CIM, o programa busca oferecer informações e análises relevantes para o setor cafeeiro.

O Bureau iniciou em 2010 e é coordenado pelo doutorando em Administração da UFLA, Eduardo Cesar. Todas as atividades são realizadas no CIM, sediado na Agência de Inovação do Café (InovaCafé). Além da Universidade, o Bureau possui o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SECTES), da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), do Pólo de Excelência do Café, Consórcio Pesquisa Café e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café).

Segundo o coordenador do Bureau, “a informação se tornou crucial para a competitividade de qualquer atividade econômica e com a cafeicultura não é diferente. Através do projeto buscamos reunir, analisar e divulgar dados e informações que permitam aos agentes da cadeia agroindustrial do café planejar e tomar melhores decisões”, ressaltou Eduardo.

“Completando seis anos de atuação, o projeto vem contribuindo com a geração de conhecimento da cadeia produtiva de café frente aos produtores, indústrias e cafeterias de todo o país” explicou o coordenador geral do CIM, professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior.

TENDÊNCIAS

“Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), o volume de vendas de cápsulas no país cresceu 52,4% entre os anos de 2013 e 2014. O diretor da instituição, Nathan Herszkowicz, disse que atualmente são mais de 70 empresas atuantes nesse segmento com seus próprios produtos, frente a oito companhias que atuavam em 2014. Até mesmo as cafeterias podem se beneficiar dessa nova modalidade de consumo, pois ao lançar uma cápsula com a sua própria marca, poderá comercializá-la em sua loja, assim como em supermercados e também por meio da internet” – trecho extraído do relatório.

O relatório aponta que o consumo de café em capsula tem aumentado por conta do maior espaço conquistado pelas pequenas marcas no mercado brasileiro nos últimos anos.

“Como as patentes de grandes marcas, como a Nespresso, já expiraram, as pequenas empresas têm a vantagem de comercializarem as cápsulas de café com um preço menor para serem usadas em máquinas de outras marcas. As cápsulas são uma opção interessante para as empresas menores, uma vez que elas possuem um maior valor agregado e atendem de forma satisfatória aos consumidores, que se interessam cada vez mais por um café de alta qualidade e que permita a eles passar por uma experiência semelhante ao consumo em uma cafeteria, porém, no conforto do lar e no momento em que acharem conveniente”- documenta o relatório.

Os pesquisadores do Bureau também mencionam uma nova tendência: o café funcional, acrescidos de ingredientes saudáveis. Empresa espanhola, líder no segmento, lançou o café enriquecido com magnésio para reduzir o cansaço e a fadiga, desenvolvido especialmente para os consumidores acima de 40 anos. Além de ajudar na redução da fadiga, contribui para a normalização da função psicológica, do equilíbrio de eletrólitos, da síntese de proteína, da função muscular e da função normal do sistema nervoso. Também desempenha importante papel no processo de divisão celular.

O relatório também apresenta uma perspectiva da produção de café a nível mundial. “No Brasil, o cenário é favorável para o mercado de conilon. Os preços no mercado interno apresentaram boa elevação ao longo do ano e a desvalorização do Real em relação ao dólar tornou o produto brasileiro mais atrativo para os países importadores. Com isso, as exportações do conilon também estão em alta”.

Acesse aqui o relatório completo

Texto: Vanessa Trevisan e Camila Caetano – jornalistas da InovaCafé e Ascom/UFLA

 

Novos produtores participam do “Necaf em Campo”

Projeto do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf/UFLA) leva informações aos agricultores diretamente na lavoura

necaf-em-campoDando sequência ao projeto Necaf em Campo, foi realizada na última quinta-feira (3/12), na Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), palestra sobre o funcionamento do projeto para os novos participantes.

Atualmente o projeto atende trinta e cinco produtores que são cadastrados na Cocatrel. O projeto é realizado pelo Necaf/UFLA em parceria com o projeto Gestão Estratégica Avançada (GEA), promovido pelo Centro de Inteligência em Mercados (CIM), ambos sediados na Agência de Inovação do Café (InovaCafé).

“O projeto teve início em maio de 2015 e atende aos produtores rurais levando em consideração aspectos relacionados à gestão e prestação de consultoria em assistência técnica. As visitas são realizadas diariamente na própria propriedade rural, onde são feitos apontamentos relacionados à gestão do negócio pela equipe do GEA. A partir dos relatórios, o Necaf presta assistência técnica para o produtor. Pretendemos gerar uma ligação entre a UFLA e o cafeicultor através da difusão do conhecimento, novas tecnologias, formas de manejo, levantamento de gestão, tentando assim solucionar, se existente, seu problema e aprimorar o aumento da sua produtividade”, explica o coordenador geral do Necaf/UFLA, Leonardo Oliveira.

