Monólogo Darluz foi sucesso na UFLA como uma das atividades do mês da Consciência Negra

darluz_teatro_3O anfiteatro do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Federal de Lavras (DCH/UFLA) esteve repleto de admiradores do teatro. A atração desta terça-feira (17) foi o monólogo Darluz, uma apresentação que fez parte da programação de celebração do mês da Consciência Negra na Universidade.

O espetáculo transpõe a tragédia real de um noticiário televisivo para a discussão teatral. Analisando o peso das categorias raça, gênero e classe na realidade brasileira, além de promover uma reflexão sobre as mulheres negras.

A cena teatral é conduzida por uma mulher chamada Darluz, que vende seus filhos a terceiros a fim de livrá-los da extensão da sua miséria. A protagonista tem um marido alcoolista e desempregado, chamado Altamiro, e ambos vivem em situação desumana nas proximidades de um lixão.

Durante todo o ato cênico, a personagem dialoga com Altamiro sobre suas angústias, suas perdas, sua condição social e solidão. Apesar de não darluz_teatro_2aparecer para o público, Altamiro mantem-se presente nas fala de Darluz. Tanto no início quanto no desfecho teatral, a protagonista apresenta cada filho vendido, simbolizados por brinquedos, e a real justificativa de ter livrado-os da extensão e condição de sua miséria.

A proposta de apresentação do monólogo Darluz visa promover a reflexão e a participação ativa do público, que após as apresentações participam de uma roda de conversa entre público e atriz/diretor. Sendo assim, foi realizado um debate em torno das questões de gênero, raça e classe.

O texto do monólogo é de Marcelino Freire, com adaptação de Dina Alves e Odair Dias, direção de Eduardo Silva, iluminação com Valter Machado, darluz_teatroprodução de Sérgio Monteiro e a atriz Dina Alves.

A programação do mês de Consciência Negra segue em Lavras com diversas atividades. Confira aqui as ações planejadas.

Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA