Lemaf recebeu visita de pesquisador americano que é a referência mundial em biometria florestal

Harold Burkhart e John Welker (na região central da foto), acompanhados do reitor da UFLA e dos participantes da palestra proferida no Lemaf.
Harold Burkhart e John Welker (na região central da foto), acompanhados do reitor da UFLA e dos participantes da palestra proferida no Lemaf.

A interlocução entre a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e o Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia (conhecido como Virginia Tech) teve mais um avanço na última semana. Nos dias 30/6 e 1º/7, o pesquisador americano Harold Burkhart esteve no Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf), em atividades que visam à formalização de uma parceria entre as duas instituições. Harold Burkhart é reconhecido mundialmente pela excelência de sua produção na área de biometria florestal.

No dia 1º/7, o pesquisador ministrou uma palestra no auditório do Lemaf, para um público que reunia estudantes de pós-graduação e graduação, professores e outros profissionais. A apresentação feita por ele apontou diferentes formas de se fazer modelagem florestal a partir do uso de informações do melhoramento genético. O título da apresentação foi “Modeling Genetic Improvement Effects on Growth and Value of Forest Plantations”.

A palestra foi proferida em inglês e contou com uma tradução simultânea feita pelo vice-presidente e diretor de Tecnologia e Serviços Internacionais da maior empresa de consultoria florestal americana – American Forest Management (AFM), John Welker. O empresário acompanhou Burkhart na visita e também deu contribuições durante a exposição do conteúdo. A interação e a participação do público, ao final da palestra, deram mostras do interesse despertado pelo tema.

Antes do evento, no dia 30/6, Welker e Burkhart participaram de reunião com o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, para discutir as propostas de parceria e de realização de pesquisas conjuntas. Com orientações da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), os pesquisadores deixaram a Universidade já de posse de documentos necessários à formalização futura de uma cooperação entre a UFLA e a Virginia Tech. Para a confirmação definitiva da parceria, ainda são necessários fluxos administrativos que a viabilizem. A proposta é que a integração contemple intercâmbio de estudantes e pesquisadores, possibilidades de estágios para alunos na empresa liderada por Welker, assim como a realização conjunta de pesquisas envolvendo eucalipto, pinus, sensoriamento remoto, entre outros.

Welker havia estado na UFLA em maio, quando já propunha parcerias na área de recursos florestais. Pela proposta, a relação entre a universidade e a empresa à qual está ligado possibilitaria a professores e estudantes a oportunidade para condução de pesquisas principalmente nas áreas de biometria e silvicultura. Em 2014, a AFM abriu uma subsidiária com sede em Curitiba (a Latin American Forest Management – LAFM), para a prestação de serviços a clientes internacionais interessados em investimentos florestais no México, América Central e América do Sul. Nos Estados Unidos, a AFM é uma das empresas integrantes da cooperativa florestal conhecida como Forest Modeling Research Cooperative (FMRC) sediada na Virginia Tech. Burkhart é coordenador/diretor dessa cooperativa, atuando na geração de produtos para as empresas cooperadas.

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Durante a estada de Harold Burkhart (à dir.) na UFLA, a formalização de uma parceria com a Virginia Tech foi objeto de conversas com o professor Scolforo .

O interesse na cooperação com a UFLA ocorre devido à experiência da instituição na área de biometria florestal de eucalipto. Além das produções da Universidade voltadas para o setor de biometria florestal, o conhecimento gerado na área de sensoriamento remoto também se tornou um atrativo para a formalização da cooperação. Para o professor Scolforo, o saldo da aproximação é positivo para estudantes e profissionais, assim como para a instituição como um todo. “Além de ser uma importante atividade de internacionalização, as relações com a Virginia Tech e com a LAFM dão projeção aos estudos e pesquisas em manejo e biometria florestal, realizados na UFLA, garantindo um reconhecimento por diferentes segmentos”, diz.

