Arquivo Público Mineiro realiza na UFLA curso de conservação preventiva de acervos

O curso integra o Termo de Cooperação Técnica assinado com o Arquivo Público Mineiro

Especialistas e técnicos do Arquivo Público Mineiro (APM) realizaram nesta quarta (8/2) e quinta-feira (9/2), na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o Curso de Capacitação “Conservação preventiva de acervos arquivísticos, museológicos e bibliográficos”. A ação integra o Termo de Cooperação Técnica assinado entre as duas instituições, com o objetivo de fomentar a conservação e organização do acervo documental salvaguardado pelo Museu Bi Moreira da UFLA.  A primeira etapa dessa parceria terá a duração de 12 meses. 

O curso foi ministrado pela diretora de conservação de documentos no APM, Flávia Carolina de Oliveira Andrade, e pela coordenadora de projeto no APM, Vívian Santiago Lima. Elas abordaram os aspectos da conservação preventiva em arquivos, museus e bibliotecas, por meio de discussões e reflexões de temas como: plano contra sinistros e emergências, segurança de acervos, manejo integrado de pragas, acondicionamento e manuseio de acervos, reformatação de suporte documental, climatização de área de guarda de documentos, controle das condições ambientais, entre outros.

Para a museóloga da UFLA, Patrícia Muniz Mendes, o curso é de extrema importância para saber lidar com os desafios da preservação e conservação. Também esteve presente o representante do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em História da Educação, professor do Departamento de Educação (DED/UFLA) Ângelo Constâncio Rodrigues. Para ele, o curso apresenta dois lados relevantes, primeiro como ação de extensão da Universidade, já o segundo com foco na pesquisa. “É algo inovador, traz um novo gás, uma nova vida na Universidade”, comentou. 

Por meio desse Termo de Cooperação Técnica haverá a conservação e organização de importantes fontes, como, livros, jornais/periódicos, documentação iconográfica (fotografias e negativos), documentos textuais e sonoros (discos vinil), que estão relacionadas à história e memória da cidade de Lavras e a origem da UFLA.  “Isso é só o início, pode esperar que teremos outras iniciativas também significantes”, ressaltou o pró-reitor de extensão e cultura, professor João José Granate de Sá e Melo Marques. 

O superintendente do APM, Thiago Veloso Vitral, destacou que a preservação inicia primeiramente com a sensibilidade de quem cuida dos acervos. “Precisamos fazer a multiplicação das fontes primárias. Será um ano de atividade com muito ensinamento teórico e prático”.  

Além dos cursos, serão elaborados estudos de nova localidade e mobiliário adequados para abrigar o Arquivo do Museu Bi Moreira e um projeto de preservação, organização e digitalização do acervo documental sob a guarda da instituição. Essas ações de preservação dos bens culturais tutelados pela Universidade fazem parte do processo de requalificação dos Museus da UFLA. 

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.

Interdição na Avenida Central da UFLA: trecho da via estará fechado no sábado (11/2) para pintura e sinalização

A Prefeitura Universitária comunica à comunidade que a Avenida Central da Universidade Federal de Lavras (UFLA) estará interditada no sábado (11/2), das 7h às 16h, para pintura de faixas de pedestres e de quebra-molas.

A interrupção do trânsito compreenderá, no sentido de quem sobre, trecho que começa logo após a entrada para a região da Reitoria e Centro Administrativo e vai até as proximidades do Departamento de Ciência da Computação (DCC).

Na mesma altura, as avenidas Sul e Norte estarão com trânsito normal.

Pesquisa: estradas de terra causam tanto impacto sobre a biodiversidade quanto as pavimentadas e movimentadas

Espécie monitorada pela pesquisa

Pesquisadores do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia (CBEE), da UFLA, realizaram um estudo sobre o efeito das estradas no deslocamento de pequenos mamíferos roedores no Sul de Minas Gerais. A pesquisa concluiu que indivíduos da espécie Akodon montensis (conhecida popularmente como rato-do-chão), que vivem em fragmentos florestais margeados por estradas, estão confinados a viver nos mesmos.

