Tiro de Guerra em Lavras recebeu grupo de pesquisa Fesex para seminário sobre violências sexuais

Foto: Fesex

No dia 7/4, o grupo de pesquisa Relações entre Filosofia e Educação para a Sexualidade na Contemporaneidade: a Problemática da Formação Docente (Fesex) foi recebido no Tiro de Guerra (TG 04-031), em Lavras, para um seminário sobre violências sexuais.

A iniciativa integra o projeto “Borbulhando: enfrentamentos às violências sexuais nas infâncias no sul de Minas Gerais”, aprovado no Ministério da Educação (MEC) e coordenado pela professora do Departamento de Educação (DED) Cláudia Ribeiro. Recentemente, o Fesex lançou um livro – produto do projeto – e agora a meta é divulgar as informações por meio de seminários. “O compromisso é disseminar a obra, contemplando a formação política, interferindo para a formação da criticidade, levando ao conhecimento de cidadãos e cidadãs esta temática e fortalecendo ações que reflitam o respeito às crianças e adolescentes. A importância da prevenção e da denúncia das violências sexuais é um exemplo de ações a serem fortalecidas”, explica a professora.

Durante o evento, a professora e mestra em educação Gislaine de Fátima Ferreira da Silva, que faz parte do grupo, apresentou seu artigo intitulado “Manchas da violação: a expressividade das artes”, abordando a vida da pintora do Renascimento italiano, Artemísia Gentileschi e as violências sexuais sofridas por ela. A jornalista Fátima Ribeiro, também integrante do grupo, falou sobre a Rede de Proteção às infâncias e sobre a importância do envolvimento cidadão de cada um dos atiradores, e da instituição Tiro de Guerra, nessa Rede.

A professora Cláudia, que é também coordenadora do Fesex, apresentou o livro, abordando as violências sexuais, as violências de gênero a que são submetidas, em sua maioria, as mulheres, e falou sobre a violência que se esconde por trás de “brincadeiras” ofensivas.

O seminário no Tiro de Guerra, dirigido a um público de cem atiradores, foi o primeiro de uma série prevista para ocorrer em várias cidades do sul de Minas Gerais, disseminando as ideias veiculadas no livro “Borbulhando”. No local, a equipe foi recebida pelo Primeiro Sargento Jeferson e pelo Sargento Carlos.

A extensão, um dos pilares da universidade, é exercida pelo Grupo de Pesquisa Fesex  como uma intervenção política e de possibilidades de construção do conhecimento nas temáticas de gênero e sexualidade nas comunidades pelas quais circula.

Confira a agenda dos seminários Fesex:

Nepomuceno – 19/4

Boa Esperança – 11/5

Ingaí – 15/5

Perdões – 17/5

Campo Belo – 18/5

Três Corações – 21/6

Oliveira, Santana do Jacaré e Bom Sucesso – em negociação.

Informações: Fátima Ribeiro (jornalista e integrante do Fesex)

Fapemig lança chamada conjunta sobre Biobased Water Technology

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), em parceria com a Força Tarefa para Pesquisa Aplicada (SIA) da Organização Holandesa para Pesquisa Científica (NWO), lançou a chamada conjunta com o tema Biobased Water Technology.

O objetivo da iniciativa é apoiar projetos de pesquisa a serem elaborados conjuntamente por pesquisadores vinculados a Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação/ICTs em Minas Gerais e na Holanda, que configurem cooperação bilateral e estreita. É esperado que a atividade de pesquisa seja conduzida em ambos os lados e que a contribuição do projeto seja uniforme entre Minas Gerais e a Holanda.

Os recursos para essa chamada serão de, no máximo, 125 mil euros da parte holandesa, por meio da SIA. Da parte da Fapemig serão investidos até 125 mil euros, baseando-se no princípio de “esforço conjunto”, que é o empenho similar de pesquisa (aplicada) dos dois lados e não de despesas iguais para ambos. Dessa forma, é previsto que as candidaturas sejam destinadas a uma parceria balanceada, não especificamente em termos monetários, mas com compromissos e esforços equivalentes de pesquisa de ambos os parceiros.

A empresa mineira participante deve apoiar a proposta com uma contrapartida financeira de, pelo menos, 10% do total solicitado à Fapemig. Somente as propostas que forem avaliadas como muito boas serão elegíveis para o apoio financeiro.

