Será realizado nos dias 11 e 12 de julho o “II Simpósio em Manejo Florestal: Ferramentas para a Otimização do Manejo Florestal”  na Universidade Federal de Lavras (UFLA). As inscrições estão sendo feitas no Canteiro Central ou com os membros do Núcleo de Estudos em Manejo Florestal (Nemaf), organizador do evento.

As palestras ocorrerão no Anfiteatro do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf) e terá como principal objetivo apresentar a importância do Manejo Florestal aos estudantes de Engenharia Florestal e áreas afins, trazendo profissionais experientes e com atuações inovadoras. Com uma visão ampla sobre o tema, procurou-se abranger assuntos como diversidades de florestas, otimização e planejamento florestal, impactos sobre a colheita de madeira na compactação do solo e modelagem na produção e crescimento de florestas plantadas.

O Simpósio tem o apoio do Lemaf. Os participantes receberão certificado.  Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail nemaf@lemaf.ufla.br ou pela página do evento no Facebook.

Texto: Luciana Tereza, estagiária Ascom/UFLA.

Mais um motivo de orgulho. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) acaba de ser classificada na 22ª posição na lista das 50 melhores universidades da América Latina e 12ª no Brasil. A classificação foi anunciada nesta quinta-feira (7/7), no Latin America University Rankings 2016, elaborado pela consultoria britânica de educação superior Times Higher Education (THE) – em parceria com a Elsevier – o ranking acadêmico mais conceituado no mundo.

O ranking inédito com as 50 melhores universidades da América Latina baseou-se nos mesmos critérios rigorosos que são utilizados no University Rankings THE, que classifica as 800 melhores instituições do mundo. A UFLA passou a figurar nessa lista em outubro de 2015, aparecendo pela primeira vez como uma universidade com reconhecida qualidade global.

Especificamente para a América Latina, foram feitas adaptações especiais para que os critérios refletissem as características e as prioridades de desenvolvimento das instituições. O ranking é reconhecido por aplicar critérios rigorosos, utilizando13 indicadores que envolvem as diferentes áreas de excelência de uma universidade de pesquisa global: ensino (ambiente e staff), pesquisa (volume, investimento e reputação), citações (influência da pesquisa), internacionalização e inovação (transferência de tecnologia).

Desta vez, a posição de destaque surpreendeu até mesmo a Direção Executiva da Universidade. Na avaliação do reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, o desempenho nesse ranking reflete a força do conjunto e contribui para acompanhar a evolução da Universidade em indicadores considerados relevantes. “Chegar nessa posição requer um trabalho coletivo, de todas as pessoas que compõe a comunidade UFLA – professores, técnicos e estudantes. A inserção nesse seleto grupo das melhores instituições da América Latina e entre as melhores do País é um orgulho que deve ser compartilhado”, ressaltou.

O ranking das 50 melhores universidades da América Latina foi divulgado durante o primeiro THE Latin America Universities Summit, evento realizado em Bogotá (Colômbia), de 6 a 8 julho, com a presença de líderes regionais, representantes das universidades, de governos e da indústria latino-americana para discutir os desafios para se alcançar o padrão de universidades consideradas de classe mundial.

Ensino com alto desempenho

Na UFLA, o pilar mais bem conceituado foi o de Ensino, ranqueada na 15ª posição, seguida da pesquisa, na 17ª posição. Embora tenha um número significativo de publicações, o ponto que ainda deve ser mais trabalhado se refere ao número de citações. Outro desafio da Instituição é ampliar a relação com empresas privadas.

Avaliando o desempenho no ranking, o diretor de Relações Internacionais, professor Antonio Chalfun Júnior, destacou a evolução da UFLA em diferentes rankings em que é avaliada. Mais do que um indicador de comparação entre as instituições, Chalfun acredita que o desempenho no ranking deve ser um balizador das ações estratégicas da universidade, para que os indicadores positivos sejam mantidos e reforçados e haja uma atenção especial para minimizar os pontos fracos.

Liderança brasileira

O Brasil representa a metade das 10 melhores posições no ranking – com a Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas, em primeiro e segundo lugar, respectivamente – e um total de 23 posições na lista das 50-top, mais do que qualquer outro país.

Das 23 instituições brasileiras que aparecem no ranking, a UFLA está na 5ª posição entre as universidades federais e no bloco das melhores instituições do País, juntamente com Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual do rio de Janeiro (UERJ) e as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV), Santa Catarina (UFSC). ABC (UFABC), e Pernambuco (UFP).

Vale destacar que foram excluídas da avaliação as instituições que não oferecem a pós-graduação e cuja produção científica foi inferior a 500 artigos publicados em periódicos reconhecidos, no período de 2010 a 2014.

Consulte a UFLA no Latin America University Rankings 2016

A origem da Universidade Federal de Lavras (UFLA) se encontra atrelada à formação e consolidação da antiga Escola de Agricultura de Lavras (ESAL), criada em 1908. Ao longo destes mais de 100 anos, a Universidade preservou diversos artefatos de Ciência & Tecnologia (C&T), provenientes da ESAL, utilizados inicialmente nos laboratórios de ensino e pesquisa e nas aulas práticas. A maioria foi incorporada ao acervo do Museu Bi Moreira (MBM); e outros aparatos, como as máquinas agrícolas, se mantêm em exposição em diferentes áreas do câmpus.

As ações de preservação dessa importante parcela do patrimônio cultural da UFLA estão sendo intensificadas por meio do projeto “A importância do Patrimônio de C&T da UFLA: mapeamento, política de preservação e musealização”, iniciado em 2016, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). Este projeto, coordenado pelo professor Thomaz Chaves e pela museóloga Patricia Muniz visa inserir efetivamente a UFLA no movimento nacional e internacional de ampliação e disseminação da conservação e comunicação do patrimônio de C&T.

Na primeira fase do projeto, serão identificados os aparatos de C&T até a década de 1970, que podem estar em desuso nos departamentos e setores da UFLA. Ressalta-se que patrimônio de C&T, é composto por “bens produzidos e/ou utilizados nas atividades de pesquisa científica e de desenvolvimento tecnológico. Ou seja, aqueles bens que participaram do cotidiano dos laboratórios de pesquisa do país e contribuíram para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil, e que atualmente se encontram obsoletos e/ou em desuso”, explicam os responsáveis pelo projeto.

Para que o projeto seja realizado com êxito é necessária a participação e colaboração de todos os professores, técnicos administrativos e discentes da UFLA, que lidam cotidianamente com esses aparatos de C&T, para que este patrimônio possa ser identificado nas dependências da Universidade. Nesta fase inicial, a equipe do Museu fará a avaliação e o cadastro dos aparatos nos locais. Por isso, qualquer informação poderá ser repassada ao Museu por meio do telefone (35) 3829-1205.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA