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UFLA vai oferecer curso de aperfeiçoamento na cultura do algodão para produtores da África

12.03 reunião brasília fundaçõesA tradição da Universidade Federal de Lavras (UFLA) no ensino de Ciências Agrárias motivou o Ministério de Relações Exteriores – Itamaraty a propor a professores da Instituição a elaboração de projeto para a criação de um curso de capacitação em algodão, para aperfeiçoamento de profissionais da África Subsaariana.

O convite foi aceito durante reunião no início do mês, em Brasília, com a presença da coordenadora-geral de contenciosos do Itamaraty, Chloe Rocha Young; da coordenadora-adjunta de contenciosos, Daniela Arruda Benjamim; da chefe da Divisão de Temas Educacionais do Itamaraty, Almerinda Augusta de Freitas Carvalho; e do presidente-executivo do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Haroldo Rodrigues da Cunha.

Representando a UFLA, estavam o diretor-executivo das Fundações de Apoio à UFLA (Faepe e Fundecc), professor Rilke Tadeu Fonseca de Freitas, o presidente dos Conselhos Administrativos das Fundações e assessor administrativo da Reitoria, professor Lourival Marin Mendes e o coordenador do curso a ser ministrado, professor Antônio Carlos Fraga (DAG/UFLA).

O curso faz parte das ações previstas no acordo que o governo brasileiro assinou com as Nações Unidas visando a transferir a experiência do cultivo de algodão no País, um dos maiores produtores do mundo, para produtores de economias em desenvolvimento.

O recurso para a realização do curso tem como origem o fundo criado para financiar projetos que beneficiem a cotonicultura brasileira e de países do continente africano, resultado do acordo entre Brasil e Estados Unidos no âmbito da organização Mundial do Comércio (OMC). O montante desse fundo foi calculado com base nos prejuízos sofridos pelo Brasil em decorrência dos programas de subsídios à produção de algodão nos Estados Unidos.

No primeiro momento, o curso será destinado aos profissionais de países de Língua Portuguesa: Guiné Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe. O curso, previsto para o início de 2014, terá como conteúdo aulas teóricas e práticas, incluindo visitas técnicas a regiões produtoras de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Bahia.

Serão aproximadamente 25 vagas destinadas ao aperfeiçoamento da cultura do algodão, envolvendo temas como a organização da produção e dos produtores, aspectos econômicos da atividade, zoneamento agroclimático, manejo fitossanitário, nutrição e melhoramento do algodoeiro. Também serão repassadas as informações sobre pós-colheita, armazenamento, beneficiamento e industrialização para agregar valor ao produto.

De acordo com o professor Fraga, a UFLA é uma instituição de referência em Ciências Agrárias e as pesquisas com o algodão estão ganhando espaço cada vez maior na Universidade. Nos últimos anos, estuda-se o uso do óleo de algodão para a fabricação de biodiesel e o uso do caroço do algodão como fonte de alimento animal.