Submissões

O prazo final para a submissão da expressão de interesse via ISAAC-system para a SIA é 12 de maio, às 14h, de acordo com o horário local na Holanda. O prazo de submissão para a FAPEMIG também é 12 de maio, às 14h, pelo horário de Brasília. Para candidatura da proposta de pesquisa completa, os candidatos de Minas Gerais devem preencher o formulário eletrônico do Everest, em português, e anexar os documentos complementares. Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: aci@fapemig.br.

Biobased economy

A Biobased economy refere-se a uma economia em que produtos farmacêuticos, produtos químicos, materiais, transporte de combustíveis, eletricidade e calor e todos os tipos de insumos diários são feitos a partir de biomassa em substituição aos combustíveis fósseis, como petróleo, carvão ou gás natural. Para a presente chamada, o termo biobased activities é definido como atividades que transformam biomassa da agricultura, água e silvicultura (incluindo resíduos), como resíduos orgânicos sólidos e líquidos, em produtos de maior valor agregado, incluindo bioenergia e biomateriais.

Na Holanda, a Biobased economy tem sido amplamente adotada nos últimos dez anos. As razões mais importantes que levaram a essa adoção foram: busca por uma maior sustentabilidade, (redução das emissões de CO2), a consciência da disponibilidade finita dos combustíveis fósseis, e as oportunidades econômicas oferecidas às empresas holandesas por meio do uso de recursos e resíduos biológicos renováveis. Durante os últimos dez anos, o setor químico holandês expandiu suas empresas em 30% por meio da introdução de novos produtos no mercado, aumentando a produtividade em mais de 30% e reduzindo o consumo de energia, por tonelada de produto, em 25%.

O Brasil é reconhecido na área de biomassa, o que inclui a produção de etanol biológico derivado da cana-de-açúcar, produção de biodiesel de soja e o uso de madeira e minério de ferro para produção de aço. O país também possui muitos outros fluxos de resíduos que seriam úteis para a biobased economy, mas não são aproveitados (por exemplo, o biogás de resíduos agrícolas, resíduos biológicos sólidos etc.).

Acesse a chamada completa aqui.

Outras informações podem ser obtidas com a Central de Informações da Fapemig pelo e-mail ci@fapemig.br .

Texto: Assessoria de Comunicação Social da Fapemig

Abertas as inscrições para o VIII Programa da Fundação Botín para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina

A Fundação Botín iniciou no dia 21 de março a VIII Edição do “Programa para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina”, um programa que pretende impulsionar o desenvolvimento da região por meio de uma rede de servidores públicos com alta capacidade e compromisso com o interesse geral.

A Fundação selecionará estudantes universitários latinoamericanos de alto potencial e vocação de serviço público. As candidaturas deverão ser realizadas até o dia 18/5 e a lista de candidatos selecionados será publicada no dia 12/7.

A formação começará no dia 4/10 na sede da Fundação Botín em Madrid, sendo finalizada no dia 22/11 no Rio de Janeiro (Brasil), na Fundação Getúlio Vargas.

O financiamento inclui todos os gastos de matrícula, viagem e estadia dos estudantes selecionados.

Consulte aqui os dados sobre o programa, requisitos, perfil do candidato e formulário para a inscrição.

Assista aqui o vídeo sobre o programa.

Mais informações podem ser consultadas aqui.

 

Teisa Bustamante Maglioni: estagiária Dcom/UFLA. 

Representantes da John Deere visitam a UFLA para conhecer o trabalho do Laboratório de Mobilidade Terrestre

Visitantes no espaço da John Deere na UFLA

Representantes da empresa John Deere estiveram na Universidade Federal de Lavras (UFLA) nesta terça-feira (11/4) para conhecer melhor o trabalho realizado pelo Laboratório de Mobilidade Terrestre (LMT) e discutir possibilidades de futuras parcerias. Na ocasião, também foi apresentado o Parque Científico e Tecnológico (Lavrastec).

