Capes financia rede de pesquisa nas engenharias

Portal Capes, 08/11/07

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) está com inscrições abertas, até 21 de dezembro, para grupos de pesquisa das engenharias. O edital faz parte do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Engenharias (Pró-Engenharias).

O objetivo do edital é fomentar redes de pesquisas e formação de novos mestres e doutores na área. Podem concorrer programas de pós-graduação stricto sensu com prioridade para os projetos que tratem de engenharia sustentável, otimização de uso de energia e energias renováveis, processos biotecnológicos e biomecânica, desenvolvimento de materiais, microsistemas e nanosistemas, gestão de operações e manufatura, automação e controle, processamento e tecnologia da informação, além de biocombustíveis.

Os projetos selecionados receberão anualmente R$ 120 mil, em quatro anos. E terão um ano a mais para executar as atividades. Cada projeto poderá investir em bolsas de estudos no país. Para mestrado, a duração máxima é de 24 meses e para doutorado o prazo é de 48 meses. Os recursos poderão ser usados em passagens aéreas para missões de estudos (estudantes) e missões de trabalho (pesquisadores e professores) no país, além de diárias. Os projetos aprovados começam as atividades no primeiro semestre de 2008.

Os interessados devem encaminhar projetos para a Coordenação de Programas Especiais da Capes. Leia outras informações no edital. (Adriane Cunha)

Ministro Luiz Dulci visita a Ufla

O ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República confirmou presença no evento “Diálogo de Concertação para Revitalização do Lago de Furnas”, que acontece na sexta-feira (9/11).

O evento promovido pela Universidade Federal de Lavras, Fórum das Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão para Revitalização do Lago de Furnas, Associação dos Municípios do Lago de Furnas, contará com a presença de prefeitos da região, deputados e dirigentes de diversas instituições e entidades.

Na programação pronunciamentos sobre a “Síntese dos Projetos Desenvolvidos na Região do Lago de Furnas”, pelo presidente do FÓRUM-Lago, professor Fábio Moreira da Silva; “Síntese dos Planos Diretores Participativos dos 50 municípios da região”, pelo presidente da Alago, prefeito Pompílio de Lourdes Canavez. Em seguida, a assinatura de novos convênios e apresentação e encaminhamento de novos projetos para o desenvolvimento sustentável do entorno do Lago de Furnas. Finalizando com o pronunciamento do secretário Executivo José Henrique Paim Fernandes (MEC) e demais autoridades.

Pela manhã acontece o Seminário Técnico-administrativo e de Saneamento, no Anfiteatro do Departamento de Ciência da Computação – prédio novo – com as palestras “Cenário do Diagnóstico de Saneamento dos municípios do entorno do Lago de Furnas”, pelo engenheiro Adauto Santos, do Ministério das Cidades e “Modelos de Consórcios Intermunicipais” pelo consultor João Batista Peixoto. A partir das 14 horas, o evento será transferido para o Espaço Santa Felicidade (Rua Altamiro Pinto, 131 – Lavras-MG).

MEC e Ministério das Cidades recebem propostas para projetos de extensão universitária das IFES

As Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) podem apresentar, até 21 de novembro, propostas de desenvolvimento de projetos no âmbito da extensão universitária, de acordo com o estabelecido no Edital PROEXT, publicado pelo MEC e Ministério das Cidades.

Os projetos deverão concentrar-se em ações de extensão, de forma a dotar quadros das administrações municipais da capacidade para lidar com sistemas de informações geográficas e insumos digitais empregando o ferramental de software oferecido pelo Ministério das Cidades (GeoSNIC/Terraview/Edit – Sistema Nacional de Informações das Cidades).

Os projetos devem incorporar, além das ferramentas e funcionalidades do Sistema GeoSNIC, conteúdos relacionados aos fundamentos de geoprocessamento e geociências, com os conceitos básicos de cartografia, sistema de projeção, datum, escalas, feições cartográficas, imagens de satélite, sistemas de informações geográficas (SIG’s), tipos de armazenamento e demais conceitos correlatos. A aplicabilidade dos projetos a serem apresentados deve ser pautada em matérias afetas às rotinas de gestão e planejamento territorial nos temas relacionados à Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (Habitação, Saneamento, Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana), no âmbito de interesse dos municípios participantes.

As propostas devem contemplar a participação em atividades de extensão de, pelo menos, dois técnicos do quadro permanente da administração do Poder Executivo municipal, em no mínimo quarenta municípios, sem cobertura territorial coincidente. As instituições proponentes poderão habilitar-se para a realização de projetos com financiamento de até R$ 50.000,00.

Mais informações podem ser obtidas no Edital.

Esclarecimentos e informações adicionais poderão ser obtidas contatando-se a Gerência de Capacitação, pelo telefone (61) 2108-1574 ou correio eletrônico no endereço:
proext-cidades@cidades.gov.br

(Fontes: UFPB, MEC e Ministério das Cidades)

Computador nas escolas só dá resultado com internet, diz estudo

O Estado de São Paulo, 07/11/07

Lisandra Paraguassú

Acesso à rede garantiu 5,6 pontos a mais a alunos na prova de matemática do Saeb, avaliação oficial do governo

Escolas que usam computadores sem conexão à internet não ganham em desempenho, chegando a baixar suas médias em avaliações oficiais. O que melhora o aprendizado é o acesso à web. Levantamento realizado por Roberta Bioi e Fabiana de Felício, técnicas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC), com base em dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), concluiu que ter computadores conectados à rede eleva em 5,6 pontos o resultado dos alunos.

Já simplesmente manter laboratórios de informática influencia negativamente os resultados, chegando a diminuir a média das escolas. “(Há) relação negativa entre a existência de laboratório de informática na escola e o desempenho escolar médio em matemática”, indica a pesquisa. O problema é que, embora o governo federal tenha programado a implantação de laboratórios de informática em todas as escolas públicas do País até 2010, nem todos estarão ligados à rede mundial.

O estudo do Inep foi feito levando-se em conta turmas de 4ª série do ensino fundamental que fizeram as provas de matemática. Foram consideradas apenas as escolas que participaram do Saeb nas provas de 1999, 2001 e 2003. O Saeb faz, a cada dois anos, avaliações de português e matemática da 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Desde 2005, o MEC aplica a prova a todos os alunos das três séries de todas as escolas do País.

Os resultados da pesquisa do Inep estão sendo usados pela Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC para defender o programa de informática do governo federal nas escolas. “Laboratórios conectados à rede, professores capacitados e conteúdo educacional para ser usado como material pedagógico, isso muda a sala de aula”, afirma o secretário de Ensino a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky.

Ainda assim, ele discorda da relação entre o uso de laboratórios sem acesso à internet e queda no desempenho. Para o secretário, a diferença não é significativa, apesar de haver uma queda de cinco pontos no rendimento. “É muito pouca diferença. Tenho certeza que os laboratórios ajudam. É preciso alfabetizar os alunos na informática”, defendeu.

Entre 2005 e 2006, o MEC comprou equipamentos para mais 10,6 mil escolas, todas de ensino médio e nas zonas urbanas. No total, hoje, o governo atende 40% dos alunos das escolas públicas – a prioridade foi dada para as escolas maiores, que têm mais estudantes. A partir deste ano, entraram no programa também as escolas rurais e de 5ª a 8ª série. Já foram comprados equipamentos para 20 mil escolas, que serão instalados até a metade de 2008. Até o final de 2009, o número deverá chegar a 500 mil novos computadores, de acordo com o secretário – o suficiente para equipar cerca de 50 mil escolas.

A conexão com a rede, porém, o mais importante segundo a pesquisa, é mais difícil. Hoje, 43% dos municípios só têm conexão com a internet através de linha discada, e muitas apenas com conexão interurbana.