UFLA e ABC/Itamaraty assinam novo acordo para aperfeiçoamento de técnicos africanos na cultura do algodão

Reitor da UFLA, professor Scolforo e o embaixador Fernando José Abreu assinam acordo de cooperação. Foto Marcelo Guimarães - ABC
Reitor da UFLA, professor Scolforo e o embaixador Fernando Abreu assinam acordo de cooperação. Foto Marcelo Guimarães – ABC

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) deu mais um passo na trajetória de capacitação de profissionais africanos na cultura do algodão. Na sexta-feira (3/7), foi assinado o acordo que prevê o desenvolvimento do “Projeto Regional para o Aperfeiçoamento de Técnicos Africanos em Cotonicultura”, em cerimônia no Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty. O projeto foi endossado pelo diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), embaixador Fernando José Marroni de Abreu, e pelo reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo. O evento contou com a presença de representantes do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

O projeto tem como objetivo fortalecer as bases da cadeia produtiva do algodão e da agricultura familiar em países africanos. Estão previstos cursos anuais, teóricos e práticos, ministrados pela UFLA, com carga horária de 320 horas-aula.  Em princípio, a seleção dos países para cada versão ocorrerá com base em afinidade linguística.

De acordo com a ABC, em momento oportuno, será divulgado, por meio das embaixadas brasileiras na África, o edital detalhado para o processo seletivo. A depender dos resultados alcançados, poderá ser pensada a ampliação da iniciativa, com a realização de novas edições do curso, também para países em desenvolvimento de outras regiões.

A cerimônia de assinatura contou com a presença de representantes do Itamaraty e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Foto: Marcelo Guimarães - ABC
A cerimônia de assinatura contou com a presença de representantes do Itamaraty e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Foto: Marcelo Guimarães – ABC

O recurso para a realização do curso tem como origem o fundo criado para financiar projetos que beneficiem a cotonicultura brasileira e de países do continente africano, resultado do acordo entre Brasil e Estados Unidos no âmbito da organização Mundial do Comércio (OMC). O montante desse fundo foi calculado com base nos prejuízos sofridos pelo Brasil em decorrência dos programas de subsídios à produção de algodão nos Estados Unidos.

Durante a reunião, o reitor da UFLA destacou o aspecto social do projeto e a motivação da Universidade em ampliar a cooperação com países africanos, uma das metas previstas no Programa de Internacionalização. Além do projeto assinado, Scolforo apresentou outras propostas de colaboração, que preveem a ampliação do acordo para outras culturas e áreas do conhecimento. Entre as propostas, a oferta de cursos de graduação a distância para ampliar a capacitação dos técnicos e, consequentemente, as alternativas de desenvolvimento regional.

O reitor também agendou nova reunião, no Itamaraty, para tratar de projetos que visam aumentar o número de estudantes africanos nos programas de pós-graduação da UFLA, em especial, aqueles com interface em agricultura tropical.

Histórico da parceria

Em 2014, a UFLA desenvolveu o projeto intitulado “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão”, em parceria com o Ministério de Relações Exteriores – Itamaraty com foco na capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da África Subsaariana. O resultado foi tão positivo que a UFLA foi novamente convidada para dar sequência, como coordenadora, do projeto Cotton Victória, que prevê a promoção da cadeia produtiva e a melhoria técnica da cotonicultura nos países africanos.

No período de 3 a 17 de maio, cinco professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participam de uma missão técnica para diagnóstico da cultura do algodão em três países da África: Quênia, Tanzânia e Burundi. Participam da viagem os professores Antonio Carlos Fraga (DAG), Renato Mendes Guimarães (DAG), Wilson Magela Gonçalves (DAG), Alessandro Veloso Vieira (DEG) e Pedro Castro Neto (DEG).

A UFLA também é referência em tecnologia para a República Democrática do Congo (RDC), no âmbito do Projeto Vozes da África. Coordenado pelo professor Gilmar Tavares, o projeto de capacitação em Agroecologia, Agricultura Familiar e Extensão Universitária teve início em 2011, com o apoio e financiamento da ABC, e sucesso reconhecido pelo Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty.

 

Artigo produzido no DCC foi premiado como melhor trabalho em evento latino-americano

certificado0-dccO professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras (DCC/UFLA) Ricardo Terra e o estudante de Iniciação Científica Arthur Pinto foram premiados com o Best Paper na 2ª edição da Escola Latino-Americana de Engenharia de Software (ELA-ES 2015). O reconhecimento deve-se ao artigo “Processo de Conformidade Arquitetural em Integração Contínua”.

