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Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia – Professor Emérito da UFLA está entre os agraciados

Professor Oswaldo Siqueira recebe a premiação das mãos do presidente do CNPq, professor Mário Neto - Foto: Herivelto Batista - Assessoria de Comunicação Social do MCTIC
Professor Oswaldo Siqueira recebe a premiação das mãos do presidente do CNPq, professor Mário Neto – Foto: Herivelto Batista – Assessoria de Comunicação Social do MCTIC

O projeto de pesquisa desenvolvido na Universidade Federal de Lavras (UFLA) em parceria com o Instituto Tecnológico Vale, com o apoio da Vale, intitulado: “Desenvolvimento de um Produto para Uso agrícola, a partir da Reciclagem de um Rejeito da Indústria de Fosfatos” foi agraciado com a menção honrosa na categoria Pesquisador Sênior do Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia – edição 2015.

Os trabalhos envolvendo pesquisadores do Brasil, Argentina e Colômbia foram agraciados nessa quinta-feira (1º/12), no Ministério da Ciência, tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), em Brasília.

Foram premiados dois trabalhos – vencedor e menção honrosa – de cada categoria: Iniciação Científica, Estudante Universitário, Jovem Pesquisador, Pesquisador Sênior e Integração. Veja aqui a lista completa dos premiados. O tema desta 12ª edição foi “Inovação e Empreendedorismo” e recebeu um recorde de inscrições, com 399 projetos, mais que o dobro das edições anteriores.

O Prêmio é uma parceria da Unesco e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e executado pelo CNPq, com apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC). Voltado para pesquisadores dos países membros do Mercosul, a iniciativa busca potencializar a disseminar o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação na região, além de promover a integração e cooperação entre estudantes e pesquisadores.

Presente na cerimônia de premiação, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges destacou o tema como estratégico. “Empreendedorismo e inovação é o que estamos precisando no Brasil e na América Latina. Somos grandes produtores de conhecimento, mas ainda falta a capacidade de inovar. O Brasil só será grande no sentido mais amplo, quando tivermos desenvolvimento completo, incluindo científico e tecnológico, para a melhor distribuição do conhecimento”, completou Mario Neto.

Pesquisa Destaque

Fluorita com Óxido de Silício (AgroSiCa), derivado da Fabricação de Fertilizantes Fosfatados
Fluorita com Óxido de Silício (AgroSiCa), derivado da Fabricação de Fertilizantes Fosfatados

A menção honrosa foi atribuída ao pesquisador José Oswaldo Siqueira, atualmente diretor científico do Instituto Tecnológico Vale, professor emérito da UFLA/Departamento de Ciência do Solo – DCS, na categoria Pesquisador Sênior. Oficialmente, o prêmio é estendido à toda a equipe de pesquisa, composta pelos pesquisadores Sérgio Leite Rodrigues (Vale Fertilizantes), Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Lucas Alberth Ribeiro do Valle (DCS/UFLA), Silvio Junio Ramos (Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável), Enio de Tarso de Souza Costa e Hamilton Seron Pereira (Universidade Federal de Uberlândia – UFU).

“Foi um privilégio ter sido coordenador deste projeto e contar com a efetiva participação dos colegas, e mais, ainda ter sido indicado para ser o portador do grupo no processo seletivo do Prêmio”, ressaltou o professor José Oswaldo.

O projeto trata de um dos desafios ambientais das indústrias de fertilizantes, que é a destinação do ácido flurossilícico (H2SiF6) que é gerado nas acidulações das rochas fosfatadas. Parte deste ácido é reaproveitado no tratamento de água, mas ainda há uma grande quantidade que é depositada em lagoas de tratamento, onde é neutralizado com calcário. O problema é a quantidade crescente de ácido gerado nas indústrias de fosfato onde as lagoas de tratamento ocupam enorme área dos complexos industriais.  Além disso, o tratamento do H2SiF6 apresenta custo elevado, por conta do consumo de calcário, energia elétrica, movimentação de máquinas e manutenção dos pátios e lagoas.

Para solucionar esta questão, o projeto agraciado com o prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia propõe a neutralização do ácido fluorossilícico com óxido de cálcio, a fim de se obter um produto denominado AgroSiCa, que possui grande potencial de uso agrícola. Com isso, os pesquisadores pretendem diminuir a quantidade de H2SiFque chega nas lagoas de decantação, dando um destino sustentável e inovador para este ácido.

O trabalho faz parte do projeto: “Desenvolvimento e Avaliação do Potencial de Uso Agrícola da Fluorita com Óxido de Silício (AgroSiCa), derivado da Fabricação de Fertilizantes Fosfatados” que já rendeu aos pesquisadores duas patentes concedidas nos Estados Unidos (EUA), além do artigo: “Beneficial use of a by-product from the phosphate fertilizer industry in tropical soils: effects on soil properties and maize and soybean growth” publicado no periódico Journal of Cleaner Production (Fator de impacto: 4.959).

