NucLi está com inscrições abertas para cursos presenciais de Português (para estrangeiros) e Espanhol

O Núcleo de Línguas da UFLA (NucLi IsF/ DRI) anuncia a abertura de inscrições para dois cursos, sendo um de Português voltado aos estudantes estrangeiros da Universidade e um de Espanhol Iniciante. O início de ambos está previsto para o dia 4 de junho.

Os cursos são destinados para discentes, docentes e técnicos administrativos da UFLA e as inscrições podem ser feitas do dia 25 de abril até o dia 4 de maio, às 12h, pelo site do Programa Idioma sem Fronteiras (http://isfaluno.mec.gov.br).

O curso de Português (PLE/PLA) “Aspectos da Cultura Brasileira” tem carga horária intensiva. As aulas serão ministradas pela professora Débora Racy, no Pavilhão 6 – sala 10, aos estudantes estrangeiros.

Já para os cursos de Espanhol Iniciante A1 e A2, serão oferecidas três turmas, de 32 horas cada. A professora Irma Alejandra Soto Werschitz ministrará as aulas, em locais a ser definidos. As turmas são:

  1. Competências Interculturais em Contexto Acadêmico de Língua Espanhola – terças e quintas das 7h às 9h.
  2. Bem-vindo ao Espanhol: Língua Internacional – terças e quintas das 11h50 às 13h50.
  3. Espanhol para Acolhimento – segundas e quartas das 16h50 às 18h50.

Mais informações podem ser obtidas presencialmente na Coordenação do NucLi, localizada no Pavilhão 6 – sala 10, das 8h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a quinta, e sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h  ou pelo telefone (35) 3829-3127 e pelo e-mail: nucli@dri.ufla.br.

 

Estudantes ingressantes do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária participaram de atividade integrativa com o Nesamb

O período letivo já começou há mais de um mês na Universidade Federal de Lavras (UFLA), mas as atividades para promover e facilitar a integração dos novos estudantes à rotina da Universidade devem ser constantes. Por isso, o Núcleo de Estudos em Soluções Ambientais (Nesamb), do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, promoveu uma atividade especial para os calouros no último sábado 21/4. Eles se reuniram para o plantio de cerca de 60 mudas de árvores no câmpus.

Após o plantio, calouros e veteranos interagiram em uma conversa sobre o curso, sobre a Universidade e as expectativas de todos para o futuro. Eles complementaram o momento de integração caminhando em trilhas pelo câmpus. Esta foi a primeira de muitas outras ações que o Nesamb está planejando para contribuir com a adaptação dos novos estudantes ao curso.

Veja outras fotos na página do Nesamb.

 

UFLA oferece a produtores Dia de Campo sobre sistema de cama sobreposta para suínos – participação gratuita

Unidade demonstrativa da UFLA – criação de suínos em cama sobreposta.

Suinocultores e outros interessados pela suinocultura podem anotar na agenda: sábado, 28/4, tem Dia de Campo na Universidade Federal de Lavras (UFLA). O tema é a criação de suínos pelo sistema de cama sobreposta. Os participantes poderão conhecer o funcionamento do sistema e buscar o conhecimento necessário para investir nesse tipo de projeto.

As atividades serão realizadas no Setor de Suinocultura da UFLA, Departamento de Zootecnia (DZO), das 8h às 12h. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas durante o próprio Dia de Campo, que já está em sua terceira edição. Trata-se de uma iniciativa que faz parte de um projeto de extensão coordenado pelo professor do DZO Rony Antônio Ferreira.

Sobre o sistema de cama sobreposta

Pelo sistema de cama sobreposta, suínos em fase de crescimento e terminação são abrigados em uma estrutura com piso de maravalha (30 cm), material semelhante à serragem.  O professor Rony explica que esse procedimento dá origem a uma compostagem natural. “Os dejetos dos animais ficam depositados sobre a maravalha e, com o tempo, os próprios animais vão revolvendo esse material, que se transforma em um composto orgânico”.

No Setor de Suinocultura da UFLA há uma unidade de criação de suínos para demonstração do sistema. Até 20 animais podem ficar alojados na área, constituída de 24mde cama e 7mde concreto. Trata-se de um sistema alternativo de criação que possibilita a produção ecologicamente correta, eticamente defensável, atendendo às exigências de bem-estar animal e com baixa necessidade de mão de obra. O sistema de cama sobreposta começou a ser utilizado no Brasil na década de 1990 e beneficia principalmente o pequeno produtor.