Cerca de mil municípios não teriam internet nem mesmo através de linha discada. O governo estuda uma forma de fazer esse investimento, usando fibra ótica e redes sem fio e de rádio, mas o custo é alto. “É uma tarefa difícil”, reconhece Bielschowsky. “Mas é uma tarefa que o próprio presidente chamou para si.” No discurso de posse do 2º mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a informatização das escolas públicas como uma de suas prioridades.

Uma das idéias é usar os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), um imposto de 2% sobre o valor das contas de telefone, tirado da receita das empresas de telefonia para ser usado na informatização das escolas. Até o ano passado, o Fust tinha mais de R$ 3 bilhões parados porque os governos – tanto o atual como o passado – não conseguiram chegar a uma conclusão sobre qual seria a melhor forma de usá-lo. A receita anual do Fust está hoje, de acordo com o governo, em R$ 600 milhões.

O problema é que a lei que criou o Fust prevê apenas o investimento para levar internet com linha discada às escolas. O ministro da Educação, Fernando Haddad, quer agora mudar a legislação para incluir a internet por banda larga. Mas a discussão avançou pouco.

Para estudo, inclusão social não piora ensino

Folha de São Paulo, 07/11/07

Antônio Gois

Pesquisa contraria tese de que maior ingresso de crianças pobres na escola teria puxado nível para baixo

Desde que o Ministério da Educação começou a avaliar a qualidade do ensino por meio do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), o discurso padrão de ministros, secretários e até de pesquisadores para explicar a queda no desempenho médio dos estudantes nos últimos dez anos é o de que a inclusão de crianças mais pobres nas escolas foi a principal causa dessa piora.

Um estudo divulgado ontem no seminário ‘População, Pobreza e Desigualdade’, da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, no entanto, vai contra essa corrente.

Ao analisar a distribuição das notas nas turmas de 4ª e 8ª série, os demógrafos Clarissa Rodrigues e Eduardo Rios-Neto, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, concluem que a redução generalizada da pontuação dos estudantes no Saeb foi o principal fator que levou a queda do desempenho.

A discussão sobre o impacto da inclusão dos alunos mais pobres no ensino fundamental ocorre desde 2000, quando os resultados do Saeb aplicados aos alunos em 1999 mostrou com clareza que havia uma tendência de queda na qualidade.

A queda coincidiu com o aumento da proporção de crianças de 7 anos a 14 anos estudando. Em 1995, 10% estavam fora da escola. Quatro anos depois, o percentual caiu para 4,3% e, em 2005, chegou a 2,6%.

O argumento em defesa da tese de que foi essa expansão a principal causa da piora baseia-se no fato, praticamente consensual entre pesquisadores em educação, de que o nível socioeconômico dos estudantes é o fator que, isoladamente, mais explica seu desempenho.

Em outras palavras, crianças de famílias mais pobres tendem a ter notas piores do que seus colegas de classe cujos pais são mais escolarizados ou de maior renda. Como os alunos que estavam fora do sistema até 1995 vinham, principalmente, das classes mais pobres, logo, seria lógica a explicação de que eles puxaram a média para baixo.

‘A gente já sabia que as médias estavam caindo ao mesmo tempo em que houve a expansão do sistema de ensino, mas, nossa conclusão ao analisar a distribuição relativa das notas, foi de que a queda foi generalizada, tanto entre os piores quanto entre os melhores alunos’, diz Clarissa.

Rios-Neto afirma que se surpreendeu com o resultado: ‘Para mim, faz todo o sentido pensar na hipótese de que pessoas antes excluídas puxem a média para baixo’.

De acordo com o pesquisador, um dos fatores que podem explicar a queda na qualidade é o fato de o sistema não ter se adaptado para receber novos estudantes e, com isso, prejudicado a média de todos os alunos, inclusive a dos que já estavam na escola.

