II Fórum de Graduação foi realizado na UFLA

forgradO II Fórum de Graduação (Forgrad) promovido pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) reuniu membros da comunidade acadêmica em torno da discussão do tema “Desenvolvimento curricular e avaliação dos cursos de graduação da UFLA”. O evento foi realizado nos dias 10/11 e 11/11, no Salão de Convenções. A organização do evento foi feita pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG), em parceria com Diretoria de Avaliação e Desenvolvimento de Ensino (Dade) e a Diretoria de Educação a Distância (Dired). O Forgrad tem o objetivo de garantir o aperfeiçoamento contínuo da graduação na UFLA, qualificando os processos e práticas.

Abertura

Durante a abertura das atividades, o diretor de Desenvolvimento e Avaliação de Ensino (Dade), professor Antônio Araújo Andrade, afirmou o compromisso da instituição em desenvolver cada vez mais a graduação, atendendo às necessidades da comunidade acadêmica. Já o diretor da Diretoria de Educação a Distância (Dired), professor Cléber Carvalho de Castro, ressaltou os esforços para se colocar o estudante no centro do processo de ensino. “Para isso, buscamos sempre alternativas de melhorias, como o Câmpus Virtual. Ressalta-se que, em um ano, 667 disciplinas (das 1.704 existentes na UFLA) já foram vinculadas ao Câmpus Virtual. Evidentemente, queremos que este número aumente ainda mais, mas esse dado já representa um avanço importante”, disse.

A relevância da promoção do debate em torno da graduação foi enfatizada pelo pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins. “É preciso discutir o aprimoramento do trabalho docente, o relacionamento do docente com o estudante, a evasão, a participação dos alunos nas disciplinas com alto índice de reprovação, e melhorar a participação de todos nas decisões da graduação”.

Programação

As reflexões desenvolvidas pelo professor da Unicamp José Armando Valente, tanto na palestra de abertura quanto na oficina, motivaram os participantes a sugerirem a criação de um grupo de discussão e troca de experiências, ação que em breve será articulada pela Dade. Os temas abordados foram as metodologias ativas de aprendizagem (palestra) e sala de aula invertida (oficina).

A professora do Departamento de Ciências da Saúde (DSA) Miriam Monteiro de Castro Graciano e o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Eucidio Pimenta Arruda contribuíram com as discussões sobre a flexibilização curricular, apontando novas possibilidades de construção dialógica do currículo e caminhos de formação docente.

O professor Cleber Carvalho de Castro apresentou um panorama das ações de ensino híbrido na UFLA, destacando os avanços e desafios. Houve, ainda, a apresentação da proposta de autoavaliação dos cursos de graduação da UFLA, feita pelos professores da UFLA José Antônio Araújo e Ronei Ximenes Martins. Na sequência, ocorreu o lançamento de livros de membros da comunidade acadêmica.

Outro momento considerando relevante pela organização foi a mesa-redonda que discutiu a reforma do ensino médio e seus impactos nas licenciaturas. A mesa foi mediada pelo professor do Departamento de Biologia (DBI) Antônio Nascimento Júnior, com a participação dos professores Jacqueline Alves (Departamento de Educação) e Fábio Reis (Departamento de Educação Física), além do estudante de Pedagogia Ian Andrade, e da licenciada em Ciências Biológicas Mariana Nayara Bonilha de Andrade.

Durante todo o evento, o público participante pôde estar interação com os palestrantes, confirmando a posição do Fórum como espaço de diálogo e construção coletiva. Para que os objetivos do evento se completem, os organizadores solicitam aos participantes que façam a avaliação do Forgrad. A Dade informa, ainda, que os certificados dos participantes do Fórum e da Oficina já estão disponíveis no Sistema Integrado de Gestão (SIG)

Leia também: Metodologias ativas de aprendizagem foram pauta no Forgrad – saiba mais sobre o método PBL

Colaboração no texto: Dade e Camila Caetano (jornalista/bolsista UFLA).

Troia participou da Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia

troia-finit3A Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit) ocorreu em Belo Horizonte, de 9 a 13 de novembro. Buscando se consolidar como espaço para divulgação da inovação e da ciência, agregou vários eventos, entre eles, atrações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A UFLA contou com um estande, que foi utilizado pela equipe de robótica Troia.

Os membros da Troia, um núcleo de estudos focado na construção de robôs para competições, expuseram como projetam e constroem as máquinas e como participam de competições nacionais e internacionais. A equipe expôs seus robôs de combate (que têm pesos que variam de 1,3kg a 27kg), do time de hóquei e seguidores de linha.

foto: participantes da Troia com os robôs
foto: participantes da Troia com os robôs

“A participação foi muito positiva”, avalia a líder de Gestão da Troia, Isadora Ceotto. “Além de mostrarmos nossos projetos a estudantes de muitas escolas públicas e privadas, fizemos contatos com possíveis parceiros e patrocinadores”, conta. Na exposição, a equipe fez jogos de hóquei, em que dois times de robôs, controlados remotamente, têm o objetivo de conduzir um disco e fazer gols no adversário.