Os suínos permanecem no galpão até o abate, podendo o substrato ser reutilizado em até três lotes consecutivos de suínos. “É um sistema barato, em que o produtor não precisa entrar na baia e lavá-la periodicamente, como acontece nos sistemas tradicionais. Reduz-se o gasto de água, tão escassa nos dias atuais”, diz o professor.

Em criações de suínos em larga escala, as fases de crescimento e terminação (quando os suínos vão de 25 a 100 kg de peso) são as responsáveis pela maior produção de dejetos. Esses dejetos devem ser tratados para evitar danos ao meio ambiente. O custo do tratamento, muitas vezes, inviabiliza o investimento da produção de suínos. Nesse sentido, a criação em cama sobreposta pode ser uma alternativa para o pequeno produtor iniciar a produção, obter retorno financeiro e, posteriormente, investir em criações maiores, com sistemas eficientes para tratamento dos dejetos.

De acordo com o professor Rony, que desde 2012 trabalha em projeto de extensão relacionado ao tema, as capacitações e dias de campo realizados na UFLA têm sido referência para muitos produtores. “Temos histórico de produtores que, após participar, conseguiram implantar o sistema e obter bons resultados. Isso nos motiva a investir nos eventos”, diz.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Profissionalização da Administração Pública é tema de Ciclo de Debates de Políticas Públicas, que começa dia 25

A 8ª edição do projeto Ciclo de Debates de Políticas Públicas (CDPP), que ocorre de 25 a 27 de abril, na UFLA, debaterá soluções para a maior profissionalização da Administração Pública brasileira. O evento oferecerá três dias de debates, a partir das 19h, no anfiteatro do Departamento de Biologia (DBI) da UFLA. As inscrições podem ser feitas pelo SIG e o evento é aberto a toda a comunidade de Lavras e região.

O projeto de extensão é promovido por estudantes de Administração Pública da UFLA, sob orientação do professor Gustavo Costa Souza, do Departamento de Administração e Economia (DAE). Seu objetivo é refletir sobre temas primordiais para o funcionamento do Estado e para sua relação com a sociedade, política e economia.

Programação

O primeiro dia traz o tema “Mercado de Trabalho: desafios e oportunidades para egressos da Administração Pública”, e contará com a participação de quatro egressos do curso: a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Administração, Denise Hipólito; Luis Paulo Guimarães, atual vereador de Curvelo; Plínio dos Santos, chefe de Gabinete e secretário de Planejamento do município de Ijaci; e Rodrigo Cobra, membro da Renova Brasil.

No dia 26, a discussão será em torno da “Autonomia do Campo de Públicas enquanto área de formação profissional” e contará com a presença do diretor da Associação Nacional de Ensino e Pesquisa do Campo de Públicas (ANEPCP), professor Edgilson Tavares.

No último dia, o professor Paulo Januzzi, ex-secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, ministrará uma aula magna sobre indicadores de avaliação de Políticas Públicas.

Serviço – 8º Ciclo de Debates de Políticas Públicas

  • Data: 25 a 27/4/2018
  • Local: Anfiteatro Magno Antonio Patto Ramalho (“Ramalhão”) / Departamento de Biologia da UFLA
  • Horário: 19h
  • Inscrições: pelo SIG; evento gratuito e aberto à comunidade.

 

UFLA abre processo seletivo (2018/2) para programas de pós-graduação Stricto Sensu

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo 2018/2 para os programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Federal de Lavras (UFLA). No total, são ofertadas 166 vagas para o Mestrado, em 22 programas; e 77 vagas para o Doutorado, em 15 programas. 

As inscrições têm o valor de R$ 80,00 e devem ser realizadas até as 18h do dia 27/4/2018 no site da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFLA. O prazo para pedido de isenção dessa taxa irá de 9 a 12/4/2018. Já a divulgação do resultado preliminar, na página de cada programa, será em 14/6. Em 9/7, serão publicados os resultados finais.

