UFLA adere ao Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos

Imagem registrada durante evento de lançamento do Pacto em Belo Horizonte. Da esq. p/dir.: Daniel Ximenes (diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania/MEC), Ana Paula Piovesan Melchiori (pró-reitora da UFLA) e Patrícia Mollo (coordenadora geral em Direitos Humanos/MEC).

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) participou em 2/5, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), do lançamento estadual do “Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos”. O Pacto é iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério dos Direitos Humanos. O evento, em Minas Gerais, foi realizado em parceria com a Associação Comercial de Minas de Minas (ACMinas) e com o Movimento Conspiração Mineira pela Educação. 

A UFLA já formalizou sua adesão ao movimento, que tem o objetivo de colaborar para a construção da cultura da paz e do respeito às diversidades nas Instituições de Educação Superior – IES (aí incluídas faculdades, institutos, centros universitários e universidades públicas, privadas e comunitárias), bem como nas Entidades Apoiadoras – EAS (todas aquelas que se comprometem a apoiar as iniciativas do Pacto nas IES). As preocupações centrais são com a superação da violência, do preconceito e da discriminação, por meio da promoção de atividades educativas de promoção e defesa dos direitos humanos nas IES, que devem desenvolver ações em pelo menos um dos eixos definidos no documento orientador do Pacto: ensino, pesquisa, extensão, gestão e convivência.

De acordo com a pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários, professora Ana Paula Piovesan Melchiori, durante o evento foi possível perceber que a UFLA reúne todas as condições para se tornar uma das referências no tema. “O fato de termos já estruturada uma Coordenadoria para Assuntos das Diversidades e Diferenças (CADD), além de um plano de trabalho em andamento, faz com que possamos ter uma experiência enriquecedora com o Pacto. Podemos compartilhar nossas experiências e obter estímulo para seguir em frente”.

As instituições que aderem ao Pacto assumem compromissos como a elaboração de um plano formal de atuação e a formação de um comitê interno para atuação com o tema. Na UFLA, em 2016, foi criada a CADD, ligada à Praec. Desde então, a estrutura já teve suas competências acrescidas ao regimento da Pró-Reitoria, reuniões foram realizadas para discussão das linhas de ação e projetos já estão em fase de implementação.

O ingresso do estudante na UFLA e a atuação da CADD

Durante a semana de recepção realizada para os estudantes ingressantes no período letivo 2017/1 na UFLA, a CADD promoveu seis oficinas dedicadas a temas tratados pela Coordenadoria, alcançando a participação de mais de 1400 calouros. Estiveram em foco os assuntos “gênero e sexualidade”, “africanidades e educação”, “gêneros e relações de trabalho”, “cotas raciais nas universidades brasileiras”, “literaturas africanas em língua portuguesa” e “enfrentamentos às violências sexuais nas infâncias”.

Para o coordenador do CADD, professor Renato dos Santos Belo, a presença das oficinas na programação da recepção aos calouros marca um passo significativo da instituição no reconhecimento da importância do respeito à diversidade e de uma cultura de tolerância que precisa se disseminar na sociedade brasileira. “A UFLA mostra efetivamente seu compromisso com a promoção de formas verdadeiramente irrestritas de conquista e ampliação da cidadania. O trabalho foi muito bem recebido pelos ingressantes, o que nos anima a prosseguir nesse caminho”, avalia o professor. “Com a consolidação da Coordenadoria, prevemos, muito em breve, apresentar à comunidade acadêmica da UFLA um programa de acolhimento às vítimas de violência por sua condição de gênero, sexualidade e cor. Também iniciaremos, a exemplo de outras coordenadorias vinculadas à Praec, promover campanhas mensais de conscientização da comunidade e valorização da diversidade”.

Veja outras imagens das oficinas organizadas pela CADD. Fotos: Praec/UFLA.

Inscrições para o Enem vão de 8 a 19 de maio – saiba como a UFLA utiliza o Exame

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2017) foram abertas no dia 8 e podem ser feitas até o dia 19 de maio, devendo ser efetuadas na Página do Participante. Neste ano, as provas serão realizadas em dois domingos consecutivos: 5 e 12 de novembro. A UFLA utiliza as notas do Enem para os processos seletivos dos cursos de graduação presenciais (SiSU e terceira etapa do PAS), mudança interna, transferência externa e obtenção de novo título.