Para 2016, será ampliado o número de produtores que serão atendidos pelo projeto. Os trinta e cinco agricultores que já participam continuarão sendo acompanhados pela iniciativa. Os interessados em participar devem procurar a Cocatrel para efetuar a sua inscrição.

Vanessa Trevisan – jornalista, Agência de Inovação do Café.

 

Jovens de Santo Antônio do Amparo participam de Curso de Barista

Em 2015 serão capacitadas 64 pessoas através do curso

Helga Andrade ensina os alunos como preparar um capuccino
Helga Andrade ensina os alunos como preparar um capuccino

Durante os dias 27,28, 30 de novembro e 1º de dezembro, dezesseis jovens do município de Santo Antônio do Amparo (MG), que lidam com a cadeia produtiva do café, participaram do Curso de Barista promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Minas Gerais em parceria com a Agência de Inovação do Café (InovaCafé).

“O Sindicato dos Produtores Rurais de Santo Antônio do Amparo (MG), em parceria com as empresas e entidades locais, realizou uma seleção de um grupo com perfil específico, do qual foram selecionados participantes de 17 a 21 anos, que são envolvidos com a cafeicultura. Então, ofereceu essa oportunidade para que os jovens possam conhecer uma nova função dentro da cadeia produtiva do café, bem como obter uma melhoria de vida. O objetivo de um grupo de empreendedores do município é realizar um evento em 2016 focado em café, no qual os participantes terão a oportunidade de trabalhar e até de ter uma carreira nessa área. A região de Santo Antônio do Amparo tem muitas décadas de tradição em produção do café, com diversas fazendas e produção de cafés de alta qualidade, como os cafés orgânicos e café especiais. Ou seja, existe um vasto mercado a ser explorado”, explicou a instrutora credenciada do Senar do Curso de Barista e gestora de Inovação em Café na InovaCafé, Helga Andrade, que ministrou o curso.

“Essa é uma experiência muito legal, eu não conhecia essas diversas formas de preparo do café. É uma boa oportunidade para que eu consiga pensar em uma possível carreira que eu possa seguir no futuro. Quero encontrar um trabalho na área do café, que é onde eu posso crescer na minha cidade”, pontuou o participante Carlos Alexandre Borges, 20 anos.

Gabriel Pacheco experimenta capuccino preparado durante a aula
Gabriel Pacheco experimenta capuccino preparado durante a aula

Mais três cursos serão ministrados durante o mês de dezembro para alunos e funcionários da UFLA ligados ao setor de café, porém, as vagas já foram esgotadas. As novas turmas com vagas disponíveis serão oferecidas a partir de janeiro de 2016 e os interessados em participar devem encaminhar e-mail para: helga.barista@gmail.com, sinalizando o interesse. As datas dos cursos ainda não foram definidas, mas até o final de dezembro serão divulgadas e você pode acompanhar através da página da Agência de Inovação do Café no Facebook.

Alunos da segunda turma do curso de barista realizado com jovens de Santo Antônio do Amparo
Alunos da segunda turma do curso de barista realizado com jovens de Santo Antônio do Amparo

Responsável pelo Polo de Tecnologia em Qualidade do Café da Agência de Inovação do Café (InovaCafé), a professora do Departamento de Ciências dos Alimentos, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira, explica como essa iniciativa surgiu: “Esse espaço foi concebido inicialmente através do projeto Consórcio Pesquisa Café ligada à Embrapa Café, e especificamente ao Laboratório de Desenvolvimento de Novos produtos, onde realizamos os cursos, capacitações, aulas de barismo, desenvolvimento de novos produtos na área de café. Tivemos o apoio substancial da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig). Através do primeiro projeto, que foi a criação do Polo de Excelência do Café para agregação de valores de sustentabilidade, tivemos a possibilidade de adquirir todos os equipamentos, insumos e abrir essa nova área de conhecimento, dando oportunidade para a capacitação nessa área tanto para discentes da UFLA quanto para a sociedade como todo, como vem acontecendo hoje, através desta parceria com o SENAR”.

Vanessa Trevisan – Jornalista. Agência de Inovação do Café

 

UFLA promove I Workshop de Sustentabilidade na Produção de Cafés Naturais

Evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos em Pós-colheita do Café (Pós-Café) e Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QI Café), com apoio da Agência de Inovação do Café (InovaCafé)

Workshop_cafe_2Apresentar o cenário sobre a produção dos cafés especiais naturais no Brasil e no mundo foi a proposta do I Workshop de Sustentabilidade na Produção de Cafés Naturais, que começou nessa terça-feira e foi encerrado hoje (26). O evento foi realizado durante I Congresso Mineiro de Engenharia e Tecnologia da UFLA, com a participação de cerca de 150 pessoas (alunos, professores e profissionais do setor cafeeiro).

“O que motivou o tema foi principalmente porque o Brasil é o maior produtor de café do mundo e especialmente de cafés naturais. A sustentabilidade é importantíssima porque se trata não apenas de questões ambientais ou ligadas apenas ao setor produtivo, mas de todos os setores do agronegócio café, da cultura até o consumo, envolvendo as ações sociais, trabalhistas, bem-estar, questões econômicas e ambientais. E, para que a gente possa discutir sobre isso, estamos no ambiente universitário onde nós temos formadores de opinião que cuidarão do futuro da cafeicultura no nosso país”, explicou a professora tutora do Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira.

“É muito prazeroso estar organizando este evento e discutindo um assunto tão atual e importante, que é a sustentabilidade focando nessa área que gostamos muito que é o café. Vamos apresentar palestras que pautam a sustentabilidade relacionada a produção, mercado e tendências do café natural no Brasil e no Mundo, colheita mecanizada, tecnologia de pós-colheita e demais assuntos que serão abordados dentro do evento”, pontuou o Coordenador Geral do Núcleo de Estudos em Pós-Colheita do Café, discente de graduação em Engenharia Agrícola, Felipe Mesquita de Miranda.

Os professores participantes também apresentaram as razões de se abordar a produção de cafés naturais: “No Brasil, há muitos eventos sobre café, mas era necessário termos um focado em cafés naturais, que precisam ser entendidos de uma maneira melhor. E o mundo vem descobrindo cada vez mais isso que nós temos”, comentou o professor Flávio Meira Borém, tutor do PósCafé.

O pró-reitor de Extensão da UFLA, professor José Roberto Pereira, ressaltou a importância da realização do evento levando em consideração o empenho dos núcleos de pesquisa: “Essa configuração institucional de núcleos de estudos e Agência de Inovação do Café é algo extremamente produtivo para a construção do conhecimento e difusão da cafeicultura. A organização desse evento certamente vai trazer a difusão do conhecimento necessário para os membros da academia, sociedade e mercado”.

A palestra de abertura apresentou uma reflexão sobre os pilares da sustentabilidade aplicados aos cafés naturais no Brasil e no mundo, incluindo as principais certificadoras, e foi ministrada pela diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais, Vanusia Maria Carneiro Nogueira, especialista em Gestão e Marketing, doutoranda em Marketing com foco em posicionamento competitivo.

“Vivemos desse produto, temos paixão por esse produto. Entre oito e nove milhões de pessoas desse País vivem ou sobrevivem do café. O primeiro ponto de reflexão que eu gostaria de apresentar para vocês é sobre a definição de sustentabilidade – uma característica ou condição de processo ou de um sistema que permite a sua permanência em certo nível por um determinado prazo; ou seja, é muito importante falarmos sobre um certo nível, pois a sustentabilidade não quer dizer estado da arte em tudo, não quer dizer perenidade Estamos falando sobre condições que estamos estabelecendo para ter um certo nível de controle por um determinado prazo de tempo. E questiono vocês, o que estamos fazendo com o nosso planeta?” – com essa explanação Vanusia conduziu a palestra.

Vanessa Trevisan e Camila Caetano – jornalistas da InovaCafé e Ascom/UFLA

 

Palestra sobre Manejo de Plantas Daninhas no Cafeeiro foi apresentada no IFSULDEMINAS

dalyse-palestraEstá sendo realizada a I Semana Agronômica do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), Campus Inconfidentes. O Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD) da UFLA, teve a oportunidade de participar do evento através da palestra “Manejo de Plantas Daninhas no Cafeeiro”, ministrada pela doutoranda em Fitotecnia/Cafeicultura Dalyse Toledo Castanheira, no dia 9.

Para Dalyse, atividades como essa são de grande importância, possibilitando a difusão de conhecimento entre os profissionais da área de agronomia, gerando também maior proximidade e possíveis parcerias entre as instituições UFLA e IFSULDEMINAS.

O GHPD realiza constantemente atividades de pesquisa, ensino e extensão na UFLA e instituições parceiras, como a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e em dias de campo que contam com a participação de produtores e discentes de atividades agrárias. Ao realizar atividades de extensão, o grupo leva pesquisas que em alguns momentos ficavam restritas apenas nas universidades e que com as atividades tornam-se acessíveis para os agricultores.

O coordenador geral do grupo, Giovani Belutti Voltolini afirma que o GHPD está sempre de portas abertas para realizar novas atividades de extensão, possibilitando assim o contato com novas instituições parceiras e possíveis trabalhos fora da universidade, sejam eles de pesquisa, com experimentos, ou também de extensão, por meio de palestras.