Os cursos de Mestrado ofertados são para os seguintes programas: Agroquímica; Biotecnologia Vegetal; Ciência da Computação; Ciência dos Alimentos; Engenharia Agrícola; Engenharia de Biomateriais; Engenharia de Sistemas e Automação; Fisiologia Vegetal; Fitotecnia; Genética e Melhoramento de Plantas; Microbiologia Agrícola; Nutrição e Saúde; Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas; Ciências Veterinárias; Tecnologia e Inovações Ambientais; Zootecnia; Estatística e Experimentação Agropecuária; Ciência e Tecnologia da Madeira; Ciência do Solo; Física; Ciências da Saúde; e Fitopatologia.

Para Doutorado, são ofertadas vagas para os seguintes programas: Biotecnologia Vegetal; Ciência Dos Alimentos; Engenharia Agrícola; Engenharia de Biomateriais; Fisiologia Vegetal; Fitotecnia; Genética e Melhoramento de Plantas; Microbiologia Agrícola; Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas; Ciências Veterinárias; Zootecnia; Estatística e Experimentação Agropecuária; Ciência e Tecnologia da Madeira; Ciência do Solo; e Fitopatologia.

Os critérios de seleção para cada programa estão especificados em seus editais. 

 

24 de Abril – Dia Nacional da Libras

24 de abril é o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais – Libras. Apesar dos avanços em acessibilidade no Brasil, os surdos ainda enfrentam muitas barreiras para realizar suas atividades cotidianas em decorrência do pouco conhecimento da linguagem pela população em geral.   

Na UFLA, uma série de atividades são desenvolvidas para promover o ensino da Libras. A Instituição também conta com uma estrutura acessível para garantir condições para que pessoas com deficiência auditiva ingressem no ensino superior e tenham os recursos necessários para desenvolver todo o seu potencial no ambiente acadêmico, por meio do Programa de Apoio a Discentes com Necessidades Educacionais Especiais Coordenadoria de Acessibilidade, ligado à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). Confira aqui as ações de acessibilidade da UFLA.

Ensino e difusão da linguagem

A Universidade oferece a Libras como disciplina da graduação – obrigatória para os cursos de licenciatura e Pedagogia, e eletiva para os demais. Além disso, tornou-se, em 2017, um dos 12 pólos no País a oferecer o Curso de Pedagogia Bilíngue Português -Libras, coordenado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines/MEC). A primeira turma ingressou no 1º semestre de 2018, com 50% das vagas destinadas a pessoas surdas e 50% a ouvintes que desejam ter a formação especializada acrescida dos conhecimentos em Libras.

Projetos de extensão também têm sido desenvolvidos pela Coordenadoria de Acessibilidade da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). O Projeto Asas, por exemplo, busca capacitar profissionais de saúde para atenderem a população surda com qualidade. Os membros do projeto são Tradutores e Intérpretes de Libras da Universidade e graduandos das áreas de Saúde (Educação Física, Nutrição e Medicina), além de outros participantes e colaboradores (incluindo surdos).  Há, ainda, o projeto de extensão Catils (Capacitação de Tradutores e Intérpretes de Libras), que promove a formação e a capacitação de tradutores e intérpretes de Libras de Lavras e região.

Além de ações que promovam o ensino da linguagem, desde 2015 a UFLA conta com dois servidores técnico-administrativos que são Tradutores e Intérpretes de Libras. Os profissionais têm atuado em diferentes frentes na Universidade, como a organização de eventos ligados à Educação de Surdos, a realização pesquisas na área dos Estudos da Tradução, produção de vídeos institucionais acessíveis em Libras, tradução de aulas Ead, entre outras atividades. Eles também atuam em parceria com as professoras de Libras do Departamento de Educação (DED), em um programa educativo chamado “UFLA acessível em Língua de Sinais”.

O servidor – tradutor e intérprete de Libras – e mestrando em Educação  Welbert Vinicius de Souza Sansão, e os mestrandos em Linguística Aplicada na UFLA, Rafael Carlos Lima da Silva e Thiago Lemes de Oliveira, produziram o texto abaixo como reflexão que a data de hoje exige:

 

 

24 de abril, dia da Libras

 

Rafael Carlos Lima da Silva¹
Welbert Vinicius de Souza Sansão²
Thiago Lemes de Oliveira³

 

            A comunidade surda brasileira (surdos, professores de Libras, tradutores e intérpretes, familiares e demais militantes da causa surda) comemora hoje o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais -Libras, oficializado no ano de 2002:

É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (Lei nº 10.436)

            Embora o espaço escolar ainda seja o de maior demanda para o uso de Libras, é muito importante considerar também o uso de Libras nos demais espaços públicos: igrejas, autoescolas, delegacias, fóruns, comércio em geral, eventos, bancos, hospitais, rodoviárias, aeroportos, etc. A oficialização da Libras, enquanto fenômeno social, cultural e político da comunidade surda, veio para chancelar que surdos são sujeitos de direitos, com diferenças culturais, e que o primeiro artefato de manifestação desta diferença é a Língua Brasileira de Sinais.

            De acordo com o Censo 2010 do IBGE, existem 9,7 milhões de deficientes auditivos (surdos), e boa parte desta população utiliza Libras como sua língua principal de comunicação, pois, muitas vezes, possuem apenas um conhecimento básico da língua portuguesa. Por isso a importância de se estabelecer um canal de comunicação visual com as pessoas surdas. A Língua Brasileira de Sinais não é (apenas) do surdo. Estudos comprovam ser esta a Língua natural da pessoa surda. Logo, a Libras é de todos os brasileiros que integram esta comunidade e se interessam pelo aprendizado da língua, sejam eles surdos ou ouvintes. 

            Nesse sentido, sob o prisma da linguagem humana como fator de interação social e não apenas como instrumento de representação do mundo e do pensamento, a Libras, por ser uma língua legítima, é capaz de levar os surdos a maior mobilidade e fluidez nas formações discursivas surdo-ouvinte. Hoje, após 16 anos de oficialização, a Libras é muito pouco conhecida no Brasil. Isso se deve à pouca divulgação pelas instituições públicas e pelos próprios veículos de comunicação, como canais televisivos, jornais, revistas, internet, dentre outros. Além do carecimento de profissionais habilitados na área para promoverem o uso e difusão da Língua, gerando ambientes acessíveis linguisticamente.

Recuso-me a ser considerada excepcional ou deficiente. Não sou. Sou surda. Para mim, a língua de sinais corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente nada me falta. É a sociedade que me torna excepcional…” O vôo da gaivota (Emmanuelle Laborrit)

 

Conheça alguns aplicativos tradutores para Libras:

ProDeaf: http://www.prodeaf.net/  (Android/iOS/Windows)

Hand Talk:  https://www.handtalk.me/app (Android/iOS)

TV INES, primeira WebTV bilíngue (Libras-Língua Portuguesa) do Brasil, com conteúdo 100% acessível para surdos e ouvintes: http://tvines.ines.gov.br/

¹Mestrando em Educação – Linguística Aplicada – UFLA. Licenciado em Pedagogia – FAETERJ. Pós-graduado em Língua Brasileira de Sinais – UNIASSELVI. Professor de Libras – Universidade Federal de Alfenas.
² Mestrando em Educação – Educação Mediada por Tecnologias. Licenciado em Matemática – Universidade Estácio de Sá –  Tradutor-Intérprete de Libras-Português – Universidade Federal de Lavras
³ Mestrando em Educação – Lingüística Aplicada – UFLA. Licenciado em Pedagogia – UNIMES. Pós-graduação em Arteterapia, Psicopedagogia – FPA. Pós-graduação em Docência do ensino superior de Libras- UCAM. Professor Intérprete Formador – CAS/MG e Tradutor Intérprete de Libras-Português Centro Universitário do Sul de Minas –UNIS/MG.

Aluno da UFLA vence a primeira edição do Concurso Nacional de Fotografia para Estudantes de Direito – tema abordou direitos das pessoas com deficiência

O estudante Luiz Henrique Soares (UFLA), premiado com o 1º lugar no concurso, e os professores Gustavo Ribeiro e Thaís Sêco

O discente do 5º período de Direito da UFLA, Luiz Henrique Soares de Jesus, conquistou o primeiro lugar no I Concurso Nacional de Fotografia para Estudantes de Direito, que teve como tema a “Convenção Internacional sobre Direitos da Pessoa com Deficiência: O Olhar Fotográfico como Parâmetro”. Luiz foi vencedor com o autorretrato “O cerne da superação é a ânsia por se libertar”. Os estudantes Joicy Baraibar, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e Felipe Sakai, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), também foram premiados com as fotografias “Queda da Discriminação” e “Sombra de Marinéia”, respectivamente.