A hipótese foi comprovada no experimento: alguns ratos-do-chão foram equipados com “carretéis de rastreamento” (um casulo de linha) e soltos em áreas florestais que margeavam estradas. Conforme se deslocavam, os ratos-de-chão iam soltando a linha, o que possibilitou aos pesquisadores analisarem o trajeto (distância e direção) e as tentativas de travessia para o habitat adjacente. A pesquisa foi realizada perto de margens de diferentes tipos de estradas e de solos: pavimentadas, de terra, pastagens e plantações e fragmentos sem influência de nenhum tipo de uso do solo.

Pela linha deixada, foi possível visualizar e dimensionar a trajetória dos roedores

Para surpresa dos pesquisadores, mesmo em fragmentos florestais margeados por estradas de terra, os ratos-do-chão estudados não estão aptos a deixar o fragmento que vivem em busca de outro fragmento florestal, mesmo que este seja do outro lado da estrada. Como esperado em estradas pavimentadas, nenhum indivíduo tentou transpor esta barreira. “Em estradas de terra, pensamos que isso não ocorreria porque o substrato da estrada ainda é natural e o tráfego de veículos é baixo”, aponta a pesquisadora Priscila Lucas, do CBEE.

Também como esperado, os indivíduos de rato-do-chão nas bordas dos fragmentos margeados por outro tipo de uso do solo, exclusivamente aqueles com cobertura vegetal (plantações de café), se deslocaram através destes locais. “Nesse estudo, vimos que, mais que o tipo de estrada, a falta de cobertura de vegetação aérea que ela proporciona desencoraja os indivíduos a tentarem atravessar essas infraestruturas”, conclui a pesquisadora.

Monitoramento de atropelamentos

Uma das ações desenvolvidas no CBEE é o monitoramento de atropelamentos nas estradas brasileiras. O coordenador do Centro e coautor da pesquisa, professor Alex Bager, calcula que o número de colisões com animais em estradas de terra é semelhante ao de estradas pavimentadas: “Proporcionalmente, acontecem menos atropelamentos nas primeiras; porém, como há muito mais estradadas sem pavimentação no Brasil, o número de atropelamentos em ambas se equipara”, aponta.

Efeito barreira

Estrutura utilizada no experimento

“As estradas são clareiras lineares que geram a perda e a divisão do habitat das espécies. Essas espécies ficam restritas ao fragmento remanescente no qual vivem e que está, muitas vezes, isolado de outros. A estrada pode ser vista como uma barreira que impede o seu deslocamento, embora algumas espécies sejam capazes de se deslocar nelas ou próximo a elas”, explica Priscila. A quantidade de veículos que circulam na rodovia ou a diminuição na qualidade do ambiente e de recursos na borda desses fragmentos florestais são fatores que podem contribuir para esse efeito.

A colisão de animais com veículos não é o único impacto que as estradas causam na biodiversidade. Entender os efeitos causados pelas estradas auxilia o desenvolvimento de medidas de mitigação adequadas. Essa pesquisa é o primeiro resultado publicado do projeto “Estrada Viva”, iniciado em 2012 e financiado pela Fapemig. Esse e outros resultados do estudo podem ser acessados no artigo The effect of roads on edge permeability and movement patterns for small mammals: a case study with Montane Akodont, publicado recentemente no renomado periódico na área de Ecologia Landscape Ecology.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café reúne pesquisadores e apresenta resultados relevantes para a cafeicultura

Pesquisadores de diferentes instituições brasileiras vinculados às dez linhas de pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café) reuniram-se na Agência de Inovação do Café (InovaCafé), na Universidade Federal de Lavras (UFLA), para apresentarem resultados da primeira fase de atuação do INCT, correspondente ao período de 2009 a 2016. O encontro ocorreu nos dias 1 e 2 de fevereiro.

“O INCT Café faz parte de uma das maiores iniciativas da ciência e tecnologia do Brasil. O foco do projeto não consiste somente na pesquisa, mas também na formação de recursos humanos, divulgação dos resultados de ciência, tecnologia e inovação, colocando em prática o princípio da educação servindo para a ciência”, explicou o coordenador do Instituto, professor da UFLA, Mário Lúcio Vilela Resende.

Através de quatro subprogramas que abrangem um total de dez linhas de pesquisas, o projeto tem a missão de gerar tecnologias apropriadas, competitivas e sustentáveis, por meio da integração de competências institucionais, capacitação de recursos humanos, estímulo à capacidade de inovação e geração de negócios de alto valor agregado na cadeia produtiva do café.