Em parceria com a UFLA desde 2008, a multinacional do setor agrícola, desenvolve o projeto “Parceiros da Tecnologia”, que visa dar apoio à Universidade através das novas tecnologias desenvolvidas pela empresa e ao mesmo tempo, atuar junto à Universidade no desenvolvimento e formação dos estudantes. O assessor de Assuntos de Parcerias Público-Privadas da Reitoria da UFLA, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, conduziu a visita. Ele contextualizou a história da Universidade e apresentou o crescimento do câmpus da UFLA nos últimos anos.

O professor Arthur de Miranda Neto do Núcleo de Eletricidade e Automação (DEG/UFLA), mostrou o trabalho realizado pelo LMT, em vigor desde 2014, integrando um amplo projeto elaborado em parceria com o Instituto Vedecom (Véhicule Décarboné Communicant et sa Mobilité). O projeto também conta com a colaboração de grupos de pesquisa no Brasil. 

O professor Arthur destacou a necessidade de se buscar novas soluções para a segurança no trânsito por meio de veículos autônomos e conectados, uma possibilidade para a diminuição da maior parte dos acidentes. “Os trabalhos caminham para um futuro em que carros e outros veículos poderão se deslocar pelas vias sem a intervenção de um motorista”.

Ele também apresentou o projeto desenvolvido, com a participação de diferentes professores e pesquisadores, para a estruturação, no câmpus, de uma pista para testes para veículos e tratores inteligentes. O professor enfatizou que, valorizando a tradição da instituição na área de Ciências Agrárias, a pista será também estratégica para projetos relacionados à agricultura de precisão. 

Os representantes da John Deere ressaltaram a importância de compreender as capacidades do LMT, a fim de verificar o que pode ser desenvolvido em conjunto com a empresa. Destacaram a multidisciplinariedade da Universidade no projeto de veículos inteligentes, como a participação das áreas de Direito e Administração e Economia, que podem auxiliar nas questões legais e relacionadas ao mercado. E ainda o trabalho com as peculiaridades das propriedades rurais, para que os veículos possam ser adaptados às diferentes demandas.

O professor Arthur destacou ainda que o laboratório já nasceu com um bom embasamento em pesquisas, com a responsabilidade de entender o impacto dessas novas tecnologias para a sociedade. “Os veículos inteligentes fazem parte da 4ª Revolução Industrial e é necessário pesquisar como essas tecnologias podem ser aplicadas também no campo. Outro fator importante é prepararmos nossos estudantes para esse mercado. A General Motors, por exemplo, abriu uma seleção para mil engenheiros com a finalidade de desenvolver carros autônomos. Acordos importantes já foram assinados com a Vedecom, o Techno Park Campinas, e o Inmetro. Nossa equipe está muito bem preparada, os membros possuem publicações de impacto, projetos com financiamentos aprovados e patente com a Renault na França”.

Durante a reunião, o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor João José Granate de Sá e Melo Marques, fez uma apresentação do Parque Científico e Tecnológico (Lavrastec), o maior investimento de toda a história da UFLA. “Nossa Universidade é forte em Ciências Agrárias, pois damos suporte aos nossos estudantes. E o Parque Tecnológico é uma peça chave para alavancar ainda mais a Instituição. Além das empresas incubadoras, precisamos também de empresas âncoras, fortalecidas no mercado, que estejam interessadas nesse projeto”, ressaltou o pró-reitor ao mostrar as possibilidades do Lavrastec à John Deere.

A visita foi produtiva para mostrar todo o trabalho realizado na UFLA com a possibilidade de que novas parcerias sejam firmadas. “Com essas parcerias temos potencialidades para treinamentos, além de a Universidade possuir conhecimentos em diversas áreas que não temos contato, auxiliando em uma significativa troca de conhecimentos”, afirmou o gerente de entrega de treinamento da John Deere, Joel Bortoli. A supervisora de projetos da empresa, Candice Sega, salientou que a visita à UFLA fez toda diferença para poder estreitar o relacionamento com a Universidade.

Ao final, o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, reforçou a qualificação e o compromisso da Universidade. “Temos uma Instituição de porte menor que tem se destacado nacionalmente. Um time de professores e estudantes comprometidos com os projetos que desenvolvemos. Nossos índices são cada vez melhores e se unirmos forças a tendência é de fortalecer cada vez mais a Universidade e as nossas parceiras. Nossa tradição é de ousar e acreditar no impossível, sempre empreendendo”.

Camila Caetano- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig.