Abertas as inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Pós-Graduação

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) publicou, no dia 10 de julho, o edital para inscrições no Programa Institucional de Bolsas de Pós-Graduação para o período de 01/08/2017 a 31/07/2018.

São oferecidas 13 bolsas, cujo valor de auxílio é de R$ 900,00, destinadas a alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para participar, o discente deve estar matriculado em programas de pós-graduação Stricto sensu , não podendo manter vínculo empregatício ou acumular outra modalidade de bolsa de qualquer natureza. É preciso também ter participado do processo de avaliação realizado pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (PRAEC), que esteja em vigência na data de inscrição.

As inscrições vão até o dia 21 de julho, e devem ser feitas pessoalmente na PRPG, apresentando todos os documentos que constam no edital. O resultado definitivo será divulgado em 27 de julho.

Os candidatos classificados e não contemplados com bolsa irão compor uma lista de espera, podendo ser chamados de acordo com a disponibilidade de vagas no programa.

Mais informações na PRPG, pelo prpg@ufla.br ou (35) 3829.1126.

Consulte aqui o edital na íntegra.

UFLA sedia reunião do projeto Corredor Cultural Forproex Sudeste

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou na sexta-feira, 07 de julho, a reunião do projeto “Corredor Cultural Forproex Sudeste”. Coordenada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Ensino Superior Públicas – Regional Sudeste (Forproex Sudeste), a iniciativa tem como objetivo promover eventos que incentivem as produções culturais existentes nas instituições de ensino superior (IES), localizadas em 70 diferentes municípios dos quatro estados da região. O encontro teve como finalidade apresentar a transição entre a atual e a nova equipe.

A principal motivação do projeto diz respeito ao impulsionamento de ações culturais no ambiente universitário, a partir do incentivo às atividades de extensão, aos trabalhos de pesquisa, ao estímulo e à motivação da aprendizagem. Para isso, o “Corredor Cultural” também promove a criação artística e o intercâmbio de grupos e profissionais ligados à arte, à cultura e a outras áreas correlacionadas.

Além dessas premissas básicas, o projeto alinha-se às metas do Plano Nacional de Extensão, ampliando suas possibilidades de criação, de produção, de acesso e de difusão em diferentes nuances, de forma profissional e sistematizada.

Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

UFLA na comunidade: projeto promove cultura e discussões filosóficas ao público lavrense

Despertar o desenvolvimento intelectual do público por meio de atividades culturais e debates filosóficos. Esse é o objetivo do projeto de extensão “Interseções Filosóficas”, realizado pelo Departamento de Ciências Humanas (DCH/UFLA) e pelo Centro Acadêmico de Filosofia – Gaia, sob a coordenação do professor André Chagas. O primeiro encontro, realizado no mês de junho na Casa de Cultura de Lavras, promoveu a discussão sobre a obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas, e sua adaptação para o cinema, do diretor Nelson Pereira dos Santos.

Para o coordenador André Chagas, é fundamental que a universidade difunda o conhecimento que produz e amplie a reflexão das pessoas sobre questões importantes para a sociedade. “Buscamos criar uma oportunidade de interação com a comunidade e de apresentação do que temos discutido na academia, com uma linguagem mais acessível para que possamos envolver a todos. Nossa intenção é debater amplamente temas de filosofia, política, ética, religião, ou mesmo conteúdos científicos que despertem interesse do público”, contou.

Os encontros serão realizados mensalmente, em locais próximos ao centro da cidade para um acesso mais fácil da comunidade. Segundo André, existe o desejo de transformar o “Interseções Filosóficas” em um evento tradicional. “Muitas vezes nos perguntamos se existe uma baixa procura por atividades culturais ou se o que falta é uma iniciativa nossa, como organização pública, de apresentar oportunidades assim. Esses encontros mensais serão um momento para que as pessoas tenham contato com o mundo acadêmico e possam aumentar seus repertórios”, explicou.  

O ex-aluno de Letras da UFLA, Edmar Rodrigues da Silva, participou do primeiro encontro e aprovou a iniciativa. “Vim para o debate porque é um assunto que me interessa muito. Acho que Lavras carece de projetos nesse sentido, que abram espaço para que as pessoas possam usufruir de cultura gratuitamente. Achei a iniciativa super positiva, uma sementinha plantada, que pode render bons frutos futuramente”, ressaltou.  

Dicas de Português: Risco de vida ou risco de morte?

“Vejo (inclusive na revista VEJA) e ouço falar muito na seguinte expressão: ‘Ele corre risco de vida’. O certo não seria ‘Ele corre risco de morte’? Qual é o correto?” 

 

Entende-se a angústia do leitor. A pressão social pelo uso de “risco de morte”, expressão emergente, como se houvesse algo errado no consagrado “risco de vida” que herdamos de nossos pais, é uma questão com que se defronta qualquer pessoa menos distraída no Brasil de hoje. É também o maior exemplo de vitória do besteirol sabichão que temos na língua.

A questão tem cerca de dez anos, talvez quinze. O certo é que quando Cazuza cantou, em 1988, “o meu prazer agora é risco de vida” (na canção Ideologia), ainda não passava pela cabeça de ninguém corrigi-lo. Mais tarde, professores de português que exerciam o cargo de consultores em redações conseguiram convencer os chefes de determinados jornais e TVs de sua tese: “Como alguém pode correr o risco de viver?”, riam eles.

Era um equívoco. Julgavam ter descoberto uma agressão à lógica embutida no idioma, mas ficaram na superfície do problema, incapazes de fazer uma análise linguística mais sofisticada e compreender que risco de vida é risco para a vida, ou seja, risco de (perder a) vida. O que, convenhamos, nem teria sido tão difícil.

Muita gente engoliu desde então o risco de morte. De tanto ser martelada em certos meios de comunicação, inclusive na TV Globo, a nova forma vai sendo adotada por multidões de falantes desavisados. O que era previsível, mas não deixa de ser meio constrangedor.

Não se trata de dizer que risco de morte seja, como alegam seus defensores a respeito de risco de vida, uma expressão “errada”. Não é.

 

Por Sérgio Rodrigues

 

 

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM

Com adaptações