O concurso foi promovido pelo Laboratório de Bioética e Direito (LABB) da UFLA. As fotografias inscritas foram julgadas e classificadas por docentes de diversas instituições e profissionais especializados, que consideraram a aderência ao tema, o impacto visual (expressividade), a composição e a qualidade da imagem. As obras vencedoras fizeram parte de uma exposição de fotos durante o I Simpósio de Direito, Vulnerabilidade e Pessoas com Deficiência, organizado pelo Núcleo de Direitos das Pessoas com Deficiência da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nos dias 9/4 e 10/4. Todos os vencedores receberão livros jurídicos e inscrições no IV Congresso Mineiro de Direito Civil da UFLA, de 26/9 a 28/9, que abordará o tema “Direito Privado e Vulnerabilidade”. O primeiro lugar também receberá um prêmio em dinheiro no valor de quatrocentos reais.

As obras vencedoras foram expostas durante o Simpósio de Direito, Vulnerabilidade e Pessoas com Deficiência, em Juiz de Fora

De acordo com o coordenador do LABB/UFLA, professor Gustavo Pereira Leite Ribeiro, a iniciativa visou contribuir para a divulgação do conteúdo da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. “Também buscamos sensibilizar os estudantes sobre os desafios relativos à efetiva implementação dos direitos das pessoas com deficiência e incentivá-los a se relacionarem com o seu entorno de forma diferenciada, utilizando, para tanto, da linguagem fotográfica”, explica.

A fotografia vencedora, “O cerne da superação é a ânsia por se libertar”, do estudante Luiz

Luiz, o estudante vencedor, conta que a ideia de participar surgiu de um sentimento de dever e responsabilidade. “Além de tirar a fotografia, fui o indivíduo fotografado, na tentativa de mostrar diretamente que limites podem ser superados por qualquer pessoa”. Em suas palavras, “a deficiência se encontra no meio estrutural, social e na falta de fé em nossas próprias capacidades. Ter a fotografia eleita vencedora foi apenas um bônus perto do que tal evento e concurso representam.”

Professores da UFLA contribuíram com o Simpósio

Também durante a programação do I Simpósio de Direito, Vulnerabilidade e Pessoas com Deficiência, realizado na UFJF, dois professores do Departamento de Direito da UFLA ministraram palestras.  No dia 9/4, o professor Gustavo Pereira Leite Ribeiro proferiu a palestra “Pessoa com deficiência e direito à saúde” e, no dia 10/4, a professora Thaís Fernanda Tenório Seco abordou o tema “A autonomia da pessoa com deficiência na autocuratela, nas diretivas antecipadas de vontade e nas intervenções médicas”.

 

Com a colaboração de Pedro Viana

 

Bagaço de cana e sacolas plásticas são reaproveitados na produção de MDP em projeto inédito da UFLA

O aproveitamento de resíduos é uma das soluções sustentáveis que diminuem o impacto ambiental de materiais que, muitas vezes, levariam centenas de anos para se decomporem no meio ambiente. Um projeto inédito feito pela estudante Nayra Diniz Nogueira em seu mestrado em Engenharia de Biomateriais na Universidade Federal de Lavras (UFLA) utiliza como matérias-primas: resíduos de sacolas plásticas e de bagaço de cana para produzir placas MDP (Medium Density Particleboard).

A cana-de-açúcar é uma das principais culturas do mundo, conforme dados da Organização das Nações Unidas, para a alimentação e agricultura (FAO). Brasil e Índia, juntos, são responsáveis por pouco mais da metade da cana produzida mundialmente, fato que gera uma grande preocupação com a destinação dos resíduos.

O bagaço de cana, por exemplo, ainda é um resíduo mal aproveitado no País. Na indústria sucroalcooleira, apenas parte do bagaço é queimado nas caldeiras, gerando energia elétrica que é utilizada pela própria usina.  Trabalhando com este material há 12 anos, o professor do Departamento de Engenharia (DEG) Rafael Farinassi Mendes garante que os painéis podem ser comercializados. “O grande desafio é inserir esse produto no mercado em razão do preconceito, quando se pensa na biodegradação do produto, mas todos os testes que foram feitos provam que esse processo não ocorre neste painel.”

Além da questão ambiental, neste projeto, o objetivo foi suprir a necessidade de matéria-prima na indústria de móveis, com a produção das placas de MDP de bagaço de cana proveniente de uma cachaçaria de Lavras e um polietileno de  alta densidade proveniente de uma indústria de Divinópolis. O resultado foi um produto novo, com propriedades diferenciadas em um processo simples e de baixo custo.