Visualização do efeito de AgroSica no crescimento de milho e soja
Visualização do efeito de AgroSica no crescimento de milho e soja

Nos experimentos em casa de vegetação com o AgroSiCa, os pesquisadores relatam  reflexos positivos para o solo e para o crescimento do milho e soja com aplicação do produto. Isso se deve ao incremento nos teores de cálcio, silício e de fósforo disponível para as plantas, além da redução dos teores tóxicos de alumínio do solo. Em outro teste preliminar, o uso do AgroSiCa promoveu ganho de produtividade da cana-de-açúcar em mais de 27 t ha‑1 e incremento de receita na lavoura de R$1.375,00 por hectare. Esses estudos estão sendo validados em outras culturas.

A produção comercial do AgroSiCa já se encontra em avaliação pela área de Negócio da Vale Fertilizantes, pois há interesse do setor sucroalcooleiro na aquisição e uso desse insumo nos canaviais. Os resultados obtidos com o projeto até o momento são promissores, pois, os estudos de valoração realizado pela Vale evidenciou a possiblidade de redução de custo no tratamento do ácido, assim como a viabilidade de comercialização do AgroSiCa e geração de receita, promovendo assim a sustentabilidade da indústria de fosfato com o reaproveitamento de um dos seus subprodutos.

O Prêmio
Instituído em 1998 pela Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia do MERCOSUL (RECyT) com a denominação Prêmio Mercosul para Jovens Pesquisadores,  passou a ser denominado Prêmio Mercosul para Ciência e Tecnologia a partir da edição de 2004. A cada edição é indicado um tema importante para o desenvolvimento científico e tecnológico que atenda às políticas públicas governamentais e que seja de relevância para os países membros e associados ao Mercosul.

Com informações da Comunicação Social do CNPq

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

 

Mais uma oportunidade para fazer o teste Toefl em 2016 – gratuito na UFLA

isfEm virtude da demanda, o Núcleo de Línguas (NucLi) comunica que abrirá a última oportunidade para a realização do teste de proficiência em língua inglesa Toefl-ITP, às 9 horas, do dia 11 de dezembro (domingo), na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Os interessados devem se inscrever até às 23h59 do dia 7/12, exclusivamente no site http://isfaluno.mec.gov.br (opção testes de proficiência). Estudantes de graduação e pós-graduação, assim como professores e técnicos administrativos, podem se inscrever. O teste não tem nenhum custo para o candidato.

Nesta edição serão aplicados dois modelos de teste, em  salas diferentes.

A aplicação do teste ocorre no Pavilhão de Aulas 4, com início as 9 horas.

Para fazer o Toefl-ITP não é necessário possuir um nivelamento mínimo em Inglês, já que se trata apenas de um indicador do nível de proficiência do inscrito. Assim, não há reprovação no exame.

O comprovante de realização do exame Toefl-ITP tem sido exigido, desde agosto de 2015, em editais publicados pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) para seleção de estudantes que se candidatam a bolsas de diferentes programas (Pibic-UFLA; Jovens Talentos; Pibic-Fapemig; Pibic-CNPq; Pivic-UFLA e Pibiti-CNPq). A exigência vigora tanto para novos candidatos quanto para aqueles que pretendem a renovação de bolsas.

Para participar dos cursos presenciais oferecidos pelo Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF), o comprovante do Toefl-ITP também é pré-requisito. O resultado do teste é necessário para quem pretende iniciar atividades no curso My English Online (MEO), ou mesmo para aqueles que já iniciaram o curso e tiveram acesso bloqueado. Os resultados podem ser usados, ainda, para a inscrição em programas de intercâmbio como o Ciências sem Fronteiras, e outros que permitam a experiência de estudos em países de língua inglesa.

As aplicações do exame fazem parte do ISF – Inglês e são coordenadas na UFLA pelo NucLi.

Informações pelo telefone 3829-3127, pelo e-mail nucli@dri.ufla.br e pelo endereço Inglês sem Fronteiras – Isf UFLA no Facebook.

 

Falta de polinizadores coloca a economia do Brasil em risco, indica estudo com participação da UFLA

Cássio Nunes e Rodrigo Braga, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da UFLA, coautores do artigo que trata da crise do serviço ecossistêmico de polinizadores no Brasil
Cássio Nunes e Rodrigo Braga, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da UFLA, coautores do artigo que trata da crise do serviço ecossistêmico de polinizadores no Brasil

“Podemos salvar a produção de alimentos, se nos preocuparmos com a preservação dos polinizadores”. Essa é a mensagem principal de um estudo que acaba de ser publicado na revista científica Plos One, referência nas áreas de Ciência e Medicina. O artigo, disponível em versão aberta e online, tem como autores pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidad Nacional Autónoma de México e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

Cássio Alencar Nunes, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da UFLA e Rodrigo Braga, em pós-doutoramento no Departamento de Biologia (DBI/UFLA), coautores do artigo, fazem o alerta: a possível crise de polinizadores no Brasil pode trazer efeitos significativos sobre a produção agrícola do País e um prejuízo significativo para a economia.