O valor da taxa de inscrição é de 82 reais. Porém, podem solicitar isenção dessa taxa: todos os estudantes de escolas públicas concluintes do Ensino Médio em 2017; estudantes carentes já declarados com o CadÚnico; e aqueles que se enquadram nas exigências da Lei n° 12.799. Caso não se enquadre nos requisitos, o inscrito deverá realizar o pagamento da taxa até o dia 24 de maio em qualquer agência bancária, lotérica ou agência dos Correios. No ato de inscrição, o candidato deverá especificar o idioma para a prova de língua estrangeira (espanhol ou inglês), a cidade onde irá realizar a prova e se necessita de atendimento especializado ou específico.

Sobre as provas

No primeiro domingo (5), a redação será aplicada junto das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. No segundo dia de prova (12), serão aplicadas as disciplinas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

Esse exame é o principal acesso para as universidades públicas brasileiras. Também é utilizado em programas do governo, como o Prouni (que oferece bolsas para instituições particulares) e o Fies (de financiamento com juros baixos a alunos carentes). O cartão de confirmação da inscrição estará disponível para consulta e impressão na página eletrônica do Enem

Utilização do Enem na UFLA

Para os candidatos que participarem do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), cujas vagas são preenchidas exclusivamente com base nos resultados obtidos no Enem, são destinadas 60% das vagas dos cursos de graduação presenciais do primeiro período e a totalidade das vagas do segundo período letivo de cada ano.

Os candidatos da 3ª Etapa do Processo Seletivo de Avaliação Seriada (PAS) também devem participar do Enem, pois as notas dessa etapa são obtidas por meio dele. Assim, o candidato do PAS deve informar o seu número de inscrição no Enem para que o Inep possa fornecer suas notas à UFLA. Quarenta por cento das vagas dos cursos de graduação presenciais do primeiro período de cada ano são destinadas aos concorrentes provenientes do PAS. Tais candidatos devem se inscrever tanto no Enem quanto na 3ª etapa do PAS. A inscrição no PAS deverá ser feita no site www.ufla.br/pas, em período a ser definido posteriormente. Nela, o estudante também indicará o curso para o qual pretende concorrer.

A classificação nos processos de Obtenção de Novo Título, Transferência Externa e Mudança Interna de Curso é baseada nas notas obtidas no Enem, em exame realizado há no máximo cinco anos anteriores ao processo seletivo.

Já os cursos a distância têm suas vagas preenchidas por meio de processos seletivos próprios, embora as notas do Enem possam ser utilizadas como critério de seleção e classificação. No caso do curso semipresencial de Pedagogia Bilíngue Português-Libras, está definido pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines/MEC), responsável pela oferta, que o Enem será a forma de seleção (leia mais). Para outras informações sobre esse último curso, entre contato pelo e-mail erica.tavares@ded.ufla.br.

 

Pesquisa da UFLA identifica fungo em queijo tradicional de Minas

Amostras de queijo artesanal são analisadas em laboratório do DCA

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) está à frente de uma pesquisa sobre um dos patrimônios imateriais de Minas Gerais, o Queijo Minas Artesanal, produzido nas microrregiões de Serro e da Canastra. Com métodos artesanais e utilização de leite cru, a iguaria, tradicional na mesa dos mineiros, é fabricada também nas áreas próximas de Araxá, Campo das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre e Triângulo Mineiro.

O estudo sobre a micobiota terroir em Queijo Minas Artesanal, particularmente a que cresce na superfície, visa à identificação dos fungos filamentosos e leveduras presentes no queijo e no ambiente de produção. O trabalho é desenvolvido pela mestranda Michele de Oliveira Aragão, do Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA), sob a coordenação dos professores Luís Roberto Batista e Luiz Ronaldo de Abreu, também do DCA.

No caso do queijo artesanal, os pesquisadores observaram que os microrganismos que estão no ambiente e o modelo tradicional de produção são determinantes na concepção do produto, diferenciando-o dos industrializados.

O projeto iniciou-se há cerca de um ano, a partir da demanda de um produtor da cidade de Serro, que percebeu a presença de mofo branco em queijos de sua propriedade. Após o contato com os pesquisadores do DCA, o produtor enviou amostras desses produtos e foi constatada a predominância de Geotrichum candidum.