De acordo com Nayra, a execução do projeto em si ocorreu em três meses. “Esse foi o tempo para fazer todos os ensaios físicos, mecânicos e térmicos. Mas, a produção é rápida: são produzidos seis a sete painéis por manhã, aqui na Unidade Experimental em Painéis de Madeira (UEPAM).”

No experimento, as partículas de bagaço de cana foram avaliadas quanto às suas características anatômicas, químicas e físicas e as partículas de sacola plástica foram avaliadas quanto às suas características físicas. Os painéis foram produzidos com densidade nominal de 0,70 g/cm³, relação face/miolo de 40:60, 12% de adesivo para as faces e 8% de adesivo ureia-formaldeído para o miolo, tempo de prensagem de oito minutos e pressão de 4 MPa. Os painéis que foram produzidos com 15% de resíduo plástico apresentaram os melhores resultados para as propriedades físico-mecânicas avaliadas.

De acordo com o professor Rafael, no painel, o plástico funciona como um adesivo e diminui o inchamento causado pelo bagaço de cana, fazendo com que o produto final, inclusive, seja indicado até para banheiros “Com 15% de aplicação das sacolas plásticas, conseguimos permitir que o painel inche menos que 8% e atinja normas de comercialização internacionais da Europa e dos Estados Unidos, sendo possível exportar esse produto de bagaço de cana com um custo mais acessível e com melhor propriedade para o consumidor final.”

 

 

Reportagem:  Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo: Lídia Bueno, jornalista – bolsista Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Trabalhos científicos de estudantes do DCA tiveram destaque em evento internacional

A apresentação dos trabalhos ocorreu em Montevidéu.

Entre os dias 9/4 e 12/4 uma professora e duas estudantes do Departamento de Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (DCA/UFLA) estiveram em Montevidéu, no Uruguai, para apresentação oral de trabalhos científicos. Elas participaram do Sensometrics, uma conferência que reúne os principais estatísticos, psicólogos, cientistas sensoriais e pesquisadores de mercado do mundo em torno da solução de problemas de medição e análise de dados nas áreas de ciência sensorial e de consumo.

Os trabalhos das estudantes Michele Ribeiro, doutoranda do Programa de Pós Graduação em Ciência dos Alimentos , e Fernanda Barbosa, graduanda em Engenharia de Alimentos, receberam premiação no evento. A professora do DCA Ana Carla Marques Pinheiro, que também apresentou trabalho durante a conferência, enfatiza a dimensão do reconhecimento. “Foram apenas quatro estudantes beneficiados na categoria Travel Awards (com concessão de inscrição no evento e passagem aérea), sendo dois da UFLA, um da França e outro da Noruega”. Entre os critérios para seleção dos trabalhos estava o mérito das produções, baseado na qualidade do resumo.

Da esq. p/ dir.: Michele, Ana Carla e Fernanda.

Michele é autora do trabalho “Combinatory tools for the development of a diet with natural sweeteners”, que tem como co-autores Daniela Rodrigues, Renata Reis, Letícia Silveira, Vanessa Souza, Cleiton Nunes e Ana Carla Marques Pinheiro (professora orientadora). Por meio da combinação de técnicas sensoriais e delineamento estatístico, os pesquisadores trataram do desenvolvimento de um iogurte diet com adoçantes naturais. Verificaram que uma mistura de estévias (com diferenças na composição química e custo) é uma boa alternativa para substituir a sacarose ou a sucralose, mantendo adequadamente o sabor do produto.

Já Fernanda apresentou o resumo “Evaluation of time intensity curves by bootstrap confidence intervals”, que teve também como coautores Isabel Amorim, Vladimir Vietoris e Renato Lima (professor orientador). O trabalho propõe o uso de um modelo estatístico para a análise de dados de uma metodologia sensorial específica, que contempla a dinâmica da percepção sensorial ao longo da ingestão de um alimento, o que contribui de forma significativa para a exploração das respostas sensoriais. Outro trabalho apresentado de forma oral durante o evento, pela professora Ana Carla, foi “Evaluation of different approaches of ‘Preferences sorting’: a new tool for assessing drivers of liking”. A pesquisa buscou propor uma abordagem diferente para um teste sensorial contemplando a obtenção de informações sobre características e aceitabilidade de produtos em um único teste sensorial, contribuindo com alternativas de técnicas sensoriais utilizadas para o desenvolvimento de novos produtos.