Durante os dois dias de trabalho, os pesquisadores apresentaram os resultados de suas pesquisas, que vêm gerando publicações científicas em diferentes áreas e revistas de renome nacional e internacional, depósitos de patentes, difusão e transferência de tecnologias e inovações com a promoção de eventos voltados ao público-alvo e parcerias com a iniciativa privada. 

Ao todo são 85 pesquisadores envolvidos, que representam oito instituições públicas de ensino e pesquisa do Brasil: UFLA (que sedia o INCT Café); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig); Instituto Agronômico de Campinas  (IAC); Instituto Agronômico do Paraná (Iapar); Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper); Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB); e Universidade Federal de Viçosa (UFV). O suporte financeiro é assegurado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig).

O pesquisador da linha de pesquisa em Pós-Colheita e Qualidade do Café e professor da UFLA, Flávio Meira Borém, avaliou a sua participação “o evento é muito importante porque ele permite a reunião entre pesquisadores e instituições para compartilhar resultados e metas futuras. Abrindo possibilidades de relacionamento porque a ideia é a criação da rede e até mesmo inspirar soluções de problemas que cada um pode estar enfrentando. O evento tem a característica de trazer novas ideias e reoxigenar esse grupo que tem tudo para continuar no futuro, trazendo produtos, ciência, tecnologia e melhoria para a sociedade, nosso foco é a melhoria da sociedade” ressaltou.  

O comitê gestor do instituto aproveitou o evento para debater a situação financeira atual do projeto, “é primordial manter a coesão do grupo nesse momento de dificuldades financeiras e realmente focar naquelas metas que são prioritárias para o crescimento do agronegócio do café no Brasil. Isso também nos motiva para buscar outros recursos, o fato de estarmos inseridos no INCT Café nos dá uma amplitude maior de conhecimento de grupo para que possamos trabalhar em equipe e buscar recursos em outras fontes, tanto no setor público quanto no setor privado”, explicou o professor Mário Lúcio. 

A integrante do comitê gestor, Édila Vilela de Resende Von Pinho, vice-reitora da UFLA e pesquisadora da linha de pesquisa em Conservação e Controle de Qualidade de Sementes de Café, ressaltou a atuação completa que o projeto exerce, “quando você envolve desde melhoramento genético até a parte final de comercialização que é o caso do INCT Café, conseguimos abranger várias áreas do conhecimento e com isso promovemos uma interação muito intensa dentro da nossa instituição.  Nós temos em mente que o principal objetivo do projeto, por meio de pesquisa básica, é pensar no desenvolvimento de uma pesquisa aplicada que possa desenvolver algum produto para a sociedade estimulando o desenvolvimento de inovações dentro da cafeicultura”.

O grupo de pesquisadores que já vem trabalhando juntos desde a criação do Consórcio Pesquisa Café, projeto que é coordenado pela Embrapa, tem a participação da pesquisadora da Epamig Sara Maria Chalfoun, pesquisadora responsável por Produtos Inovadores para a Cafeicultura dentro do INCT Café e integrante do comitê gestor. “Frente às limitações financeiras que têm sido vivenciadas por todos os setores ao mesmo tempo, é muito motivador promover esse encontro, onde podemos fazer um balanço dos resultados anteriores e temos a oportunidade de nos fortalecermos nessas ocasiões uma vez que ela otimiza a atuação dos pesquisadores, une esforços, analisa o uso dos recursos. Então nós estamos seguros que o INCT terá pleno êxito na continuidade de seus projetos na medida do possível, embora possa haver uma maior demora no atingimento das metas, mas todas as instituições participantes estão unidas e dispostas a enfrentar essa parte”, explicou Sara.

Linhas de pesquisas

Atualmente o INCT Café possui dez linhas de pesquisas que contemplam:

– Gestão de recursos genéticos na cafeicultura;

– Melhoramento visando resistência a estresses bióticos;

– Melhoramento visando qualidade de bebida;

– Genômica estrutural e funcional do cafeeiro;

– Genômica estrutural e funcional de patógenos do cafeeiro;

– Cultura de tecidos, clonagem e transformação genética;

– Cafeicultura no contexto das mudanças climáticas;

– Conservação e controle de qualidade de sementes de café;

– Pós-colheita e qualidade do café;

– Produtos inovadores para a cafeicultura.

