Artigo produzido na UFLA discute “Masculinidades, feminilidades e educação matemática”

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Há relação entre o ensino da matemática e as concepções sociais de gênero? O mestrando da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Lucas Alves Lima Barbosa, do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE), buscou a resposta a essa questão e desenvolveu o artigo “Masculinidades, feminilidades e educação matemática: análise de gêneros sob a ótica discursiva de docentes matemáticos”.

Lucas entrevistou professores de matemática da rede pública de ensino do município de Inconfidentes, no sul de Minas Gerais, para verificar quais eram suas percepções sobre o aprendizado dos conteúdos por meninos e meninas. De acordo com o pesquisador, há instrumentos de medição da educação que passaram a incluir a identificação de gênero na análise dos resultados. “O que se observa é que, seguindo o senso comum, os números mostram um melhor desempenho dos meninos na matemática. O artigo, entretanto, busca refletir sobre o caráter socialmente construído dessa realidade.”

O trabalho adota a concepção de gênero, deixando bem definida sua diferenciação em relação à terminologia sexo. “Gênero é tudo aquilo que, socialmente e culturalmente, nos define como sendo homens ou mulheres. Pertencer a um determinado gênero acrescenta aos nossos feitios uma série de modos de agir, de se vestir, de se comunicar, de trabalhar, de se divertir e de se praticar a sexualidade”.

A partir das falas dos entrevistados, o autor argumenta que a dicotomia masculino/feminino no aprendizado da matemática não é algo natural, mas construído e reproduzido nos processos de ensino. As expectativas que os professores projetam sobre cada um dos dois grupos são diferentes, e acabam por fazer com que ofereçam maiores estímulos aos meninos.

Em geral, quando convidados a explicar os motivos pelos quais acreditam que meninas e meninos têm aproveitamentos diferentes em matemática, os professores apoiam-se em três grupos de argumentos: o de que o comportamento feminino é diferente do masculino; o de que as atividades desenvolvidas no cotidiano pelos meninos favorecem esse resultado e o aquele apoiado na naturalização (baseado na ideia de que é assim simplesmente por ser assim).

No estudo, são também observados os relatos dos professores sobre suas próprias experiências ao cursarem a graduação em matemática, as dificuldades e os estranhamentos com os quais se depararam.

O artigo “Masculinidades, feminilidades e educação matemática: análise de gêneros sob a ótica discursiva de docentes matemáticos” foi publicado na Revista Educação e Pesquisa, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Lucas é integrante do grupo de Pesquisa ‘Relações entre a filosofia e educação para a sexualidade na contemporaneidade: a problemática da formação docente (Fesex). Acesse aqui o texto completo.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Relatório de avaliação da gestão 2014/2017 da CPPD está disponível para consulta

A Comissão Permanente de Pessoal Docente da Universidade Federal de Lavras (CPPD/UFLA) elegeu, em março, novos representantes para a gestão do biênio 2017/2018. A equipe do período 2014/2017 fechou relatório de atividades, consolidando as informações sobre ações desenvolvidas ao longo desse tempo e os resultados alcançados.

As atividades realizadas englobaram ações como a reestruturação e organização de arquivos da Comissão; organizações no arquivo central; classificação e digitalização de normas jurídicas utilizadas; atualização constante da página da CPPD na Internet e disponibilização de normas relativas ao Plano de Carreiras e Cargos do Magistério Federal, de modelos de requerimentos, de detalhamentos de procedimentos necessários, entre outros conteúdos. Também podem ser citadas a criação do banco de dados dos professores nomeados na Universidade e acompanhamento das carreiras; a análise de processos complexos; a criação de manuais; o estabelecimento de parcerias com órgãos da UFLA; a ministração de cursos e inúmeras outras rotinas, relatadas no documento.

Entre os resultados apresentados está a tramitação de 1.019 processos, entre 2014 e 2017, referentes a promoções/progressões, retribuição por titulação, aproveitamento de tempo, revisão de interstício, aceleração de promoção e homologação de estágio probatório. Os gráficos revelam um aumento da demanda por atuação da CPPD, na medida em que o quadro de professores da Universidade cresceu 51,29% de 2013 a 2017. É possível também observar a distribuição de professores entre as classes A, B, C, D e E, bem como outros indicadores (acesse aqui a íntegra do relatório).

O presidente da CPPD na gestão 2014-2017, professor Nilton Nagib Jorge Chalfun, enfatiza o compromisso adotado nesse período para que a CPPD se desenvolvesse adequadamente. “Foram inúmeras as atividades desenvolvidas pela nossa equipe de trabalho em prol de nossos docentes e não medimos esforços para realizá-las de forma honesta e de acordo com as leis ora vigentes, de modo a transformar a CPPD num órgão transparente e a serviço de nossa comunidade. Administradores, técnicos administrativos e estagiários, que atuam e atuaram na Comissão, agradecem a Deus e a toda a comunidade acadêmica, especialmente aos dirigentes da Universidade e aos colegas docentes, que nos elegeram e depositaram confiança e nos apoiaram em nosso trabalho desenvolvido. Desejamos muito sucesso para a nova gestão, que ora se inicia”.          

Programa de Mobilidade Acadêmica da Universidade de Brunei Darussalam amplia prazo de inscrição até 12/4

A Diretoria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Lavras (DRI/UFLA) informa que o prazo de inscrições para o Programa de Mobilidade Acadêmica oferecido pela Universidade de Brunei Darussalam (UBD), em Brunei, foi prorrogado para 12 de abril. O Termo de Retificação do Edital UBD-GCUB 001/2017 está disponível para consulta.

A UBD, instituição parceira do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), oferece cinco vagas em seu Programa de Mobilidade Acadêmica para alunos de graduação de todas as áreas do conhecimento matriculados em Universidades Associadas ao GCUB. A mobilidade acontecerá entre os meses de julho e dezembro de 2017 e as aulas serão ministradas em inglês.

Os candidatos selecionados serão isentos de taxas acadêmicas, mas deverão custear os demais gastos relacionados à viagem e ao período de estudos em Brunei.

Clique aqui para obter mais informações sobre o Programa

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.