Órgão do MEC diz que pesquisa é boa contribuição

Para o presidente do Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC), Reynaldo Fernandes, o estudo do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG é uma boa contribuição para a discussão das causas que levaram à queda da qualidade da educação.

Ele diz, no entanto, que outros estudos haviam chegado a conclusões distintas, ou seja, afirmaram que a inclusão foi, sim, um fator importante para explicar a piora das médias.
‘Em quase todos os países que expandiram rapidamente o sistema educacional, foi verificada uma queda nas notas. O desafio é explicar por que isso acontece. Uma hipótese é que as redes não se prepararam para receber o aluno. Outra, não excludente, é que o background familiar dos que estavam fora do sistema era pior do que o dos que já estudavam, o que acaba influenciando a média.’

O próprio Fernandes já havia feito, antes de entrar para o Inep, um estudo em que concluía que o efeito da inclusão foi importante. Ele diz, porém, que pesquisar a partir do Saeb as razões que levaram à queda da qualidade não é um procedimento simples, o que dá margem a várias interpretações.

1º Fórum sobre as Instituições Federais de Ensino Superior

Portal TCU, 06/11/07

O Tribunal de Contas da União (TCU) promove, com o apoio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC) o 1º Fórum sobre as Instituições Federais de Ensino Superior.

O Fórum tem como objetivo discutir problemas administrativos e institucionais, bem como alinhar entendimentos e buscar soluções para os principais problemas vivenciados por essas instituições de ensino.

O evento será realizado nos dias 27 e 28 de novembro, no auditório do TCU, e para ele estão sendo convidados representantes das instituições federais de ensino superior, da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministério da Saúde, Educação, Planejamento e Ciência e Tecnologia, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das comissões ligadas à educação, à saúde e ao orçamento do Congresso Nacional, do Ministério Público da União, da Advocacia-Geral da União, dos Tribunais de Contas dos Estados e Municípios, da Controladoria-Geral da União, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Secretaria de Relações Institucionais (SPAI/Presidência da República), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Conselho Nacional de Educação e da Câmara de Educação Superior (MEC).

Não será concedido certificado de participação.

Inscrições no site do TCU a partir de 09.11.2007.

Só piso salarial não é suficiente para valorização dos profissionais da educação, diz Haddad

Agência Brasil, 06/11/07

Deborah Souza

Brasília – A valorização profissional dos trabalhadores em educação é o ponto principal do debate sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) que acontece hoje (6) e amanhã (7), em Brasília, com o Ministério da Educação (MEC) e representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

De acordo com o MEC, mais de 50% dos professores da educação básica trabalham 40 horas semanais para ganhar menos de R$ 800 por mês. Em outubro, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovou um projeto de lei que aumentava o salário dos professores com formação em nível médio para R$ 950. Segundo, a CNTE, “apesar de não ser o crescimento ideal”, com a proposta ficaria mais fácil chegar ao piso de R$ 1.050.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, além do piso, é preciso aprovar diretrizes de carreira e criar um sistema público de formação do magistério. “O piso não é suficiente, é uma parte do que nós precisamos fazer para valorizar o magistério.”

Os profissionais da educação reivindicam também um plano de carreira, que está em tramitação no Congresso Nacional. Segundo Haddad, o projeto de lei ainda não evoluiu poque o Congresso deu prioridade ao debate sobre o piso.

Haddad acredita que a valorização dos profissionais da educação ajuda a melhorar a qualidade na educação básica brasileira, além dos demais programas que compõem o PDE, como alfabetização de jovens e adultos e educação profissional.

Para Haddad, o PDE se resume em uma frase, “transformar a educação em um valor central”.

Transformar em Faculdade ou Instituto: Essa é a nossa opinião

No mundo animal e vegetal, plantas e animais nascem pequenos, crescem e desenvolvem gerando grandes árvores e animais fortes. As árvores, além de troncos e ramos, geram belas flores e frutos no sentido de perpetuar as espécies. No reino animal não é muito diferente, cruzamentos entre elementos da mesma espécie acontecem no sentido de procriar.

