Conhecimento compartilhado: crianças e jovens da Fazenda São Paulo estiveram na UFLA na sexta-feira (29/4)

dbi-1Para um grupo de crianças e jovens moradores da Fazenda São Paulo, em Oliveira (MG), a sexta-feira (29/4) foi dia de interromper a rotina, buscar novos conhecimentos e sonhar com o futuro. Eles visitaram departamentos e setores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), permanecendo na instituição durante o dia todo.

Depois do contato feito pela assistente social da Fazenda São Paulo, Sandra de Castro Mendes, com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), a visita foi agendada. “A intenção é proporcionar a esses jovens momentos que vão além da rotina na Fazenda. Estamos sempre procurando parcerias para mostrar a eles que o agronegócio é mais do que aquilo que eles veem os pais fazendo no dia a dia. Aqui, eles podem conhecer muitas outras profissões ligadas ao agronegócio, e observar o conhecimento científico que dá suporte a elas”, explica.

A Proec contou com a parceria da Terra Júnior para atender à solicitação. A empresa júnior, com seu caráter multidisciplinar, garantiu a estruturação dbi-2de uma programação de visitas que pudesse responder às expectativas do grupo. A consultora de Engenharia Florestal da Terra Jr., Stephnnie Prado, considerou a iniciativa produtiva. “Os alunos ficaram muito animados, querendo fazer parte da Universidade. Isso nos deixou entusiasmados: com pequenas ações, vimos que podemos ajudar a transformar o futuro de muitas crianças.”

Durante o tempo de permanência na UFLA, o grupo passou pela Unidade Experimental de Produção de Painéis de Madeira (Uepam); pelo Setor de Sementes; pelo Departamento de Entomologia (DEN); pelo Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QI Café, na Agência de Inovação do Café – InovaCafé); pelo Departamento de Biologia (DBI); pelo Hospital de Grandes Animais; pelo Laboratório de Parasitologia; pelo  Departamento de Engenharia e pelo núcleo didático-científico de Engenharia de Água e Solo.

A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas Larissa Carvalho Costa estava em uma das estações de demonstração no DBI e traduziu as informações sobre cruzamento e resistência de plantas para os visitantes das diferentes faixas etárias . “O desafio vale a pena. Acho importante que eles conheçam nosso trabalho e, quem sabe, possam se interessar pela profissão. É um momento importante

Foto: Terra Jr.
Foto: Terra Jr.

também para desmistificarmos algumas crenças”.

O aluno Mário Campos e Silva, de 12 anos, participou das visitas com muitas perguntas. “Entendi bastante do que foi explicado. Descobri coisas novas, como o fato de as imagens aparecerem de cabeça para baixo no microscópio. Ah, e gostei bastante da parte dos animais.” Ele não teve dúvidas de que valeu a pena a viagem e as novas experiências que viveu.

Para Vitória Aparecida Vieira Ribeiro, de cinco anos, a passagem pela UFLA despertou desejos. “O que eu mais gostei de ver foi o cavalo. Quando eu crescer, quero ser veterinária para cuidar de gatos”. O pai de Vitória é operador de máquina na Fazenda São Paulo.

Participaram da visita 31 crianças e 5 adultos, divididos em três grupos, conforme faixa etária (as idades variavam entre 3 e 18 anos). A abertura da instituição a inciativas como essa tem o objetivo de tornar a Universidade mais próxima dos estudantes do ensino básico, incentivar nos jovens o desejo de cursar a graduação e auxiliá-los a escolher o curso mais adequado ao seu perfil.

Foto: Vanessa Trevisan.
Foto: Vanessa Trevisan.

Na InovaCafé

Na Agência de Inovação do Café (InovaCafé), o grupo foi recebido por integrantes do Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QI Café), onde tiveram contato com o grão do café e formas de classificação, métodos e dicas de preparo. Também puderam degustar a bebida.

“A Universidade precisa estar aberta para esse tipo de público. Ao trazer crianças para conhecer a instituição,

Foto: Vanessa Trevisan.
Foto: Vanessa Trevisan.

conseguimos gerar nelas interesse pelo café. No futuro, esses jovens poderão ser os pesquisadores que hoje somos”, explica o coordenador do QI Café, Renato Prado.

Texto: Ana Eliza Alvim e Vanessa Trevisan (ASCOM InovaCafé)