Em seguida, os responsáveis pela pesquisa seguiram para o Serro e realizaram análises microbiológicas de amostras de superfícies e da qualidade do ar do local de produção. Esse mesmo processo se repetiu em outras duas cidades mineiras localizadas na região da Canastra: São Roque de Minas e Piumhi.

Iguaria produzida em Minas Gerais

No laboratório de micologia e micotoxinas do DCA, ocorrem o isolamento e a identificação dos microrganismos, sendo que os fungos e leveduras isolados estão armazenados a uma temperatura de menos 80 ⁰C, na coleção de cultura de microrganismos do departamento. Após a investigação, os pesquisadores constataram que o fungo em questão circulava naturalmente no ambiente de ambas as regiões produtoras, que apresentam condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do fungo.

Conforme o professor Luís Roberto, o G. candidum é responsável pela textura enrugada na superfície do produto. Esse microrganismo, comum em queijos artesanais fabricados a partir de leite cru, desempenha um importante papel na maturação e dá um toque especial ao sabor e ao aroma da iguaria em razão da produção de enzimas específicas.

Os pesquisadores consideram que essas constatações são algumas das principais contribuições da pesquisa no sentido de reafirmar a identidade regional do produto e de garantir a comercialização e o consumo. Além de influenciar no sabor, o fungo não traz prejuízos à saúde, conforme revelam os estudos.

Ainda segundo os pesquisadores, é importante seguir com o monitoramento da micobiota terroir, pois há outros microrganismos envolvidos no ambiente que encontram condições favoráveis para desenvolvimento no queijo. Os trabalhos estão em andamento e contam com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisa ganhou repercussão na mídia e foi destaque nos jornais Estado de Minas e O Tempo, ambos de Belo Horizonte.

Texto: Rafael Passos – Jornalista/bolsista – Fapemig

Fotos:  Mayara Toyama – Estagiária/DCOM/UFLA

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Inicia nesta terça-feira (9/5) o II Simpósio de Ciência do Solo na UFLA

Entre os dias 9 e 12 de maio ocorrerá o II Simpósio de Ciência do Solo, no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Promovida pelo Núcleo de Estudos em Ciência do Solo (Necs), do Departamento de Ciência do Solo (DCS/UFLA), esta edição traz como tema “Interfaces, desafios e inovações”. A solenidade de abertura será nesta terça-feira (9/5) às 18h. 

O evento será composto por palestras e minicursos e possui o compromisso de gerar e aprimorar conhecimentos, levantar questionamentos e atualizar informações sobre os entraves e possibilidades de crescimento da agricultura focada no estudo dos solos.

Nesta segunda edição, a novidade principal é a inserção de aceite de resumos científicos. Os inscritos terão a possibilidade de enviar seus trabalhos para publicação nos anais do evento, com premiação prevista para o melhor trabalho apresentado. O prêmio terá como professor homenageado Alfredo Scheid Lopes. 

O Simpósio contará com professores e profissionais de renome na área, entre professores da UFLA e de outras instituições, proporcionando atualização acerca de assuntos pertinentes para a ciência e que possam vir a causar reflexos positivos na sociedade.

Outras informações sobre a programação e inscrições: site oficial do evento: http://www.scsufla.com/
Produção: Luciana Tereza, estagiária DCOM/UFLA.

UFLA realiza Colação de Grau para mais de 400 formandos- confira as fotos

Colação de Grau/UFLA 2017

Na sexta-feira (5/5), familiares e amigos prestigiaram a sessão solene de Colação de Grau de 23 cursos ofertados pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Mais de 400 formandos encerraram oficialmente a trajetória na graduação. A cerimônia foi presidida pelo reitor, professor José Roberto Scolforo, acompanhado da vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho, além do professor Mário Neto Borges, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), escolhido como paraninfo das turmas.

Durante a solenidade, na mesa de honra, também estiveram presentes membros do Conselho Universitário, pró-reitores, chefes de departamentos, diretores, coordenadores de cursos, patronos, patronesses, professores e servidores homenageados, além de parceiros e autoridades de Lavras.

Receberam o diploma os estudantes dos cursos de Administração, Administração Pública, Ciência da Computação, Ciências Biológicas (Bacharelado), Ciências Biológicas (Licenciatura), Educação Física (Bacharelado), Educação Física (Licenciatura), Filosofia, Física, Letras, Matemática, Química (Bacharelado), Química (Licenciatura), Sistema de Informação, Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Nutrição, e Zootecnia.

Professor Scolforo no pronunciamento

No pronunciamento para os formandos, o professor Scolforo destacou a importância da formação profissional e pessoal dos estudantes para que possam fazer diferença na sociedade. “Nós podemos ser o contraponto a essa crise ética. Fazer uma avaliação e ver o que estamos fazendo no nosso dia a dia. A partir de segunda-feira a história é outra. A realidade vai tomar conta de vocês. O medo e a insegurança, muitos vão ter com intensidade, mas é preciso vencer esses sentimentos. A confiança em nós próprios é o caminho que nos leva à felicidade, lapidando-os para serem cidadãos de valor, com ética e amor ao próximo. Temos que ser exemplos de cidadania para esse país. Sintam e assumam o compromisso com o juramento que fizeram e defendam sempre o nosso lema: orgulho de ser UFLA”.

Orgulho de ser UFLA foi o sentimento compartilhado pela estudante Rhadanna Tonetti Botelho, graduanda em Medicina Veterinária. Para ela, concluir o curso na UFLA é uma experiência única. “É uma emoção inexplicável. A expectativa é seguir com honestidade, integridade e cuidar dos animais com muito amor e dedicação. Amo a UFLA e já estou com saudades”, comentou emocionada.

Paraninfo

Édila Von Pinho (vice-reitora), Mário Neto Borges (presidente CNPq), Joziana Barçante (chefe de gabinete), Scolforo (reitor)

O professor Mário Neto Borges é graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), mestre em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutor em inteligência artificial aplicada à educação pela Universidade de Huddersfield da Inglaterra e professor titular da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). Ele já ocupou os cargos de diretor científico e de presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), além de ter comandado o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Hoje, é presidente do CNPq. 

O paraninfo das turmas, compartilhou da mesma ideologia do reitor, durante a sua declaração. “Em 2008 tive a oportunidade de ser homenageado pela UFLA, como professor Honoris Causa, então me sinto parte dessa família. É sempre renovador presenciar esses momentos, pois o país está na mão de vocês, então, lutem como disseram no juramento, sempre com honestidade e ética profissional. Vocês são brasileiros privilegiados que tiveram a oportunidade de estudar em uma Universidade de excelência e pública. Por isso devem dar o retorno à sociedade. Todos temos que fazer nossa parte para termos um país melhor”.

Mérito Acadêmico

Concedido aos estudantes concluintes dos cursos de graduação da UFLA que alcançaram a maior pontuação na análise de currículo, conforme consta na Resolução CEPE 311/2016. A distinção visa premiar os formandos que obtiveram melhor desempenho em sua vida acadêmica.

Lucas Rocha Vieira recebeu o Mérito Acadêmico no curso de Administração. Para ele, o reconhecimento da Universidade se deu em razão das atividades que realizou durante o curso, como monitoria, Programas de Educação Tutorial em Administração (PET/Administração), grupo de pesquisa, coral e orquestra. “Não sabia da homenagem e me senti muito honrado”.

Em Letras, a homenageada foi Francieli Aparecida Dias, que também ficou surpresa por ter sido lembrada pela Instituição, o que a motivou ainda mais para começar o mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Francieli crê que o amor pelo curso e a dedicação foram fundamentais para ter alcançado essa conquista. 

Seguem os demais homenageados:

Administração Pública: Samantha Thais Baião Moreira; Ciência da Computação: Lucas Pedroso Carvalho; Ciências Biológicas – Bacharelado: Roberta Mariah Teodósio Silva; Ciências Biológicas – Licenciatura: Lucas Silveira Lopes; Educação Física – Bacharelado: Mariane Faria Braga Bacelar; Educação Física – Licenciatura: Ana Carolina da Silva; Química – Licenciatura: Joyce Karoline Daré; Agronomia: Danielle Rezende Vilela; Engenharia Ambiental e Sanitária: Ana Augusta Damasceno de Carvalho Faria; Engenharia de Alimentos: Jayanne Alves Azevedo Rozeira; Engenharia de Controle e Automação: Eric Ferreira Schmiele; Engenharia Florestal: Gustavo Augusto da Mata Silveira.  

Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista DCOM/ Fapemig. Colaboração de Rafael Passos (jornalista) e Mayara Toyama (estagiária).

Veja a galeria de fotos. Clique na primeira foto e siga a seta para ver as demais em tamanho expandido:

Fotos da primeira turma (14h). Galeria: Ana Eliza Alvim, Rafael Passos e Panmela Oliveira. 

Fotos da segunda turma (18h). Galeria: Camila Caetano, Mayara Toyama e Leonardo Assad.

Ídolo do futebol, Reinaldo participa de evento na UFLA e lança biografia

Reinaldo e seu filho falaram sobre o livro Punho Cerrado

A abertura do Segundo Encontro Multidisciplinar em Saúde, Reabilitação e Esporte na Universidade Federal de Lavras (UFLA) contou com a presença de uma personalidade ilustre do esporte. O ex-jogador de futebol José Reinaldo de Lima, o “Rei”, ídolo do Atlético-MG, participou do evento na última quinta-feira (4/5) e lançou a sua biografia, Punho Cerrado – A História do Rei.  O encontro, que teve a organização do Grupo de Estudo e Pesquisa em Ergonomia e Biomecânica –  Ergomecânica (GEPE), do Departamento de Educação Física (DEF), terminou no sábado e reuniu especialistas em mesas de debate, palestras e minicursos.

Escrita por Philipe Van Raemdonck Lima, que é filho de Reinaldo, a obra conta a trajetória do ex-atleta dentro e fora dos gramados. Uma curiosidade que chama a atenção é o fato do autor do livro ter acompanhando somente o final da carreira do pai, como revelou o próprio Reinaldo. 

No entanto, tal circunstância não foi empecilho para o relato das curiosidades e das histórias do ex-jogador. “O Philipe não viu eu jogar futebol durante a infância e a adolescência. Ouviu muita história a meu respeito. Ele pesquisou, olhou, mas ele queria ouvir de mim a história. No depoimento para o meu filho a gente abre mais o coração”, disse.

Philipe Lima disse estar honrado por ter escrito e publicado a biografia do próprio pai e acredita que o livro transcende o futebol.  “O futebol não é um mundo à parte. Ele faz parte da sociedade. Pra mim, é um privilégio contar a história de um ídolo do futebol. Eu aceitei a missão de contar a história não só de um jogador genial, mas de um homem com uma história de vida riquíssima”, contou.

Autor de 255 gols com a camisa alvinegra, Reinaldo ficou conhecido por erguer o punho cerrado em suas comemorações. Imortalizado e símbolo de resistência, o gesto também é retratado no livro.  “Punho cerrado é um gesto que eu comecei a fazer em 1976. Era um gesto de protesto porque a gente vivia uma ditadura militar e não tinha liberdade de imprensa. O campo de futebol era um lugar mais ou menos democrático e acabou ficando uma marca minha”, revelou o ex-jogador.  Reinaldo também defendeu a Seleção Brasileira na Copa de 1978, na Argentina.

Reinaldo autografou sua biografia e conversou com torcedores do Atlético
Reinaldo autografou sua biografia e conversou com torcedores do Atlético

Punho Cerrado – A História do Rei – aborda ainda as diversas lesões enfrentadas por Reinaldo na época jogador, que o levaram encurtar a carreira aos 31 anos Para ele, esses casos podem suscitar pesquisas para alunos e professores ligados à medicina esportiva e à Educação Física. O drama do ex-jogador com as drogas, a superação da dependência química e a passagem pela política também ganharam capítulos no livro.

Paixão pelo clube

Natural de Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, o Reinaldo chegou ao Atlético em 1971, quando tinha apenas 14 anos, e foi para as categorias de base. Em 1973, o jovem atacante finalmente foi promovido ao time profissional e tornou-se um dos maiores jogadores da posição.

Ídolo dos atleticanos, Reinaldo vê que a ligação entre clube e jogador está mais profissional em relação à época na qual ele atuava. Por isso, ele entende que são poucos os jogadores que torcem para o clube que defendem. “Amor à camisa é muito romântico. Claro que o jogador desde pequeno tem o seu clube de preferência e às vezes joga nesse clube. Na época em que jogava era uma relação mais paternalista”.

Texto: Rafael Passos – Jornalista/Bolsista – Fapemig