Ele explica que em alguns locais do mundo como, por exemplo, na Europa e nos EUA, existe uma crise biológica de insetos polinizadores e o déficit desses agentes já estão gerando grandes prejuízos econômicos, a medida que a produção de algumas culturas agrícolas são diminuídas. Essa constatação motivou o estudo sobre os efeitos de uma possível crise de agentes polinizadores no Brasil, pensando também nos prejuízos econômicos e sociais, já que uma boa parcela do nosso PIB vem do setor agropecuário.

O estudo utiliza dados oficiais de produção agrícola do IBGE e informações biológicas sobre a dependência das culturas por agentes polinizadores. Os pesquisadores observaram que 68% das 53 principais culturas agrícolas brasileiras são dependentes em algum nível dos polinizadores. As culturas não dependentes de polinizadores produzem maior volume de alimento, principalmente devido à alta produção de cana-de-açúcar, mas a área cultivada e o valor monetário das culturas dependentes de polinizadores são maiores (59% da área cultivada total e 68% do valor monetário).

Ao simular a perda dos polinizadores em uma possível crise, verificou-se que o Brasil poderia perder entre 4,8 e 14,5 bilhões de dólares por ano, somente com a diminuição da produção, o que representaria uma redução de 6,4% a 19,3% da contribuição da Agropecuária no PIB brasileiro, ou seja, uma redução significativa nos 450 bilhões que representou o PIB da Agropecuária em 2013, ano base da pesquisa. Atualizando os dados para a 2015, de acordo com balanço feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a participação do setor no PIB teve uma projeção de 23%, de um total de R$ 5,9 trilhões, ou seja, com o passar do tempo, o impacto da crise de polinizadores só aumenta.

Além disso, foram abordados alguns efeitos dessa redução do ponto de vista social. Como 75% da força de trabalho da agricultura brasileira é composta de agricultores familiares, essas perdas seriam significativas para esse segmento.  O artigo também chama a atenção da academia mundial para os impactos na segurança alimentar do cidadão brasileiro e no comércio mundial, já que o Brasil é um dos maiores exportadores do mundo.

No artigo, também são discutidas algumas estratégias que o Brasil pode tomar para evitar que a crise de polinizadores aconteça. Um dos exemplos é a diminuição no uso de agrotóxicos, que vem sendo apontado como uma das principais causas do declínio de abelhas na Europa e nos EUA. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, inclusive utilizando alguns que já foram banidos em diversos países. Outro exemplo seria a adoção e implementação de práticas de conservação de habitats nativos, já que são grandes fontes de agentes polinizadores das culturas agrícolas.

Outras referências na UFLA

Neste contexto, o Departamento de Entomologia/UFLA, atua há vários anos nas áreas de manejo apícola (incluindo cursos regulares na Graduação) e de proteção de polinizadores, com estudos voltados a avaliar o impacto de produtos fitossanitários sobre as abelhas. Devido a crescente demanda por informação, foi recentemente criado o Núcleo de Estudos em Abelhas – NEBee (http://www.den.ufla.br/nebee/), o Laboratório de Estudo em Abelhas e a reestruturação do Setor de Apicultura, todos com o objetivo de atender a demanda da sociedade acerca do assunto. O tema tem sido objeto de estudo dos professores César Freire Carvalho e Stephan Carvalho.

Em breve, reportagem especial sobre essa linha de pesquisa.

Relevância

A polinização é um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da biodiversidade na Terra. Somente após a polinização as plantas podem formar frutos e sementes, das quais dependem para sua reprodução. Mais de 3/4 das plantas agrícolas que alimentam o mundo e muitas plantas utilizadas pela a indústria farmacêutica dependem da polinização por insetos ou outros animais para produzir frutos e sementes. A manutenção da diversidade de polinizadores contribui para a manutenção da nossa diversidade de alimentos e qualidade de vida.

Clique aqui e confira o artigo

Programa de Pós-Graduação em Física realiza encontro de integração com representantes da UFLA, Unifal e UFSJ

Encontro de Iteração do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Física (PPGFI), em associação ampla UFLA, UFSJ e Unifal
Encontro de Iteração do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Física (PPGFI), em associação ampla UFLA, UFSJ e Unifal

Em dezembro de 2011, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) anunciava a abertura de processo seletivo para o Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Física (PPGFI), com início no primeiro semestre letivo de 2012, resultado da associação ampla entre a UFLA, Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ).

Passados cinco anos, nos dias 1º e 2 de dezembro, membros do Programa realizaram um encontro de integração, com o intuito de avaliar a trajetória e planejar os próximos passos para a consolidação e para se preparar para uma futura oferta do doutorado. O encontro foi realizado no Salão dos Conselhos da UFLA, incluindo na programação mesas-redondas, palestras, sessões de pôsteres e comunicações orais.

O Programa em Associação tem nota 3 na Capes (abertura) e terá sua primeira avaliação em 2017 (quadriênio 2013-2016). Ao todo, são 23 professores permanentes e três colaboradores, sendo sete bolsistas ‘produtividade’ do CNPq. O programa teve início com 21 discentes, hoje são 37 nas três instituições e já foram 26 titulados. Doze discentes do programa são bolsistas da Capes e Fapemig.

Avaliação das instituições participantes: direcionamento para o futuro
Avaliação das instituições participantes: direcionamento para o futuro

De acordo com Fernando Gardim, coordenador-geral do Programa de Pós-Graduação em Física e representante institucional da Unifal no programa, a avaliação dos egressos está sendo muito positiva, muitos dos quais com inserção em cursos de Doutorado em instituições consagradas do País. Outro ponto importante é o número de colaborações nacionais e internacionais já conquistados pelo programa, o que permite uma maior visibilidade e parcerias em projetos de pesquisa e publicações.  “Adequar as particularidades de cada Universidade para um único programa não é uma tarefa fácil”, considerou.

Na UFLA, o Programa tem a coordenação do professor Onofre Rojas Santos e do professor Fabiano Ribeiro (coordenador-adjunto).

O coordenador de Astronomia e Física na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), Sylvio Roberto Accioly Canuto, fez uma explanação aos participantes sobre o futuro do Programa e os desafios para a sua consolidação. O professor participou de uma mesa-redonda e ministrou a palestra “Estratégias, prioridades e perspectivas para a pós-graduação em Física no Brasil”.

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Participantes do encontro de Integração – UFLA, UFSJ e Unifal

Durante sua fala, o professor Sylvio Canuto destacou alguns equívocos que devem ser evitados na avaliação de um programa de pós-graduação. O primeiro deles é considerar que o elevado número de publicação é suficiente para sua consolidação. Em sua opinião, a publicação com regularidade deve estar aliada a outros fatores, como a estabilidade de um corpo docente com experiência em orientação e apoio institucional. E reforçou: “os índices são consequências da excelência, não o contrário”.

O segundo dia foi reservado para apresentações orais, com o objetivo de difundir a produção científica dos discentes e docentes do Programa. No encerramento, houve uma sessão plenária em que foi feita uma avaliação e considerações finais sobre o evento.

Apoio institucional

Na abertura do encontro, o pró-reitor adjunto de pós-graduação, professor, Márcio Ladeira, fez algumas considerações sobre a proposta da UFLA de ampliar a pós-graduação, como elemento estratégico para manter a qualidade do ensino, pesquisa e extensão – tripé em que a UFLA está alicerçada. Ele traçou um breve resgate da Pós-graduação na Universidade, desde 1975, passando pelo crescimento significativo na última década, somando 25 programas acadêmicos e sete profissionais (26 mestrados e 24 doutorados).

Ladeira completou que o Mestrado em Associação UFLA/UFSJ/Unifal terá todo o apoio institucional que for necessário para sua consolidação, rumo ao desafio de ampliar para a oferta de doutorado.

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Encontro de integração, com o intuito de avaliar a trajetória e planejar os próximos passos para a consolidação

 

UFLA divulga resultado preliminar da segunda fase do concurso para Técnicos Administrativos

concurso2A Universidade Federal de Lavras (UFLA) divulgou nesta sexta-feira (2/12) o resultado preliminar da segunda fase do concurso público destinado ao provimento de cargos técnico-administrativos em Educação (Edital PRGDP – nº 71/2016, retificado pelo Edital PRGDP nº 76/2016; e Edital PRGDP – nº 72/2016, retificado pelos editais PRGDP Nº 77/2016 e 96/2016 e complementado pelo Edital 115/2016)

O resultado está disponível no site da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PRGDP). 

Para os candidatos ao cargo de Auxiliar em Administração, o resultado preliminar refere-se à segunda fase – Redação.

Para as vagas de Assistente de Laboratório, Técnico de Laboratório/Bioquímico, Técnico de Laboratório/Química, Técnico em Edificações e Regente, conforme previsto no edital, o resultado refere-se à prova prática (Edital PRGDP Nº 115, de 7/10/2016).

Dos recursos

O recurso contra o resultado preliminar da segunda fase (prova prática) deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias úteis, contados a partir da data de publicação do resultado da segunda fase – (16/12/2016), no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/concurso/ta.

O candidato que quiser solicitar vista da avaliação da prova prática, deverá preencher o formulário específico para esse fim, disponível no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/concurso/ta, em até dois dias úteis, contados a partir da data de publicação do resultado da segunda fase.

