Inscrições abertas para intercâmbio de doutores

Portal Capes, 29/08/07

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) abre oportunidade para estudantes de doutorado de instituições brasileiras que queiram participar de intercâmbio na França. Até 31 de outubro, estão abertas as inscrições para o Programa Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB), realizado em parceria com o Conselho de Presidentes de Universidades da França (CPU). O objetivo do programa é formar recursos humanos de alto nível nos dois países, nas diversas áreas do conhecimento.

Os estudantes brasileiros devem estar matriculados em cursos de doutorado avaliados pela Capes, com nota preferencialmente igual ou superior a 5. As universidades francesas devem ser consorciadas com a CPU. Os doutorandos deverão ter completado um total de créditos compatível com o programa de estudos e o projeto de pesquisa a ser desenvolvido na instituição de destino.

O programa concede bolsas de estudos na modalidade doutorado-sanduíche em regime de co-orientação ou co-tutela. No caso de co-tutela, o doutorando deverá permanecer na instituição de destino pelo período de 12 a 18 meses e poderá ter o reconhecimento oficial dos títulos conferidos nos dois países. No caso de co-orientação, a permanência do doutorando será de 12 meses, sem prorrogação. As atividades serão desenvolvidas sob a supervisão de um co-orientador, e não haverá garantia de reconhecimento pela França, do título obtido no Brasil.

Mensalidades – Os selecionados receberão passagens aéreas, mensalidades no valor de 1.100 euros, auxílio instalação e seguro saúde proporcionais. As candidaturas serão avaliadas, em uma primeira etapa, por consultores da Capes. Serão analisados pontos como o mérito científico, considerando histórico acadêmico e Currículo Lattes do candidato. A responsabilidade da segunda etapa da avaliação é do Comitê de Monitoramento do Programa CDBF, integrado por reitores de universidades brasileiras. As atividades na França terão início a partir de fevereiro de 2008. Para saber mais sobre o programa acesse o Edital. (Fátima Schenini)

Caem desigualdades regionais e raciais sobre freqüência escolar no Brasil

Agência Brasil, 29/08/07

Juliana Andrade

Brasília – Além de praticamente universalizar o acesso ao ensino entre os brasileiros de 7 a 14 anos, o Brasil está conseguindo reduzir as desigualdades regionais, raciais e também entre as áreas rurais e urbanas no que se refere à taxa de freqüência escolar. É o que mostra o 3º Relatório de Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), divulgado hoje (29) pela Presidência da República.

Universalizar a educação primária é um dos oito ODMs, lançados em 2000 durante a Cúpula do Milênio das Nações Unidas, com a adesão de 189 países, entre os quais o Brasil. Segundo o estudo, entre 1992 e 2005, a proporção de pessoas dessa faixa etária na escola passou de 81,4% para 94,5% em todo o país. Os dados utilizados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

A região Nordeste continua sendo a que registra o menor percentual de crianças de 7 a 14 anos que estudam. Mas a diferença entre o Nordeste a as regiões que registram o maior índice caiu de cerca de 20% para menos de 4% no período. Em 1992, a taxa de freqüência escolar do Nordeste era de 69,7%, enquanto a maior do país era de 88%, do Sudeste. Já em 2005, o percentual nordestino era de 92,4% e o mais elevado, de 95,9% (região Sul).

As disparidades raciais no acesso à escola também tiveram queda, de acordo com o relatório. Em 1992, 87,5% dos brancos na faixa etária de 7 a 14 estavam na escola, contra 75,3% de pretos e pardos, uma diferença de 12,2 pontos percentuais. Em 2005, essa diferença caiu para menos de dois pontos percentuais, com 95,5% dos brancos e 93,7% dos pretos e pardos na escola.

Nas áreas rural e urbana, as desigualdades também recuaram. Se em 1992 66,5% das crianças de 7 a 14 anos tinham acesso ao ensino, em 2005 esse percentual subiu para 92,5% nas zonas rurais. Na área urbana, passou de 86,2% para 95%.

Embora tenha registrado avanços, o país ainda precisa superar alguns desafios, como assegurar que os brasileiros concluam o ensino fundamental, afirma o relatório. De acordo com o estudo, a taxa média esperada para conclusão é de 53,5%. Em média, os estudantes levam 10,1 anos para concluir essa etapa de ensino.

“Apesar dos avanços da sociedade brasileira, ainda é muito alta a proporção de alunos que progridem de forma lenta e dos que abandonam os estudos, o que contribui para manter em patamares baixos a taxa de conclusão no ensino fundamental”, diz o documento. O relatório também revela um aumento na taxa de alfabetização de brasileiros entre 15 e 24 anos, de 91,3% (1992) para 97,2% (2005).

