Simpósios reúnem profissionais do Direito e da Medicina para discutir problemas da saúde

Autoridades e professores durante cerimônia de abertura dos eventos

Aproximar e debater temas do Direito e da Medicina visando melhorar os serviços de saúde foram as contribuições do 1º Simpósio Médico Jurídico Sul-Mineiro e do 2º Simpósio Médico Jurídico de Lavras. Ambos os eventos foram realizados nessa sexta-feira (22/9), no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e reuniu professores, alunos e profissionais dos dois segmentos.  O prefeito da cidade, José Cherem, participou da cerimônia de abertura.

O político, que é médico urologista, destacou a pertinência dos simpósios para discutir alguns dos gargalos da saúde pública, como a sua judicialização e os deveres do poder público. De acordo com o prefeito, falta planejamento para lidar com o problema. “Nós precisamos realmente discutir a saúde, os benefícios, os direitos e os deveres com mais seriedade. Temos que definir qual é o papel do estado e qual é o papel do cidadão”, destacou

O presidente da Associação Médica de Minas (AMMG), Lincoln Lopes Ferreira, foi um dos participantes dos simpósios e disse que debates em torno dos percalços da saúde precisam de um amplo respaldo jurídico.

Ferreira destacou ainda a realização do evento, ao citar a convergência de áreas do saber para enfrentar os problemas mais urgentes da população, como são os serviços de saúde. “Os simpósios são extremamente importantes porque quanto mais pessoas nos conseguirmos envolver em torno de determinados projetos e ideias melhor será o resultado”. Lincoln Lopes Ferreira foi presidente durante seis anos da AMMG e vai assumir um cargo na direção executiva na Associação Médica Brasileia (AMB).

O organizador dos simpósios, o médico Hélio Haddad Filho agradeceu os parceiros na concepção dos eventos e o apoio da ULFA. Hélio Haddad é ginecologista e faz atendimentos na instituição.

Texto: Rafael Passos – Jornalista/bolsista – Fapemig

Maria Elizabeth Zucolotto, famosa “Caçadora de Meteoritos”, ministrou palestra na Primavera dos Museus da UFLA

Entre as atividades da 11º Primavera dos Museus, que está sendo realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA), nesta quinta-feira (21/9) foi a vez da professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maria Elizabeth Zucolotto mostrar seus conhecimentos sobre meteoritos.

A palestrante, que é também chamada de “Caçadora de Meteoritos”, descreveu a trajetória das descobertas desse fenômeno no Brasil desde 1888 e, logo após, guiou os participantes ao Museu Bi Moreira, na exposição cujas peças são de sua própria coleção. 

Crianças das escolas de Lavras visitaram a exposição de Meteoritos e se deslumbraram com as peças. A visita foi guiada pelo doutorando da USP na área de Meteórica e Astrobiologia, Gabriel Gonçalves Silva.

Durante a visita guiada, Maria Elizabeth esclareceu sobre como identificar um meteorito. Com as informações descritas no site da pesquisadora, é possível seguir o passo a passo para analisar se a rocha encontrada é de fato um meteorito ou não. 

A exposição contou com a colaboração dos trabalhos sobre o Sistema Solar realizados pelos alunos do 5º ano da Escola Municipal Protásio Guimarães, de Bom Sucesso.

A programação da Primavera dos Museus continua nesse sábado (23/9), às 19h, com a oficina Festa das Estrelas: observação do céu com telescópios. Guiada pelos professores do Departamento de Física (DFI) José Nogales e Karen Luz, o evento é aberto a toda a comunidade.

Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

 

Andifes divulga nota oficial em apoio à UFSC

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou nesta quarta-feira (20/9) nota oficial em apoio à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sobre as investigações dos órgãos de controle na instituição.

Veja a nota na íntegra:

Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
Nota Oficial

UFSC, universidade cidadã e de qualidade

Mesmo com diferentes abordagens, todos os rankings nacionais ou internacionais indicam a qualidade das universidades públicas brasileiras, em especial o sistema federal. Para além da qualidade no ensino e na pesquisa, essas instituições, ancoradas na autonomia universitária, princípio universal, implementam uma gama de atividades, programas, convênios, contratos, que têm como finalidade assegurar o bom funcionamento, a produção de conhecimento e sobretudo a formação cidadã de milhares de jovens que integram o sistema produtivo e servem à sociedade brasileira.
Como toda organização complexa, as universidades federais são constituídas por indivíduos e processos que demandam permanentes avaliação e controle. Por razões legais e próprias de sua constituição, essas instituições estão submetidas a um conjunto maior de rotinas de acompanhamento. Todas estão subordinadas aos órgãos de controle do estado democrático, bem como aos seus conselhos acadêmicos e administrativos. Tudo isso confere às universidades públicas federais reconhecimento e respeito por parte da sociedade.
Nesse ambiente de qualidade, cidadania, avaliação e controle está inserida a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e a sua comunidade, docentes, servidores/as técnico-administrativos/as, discentes e administração. Por isso, a Andifes manifesta o seu apoio à UFSC, ao tempo em que a reconhece como principal interessada na apuração de qualquer desvio de princípios republicanos que nela possa ter ocorrido. E espera, além disso, de todas as autoridades, juízo de proporcionalidade nas suas decisões, respeito às instituições, aos cidadãos e seus direitos, ao longo de qualquer processo legal de apuração e responsabilização.