A premiação é concedida àquele considerado o melhor artigo acadêmico submetido ao evento. “É um prêmio que demostra o reconhecimento de uma pesquisa de qualidade”, comenta Ricardo. “Arthur adaptou DCL – uma linguagem de restrição arquitetural que restringe o espectro de dependências de um software – para o contexto de Integração Contínua (CI), de tal forma que o desenvolvedor só poderá integrar o seu código fonte no repositório de versões se o mesmo não contiver nenhuma violação arquitetural, isto é, módulos se comunicando de forma não prescrita na arquitetura planejada”, explica o professor Ricardo.

A 2ª edição da Escola Latino-Americana de Engenharia de Software (ELA-ES 2015) foi realizada de 30 de junho a 3 de julho no Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O evento promoveu palestras e minicursos na área de Engenharia de Software, com a participação de conferencistas internacionais.

Confira o artigo completo neste link

Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA.

Doutorando da UFLA participa de evento com o Ministro da Agricultura da França

seminário Ohio State University
Professor Rattan Lal (de pé) em evento na Ohio State University. Entre os integrantes do público estão o ministro da Agricultura da França, Stéphane Le Foll, e o doutorando da UFLA Eduane Pádua.

O doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (PPGCS/UFLA), Eduane Pádua, teve a oportunidade de participar de um seminário conduzido pelo Ministro da Agricultura da França, Stéphane Le Foll, na Ohio State University (EUA), instituição em que o estudante realiza doutorado-sanduíche.

O seminário teve como tema o “Sequestro de Carbono”, assunto de extrema pertinência quando se trata de mudanças climáticas. O ministro também fez uma visita ao Centro de Manejo e Sequestro de Carbono (C-MASC), coordenado pelo professor da Ohio State University Rattan Lal, uma das maiores autoridades mundiais sobre essa temática. A instituição já recebeu outros dois alunos da UFLA nos últimos três anos.

Após visitar uma fazenda-modelo em sequestro de carbono no solo, o ministro falou da importância de pesquisas sobre o tema, foco da próxima Conferência das Nações Unidas sobre o Clima Global (COP21), que ocorrerá no mês de dezembro em Paris. “A agricultura não é o problema, mas poderia e pode ser a solução para as mudanças climáticas”, afirmou o ministro. Segundo ele, a França está disposta a investir em pesquisa sobre o assunto, com possibilidade de receber estudantes estrangeiros.

O estudante Eduane é orientado na UFLA pelo professor Yuri Zinn, que já esteve por um tempo no C-MASC. “Conheci o presidente da Islândia, e vários cientistas agraciados com Prêmio Nobel, como Norman Borlaug e Sherry Rowland, mas nunca um dignitário de um país tão central. Isso mostra como o Ano Internacional do Solo está sendo levado a sério pela esfera governamental”.

O evento foi realizado no dia 27 de junho e também contou com a presença de pós-graduandos de diferentes países como Brasil, China, Espanha, EUA, Tanzânia e Estados Unidos. Eduane Pádua é bolsista da Fundação da Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), que custeia o estágio doutoral.

Camila Caetano- jornalista, bolsista/UFLA

Revista de tecnologia e ciência será distribuída na UFLA nesta semana

polyteckNesta semana, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Lavras (UFLA) terá a oportunidade de conhecer a revista Polyteck – publicação gratuita de tecnologia e ciência desenvolvida para estudantes e professores universitários.

Trata-se de um projeto de educação e divulgação científica que busca complementar a formação dos estudantes brasileiros, ajudando a formar profissionais mais criativos e inovadores, dispostos a encontrar novas soluções para velhos problemas.

A revista é iniciativa de um grupo de ex-intercambistas do programa Ciência sem Fronteiras – CSF, de alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na University of Pennsylvania, EUA.

Apaixonados por tecnologia e ciência, a equipe editorial da revista acredita que essas são as áreas que têm maior potencial para causar transformações positivas na sociedade. Por isso busca incentivar o universitário a ampliar seus conhecimentos através da leitura, e também para lembrá-lo de que é possível ir além da sala de aula. A Revista Polyteck tem um layout jovem e linguagem clara e acessível para qualquer universitário.

Na UFLA, o estudante de Agronomia Celismar Oliveira é voluntário na divulgação da revista.

Informações no site http://www.polyteck.com.br/