Comemoração dos 10 anos do Curso de Ciência da Computação

Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos

Em Agosto de 2007, o Curso de Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos de atividades. Para comemorar, o Departamento de Ciência da Computação – DCC, em parceria com a Ufla elaborou uma série de eventos a serem realizados entre os dias 29 de Agosto de a 01 de Setembro de 2007.

A solenidade de abertura será realizada às 18 horas do dia 29 de agosto com a inauguração do novo prédio do Departamento de Ciência da Computação (DCC). Em seguida, serão realizadas as aberturas de dois eventos promovidos pela SBC (Sociedade Brasileira de Computação), o IV SMSI – Simpósio Mineiro de Sistemas de Informação e VI ERI-MG – Escola Regional de Informática de Minas Gerais. Ao final da solenidade, todos serão convidados a participar de um coquetel.

No dia 30 de agosto, as comemorações continuam com a realização dos eventos IV SMSI e IV ERI-MG nas dependências do novo prédio a partir das 07 horas. O dia encerra às 16h30 com uma palestra de um convidado externo no Anfiteatro do DCC.

Na sexta-feira, dia 31 de agosto às 7 horas, acontecerá a abertura de mais um evento, o VI WEIMIG – Workshop de Educação em Computação e Informática do Estado de Minas Gerais. Este evento é também promovido pela SBC através da Diretoria de Educação e da Diretoria de Secretarias Regionais e apoiado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE/MG). Ao final do dia, ocorrerá a solenidade de encerramento dos eventos: IV SMSI, IV ERI-MG e VI WEIMIG.

No sábado, dia 01 de setembro, será realizado o encerramento da semana de comemoração do Curso de Ciência da Computação com uma grande festa de confraternização a partir das 10 horas, contanto com a participação de ex-alunos do curso.

O Curso – O Projeto de criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação da UFLA foi concebido em meados de 1996, pela iniciativa dos professores Lucas Chaves (DEX – UFLA), Mirla (DEX-Ufla), Sandro (Unilavras), Olinda (DCC –Ufla), Wilian (DCC –Ufla) e Rêmulo (DCC – Ufla), na época, membros do Departamento de Ciências Exatas – DEX. A consolidação da criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação deu-se com a resolução do CUNI número 511 do dia 05 de maio de 1997, no vigente mandato do reitor professor Fabiano Ribeiro do Vale.

O primeiro vestibular ocorreu em julho de 1997 com 25 vagas a serem preenchidas. Os candidatos aprovados no vestibular formaram a Primeira Turma do curso iniciando suas atividades no mês de agosto desse mesmo ano.

No ano de 2000, foi criado o Departamento de Ciência da Computação (DCC) da Ufla, que ficou responsável pelo curso de Bacharelado em Ciência da Computação. O curso foi reconhecido pelo MEC, conforme Portaria nº. 2.011 de 11 de setembro de 2001, publicada no D.O.U. de 12 de setembro de 2001, de acordo com o parecer do Conselho Nacional de Educação.

A primeira turma concluiu o curso em julho de 2001. Na solenidade de colação de grau, formaram-se os primeiros vinte e um bacharéis em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Lavras. Até hoje, já se formaram onze turmas em um total de duzentos e setenta e cinco alunos.

O Curso Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla objetiva formar profissionais com sólidos conhecimentos na área de computação. O curso tem a duração média de 8 semestres (4 anos) totalizando 36 disciplinas obrigatórias e 7 disciplinas eletivas.

Atualmente, o curso de Ciência da Computação possui um corpo docente formado por mais de sessenta professores compreendendo os Departamentos de Ciência da Computação (DCC), Departamento de Ciências Exatas (DEX) e Departamento de Administração e Economia (DAE). Seu corpo discente conta com cerca de 200 alunos de graduação.

Ufla concede isenção da taxa de vestibular

A Comissão Permanente de Processo Seletivo (Copese), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), informa que as inscrições para solicitação de isenção da taxa de inscrição para o vestibular e Processo Seletivo Seriado – PAS, estarão abertas no período de 3 a 12 de setembro de 2007. Os interessados deverão acessar o site www.copese.ufla.br
ou procurar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais (PRAECC), situada no campus histórico da Ufla.