Algumas semelhanças ao mudo animal e vegetal podem ser encontradas no mundo organizacional. Muitas organizações nascem pequenas, crescem, desenvolvem geram filiais ou até mesmo se multiplicam em novos empreendimentos. Para que isso aconteça, proprietários e dirigentes dessas organizações se esforçam no sentido de criarem condições para crescimento, manutenção ou mesmo sobrevivência das mesmas no mundo dos negócios. Aquelas que conseguem sobressair sobre as demais são consideradas fortes ou até mesmo eleitas como exemplo de organizações competitivas. Por outro lado, muitas que não conseguem sobreviver no mundo competitivo dos negócios fecham as portas.

Ao analisar o Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras – Ufla pode-se dizer que este é um ótimo exemplo de organização que nasceu de uma boa semente (idéia) plantada ha mais de trinta anos. Após ter sua semente plantada em meandros de 1964, somente em 1975 é que nasceu a organização DAE, pequena, mas enraizada em solo fértil e bem cuidada por seus idealizadores.
Após trinta e dois anos de dedicação e trabalho de seus idealizadores, o DAE se transformou em uma organização madura, preparada para gerar novos ramos que possibilitará produzir muitos frutos. Com mais de trinta professores, dos quais 28 são portadores de título de doutor, o Departamento já oferece cursos de graduação e pós-graduação em administração nas modalidades presencial e à distância. A demanda por novos cursos e mesmo por parcerias e convênios têm crescido a cada dia. Oportunidades estão surgindo de todos os lados e em todo momento. Como aproveitar dessa situação? Na opinião da atual administração, a saída é a sua reestruturação transformando-o em uma faculdade ou instituto.

Outro aspecto que reforça essa opinião é o fato de os mercados cada vez mais globalizados e competitivos, por exemplo, estarem exigindo profissionais dotados de um senso crítico/criativo em relação aos problemas do setor onde desenvolverão suas atividades, considerando-o como um todo, seja nos aspectos técnicos, humanos, sociais ou políticos. O profissional deve estar suficientemente preparado e capacitado para discernir o grau de importância do desenvolvimento do setor onde trabalha, tanto na economia nacional como internacional, bem como nos seus inter-relacionamentos com outros setores da economia.

Acontece que muitos sistemas educacionais construídos para a formação de intelectuais se tornaram insatisfatórios para um ambiente cuja característica marcante é a mudança. O resultado é formação de indivíduos pouco adaptáveis às mudanças constantes, resultando na rejeição de seus produtos pela sociedade.

A nova educação universitária deve ser baseada em um currículo flexível, organizado em torno de mudanças de interesses e necessidades dos estudantes, oferecendo oportunidades de entrada e saída em diferentes momentos com menos ênfase em certificados como pré-requisitos para participação nas atividades.

Precisamos de um processo educacional continuado e permanente, uma vez que a educação formal não é suficiente para que o indivíduo possa viver o resto de sua vida. Grande parte da educação acontece fora do horário escolar, em local e hora da própria escolha do indivíduo. Além disso, o processo educacional deve ser capaz de desenvolver indivíduos com capacidade de continuar sua própria educação. O currículo deve promover oportunidade para que ele aprenda, principalmente, a ler, ouvir, observar, expressar-se e adquirir técnicas de obter informações.

Nesta nova visão do processo educativo, é necessário redefinir o papel do aluno, do professor e das universidades; rever as formas de avaliação, bem como refletir sobre o papel do educador e da educação. Implica, também, em uma revisão profunda nas estruturas e, principalmente, no modelo de gestão das universidades. É preciso ligar a educação à vida, associa-la a objetivos concretos, estabelecer uma correlação estreita com a sociedade e a economia, e, finalmente, criar e redescobrir uma educação em estreita simbiose com o ambiente.