Um dos intuitos da feira foi aproximar agentes da inovação de empresas e instituições de pesquisa, a fim de transformar ideias em produtos e impulsionar a inovação no estado. A Finit foi promovida pelo Governo do Estado de Minas por meio da Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (Sectes).

A Finit abrangeu a primeira Campus Party em Minas Gerais; o Movimento 100 Open Startups; o Encontro iTEC 2016; a Arena de Negócios Codemig; e atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

 

UFLA desenvolve sorvete à base de batata-doce com teor reduzido de gordura e açúcar

Produção do sorvete à base de batata doce no Departamento de Ciência dos Alimentos
Produção do sorvete à base de batata doce no Departamento de Ciência dos Alimentos

Hoje, os consumidores procuram por uma alimentação de qualidade, que tenha a presença de elementos mais nutritivos e saborosos. Para atender a esse novo público é necessário cada vez mais o desenvolvimento de novos produtos alimentícios. E quando se pensa em alimentos saudáveis é difícil imaginar um doce – uma sobremesa – que atenda a esse quesito.

Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) desenvolveram um sorvete à base de batata-doce com teor reduzido de gordura e açúcar. O sorvete foi produzido no Laboratório de Novos Produtos e na Planta Piloto de Processamento de Produtos Lácteos do Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA/UFLA).

Estudantes do curso de Engenharia de Alimentos, com a orientação dos professores João de Deus Souza Carneiro e Ana Carla Marques Pinheiro, conseguiram obter um sorvete aceito sensorialmente, mais nutritivo e saudável. Eles explicam que o único açúcar presente no produto é aquele encontrado nos ingredientes utilizados.

“O sorvete sabor chocolate à base de batata-doce objetivou levar ao mercado uma sobremesa saborosa, nutritiva, diferenciada, de baixo custo e reduzido teor de açúcar, sendo uma ótima opção para os consumidores”, comenta o professor João de Deus.

imagem5-1Em uma porção de 60g do produto há apenas 1,4 g de açúcar. Os pesquisadores informam que, de acordo com a legislação, se o produto tiver menos de 5g de açúcar em uma porção de 60g, já é considerado de baixo teor de açúcar. E para obter o sabor de chocolate os pesquisadores utilizaram 2,85% de chocolate em pó, sendo 50% cacau.

Além da pouca quantidade de açúcar, o sorvete possui uma maior quantidade de proteínas e fibras alimentares quando comparado aos sorvetes tradicionais do mercado, devido à presença de 22% de batata-doce na formulação.

Ressalta-se que a batata-doce é fonte de carboidrato e tem sido muito utilizada em preparações alimentícias por praticantes de atividades físicas, sendo mais uma opção saudável para este público e demais pessoas que possuem restrição quanto ao teor de açúcar em sua alimentação.

Análise sensorial
Análise sensorial

“O projeto realizado buscou desenvolver um novo produto visando às tendências de mercado atuais dos consumidores de alimentos, já que o mercado é carente de produtos assim. O sorvete à base de batata-doce se mostrou em conformidade com três categorias definidas pela Brasil Food Trends 2020, sendo elas: saudabilidade e bem-estar, sensorialidade e prazer; e conveniência e praticidade”, afirma a estudante Ana Cristina Freitas de Oliveira, uma das responsáveis pela pesquisa.

Os pesquisadores envolvidos nesse estudo fazem parte do Núcleo de Estudos em Novos Produtos e Análise Sensorial (Nenp) da UFLA.

Projeto do sorvete de bata doce foi campeão na Maratona da Engenharia de Alimentos

Nenp na Maratona da Engenharia de Alimentos
Nenp na Maratona da Engenharia de Alimentos

O Nenp venceu a Maratona da Engenharia de Alimentos com a exposição do projeto sorvete de batata doce. A competição, realizada neste ano, buscou incentivar a integração e a criatividade dos estudantes, além de divulgar as diferentes formas de atuação do profissional de Engenharia de Alimentos.

A maratona contou com a participação de graduandos, pós-graduandos, professores e técnicos administrativos do Departamento de Ciências dos Alimentos da UFLA.

Durante a competição acadêmica, uma banca formada por cinco professores avaliou a apresentação e o projeto de cada um dos nove núcleos de estudos vinculados ao Departamento.

Estudantes envolvidos no desenvolvimento do sorvete de batata doce: Ana Carolina Alves Moura; Ana Cristina Freitas de Oliveira; Ana Julia Santos Rodrigues; André Kazuo Kobayashi; Andrey de Oliveira Mendes; Betânia Vieira Lucinda; Camila Alvarenga Freire; Cesar de Castro Ferreira; Fernanda Paes Ribeiro Fernandes Barbosa; Hélio Júnior Alvarenga Godinho; Humberto da Silva Batista Junior; Júlia Marques Carvalho; Kenia Cristiny Ribeiro da Silva; Larissa Carolina de Morais; Letícia Fagundes Lopes; Letícia Rodrigues Silveira; Marcelo Makoto Klein Okahayashi; Maria Alice Nascimento; Mariane Bilintani Tanner; Paola Barone da Silva; Rafael Tadeu de Toledo Ramalho.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.