O recurso será analisado pela Banca Examinadora da prova que dará decisão terminativa sobre ele, constituindo-se em única e última instância. O resultado dos recursos será disponibilizado no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/concurso/ta.

Para informações completas sobre recursos e pedidos de vista, consulte os editais e suas retificações.

 

 

Programa de Apoio à Publicação Científica – PAPC 2016 supera as expectativas

16-01-regras-artigoO Programa de Apoio à Publicação Científica (PAPC), gerido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), tem como objetivo apoiar financeiramente a publicação científica em periódicos de alto fator de impacto, editados em língua estrangeira. O Programa visa a contribuir para a melhoria da qualidade dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade.

Desde seu lançamento, em 2009, cresce a demanda por apoio financeiro à publicação em periódicos editados em língua estrangeira, o que reflete diretamente na melhoria da qualidade dos Programas de Pós-Graduação.

Em 2016, o montante de recurso utilizado foi de R$93.000,00, contemplando 54 docentes, para a tradução de 110 artigos, 10 artigos a mais em comparação ao ano de 2015.

Esse desempenho reforça a eficiência do Programa, uma vez que, devido ao atraso na liberação de recursos da Capes para o Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap), o período de vigência do edital PAPC foi de apenas três meses, ao contrário do ano de 2015, que foi lançado no final de março e permaneceu em vigência por seis meses. Além disso, excepcionalmente nesse período, o limite orçamentário a ser utilizado por docente também foi reduzido para R$1.500,00.

Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, a equipe da PRPG fez um trabalho de comunicar rotineiramente os coordenadores e coordenadores adjuntos dos Programas, para repassarem ao corpo docente a importância de submeter artigos na língua inglesa, de utilizarem o recurso PAPC e para otimizarem o recurso.

Quantos aos Programas, aqueles que mais utilizaram o recurso foram: Programa de Pós-Graduação em Ciências dos Alimentos – PPGCA (29 artigos), Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias – PPGCV (19 artigos) e programa de Pós-Graduação em Zootecnia – PPGZ (17 artigos).

Larvicida natural é lançado durante Congresso Brasileiro de Biodiesel organizado pela UFLA

Larvicida - Biolarv: produto que será comercializado a partir de 2017, para controle do Aedes aegypti
Larvicida – Biolarv: produto que será comercializado a partir de 2017, para controle do Aedes aegypti

A torta de moringa (moringa oleífera) é uma biomassa residual do processo de extração mecânica do seu óleo vegetal, contido em suas sementes. Esse material possui lectinas do tipo: mol, cmol, wsmol, que podem atuar como larvicidas, por exemplo, em larvas de Aedes aegypti, atuando como inseticida natural e interrompendo o ciclo biológico do mosquito.

O larvicida “Biolarv”, desenvolvido pelo ex-aluno de Agronomia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Rafael Peron Castro, em conjunto com a equipe do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e em parceria com a empresa Olea, da Incubadora de Base Tecnológica da UFLA (Inbatec/UFLA).

O produto se destaca pelas facilidades de seu uso, em razão de ser um produto natural, e pela elevada taxa de controle. Em testes preliminares, o produto teve efetividade de 100% na mortalidade de larvas e pupas, em até quatro horas de avaliação. A comercialização do produto, previsto para início de 2017, deverá atender à demanda da população brasileira, que teme o crescimento dos índices de dengue e outras doenças que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti.

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Rafael Peron Castro apresenta o Larvicida, no estande da Olea, durante o Congresso

A inovação e os trabalhos científicos que embasaram o seu lançamento foram apresentados ao público do 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, realizados em Natal, Rio Grande do Norte, com a coordenação da UFLA e apoio do Núcleo de Estudos em Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, G-Óleo.

O congresso é considerado o principal evento técnico-científico da área no Brasil, sendo referência nacional para as áreas de produção de plantas oleaginosas, óleos, gorduras e biodiesel. Na avaliação do professor Pedro Castro Neto (DEG/UFLA), presidente da Comissão Organizadora, essa edição superou as expectativas. Com público estimado em 600 congressistas/dia, de 22 a 25 de novembro, Natal foi a capital do Biodiesel. “Mesmo com a proximidade da praia, a programação manteve o público até o encerramento do evento”, considerou.

UFLA mais produtiva

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Coordenador do Núcleo de Estudos G-Óleo, Vinícius Reis Bastos Martins, representando a UFLA na cerimônia de premiação das instituições mais produtivas

A UFLA consolidou sua liderança na produção científica sobre a temática. Dos 716 trabalhos científicos aprovados – para apresentação oral e pôster – 19,1% foram apresentados por estudantes e docentes da UFLA. Esse desempenho rendeu à Universidade o destaque como instituição mais produtiva do evento. Em segundo lugar ficou a Universidade de Goiás (UFG) e, terceiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ao todo, a Comissão Técnica de Avaliação recebeu 886 trabalhos científicos, por instituições nacionais e internacionais, nas seguintes áreas: Políticas públicas e desenvolvimento sustentável; Produção de matérias primas; Produção de biodiesel; Caracterização de controle de qualidade; Armazenamento, estabilidade e problemas associados; Coprodutos e Uso do biodiesel.

Ao receber o prêmio em nome da Universidade, o coordenador do Núcleo de Estudos G-Óleo, Vinícius Reis Bastos Martins, destacou o apoio que o núcleo vem recebendo da UFLA, o que permite o alto desempenho nas pesquisas.

Acompanhamento online

aplicativo-congresso-biodieselO Núcleo de Estudos – G-Óleo desenvolveu e lançou um aplicativo para o acompanhamento integral das atividades científicas do congresso. Desenvolvido na plataforma inevent, e disponível para sistemas IOS e Android, o aplicativo permitiu ao seu usuário interagir com todas as atividades do congresso, podendo receber todo tipo de informação sobre a agenda, apresentações, programação completa, alterações ocorridas, além de mandar perguntas, considerações sobre as atividades científicas que estavam acontecendo no momento.

Promoção

O evento é promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB). Da UFLA, está à frente da organização o Núcleo de Estudos em Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel (G-Óleo). O professor do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA) Pedro Castro Neto é o presidente da Comissão Organizadora, e o professor Antônio Carlos Fraga (DAG/UFLA) preside a Comissão Científica.

Pedro Castro Neto, presidente da Comissão Organizadora, e professor Antônio Carlos Fraga presidente a Comissão Científica, com os membros do G-òleo e integrantes da empresa Olea
Pedro Castro Neto, presidente da Comissão Organizadora, e professor Antônio Carlos Fraga presidente a Comissão Científica, com os membros do G-Óleo e integrantes da empresa Olea

Fapemig lança chamada para organização de eventos científicos

logo-fapemig-30-anosA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) lançou nessa quinta-feira (1º/12) a Chamada 12/2016, voltada para Organização de Eventos de caráter científico. A Chamada é uma novidade. Até então, as solicitações para apoio a essa modalidade eram feitas em fluxo contínuo, ou seja, durante todo o ano. Essa mudança tem entre seus objetivos proporcionar um planejamento orçamentário melhor para as Câmaras de Assessoramento, que conhecerão o total de projetos submetidos e, com isso, poderão adequar a distribuição de recursos.

Os pesquisadores devem ficar atentos às datas. A Chamada estabelece três entradas para as propostas, cada uma com um período de submissão. A primeira entrada compreende eventos realizados entre 1/4/2017 e 31/7/2017 e o período de submissão vai de 1º de dezembro de 2016 a 1º de fevereiro de 2017. A segunda entrada, para eventos realizados entre 1/8/2017 e 31/10/17, tem período de submissão de 2 de fevereiro a 15 de maio de 2017. E a terceira entrada, para eventos entre 1/11/2017 e 31/3/2018, receberá propostas entre 16 de maio e 15 de agosto de 2017. Cada proponente só pode ser responsável por uma proposta, por entrada.

Os documentos exigidos e os itens financiáveis podem ser conferidos tanto na Chamada, disponível em http://www.fapemig.br/pt-br/arquivos/site/chamados/chamada_12_2016_organizacao_de_eventos.pdf, quanto no Manual da Fapemig (disponível em http://www.fapemig.br/pt-br/manual-fapemig). Estão previstos recursos de R$1,96 milhão para financiamento das propostas aprovadas, sendo R$560 mil para a primeira entrada, R$840 mil para a segunda e R$560 mil para a terceira. As propostas submetidas em cada entrada serão analisadas em conjunto – a Câmara de Assessoramento ranqueará as propostas, sendo que as melhores classificadas terão prioridade para contratação.

Documentação

A modalidade Apoio a Organização de Eventos de caráter científico é tradicional na FAPEMIG. Em 2015, 200 propostas foram apoiadas, o que corresponde a um investimento de cerca de R$ 2,07 milhões.

Nos últimos anos, uma parcela das propostas foi inabilitada pelo corpo técnico da FAPEMIG por falta de documentação. As causas mais comuns foram: falta de contrapartida da instituição assinada pelo dirigente máximo; falta de vínculo do solicitante com a instituição proponente; e falta de orçamento pro forma para os serviços solicitados. A dica é ficar atento a esses e aos outros documentos exigidos, pois não será permitido o acréscimo de informações após a submissão da proposta – e propostas incompletas são, automaticamente, inabilitadas, como previsto no edital.