Vanessa Trevisan – jornalista – Agência de Inovação do Café (InovaCafé)

 

Técnicos, produtores e pesquisadores mexicanos conhecem estrutura da InovaCafé

Agência foi escolhida para apresentar aspectos do sistema de produção do Café Arábica

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Mexicanos recebem café produzido na UFLA em visita ao Necaf

Nesta segunda e terça-feira, 9 e 10 de novembro, técnicos, produtores e pesquisadores do México visitam a Agência de Inovação do Café (InovaCafé) para participar de um projeto de capacitação em cultura do café. Na manhã de ontem, o grupo conheceu o Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) e degustaram o café brasileiro produzido na região de Minas Gerais. Logo em seguida conheceram a técnica de clonagem do café pelo método de estaquia. A InovaCafé foi apresentada pelo atual assessor de Inovação e Empreendedorismo da UFLA, professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, que explanou sobre o surgimento, atuação e projetos da Agência.

O coordenador de pesquisa e estágio do Necaf, Renato Bottrel, pontuou que esse tipo de intercâmbio é bastante interessante, tendo em vista a diferença na produção do café entre os dois países. “A equipe é interessada e fez diversos questionamentos. Esse tipo de experiência contribui com a troca de informações”, apontou Bottrel.

O projeto de capacitação faz parte de uma articulação conjunta entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, a Agencia Mexicana de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AMEXCID), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba) e o Instituto de Investigaciones Forestales, Agrícolas y Pecuarias (INIFAP). Os governos do Brasil e do México firmaram um Acordo de Cooperação Técnica com o objetivo de formar técnicos especializados em Agricultura, Pecuária e Silvicultura Tropical para o Desenvolvimento das Zonas Tropicais Mexicanas.

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O professor Virgílio Anastácio (DAG/Setor de Cafeicultura) apresenta painel de classificação de defeitos e enquadramento do tipo de café para precificação

Para o representante do INIFAP, Ismael Mendes Lopes, o objetivo do projeto é fazer com que os mexicanos que estão trabalhando com o cultivo de café no México se familiarizem com outras tecnologias, com metodologias avançadas. “O Brasil é o principal produtor de café com um diferente sistema de produção; nós temos sistemas de produção diferentes, porém, parte dessa tecnologia pode ser aproveitada para os produtores mexicanos. Os técnicos estão relacionados aos produtores e esse é o momento de capacitá-los para que eles possam transferir esses conhecimentos para os cafeicultores. Os sistemas de produção são bem diferentes nos dois países, o café se dá naturalmente na sombra, e nos utilizamos essa metodologia. As nossas condições topográficas são diferentes, temos regiões muito acidentadas, mas eu acredito que parte da tecnologia brasileira pode ser aplica no México e para isso é importante que esses técnicos tenham acesso ao conhecimento”, pontou Lopes.

Os técnicos conheceram o Laboratório de Anatomia, clonagem por estacas, experimentos de irrigação/melhoramento/adubação, estrutura de colheita e pós-colheita e realizaram o procedimento de degustação de café de acordo com a metodologia da Specialty Coffee Association of America (SCAA). No dia 10, o grupo visita a Fazenda Bom Jardim, em Santo Antônio do Amparo (MG) e a Fazenda Ipanema Coffees, em Alfenas (MG). Essa última é uma empresa brasileira focada na comercialização e produção de cafés especiais, sendo hoje uma das mais reconhecidas produtoras de café do mundo, presente em mais de 20 países.

O professor Rubens José Guimarães, do Departamento de Agricultura da UFLA, afirma que a UFLA é uma referência em cafeicultura no Brasil e no mundo por causa da qualidade do ensino, pesquisa, extensão e por conta dos profissionais qualificados que atuam na instituição. “Nós vamos conduzir o grupo durante todas as visitas, entre elas a maior fazenda de café do mundo, que é a Ipanema Coffees, e durante toda a programação haverá troca de ideias, troca de tecnologias e quem sabe, no futuro, um intercâmbio maior entre os países”.

A analista do Departamento de Transferência de Tecnologia e gestora do projeto pela Embrapa, Assunta Helena Sicoli, afirmou que a UFLA, através da InovaCafé, foi selecionada entre todas as universidades brasileiras para realizar uma etapa do programa de café, tendo em consideração que é uma referência na área. O programa, que será realizado em três semanas, comtempla ainda visitas ao Instituto Federal do Sul de Minas – Câmpus Muzambinho e propriedades em Machado, Alfenas e Guaxupé, em Minas Gerais. Depois, segue para o município de Jacarezinho, no estado do Paraná.

Vanessa Trevisan – jornalista – Agência de Inovação do Café (InovaCafé)