Brasília, 20 de setembro de 2017.

UFLA vai ganhar observatório de meteoros – fragmentos espaciais foram tema de palestras na Primavera dos Museus

Gabriel faz palestra sobre Astrobiologia

Várias atrações sobre meteoros vêm sendo realizadas na UFLA durante a Primavera dos Museus, que prossegue até o dia 23. No dia 20, foi iniciada uma exposição de meteoritos e houve uma palestra com o dono da coleção, o pesquisador Gabriel Gonçalves Silva – que abordou o tema Astrobiologia. Outra palestra, nesse dia, foi do membro da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), Marcos da Silva, que trouxe equipamentos para a instalação de uma estação de monitoramento de meteoros na Universidade. Ele também falou sobre o fenômeno e sobre a Bramon.

Gabriel, doutorando da USP na área de Meteórica e Astrobiologia, desenvolve pesquisas de interação entre microrganismos e fragmentos de meteoritos. “Esses fragmentos são pobres em nitrogênio e fósforo. Dessa forma, não têm a função de abrigar vida”, observou. No entanto, ressaltou que alguns meteoritos apresentam matéria orgânica. Assim, já foram encontrados meteoritos nos quais, após a chegada na Terra, se desenvolveram colônias de bactérias e líquens. Essa é uma área na qual se pode pesquisar, futuramente, comportamentos de microrganismos e composição química dos astros, entre outros – o que pode contribuir para estudos inclusive sobre colonização espacial.

Um meteorito é a denominação dada a fragmento de asteroide, cometa ou restos de planetas desintegrados, quando alcança a superfície da Terra. Varia de tamanho e de composição, podendo ser metálico, rochoso ou metálico-rochoso.

Marcos Silva diferenciou, em sua palestra, os diferentes tipos de meteoros e apresentou os impactos mais relevantes ocorridos nos últimos 20 anos. Natural de Luminárias, ele frisou que Minas Gerais é o estado que conta com mais registros de quedas de meteoritos no Brasil. Com relação à Bramon, explicou seus objetivos: catalogar chuvas de meteoros, analisar composições dos meteoritos e colaborar com instituições de ensino. Integrando a rede, a UFLA passará a monitorar fenômenos, gerar dados e também a recebê-los de outras estações.

Para obter uma estação, é preciso dos seguintes equipamentos: uma câmera de segurança de modelo específico, instalada em área externa e adaptada (sem o filtro de infravermelho e acoplada a uma lente); um computador com placa de captura de vídeo; e softwares específicos para registro e análise de dados.

Estação B612, na UFLA

No Museu de História Natural será instalada a primeira estação de monitoramento de meteoritos, em caráter experimental. Receberá o nome de B612, uma alusão ao asteroide da obra “O Pequeno Príncipe”. Na visita, Marcos trouxe a câmera que será instalada no local. A instalação e operação da estação devem ocorrer nas próximas semanas. Para a instalação, deverá ser definido o campo de visão que a câmera atingirá, pois ela funcionará em conjunto com outras, no Estado – o pareamento melhora os resultados da observação de um fenômeno, aumentando as chances de calcular a área de queda do fragmento. Na região, já existem estações de membros da Bramon em Luminárias, Varginha, Bambuí e Maria da Fé.

Outras estações de monitoramento estão sendo articuladas em Lavras, dentro e fora do câmpus da UFLA. A articulação é feita, na UFLA, pelos professores Karen Luz Rosso e Jose Alberto Nogales, do Departamento de Física (DFI), e coordenadores do projeto “A Magia da Física e do Universo”.

Primavera dos Museus

A Primavera dos Museus é uma iniciativa nacional criada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que convida instituições de todo o Brasil para participar, por meio de programações individuais voltadas para a temática comum – neste ano, a temática está relacionada à preservação de memórias. Em 2017, mais de 900 museus oferecerão, juntos, 2500 atividades entre os dias 18 e 24 de setembro.

Na UFLA, os eventos são realizados pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Museus Bi Moreira e de História Natural (MHN), projeto “A Magia da Física e do Universo”, Programa de Educação em Solos (PEDS) e projeto de feiras de ciências itinerantes. A programação completa conta com exposições, apresentações artísticas, palestras, exibições, minicursos e visitas monitoradas.

Confira a programação completa na UFLA aqui.