UFLA/InovaCafé participa da Semana Internacional do Café

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Promovida entre os dias 21 e 23 de setembro, em Belo Horizonte, a Semana Internacional do Café (SIC) reuniu cafeicultores, torrefadores, classificadores, exportadores, compradores, fornecedores, empresários, baristas, proprietários de cafeterias e apreciadores da bebida. O evento foi idealizado para promover o mercado brasileiro e divulgar a qualidade dos cafés nacionais para o mercado interno e para os países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor.

O encontro é um dos principais eventos de promoção do café brasileiro realizado no estado de Minas Gerais e apresentou diversas ações a milhares de profissionais do mundo focadas nas áreas de Mercado & Consumo, Conhecimento & Inovação e Negócios & Empreendedorismo.

A barista e gestora em Inovação do Café da Agência, Helga Andrade, durante treinamento no evento
A barista e gestora em Inovação do Café da Agência, Helga Andrade, durante treinamento no evento

A Agência de Inovação do Café (InovaCafé) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi apoiadora do evento, disponibilizando uma equipe de apoio composta por estudantes da universidade que atuam no projeto ‘Cafeteria Escola’ – projeto pioneiro que consiste na criação de um novo ambiente focado na conscientização e qualificação da comunidade sobre os diferentes métodos de preparo da bebida e na comercialização de cafés especiais dentro da universidade.

A barista e gestora em Inovação do Café da Agência, Helga Andrade, participou do curso promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), que abordou os fundamentos do espresso e leite vaporizado, tendo com o instrutor Gabe Smentek, da Onix Coffee Lab. “Essa capacitação vem contribuir com o aperfeiçoamento das técnicas que serão aplicadas e compartilhadas nos cursos e treinamentos que serão promovidos na Cafeteria Escola, garantindo que sejam disseminados conhecimentos certificados por normas internacionais”, explica a barista.

Durante o evento, a InovaCafé também apoiou as ações promovidas pela Aliança Internacional das Mulheres (IWCA Brasil), em reunião articulada que abordou a pesquisa sobre as mulheres no sistema agroindustrial do café. A Agência está contribuindo com a elaboração de um livro sobre o tema, através da mobilização de professoras, estudantes e pesquisadoras.

Casos brasileiros sobre fermentação

Professora Rosane Schawn aborda técnicas para fermentação de café
Professora Rosane Schawn aborda técnicas para fermentação de café

A professora e pesquisadora da UFLA Rosane Schawn participou da mesa-redonda sobre técnicas para fermentação de café, juntamente com o produtor da Fazenda Santa Margarida, Mariano Martins; com o professor do Instituto Federal do Sul de Minas câmpus Machado, Leandro Carlos Paiva e com a professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Michelle Costa. Mediada pela jornalista Kelly Stein, a mesa-redonda serviu como espaço para o compartilhamento de experiências sobre os processos de fermentação na cafeicultura.

Na ocasião, Rosane Schwan apresentou estudo que comprova que é possível obter cafés especiais de qualidade por meio de processos controlados de fermentação. “Quando iniciamos a pesquisa sobre o tema, a fermentação na cafeicultura tinha uma conotação negativa. Hoje sabemos que os processos variam de acordo com cada região e que podem resultar em cafés de grande qualidade, com características bem peculiares”, avalia.

Segundo a pesquisadora, o grande desafio da fermentação na cafeicultura é contar com a heterogeneidade dos frutos. “O café é um alimento fermentando, é um grão que é fermentado, e que passa por uma atividade microbiana intensa, seja o café natural, cereja desmucilado ou descascado”, ressalta.

Rosane destaca a importância do evento. “Além dos produtores estarem procurando os conceitos corretos do processamento de café, eles também querem inovar, querem trazer novos cafés para o mercado, cafés mais saudáveis. Nós somos muito questionados com relação a inibição de fungos para que a população brasileira passe a consumir um café não de altíssima nota, mas um café que seja saudável, e que possa ser saboreado o café bem fermentado e sem toxinas”, completou.

Texto e Fotos: Vanessa Trevisan (ASCOM InovaCafé)