Dúvidas podem ser enviadas para a Central de Informações: ci@fapemig.br

UFLA está no top 200 do Brics & Emerging Economies Rankings 2016 – Times Higher Education

brics-capaA Universidade Federal de Lavras (UFLA) está entre as 200 melhores universidades, na posição 188, no ranking publicado pela Times Higher Education (THE), em parceria com a Elsevier, direcionado para os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além de outros 43 países de economias emergentes – Brics & Emerging Economies Rankings 2017.

Nesta edição, pela primeira vez, foram apresentadas as 300 melhores instituições, antes eram citadas apenas 200. O Brasil participa do ranking com 25 instituições públicas e privadas, enquanto na edição passada (2016), apenas 14 instituições brasileiras figuravam nesta lista.

Professor Chalfun, diretor de Relações Internacionais da UFLA, durante evento de divulgação do BRICS & Emerging Economies Rankings 2017, na Universidade de Johannesburg - África do Sul
Professor Chalfun, diretor de Relações Internacionais da UFLA, durante evento de divulgação do BRICS & Emerging Economies Rankings 2017, na Universidade de Johannesburg – África do Sul

Comparando as duas edições, a UFLA estava na 13ª posição no Brasil, agora está na 12ª posição. No que tange ao “Ensino”, a UFLA é a quarta instituição mais bem classificada no País e a 9ª quando o quesito avaliado é a “Pesquisa”, embora no ranking geral tenha flutuado da posição 185 para a 188. Permanece, portanto, no seleto grupo das melhores do País, ou seja, embora de pequeno porte, no mesmo nível que grandes universidades brasileiras.

O ranking Brics & Emerging Economies  aplica padrões rigorosos similares ao ranking global, utilizando os mesmos indicadores de desempenho do World University Rankings, examinando os pontos fortes de cada universidade no que tange ao ensino, pesquisa, citações, investimento da indústria e perspectiva internacional. Nesse ranking específico, a metodologia foi cuidadosamente adaptada para refletir melhor as características e as prioridades de desenvolvimento das universidades em economias em desenvolvimento.

Nesta edição, a UFLA evoluiu na média geral e em diferentes indicadores, como ensino, citações, investimento da indústria e perspectiva internacional.

Cerimônia de lançamento do ranking, com a presença de Wole Soyinka - Prêmio Nobel de Literatura, o editor do ranking, Phil Baty e o vice-reitor da Universidade de Johannesburg, Ihron Rensburg
Cerimônia de lançamento do ranking, com a presença de Wole Soyinka – Prêmio Nobel de Literatura, o editor do ranking, Phil Baty e o vice-reitor da Universidade de Johannesburg, Ihron Rensburg

O Brics & Emerging Economies Rankings 2017 foi anunciado nessa quarta-feira (30/11), durante evento realizado na África do Sul. O diretor de Relações Internacionais da UFLA, professor Antônio Chalfun Júnior, esteve presente, representando a Universidade e reforçando os contatos para avançar ainda mais na avaliação internacional.

Aos olhos do mundo

No dia 30 de setembro de 2015, a UFLA passou a figurar, pela primeira vez na história da Instituição, entre o seleto grupo das melhores universidades do mundo segundo o ranking Times Higher Education (THE) 2015-2016, o mais destacado no mundo. A UFLA está entre as universidades brasileiras na lista mundial, estando na posição 800 a 980.

Indicadores de avaliação da UFLA no BRICS & Emerging Economies Rankings 2017
Indicadores de avaliação da UFLA no BRICS & Emerging Economies Rankings 2017

Em mensagem encaminhada à UFLA, o editor do THE World University Rankings, Phil Baty destacou: “A inclusão da Universidade Federal de Lavras no ranking BRICS & Emerging Economies é uma conquista significativa, o que significa que você é uma das 300 melhores instituições nos 50 países incluídos na análise. Assim, a presença da instituição neste ranking das melhores universidades no mundo em desenvolvimento é uma conquista significativa”, considerou.

Para o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, a inserção nesse seleto grupo é um orgulho que deve ser compartilhado e celebrado. “Estar neste ranking não é um objetivo em si, mas o reconhecimento público de que estamos seguindo a critérios e métricas estipuladas pela academia internacional”, considerou, reforçando: “Temos muito orgulho de fazer parte de um time que faz da UFLA uma instituição cada vez mais qualificada e reconhecida”.

Avaliando o desempenho no ranking, o diretor de Relações Internacionais, professor Chalfun destacou a UFLA em diferentes aspectos, sobretudo, por se manter no seleto grupo das melhores instituições de ensino superior do País, mesmo com mudanças na metodologia de avaliação e com a entrada de 100 novas instituições. “Outras universidades experimentaram uma queda expressiva nesta edição e a UFLA evoluiu em diferentes indicadores”, reforçou.

tabela-brics

* O ranking Brics & Emerging Economies divulga no corrente ano o ranking do próximo exercício, por isso, na tabela estão grafados 2016 e 2017, referentes as avaliações de 2015 e 2016, respectivamente. 