A atual administração do Departamento de Administração e Economia já vêm promovendo algumas mudanças significativas. No nível de graduação, além do curso de bacharelado em administração, modalidade presencial, foi introduzido o curso de bacharelado em administração modalidade à distância. Essa nova linha de ação representa uma inovação no contexto da Ufla e a coloca no rol das universidades modernas.

No nível de pós-graduação Lato Sensu promoveu-se, a partir de 2004, uma reestruturação nos cursos oferecidos pelo departamento adequando-os aos novos ambientes de negócio. Atualmente o Departamento não só oferece treinamento como também promove a gestão de conhecimento por meio da oferta de mais de uma dúzia de cursos dentro de uma metodologia ultra moderna que é o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Com relação à pós-graduação stritu senso, o departamento vem esforçando para adequar os seus programas de mestrado e doutorado, consolidados e reconhecidos nacionalmente, às novas exigências dos órgão de fomento. A qualidade dos programas de pós-graduação deu ao departamento uma excelente visibilidade junto aos órgãos de fomento e de pesquisa. Contamos com apoio técnico e financeiro de órgãos como CNPq, Capes, Fapemig, entre outros. Vários professores têm acento em colegiados, conselhos, bancas e até mesmo na direção de órgão de fomento. Diversos conhecimentos e práticas na área de administração têm sido publicados em periódicos, livros, revistas e jornais na forma de artigos, opinião e capítulos. Mais recentemente nosso periódico foi elevado à categoria A nacional pela classificação Qualis.

Ainda relacionado a pós-graduação, o Departamento tem oferecido, em parcerias com outras universidades, cursos na modalidade MBA. Atualmente está sendo oferecido o MBA em Desenvolvimento Regional Sustentado, para funcionários do Banco do Brasil e outros cursos estão sendo negociados com empresas públicas e privados.

Visando fortalecer os cursos de graduação e pós-graduação, o departamento vem firmando diversos convênios com parceiros nacionais e internacionais para intercâmbios e prestação de serviços. Entre os parceiros do departamento estão o Banco do Brasil, universidades, secretarias de estado, empresas públicas e provadas. A cada dia novos convênios têm sido solicitados frente às competências desenvolvidas no departamento.

As mudanças realizadas, bem como, a incorporação de novas atividades requererem alterações na estruturas físicas e de pessoal. Em termos de estrutura física, vários equipamentos foram adquiridos e benfeitorias foram reformadas. No âmbito dos recursos humanos, além de contratações de profissionais treinados em universidades nacionais e internacionais, foi estimulado o treinamento dos docentes já existentes nos níveis de doutorado. Com relação a servidores técnicos administrativo, apesar das limitações financeiras e institucional, vários esforços tem sido dedicado no intuito de montar equipes competentes. A prestação de um serviço de qualidade aos clientes internos e externos tem sido o alvo da atual administração. Para isso ações têm sido evidenciadas no sentido de buscar a profissionalização de toda a equipe.

A ampliação das ações do departamento, também, passou a exigir do departamento uma estrutura organizacional mais alinhada aos seus propósitos. A grande amplitude administrativa da estrutura atual dificulta o aproveitamento das potencialidades do corpo de professores e técnicos administrativo, bem como, da estrutura física existente. Dessa forma, um novo arranjo organizacional deve ser buscado urgente visando aproveitar as potencialidades bem como ás oportunidades existentes no mercado.
Acreditamos que uma estrutura na forma de faculdade ou instituto daria maior flexibilidade e agilidade no desenvolvimento de suas ações, bem como, potencializa seu crescimento nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nossa sugestão é de que a nova estrutura seja de um instituto ou faculdade composta por quatro áreas básicas de conhecimento (administração, economia, sociologia, e contabilidade). Os professores seriam credenciados na área do conhecimento de acordo com a formação/especialização e cada a área teria um professor coordenador. Os assuntos ligados à área do conhecimento seriam discutidos/aprovados em assembléias constituídas pelos professores a ela credenciados e os assuntos ligados ao instituto/faculdade seriam discutidos/aprovados em assembléias constituídas pelos coordenadores de área e o coordenador/diretor administrativo cuja responsabilidade seria a de zelar pelos assuntos operacionais e gerenciais da organização. A estrutura ora apresentada permitirá, futuramente, a incorporação de outras áreas do conhecimento como educação física, educação, direito, comunicação e sistema de informação. Transformando em um horizonte bem próximo no Instituto ou Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Precisamos pensar nisso urgentemente.

Antônio Carlos dos Santos
Engenheiro Agrônomo, mestre e doutor em administração e chefe do Departamento de Economia e Administração da Universidade Federal de Lavras.
E-mail: acsantos@ufla.br

Ricardo Souza Sette
Engenheiro Agrônomo, mestre e doutor em administração e Sub-chefe do Departamento de Economia e Administração da Universidade Federal de Lavras.

Fapemig aprova projetos de biocombustíveis da Ufla

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig, ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, que é a coordenadora do programa mineiro de desenvolvimento tecnológico e produção de biocombustíveis, aprovou dois projetos de pesquisa da Ufla visando a estruturação de um pólo de excelência setorial na área de biocombustíveis.

Os projetos aprovados foram: “Obtenção de Cultivares Melhoradas de Batata-Doce Apropriadas a Produção de Etanol Combustível”, no valor de R$136.678,00 na área de álcool combustível e o projeto “Estruturação da Produção de Plantas Oleaginosas para a Produção de Biodiesel em Minas Gerais” no valor de R$555.613,00, na área de biodiesel.

Os projetos serão desenvolvidos com as culturas da batata-doce, algodão, mamona, girassol e nabo forrageiro em diferentes regiões do Estado de Minas Gerais, e envolverão profissionais dos departamentos de Agricultura, Ciência da Computação, Química, Engenharia e Zootecnia. Dentre as ações estratégicas que serão desenvolvidas destaca-se a capacitação e treinamento de pessoal, visando a formação especializada de mão-de-obra na cadeia produtiva do biodiesel, incluindo as áreas de produção vegetal, extração e purificação de óleos, produção e uso do biodiesel e seus co-produtos.

A Universidade Federal de Lavras tem focado dentro de sua política de pesquisa, ações priorizando demandas regionais, estaduais e nacionais, buscando gerar conhecimento e tecnologia, e disseminá-los em padrões elevados de qualidade, atendendo as demandas sócio-econômicas e ambientais.

A produção de energia renovável é uma das grandes prioridades mundiais, e a agricultura é a alternativa mais viável do ponto de vista econômico, social e ambiental, para geração de energia renovável. Dentre os grandes desafios agrícolas está o desenvolvimento de tecnologias de produção mais eficientes, definições de plantas e cultivares com potencial de produção de biocombustível e a formação e capacitação de pessoal na cadeia produtiva dos biocombustíveis.

Estudantes da Ufla participam da Copa Internacional de Mountain Bike

Nos últimos dias 20 e 21 de outubro em Congonhas MG, aconteceu a Copa Internacional Sundown de Mountain Bike e a Copa Centauro de Amadores. Dois alunos da Ufla participaram do evento, concorrendo com os demais participantes.

Vinícius Augusto Morais, estudante do curso de Engenharia Florestal, recebeu o apoio da Ufla, R2 Turismo e Formaturas, Prefeitura Municipal de Lavras e You Bikes. Lucca Cunha Cerri, teve o apoio da Prefeitura Municipal de Lavras e da You Bikes.

De acordo com o estudante Vinícius Morais, cerca de 1080 atletas de diversas regiões do mundo concorreram a Copa Internacional de Mountain Bike.

Universidade Federal de Lavras