Demanda Universal Fapemig: UFLA tem 41 propostas aprovadas

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) teve 41 projetos de pesquisa aprovados no Edital Demanda Universal da Fapemig (Chamada 01/2016). Somados, os recursos destinados aos projetos da UFLA chegam a R$ 1.415.303,74. O resultado foi publicado pela Fapemig em 30 de dezembro.

Essa Chamada, a mais abrangente da Fundação, apoia pesquisas em todas as áreas do conhecimento, o que faz com que a demanda seja significativa. O objetivo é o financiamento de projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação. A UFLA foi contemplada com projetos nas diferentes áreas do conhecimento.

Os coordenadores de projetos aprovados receberão, nos próximos dias, e-mail da Fapemig com link contendo instruções para assinatura e conferência do termo de outorga (TO). A assinatura do TO é eletrônica, não sendo necessário uso de token.

Outras informações

 

Pesquisa da UFLA sobre medicamento fitoterápico contra cálculos renais e hipertensão arterial ganha destaque no site da Fapemig

Solução fitoterápica tem o objetivo de acabar com a necessidade de intervenção cirúrgica, substituindo métodos atuais, dolorosos e poucos eficazes

Matéria elaborada pela Assessoria de Comunicação da Fapemig, publicada no site da Fundação e também na Agência Minas, tem chamado a atenção dos leitores para uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Confira a matéria na íntegra. 

A hipertensão arterial é a doença cardiovascular mais frequente, de acordo com o Ministério da Saúde, e tornou-se um problema de saúde pública no Brasil. Diante disso, um medicamento que tem potencial para ser um novo tratamento contra cálculos renais e hipertensão arterial tem sido desenvolvido pelo pesquisador Luiz Fernando Trevisan, com orientação do professor Raimundo Vicente de Sousa, no Programa de Plantas Medicinais Aromáticas e Condimentares da UFLA.

Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), o projeto tem o objetivo de gerar um medicamento fitoterápico a partir de uma espécie de cravínea, conhecida popularmente como cravo de defunto, que tem potencial para prevenir, tratar e controlar a hipertensão arterial e a formação de cálculos renais. O coordenador da pesquisa recomenda à população não fazer uso de chá ou consumir parte dessas plantas, já que várias espécies de cravo e cravínea são tóxicas. Após dez anos de estudo, a pesquisa mostra que o fitoterápico obtido do extrato dessa planta é uma alternativa segura e acessível tanto no controle da hipertensão arterial, como no tratamento de pedra nos rins, através do efeito vasodilatador direto.

Cerca de 12% da população brasileira têm pedras nos rins e ainda não existe um tratamento eficaz. Além disso, os métodos atuais são muito dolorosos para o paciente, segundo Luiz Fernando Trevisan: “Os tratamentos pelos métodos convencionais, atualmente, são pouco eficazes ou extremamente invasivos, colocando em risco a integridade física dos pacientes. Essa nova tecnologia, para uso oral, pode representar um maior conforto para os pacientes, sendo uma solução definitiva para os seus problemas”, diz.

Atuando diretamente nas células do ureter e uretra, que são os ductos pelos quais expelimos a urina, o medicamento provoca a dilatação das fibras musculares aumentando o seu diâmetro, permitindo que os cálculos sejam expelidos com grande facilidade. Até o momento, já foram realizados testes toxicológicos que descartaram qualquer efeito tóxico ou adverso do medicamento. Também foram feitos testes de eficácia, o que demonstrou atividade vasodilatadora mais potente que a associação de fármacos de eleição para reversão de crise hipertensiva.

O projeto faz parte do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS) que tem a proposta de descentralizar o fomento à pesquisa em saúde entre os diferentes estados do país, contribuindo para o atendimento a especificidades regionais e para a redução das desigualdades. “O desenvolvimento de um medicamento com tecnologia nacional, seguro, de baixo custo, que possa ser utilizado no SUS em pacientes acometidos por hipertensão arterial e urolitíase é por si só o maior benefício trazido à sociedade por esta proposta”, explica o pesquisador.

BENEFÍCIOS

A prospecção do extrato visa não apenas a beneficiar a população trazendo uma alternativa eficaz e economicamente viável para aplicação no Sistema Único de Saúde em todo território nacional, mas também gerar recursos econômicos através da criação de um novo segmento de mercado. Luiz Fernando Trevisan destaca o ganho econômico que o Brasil pode ter com este novo protótipo: “A introdução no mercado deste primeiro fármaco vai gerar possíveis royalties da indústria farmacêutica que serão investidos em pesquisa dentro das universidades públicas que estão envolvidas na pesquisa”. Além disso, o pesquisador acrescenta que será criado um nicho de mercado que envolve desde o cultivo da planta, o preparo do material vegetal, manipulação, produção, industrialização, venda, publicidade, distribuição e transporte.

ENTENDA O PROCESSO

A bioprospecção – pesquisa e exploração da biodiversidade – de um novo medicamento fitoterápico passa por diversas fases. Nesse projeto foram realizados estudos que definiram qual seria a planta a ser estudada e suas possíveis aplicações. A partir disso, foram realizados estudos preliminares em animais com cálculos renais e hipertensão para confirmar a sua aplicabilidade e viabilidade. Foram estabelecidas as condições de cultivo da planta em ambiente controlado, pois para produção de fitoterápico não pode haver a utilização de agrotóxicos. Depois foram realizados estudos para verificar a melhor e mais rentável forma de extração das substâncias farmacologicamente ativas. De acordo com os pesquisadores, estudos toxicológicos em duas espécies já foram feitos, faltando apenas mais uma espécie, conforme exige legislação para produção do medicamento. Depois disso, foram realizados testes de eficácia em modelos de animais, o que além de comprovar a eficácia do medicamento indicou a dose a ser utilizada.

Veja a matéria no site da Fapemig 

Fonte: Fapemig

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Processo licitatório de 13 imóveis residenciais no câmpus da Universidade foi suspenso

Localização dos imóveis na UFLA

A Diretoria de Gestão de Materiais (DGM) informa que foi suspenso o edital de licitação para a concessão de uso de espaço público, a título oneroso, de 13 imóveis residenciais localizados no câmpus da UFLA (Edital de Concorrência nº 11/2016 – saiba mais nesta notícia). A licitação foi suspensa para que sejam feitas adequações no edital. Assim que forem estabelecidos tais ajustes, o prazo do edital será reaberto.

A utilização dos imóveis, prevista no edital, é para moradias destinadas a servidores públicos federais ocupantes de cargo efetivo na UFLA e sua família, de acordo com as condições estabelecidas no edital e seus anexos.

Informações complementares sobre o Edital e seus Anexos podem ser obtidas pelo telefone (35) 3829-1130 ou pelo endereço eletrônico licita@dgm.ufla.br.