Confira outros detalhes do ranking

 

 

 

 

Professor da UFLA aborda medidas de recuperação de áreas impactadas por desastres ambientais em reunião da SBCS

Professor Marx Neves, durante apresentação na RBMCSA
Professor Marx Neves, durante apresentação na RBMCSA

No Brasil, os principais desastres ambientais que ocorreram nas últimas décadas, envolvendo os recursos solo e água, causaram grandes prejuízos ao homem e ao meio ambiente como um todo. O tema foi abordado na 20ª edição da Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água – RBMCSA, pelo professor Marx Leandro Neves, do Departamento de Ciência do Solo (DCS/UFLA). Ele apresentou conceitos e dados para demonstrar o papel da conservação do solo e da água no monitoramento e na recuperação de áreas impactadas por desastres ambientais no Brasil.

Durante a apresentação, o professor abordou o desastre de Mariana, em 2015, considerado o maior desastre do mundo com barragens – em distância percorrida. Ele citou a estimativa de que no Brasil existem 663 barragens de rejeitos de mineração e 295 barragens de resíduos industriais. No Estado de Minas Gerias atualmente existem 315 barragens de rejeitos de mineração (ANA, 2015). No ano de 2008, houve 77 rompimentos de barragens no País, embora a maioria dos casos tenha ganhado pouca repercussão.

Além dos rompimentos de barragens, citou outros deslocamentos de massa, formas de erosão – laminar, em sulcos, voçorocas e sobre as perdas de solo por essas ocorrências. Para o professor Marx, esses eventos evidenciam a necessidade de pesquisa e de monitoramento das ações de uso, da ocupação, do manejo do solo e das medidas de prevenção, controle e recuperação dos ambientes impactados.

“Existe a necessidade de uma análise crítica da legislação do uso, ocupação e manejo do solo urbano e rural, em suas interfaces com a questão ambiental. Necessidade de políticas públicas e suporte governamental na criação de normas, leis e protocolos na conservação do solo”, considerou o professor.

Uso de vants/drones

Professor Marx atua em linha de pesquisa com drones na Universidade
Professor Marx atua em linha de pesquisa com drones na Universidade

Para o professor Marx, os veículos aéreos não tripulados (vants), ou drones como são popularmente conhecidos, podem ser uma opção para monitoramento das erosões por deslocamento de massa, de forma preventiva, ou para realizar levantamento de risco de áreas onde já ocorreram os deslizamentos.

“No primeiro caso podemos gerar índices de risco, relacionando a evolução do processo com a intensidade, quantidade e energia gerada nas precipitações, no segundo caso, quantificar a magnitude do problema, evitando novos danos”, considera o professor. Ele explica que o mesmo estudo poderia ser aplicado em barragens de rejeitos de empresas mineradoras em todo o Estado de Minas Gerais.

Esses dados fizeram parte curso intitulado “Potencialidades do uso de Veículo Aéreo não Tripulado – VANT no monitoramento da erosão hídrica e da cobertura vegetal”, ministrado pelo professor Marx na programação do evento. Seu conteúdo é resultado de estudos realizados na UFLA, em parceria com os professores da Lancaster University – Lancaster Environment Centre, John Quinton e Mike James, no programa de dupla-titulação no doutorado entre as duas instituições.

Sobre o evento

Em sua 20ª edição, a Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água – RBMCSA – um dos eventos mais importante do Brasil na área de Conservação do Solo, foi promovido pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – SBCS, de 20 a 24 de novembro, em Foz do Iguaçu.

A UFLA participou do evento com uma das maiores delegações, contando com 17 estudantes de iniciação científica, do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS) e Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Inovações Ambientais (PPGTIA), além de quatro professores do setor de Física e Conservação do Solo: Marx Leandro Naves Silva, Bruno Montoani Silva, Junior Cesar Avanzi e Bruno Teixeira Ribeiro. Ao todo, foram apresentados 21 trabalhos no evento.

A participação dos estudantes teve o apoio da Fapemig, por meio de projeto coordenado pelo professor Marx, na modalidade participação coletiva em eventos.

Vale destacar ainda a grande participação de egressos da UFLA/DCS/PPGCS, atualmente atuando em universidades, institutos de pesquisas e empresas privadas em várias regiões do Brasil.

DCS em atividade

Professores e estudantes da UFLA no FertBio 2016
Professores e estudantes da UFLA no FertBio 2016

O Departamento de Ciência do Solo – DCS/UFLA também foi representado por professores e estudantes no FertBio 2016 – promovida pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), na cidade de Goiânia (GO), entre os dias 16 e 20 de outubro; Inter/Congress – evento que prepara para o Congresso Mundial de Ciência do Solo, no Brasil, em 2018 e no XXI Congresso Latino Americano de Ciência do Solo, em Quito, Equador.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.