Novo edital

Por deliberação do Comitê Gestor do INCT Café, um edital para seleção de bolsistas no ano de 2017 será publicado, tornando pública a abertura de inscrições e estabelecendo os critérios e procedimentos para a seleção de bolsistas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), nas categorias A, B e C, conforme tabela do CNPq, para apoiar a execução de projetos vinculados às linhas de pesquisa aprovadas na nova fase do INCT Café.

As inscrições poderão ser realizadas no período de 13 de fevereiro a 3 de março. Mais informações serão publicadas na íntegra do Edital, publicado no sítio eletrônico do INCT Café. 

Texto e Fotos: Vanessa Trevisan: jornalista InovaCafé.

Com dois robôs, Troia competiu no URC, vinculado à Campus Party – e trouxe um bronze

O ano mal começou e a equipe de robótica Troia já pôs alguns de seus robôs à prova, na competição URC (The Ultimate Robot Combat). Esse torneio ocorreu na Campus Party, em São Paulo, entre os dias 31 de janeiro e 4 de fevereiro, no estande da empresa Submarino. Como as provas foram nas categorias Lightweight (27,2 kg) e Featherweight (13,6 kg), a Troia competiu com seus robôs Aquiles e Pegasus. A equipe da UFLA foi uma das selecionadas pela organização do evento para participar.

Os combates tiveram grande visibilidade, pois as lutas foram transmitidas ao vivo no canal do YouTube da empresa patrocinadora e apresentadas pelos “youtubers” Didi Braguinha e Affonso Solano, do podcast Matando Robôs Gigantes. O robô Aquiles garantiu o bronze no terceiro dia de combates, o que garantiu um prêmio de R$ 2 mil à equipe da UFLA.

Competição nos EUA

A participação foi importante para a equipe se preparar para um desafio internacional que a Troia terá em breve: “A campanha na URC serviu de parâmetro para determinarmos o que temos que implementar até a RoboGames, o mundial que disputaremos na Califórnia em abril”, diz Carolina Campos, membro da Divisão de Gestão da equipe. O robô Aquiles é uma das dez máquinas que a Troia levará para os RoboGames, campeonato mundial de robótica em Pleasanton, Califórnia (EUA), durante os dias 21 a 23 de abril.

Membros da Troia presentes no URC

Competição no Brasil

Antes de carimbar o passaporte, os membros da Troia têm um desafio na região. De 6 a 7 de março, eles participam da Inatel Week of Control and Automation, em Santa Rita do Sapucaí, MG. “É uma competição apenas para robôs autônomos”, esclarece Carolina. Os de combate são controlados remotamente, enquanto os autônomos são programados para realizar tarefas sem o auxílio humano. Em Santa Rita do Sapucaí, serão levados os robôs seguidores de linha Barriquela e Trojaninho, além dos sumôs Lego Timão e Pumba (que busca o bicampeonato). Todos esses quatro também estarão na RoboGames.

 

Confira o calendário dos cursos de capacitação para Servidores da UFLA – início em fevereiro

Conforme disponibilizado pela Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PRGDP) da UFLA, o Plano de Capacitação dos Servidores/2017 possui diferentes opções de cursos previstos com início a partir de fevereiro.

De acordo com o calendário de execução do plano, serão realizadas 30 ações, distribuídas em cinco linhas de formação: Iniciação ao Serviço Público, Gestão, Inter-relação entre Ambientes, Formação Específica, Saúde e Qualidade de Vida.

Para participar, o servidor deverá preencher a ficha de inscrição disponível na página da PRGDP, no endereço www.prgdp.ufla.br, em “Capacitação” – “Inscrições”. Essa ficha deve ser entregue na Secretaria da PRGDP, com a autorização da chefia, até cinco dias úteis antes do início do curso pretendido.

Confira os cursos e datas no Plano Capacitação dos Servidores/2017 (arquivo em PDF).

Mais informações: www.prgdp.ufla.br/capacitacao

Coordenadoria de Capacitação e Avaliação/ Coordenadoria de Gestão de Competências / DDP/ PRGDP:

  • Elisângela Abreu Natividade – elisangelaabreu@prgdp.ufla.br
    Shirley Michelle de Alcântara – sma@prgdp.ufla.br
  • Lilian Luciana da Silva – lilian.silva@prgdp.ufla.br
  • Telefone: 3829-5152
Luciana Tereza – estagiária DCOM