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Nos dois últimos meses (junho e julho de 2015), a tese de doutorado em Agroquímica de Anderson Assaid Simão esteve entre os dez documentos mais acessados no Repositório Institucional da Universidade Federal de Lavras (UFLA), de acordo com dados divulgados pela Biblioteca Universitária. Intitulado “Composição química e toxicidade de plantas medicinais utilizadas no tratamento da obesidade”, o estudo foi concluído em 2013, sob orientação da professora do Departamento de Química (DQI), Angelita Duarte Corrêa, e coorientação do professor do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) Raimundo Vicente de Sousa.
Em 2014, o documento esteve na lista dos mais consultados em pelo menos oito meses do ano. Um artigo relacionado à pesquisa acaba de ser publicado na edição de junho/julho da Brazilian Archives Technology.
Como questão de saúde pública, a obesidade polariza atenções. Em abril de 2015, o Ministério da Saúde divulgou que o índice de obesidade na população do país está estável. No entanto, o percentual de brasileiros que estão acima do peso subiu de 43% em 2006 para 52,5% em 2014. A necessidade de avaliar, por métodos científicos, produtos que prometem auxiliar no tratamento da doença motivou Anderson a realizar a pesquisa. Ele trabalhou com plantas medicinais que têm possibilidade de utilização terapêutica. O objetivo foi verificar o efeito de um fitoterápico que à época era comercializado com indicação para tratamento da obesidade, assim como avaliar separadamente a eficácia de cada componente da fórmula.
As plantas que integravam a referida fórmula e que foram objeto de testes por parte da pesquisa foram marmelinho [T. paniculata], babosa [Aloe vera (L.) Burn], fel da terra [Simaba ferrugínea St. Hi], carqueja [Baccharis trimea (Less.) DC] e garcínia [Garcinia cambogia Desr.]. Durante os estudos, foi determinada a composição química das plantas, feitos ensaios de inibição de enzimas digestivas e realizada avaliação do potencial antioxidante de cada uma delas. Com o marmelinho – planta que apresentou maior presença de compostos naturais de propriedades farmacológicas – foram também feitos ensaios in vivo. Essa etapa teve o objetivo de fazer a caracterização do potencial da planta para prevenção e tratamento da obesidade, assim como a caracterização toxicológica.
Nas fases iniciais da pesquisa, todas as plantas apresentaram substâncias de interesse para a análise, como compostos fenólicos, saponinas e fibras alimentares. As plantas garcínia e fel da terra também apresentaram presença de cálcio. Com a simulação do fluído gástrico, as plantas provocaram inibição de enzimas digestivas e demonstraram potencial antioxidante. O marmelinho apresentou os maiores teores de compostos fenólicos e vitamina C. Já o produto simulado, produzido a partir da fórmula em comercialização no mercado (retirada de circulação por falta de comprovação científica), não provocou inibição das enzimas e teve baixa atividade antioxidante.
Por seu melhor desempenho, o marmelinho foi escolhido para o teste com ratos, desenvolvido no Biotério Setorial do DMV. Durante 42 dias, os animais, submetidos a uma dieta hipercalórica, receberam doses da planta nas formas de extrato e de farinha. Os ratos foram divididos em três grupos: um que recebia extrato, outro que recebia farinha e outro que não recebia nenhum dos produtos. Pelo experimento, ficou comprovado que a farinha e o extrato aquoso do marmelinho foram eficazes na redução da gordura hepática, da glicose e dos triacilgliceróis séricos, além de não terem apresentado toxicidade.
Dessa forma, nesta pesquisa se concluiu que as plantas estudadas apresentam substâncias com potencial terapêutico para utilização em formulação de medicamentos destinados ao tratamento da obesidade, tendo se destacado os resultados alcançados com o marmelinho. No entanto, o fitoterápico que apresentava a união de todas elas não demonstrou o efeito necessário, o que pode alertar para o fato de que o produto antes comercializado não tinha o potencial de gerar o efeito emagrecedor divulgado.
Professora Angelita esclarece que os estudos com essas plantas precisam ser aprofundados. “Não recomendamos que as pessoas consumam o marmelinho, ou qualquer outra dessas plantas, com a intenção de emagrecer. São necessárias pesquisas que avaliem outros parâmetros, de forma a garantir a indicação segura do uso”, explica.
A pesquisa foi desenvolvida com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), tendo sido também ampliada e contemplada com recursos do Projeto Pesquisador Mineiro, da Fapemig.
Artigos produzidos a partir do trabalho de Anderson no Programa de Pós-Graduação em Agroquímica da UFLA (publicações):
Instituto Brasileiro de Paisagem – IBP, fundado em abril de 2014, realizou sua 1º reunião científica na Universidade Federal de Lavras (UFLA), nos dias 5 e 6 de agosto. Participaram da reunião a professora Patrícia Paiva (DAG/UFLA), o professor Rubens de Andrade (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), professor Afonso Zuin (Universidade Federal de Viçosa – UFV), professora Schirley Alves (Centro Universitário de Lavras – Unilavras) e Paulo Roberto da Silva (Ministério da Educação – MEC/consultoria).
Na pauta, além de assuntos ordinários, houve a discussão para elaboração do estatuto da entidade, com ênfase em seus objetivos em prol do desenvolvimento do paisagismo no Brasil. Finalizada essa etapa de elaboração do Estatuto, ele deverá ser discutido e submetido à aprovação dos associados-fundadores.
Paisagismo reconhecido
Outro tema em debate foi a proposta para que a profissão de paisagista seja reconhecida. Em tramitação na Câmara, o PL-2043/2011, do deputado Ricardo Izar (PV-SP), regulamenta a profissão de paisagista, que passará a ter registro próprio expedido pelo Ministério do Trabalho. Segundo a proposta, a atividade poderá ser exercida por diplomados em curso superior de paisagismo ou arquitetura da paisagem, expedido por instituições brasileiras e estrangeiras.
Caberá ao paisagista, segundo o PL 2043/11, elaborar projetos e estudos de áreas verdes, em ambientes abertos ou fechados, rurais ou urbanos. Também está entre as suas funções prestar consultorias a órgãos públicos e privados, elaborar pareceres, relatórios, planos e laudos técnicos sobre paisagismo, e exercer o magistério na área. O texto determina ainda que as entidades que prestam serviços na área de paisagismo, como órgãos municipais, deverão manter em seu quadro de pessoal, ou em regime de trabalho terceirizado, paisagistas legalmente habilitados.
O IBP já encaminhou ao MEC a proposta das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação de Paisagismo. Este é o primeiro passo para que as universidades expandam a oferta desses cursos. O primeiro Curso de Graduação de Paisagismo foi criado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1971, e reconhecido pelo MEC em 1979.
A UFLA mantém atualmente o curso de pós-graduação Agronomia/Fitotecnia, que mantém como uma das linhas de pesquisa o Paisagismo, sendo ofertados Mestrado e Doutorado. De acordo com o PL-2043/2011, o exercício da profissão somente será permitido aos graduados em paisagismo, arquitetura da paisagem ou composição paisagística. Porém, caso cursem pós-graduação nessas áreas, os formados em curso superior de Arquitetura, Urbanismo, Agronomia, Engenharia Florestal ou Artes Plásticas também poderão exercer o ofício.