Mais informações pelos telefones (35) 3829.1582 / 1586

CNE vai avaliar títulos de pós-graduação

Portal MEC,22/08/07

O Conselho Nacional de Educação (CNE) está convocando as instituições de ensino superior que ofereceram cursos de mestrado e doutorado entre os anos de 1983 e 2001, e não obtiveram avaliação favorável da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), a prestar informações. O objetivo do conselho é calcular o número de concluintes dos cursos para, se possível, validar os títulos obtidos.

Segundo o secretário executivo do CNE, Adalberto Carvalho, o conselho, como instância de análise de recursos, avaliará cada caso. “Vamos dimensionar o número de concluintes para análise de mérito sobre a convalidação dos estudos realizados e respectiva validade nacional dos títulos obtidos”, explica.

As instituições e os concluintes desses cursos têm até o dia 31 de outubro para enviar ao CNE informações como local e período do curso, estrutura curricular, carga horária, titulação do corpo docente responsável, entre outros. Os dados devem ser enviados para o endereço eletrônico md2001@mec.gov.br.

A chamada pública é realizada em virtude de solicitações ao CNE de alunos em situação semelhante. A íntegra da convocação está na página eletrônica do CNE.

Encontro da Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares

O III Encontro da Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares da Região Sudeste reuniu 13 universidades no campus da Ufla, entre os dias 24 e 26 de agosto, e foram representadas por estudantes e professores. Estiveram presentes a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Cefet / RJ, Universidade Estadual de São Paulo (UNESP / Assis), Fundação Santo André, Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Ufla (INCUBACOOP/Ufla), órgão integrante da estrutura organizacional da Pró-Reitoria de Extensão – Proex, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Tecnológico e Social – CODETS, compõe a Rede Universitária de ITCP’s, que surgiu em 1999 para vincular de forma interativa e dinâmica as incubadoras, favorecendo o intercâmbio de metodologias, práticas e conhecimentos produzidos no contato das universidades com os grupos incubados. A rede nacional de ITCPs conta hoje com a participação de 31 (trinta e uma) instituições de ensino superior, sendo 13 (treze) da região sudeste.

A experiência das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP’s) abriu um novo conjunto de ações de apoio às iniciativas de geração de trabalho e renda, pois têm como objetivo desenvolver atividades voltadas para a inserção de setores economicamente marginalizados no mercado formal de trabalho. Seu público-alvo é um grande contingente de trabalhadores, desempregados ou vinculados ao plano da economia informal, que pode conquistar requisitos básicos de cidadania a partir da organização do trabalho em cooperativas. As Incubadoras foram criadas pelas universidades públicas, formando-se uma rede complexa de parcerias, de âmbito regional e nacional. Através da prática de extensão universitária fundamentada em metodologias participativas, a rede de ITCP’s propõe um modelo de ação coletiva focado na valorização do trabalho e do trabalhador.

Para o professor José Roberto Pereira, coordenador do evento “Esta rede conta com encontros anuais, nas diversas regiões do país, para potencializar as atividades das incubadoras, possibilitando a socialização de debates relacionados à autogestão e à economia solidária, visando sistematização das experiências acumuladas nas ITCP’s, grupos incubados e movimentos populares. Na região Sudeste, o I Seminário de Metodologia de Incubação da Rede ocorreu em 2005, na Universidade Federal de Viçosa (ITCP/UFV). Em 2006, o II Seminário da Rede Sudeste foi realizado na cidade de São Carlos, na UFSCar e, em 2007, foi realizado em Lavras no campus da Ufla. A Ufla, com este III Encontro, contribuiu significativamente para pensar e propor mudanças na relação entre Universidade e Sociedade por meio dos projetos de extensão universitária, demonstrando responsabilidade e competência na organização do evento”.

Bolsa para EUA – Comissão Fulbright amplia número de bolsas para jovens brasileiros

Brasília 23/08/2007 – Estudantes de graduação superior tecnológica das áreas de administração, gerenciamento de negócios, turismo, hotelaria, comunicação e tecnologia da informação poderão concorrer a uma bolsa de estudos nos Estados Unidos (EUA). As inscrições abrem nesta sexta-feira, 24 de agosto. O Programa de Bolsa de Estudos nos EUA para Tecnólogos é oferecido pela Comissão Fulbright do Brasil. Nesta quinta-feira, 23, a secretária de Educação dos Estados Unidos, Margaret Spellings, lançou juntamente com o ministro da Educação do Brasil, Fernando Haddad, a ampliação do número de bolsas para o programa.

No ano passado foram oferecidas 12 vagas e neste ano serão 50 vagas para estudar nos Community Colleges norte-americanos. A bolsa tem duração de um ou dois anos e é direcionada para alunos matriculados em cursos técnicos superiores (com duração de dois ou três anos), em instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Serão distribuídas seis bolsas para o Norte, 12 para o Nordeste, seis para o Centro-Oeste, 18 para o Sudeste e 12 para o Sul.

De acordo com o diretor executivo da Fulbright no Brasil, Luiz Loureiro, o objetivo do programa é fortalecer a formação e a carreira de tecnólogos de alguns países que integram este programa piloto. “Essa é uma experiência marcante para um jovem, pois além de oferecer uma oportunidade de formação diferenciada, permite também vivenciar outra cultura, o que é essencial na era da globalização”.

Uma das exigências fundamentais é possuir um nível intermediário de proficiência em inglês. Além disso, o aluno precisará concluir entre 25% a 50% do curso até o final deste ano. Outro requisito é ter nacionalidade brasileira e não norte-americana. Ao término do programa, o bolsista deverá, obrigatoriamente, retornar ao Brasil e à instituição de origem para dar seguimento ao curso, se possível, com aproveitamento de créditos.

Benefícios – Os selecionados receberão auxílio mensal para cobrir todas as despesas de permanência, moradia e alimentação, o pagamento das taxas escolares no Community College, seguro-saúde e passagem área. Também será oferecido curso de inglês com duração de até dois meses nos EUA, dependendo do nível de conhecimento prévio de inglês do bolsista, antes do início de atividades no Community College.

Para outras informações e inscrições acesse ao site da Fulbright (www.fulbright.org.br). O período de inscrição encerra no dia 1 de outubro.

Comissão Fulbright – (61) 3248-8600

Andifes lança Curso de Gestão da Internacionalização Universitária

A Andifes, por meio de sua Comissão de Relações Internacionais (CRIA), lança um curso sobre gestão da internacionalização universitária, destinado a capacitar técnicos e professores que atuam nas Assessorias de Relações Internacionais das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O curso terá cinco encontros mensais, de outubro 2007 a abril de 2008 com uma duração total de 100 horas, com a análise de aspectos conceituais e práticos sobre a cooperação universitária internacional, na perspectiva do projeto acadêmico das universidades públicas federais. O programa será divulgado na próxima semana, ocasião em que serão abertas as inscrições.

A reunião que formalizou o curso foi coordenada pelo presidente da CRIA, reitor José Carlos Ferraz Hennemann (UFRGS), tendo contado com a presença do presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), e de representantes das Universidades Federais de Uberlândia, de Goiás, de Brasília, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, da Bahia e Fluminense, que juntamente com a Universidade Federal de Minas Gerais, integram a Comissão de Relações Internacionais da Associação.

(Fonte: UFRGS)

Em 2007, preço do leite tipo C sobe 22,46% para o consumidor

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,23% no mês de agosto. Em julho, esse índice havia sido de 0,48%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela Ufla, em 2007, está acumulada em 3,22%.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da Ufla, a taxa de inflação de agosto ficou localizada, principalmente, na categoria alimentos, a exemplo do mês anterior, que teve alta, em média, de 1,19%. Os preços dos produtos in natura caíram 1,37%, mas os semi-elaborados registraram uma ligeira alta, de 0,58%, principalmente o feijão, que ficou mais caro 4,92%. Já os alimentos industrializados aumentaram 2,29%.

E foram as altas do leite e laticínios que puxaram, mais uma vez, a taxa de inflação do mês. Para o consumidor, o leite tipo C aumentou 4,23%; o longa vida, 8,62%; o leite em pó, 5,78%; o queijo, 6,27%; o iogurte, 5,8%; o creme de leite, 6,06%; o leite condensado, 4,81% e a mussarela ficou mais cara 1,75%.
Em 2007, o leite tipo C acumula alta, para o consumidor, de 22,46%; o longa vida está mais caro no ano 16,95% e o leite em pó já acumula aumento de 10,52%.

No campo, essa alta também foi identificada pelo levantamento dos Índices de Preços Agrícolas, que são calculados pela UFLA. Em agosto, os pecuaristas receberam 7,6% a mais pela venda do leite fluido tipo C e 34,29% pelo tipo B. No acumulado do ano, o preço do leite recebido pelos pecuaristas acumula alta de 22,89% e, de maio a agosto, esse aumento atinge 70,04%.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador das pesquisas do IPC e dos Índices de Preços Agrícolas da Ufla, a taxa de inflação de agosto só não foi maior em razão da queda nos preços das despesas com vestuário (-1,22%), influenciada pelas promoções de final de estação. Mas, chama a atenção pela pressão na taxa inflacionária que se inicia com a alta nos derivados do trigo, a exemplo do pão francês, que subiu 4,2% e o macarrão, aumento de 4,13% no mês.