As estudantes da UFLA acompanhadas de Thomas Carr, autor de um dos livros base da área de análise sensorial.

De acordo com Ana Carla, a participação dos estudantes da UFLA no evento tem um histórico que pode ser comemorado. “Esta é a quarta edição do Sensometrics em que estudantes da UFLA são contemplados pelo Travel Awards. É um indicativo importante de que os trabalhos desenvolvidos no campo da sensometria e análise sensorial estão no caminho certo”, avalia.

Projeto de popularização da ciência busca deixar a Engenharia de Materiais mais próxima de estudantes do ensino médio

Palestra sobre nanotecnologia realizada na UFLA para estudantes integrantes do BIC Júnior e estudantes de escolas públicas em geral.

Um projeto de popularização da ciência desenvolvido na Universidade Federal de Lavras (UFLA) tem levado informações sobre a área das engenharias a estudantes do ensino médio. Com a denominação de “Engenheiros do Amanhã”, o projeto foi contemplado pela chamada 07/2015 da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). Estudantes do primeiro ano do curso de Engenharia de Materiais, coordenados pelo professor Juliano Elvis de Oliveira, ganham o desafio de ir às escolas proferir palestras para divulgar conceitos de ciência dos materiais, engenharia de materiais e nanotecnologia. Os alunos do ensino básico podem, assim, compreender como essas áreas do conhecimento estão presentes em seu cotidiano.

Para garantir que os temas se tornem mais compreensíveis, os pesquisadores desenvolveram kits didáticos para dar suporte às palestras. Com o objetivo de despertar o interesse por meio da tecnologia, os kits são construídos a partir de conceitos das ciências básicas que os alunos estudam nas salas de aula, nas disciplinas de química,  física e matemática. O primeiro kit elaborado aborda as propriedades elétricas dos materiais e sua importância para instalações elétricas prediais (veja foto).

Primeiro kit didático desenvolvido pelo projeto. aborda as propriedades elétricas dos materiais e sua importância para instalações elétricas prediais.

Até o momento, seis palestras já foram realizadas em diferentes escolas da cidade. No fim de março, os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Eliton Meideiros e Amélia Santos, da área de Engenharia de Materiais, estiveram na UFLA, pelo projeto, com a finalidade de conversar com estudantes de ensino médio sobre temas como nanotecnologia e reciclagem com polímeros. Escolas públicas da cidade foram convidadas, bem como os estudantes que integram o Programa Bic Júnior. Foram mais de 60 participantes na atividade, que ocorreu no auditório do Departamento de Agricultura (DAG).

Eliton falou sobre a nanotecnologia e suas aplicações no dia a dia, enfatizando os resultados que ela pode trazer à sociedade. Ele disse já ter o hábito de abordar o tema com públicos da educação básica, mas ressaltou que o desafio é maior quando o público é misto – “estudantes de ensino médio e estudantes de graduação e pós-graduação juntos, como encontramos aqui, é algo que exige ainda esforço na busca por uma linguagem que atenda a todos”. Amélia também disse que já é hábito para ela falar sobre educação ambiental, até mesmo no ensino fundamental. “Às vezes é difícil despertar a atenção dos estudantes, mas nem considero essa dificuldade como sendo tão grande, porque eles se mostram sempre tão interessados”.

Atuam nesse projeto de popularização da ciência da UFLA cinco estudantes de graduação, quatro professores e um servidor técnico administrativo.

Apostando na comunicação pela web

Aliado ao projeto de divulgar a ciência por meio de palestras e materiais pedagógicos específicos, há um projeto de extensão, também coordenado pelo professor Juliano, pelo qual um canal na Internet foi lançado. Um grupo de estudantes de graduação produz vídeos que buscam explicar de forma descontraída e simplificada conceitos de engenharia. O material audiovisual tem o potencial não apenas de chamar a atenção dos estudantes do ensino básico para os temas das engenharias, como também de auxiliar os estudantes de graduação em sua adaptação inicial ao curso de Engenharia de Materiais e seus conteúdos. Conheça o canal: Engenheiros do Amanhã.

A projeção é de que seja lançado 1 vídeo a cada 15 dias. Porém, na atual fase do projeto, a equipe está em período de testes para identificar o formato e a duração de vídeo que irão garantir melhores resultados junto ao público. A previsão é que dois novos vídeos sejam disponibilizados ainda nesta semana.