Além dos alimentos, a pesquisa da Ufla identificou altas nos preços dos itens pertencentes às seguintes categorias: bebidas (0,26%), material de limpeza (2,53%), higiene pessoal (0,49%) e bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática (0,79%).
As demais categorias pesquisadas não tiveram alterações, em média, nos preços dos itens que as compõem: educação e saúde, gastos com lazer, moradia e transporte e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha).

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma variação de 1,52% em agosto, passando a custar R$275,34. Em julho, esse valor foi de R$271,20.

Professor pode ter de fazer residência

O Estado de São Paulo, 28/08/07

Renata Cafardo e Simone Iwasso

Projeto, avaliado pela Comissão de Educação do Senado, prevê que educadores trabalhem para obter diploma

Um projeto de lei que tramita na comissão de Educação do Senado cria uma residência para professores, nos moldes da residência médica. Seriam 800 horas de prática em sala de aula após a formatura, que se tornariam obrigatórias para a futura atuação dos profissionais nas redes pública e privada do País. A intenção é melhorar a qualidade da formação do professor, principalmente do ensino infantil e dos anos iniciais da educação fundamental.

O projeto prevê pagamento de uma bolsa para os formandos durante o período de residência. Segundo o senador Marco Maciel (DEM-PE), autor do projeto, essa verba deveria vir do governo federal. Não há previsão de quanto seria pago ao professor residente. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), há cerca de 90 mil alunos em cursos de Educação no País, que incluem Pedagogia e Normal Superior, entre outros.

A residência só seria obrigatória, inicialmente, para os professores que fossem trabalhar no ensino infantil e no início do ensino fundamental, ou seja, no período de alfabetização. Educadores são unânimes em dizer que crianças com defasagens nessa etapa têm prejuízos durante todos os anos da vida escolar. Neste ano, os resultados dos exames nacionais mostraram que o desempenho de alunos em todos os níveis tem piorado no País.

O projeto recebeu parecer favorável, na comissão de Educação, do relator, o senador Mão Santa (PMDB-PI), e deve entrar em votação nos próximos dias. Se for aprovado, será encaminhado à Câmara dos Deputados. Ele modificaria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996.

Para a diretora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Sônia Penin, a formação inicial completa do professor deve ser dada na graduação. “O curso de Pedagogia já prevê muitas horas de estágio. O que está claro hoje é que as instituições precisam repensar esses estágios para não fazê-los de forma solta, mas atrelados a realidades de uma escola”, afirma. De acordo com ela, o restante seria a formação continuada, que deve ser feita durante toda a carreira do profissional. “800 horas a mais não serão suficientes para enfrentar os desafios da educação que temos pela frente.”

A carga horária, caso o professor trabalhasse 6 horas por dia, durante 20 dias por mês, equivaleria a cerca de 7 meses de residência. “Temos que exigir a mesma qualidade de formação do professor que exigimos de um médico”, diz o especialista da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Artur Costa Neto, que elogiou o projeto. “Hoje, os professores são jogados nas salas de aula sem nenhuma experiência.”

Segundo o educador, muitos dos estágios previstos por lei são feitos sem qualquer supervisão na escola ou mesmo da universidade em que o aluno estuda. São exigidas 300 horas de estágio para a formação do professor. Costa Neto, no entanto, diz que a residência também só funcionará se for acompanhada de supervisão e reflexão na universidade.

HISTÓRIA

Até a aprovação da LDB, nos anos 90, não era exigido no País o curso de ensino superior para professores de todos os níveis. Quem atuava em salas de aula do ensino infantil ou de 1ª a 4ª série precisava apenas da formação do antigo Magistério, que equivalia ao ensino médio. A lei, no entanto, determinou que até 2007 todos os professores brasileiros tivessem diploma de ensino superior.

“Se você passa por uma experiência supervisionada antes, discute e leva os problemas que aparecem para os seus professores, sabe ao menos por onde começar”, diz Elisa de Mello Kerr Azevedo, de 43 anos, que está no quarto ano de Pedagogia da Universidade São Judas. Ela faz um estágio supervisionado em um centro educacional mantido pela instituição, em que recebe bolsa de estudos. “Se for uma proposta nesses moldes, acho válido”, afirma, sobre o projeto de lei.

Universidade Federal de Lavras