Tecnologias garantem mecanização para a cafeicultura de montanha

Professor Fábio Moreira, durante sessão que abordou o tema Cafeicultura de Montanha, no IX Simpósio de Pesquisas Cafés do Brasil
Professor Fábio Moreira, durante sessão que abordou o tema Cafeicultura de Montanha, no IX Simpósio de Pesquisas Cafés do Brasil. Foto: Marina Botelho

Tema foi abordado no IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

O Brasil é o país maior produtor de café do mundo e Minas Gerais, se fosse um país, seria o segundo maior produtor. Cerca de 50% do café produzido no País vem das lavouras mineiras e boa parte delas está localizada no sul do Estado, em região montanhosa. Embora uma condição favorável para a produção de cafés de alta qualidade, a sustentabilidade econômica das propriedades dessa região é um desafio, já que a escassez de mão de obra exige o desenvolvimento de tecnologias que permitam a mecanização dessas lavouras.

O tema é tão importante que foi o tema escolhido para o primeiro Painel “Cafeicultura de Montanha” – apresentado no IX Simpósio de Pesquisas Cafés do Brasil, realizado em Curitiba – Paraná, de 24 a 26 de junho. Durante a sessão, o professor Fábio Moreira da Silva, do Departamento de Engenharia da UFLA, apresentou um resgate histórico das tecnologias desenvolvidas para amenizar as dificuldades de se produzir café com competitividade nessas condições.

“Há 20 anos o café de montanha estava fadado ao fracasso, diante da crescente escassez de mão de obra que se tornou um fator limitante ao processo produtivo”, lembrou o professor Fábio Moreira. Mas a mensagem principal que ele passou está longe de ser pessimista. Ele apresentou uma análise técnica e econômica da mecanização da lavoura cafeeira, incluindo o estágio tecnológico atual e as tendências do mercado.

Nesse contexto, o professor destaca que cerca de 80% das lavouras cafeeiras do Sul de Minas apresentam declividade abaixo de 20%, sendo plenamente possíveis de serem mecanizadas. “O debate agora não se restringe a avaliação de sua viabilidade, mas na busca por tecnologias para mecanização dos 21% das áreas restantes, com declividade de até 50%, dentro de sistema semi-mecanizados e mecanizados, uma vez que normalmente estas áreas mais inclinadas apresentam maior altitude e produzem café de elevada qualidade”, enfatiza.

Há 20 anos o café de montanha estava fadado ao fracasso, diante da crescente escassez de mão de obra que se tornou um fator limitante ao processo produtivo
Há 20 anos o café de montanha estava fadado ao fracasso, diante da crescente escassez de mão de obra que se tornou um fator limitante ao processo produtivo

O que a ciência e tecnologia estão buscando é justamente quebrar o paradigma da classe de declividade apta para mecanização, hoje não recomendada para terrenos acima de 20% de declividade. O professor esclarece que o desafio agora é oferecer ao produtor um pacote tecnológico que inclua o manejo da lavoura para a mecanização. Uma solução apresentada pelo professor Fábio Moreira é o sistema de terraceamento, que vem sendo avaliado por uma equipe da Universidade em parceria com outras instituições. Com resultados preliminares, já foi possível apontar uma economia de até 50% no manejo das lavouras neste sistema.

Do ponto de vista da mecanização, estão sendo projetados equipamentos com centro de gravidade mais baixo, chegando a colher em até 32% de declividade. Os equipamentos também são mais estreitos e com altura compatível com lavoras de montanha, além de serem multifuncionais, para colheita, poda e pulverização.

Adversidade e Qualidade

Ainda no Painel “Cafeicultura de Montanha”, o cafeicultor Adolfo Henrique Vieira Ferreira apresentou as práticas de manejo, estrutura de sua propriedade e medidas para a produção de café com qualidade diferenciada.

“O nosso objetivo é produzir café de qualidade. Como na montanha nós temos uma condição de ter uma maior qualidade, nós conseguimos agregar valor aos cafés especiais”, comentou Ferreira. Apesar das adversidades normalmente associadas a esse tipo de cafeicultura, o produtor aponta um futuro totalmente sustentável: “Nós possuíamos sustentabilidade social e ambiental, e estamos nos aproximando da sustentabilidade econômica. Hoje eu posso falar que o meu custo é bem próximo do custo da cafeicultura plana mecanizada”.

Como mediador do painel, Fernando Rezende Ratti, da Confederaç

Mecanização com equipamentos portáveis: realidade nas lavouras mineiras
Mecanização com equipamentos portáveis: realidade nas lavouras mineiras

ão da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), levantou quatro pontos importantes em relação à cafeicultura de montanha e sua mecanização: eficiência em custo, diferenciação, posicionamento do produto no mercado nacional e internacional e certificação. “Essas quatro frentes estão muito alinhadas para a sustentabilidade da cafeicultura de montanha”, concluiu.

Simpósio

O Simpósio de Pesquisa dos Cafés é realizado a cada dois anos e esta edição está sendo realizada no Centro de Convenções de Curitiba, no estado do Paraná. Cerca de 600 participantes trocam informações sobre café e fortalecem a maior rede de pesquisa sobre o produto no mundo.  Com o tema “Consórcio Pesquisa Café – Oportunidades e Novos Desafios”, estão sendo apresentados resultados das pesquisas realizadas no País e, sobretudo, nas 10 instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, entre elas, a Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento, a Rede Social do Café realiza a transmissão ao vivo pela internet e disponibilizará, posteriormente, o registro de palestras e trabalhos apresentados no simpósio. Clique aqui e acompanhe.

Texto com a colaboração da jornalista Marina Botelho –  bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

Pesquisador da UFLA descobre espécie de “tatuzinho” cavernícola que constrói abrigos

iuiu1Uma nova espécie de “tatuzinho” cavernícola, que possui a característica peculiar de construir abrigos para si, foi descoberta pelo professor Rodrigo Lopes Ferreira, do Departamento de Biologia da UFLA (DBI). O animal, nomeado cientificamente de Iuiuniscus iuiunensis, pertence a uma subfamília e gênero novos. Sua descoberta foi relatada em artigo publicado na revista PLOS One e a descrição morfológica foi feita com o apoio dos pesquisadores Leila Souza (UECE) e André Senna (UFBA).

O animal em sua troca do exoesqueleto, dentro de abrigo construído.
O animal em sua troca do exoesqueleto, dentro de abrigo construído.

O animal, um crustáceo da ordem isopoda, foi encontrado pela primeira vez em 2007, em uma caverna localizada em Iuiu, sudoeste da Bahia (o nome foi dado em homenagem à cidade). Mas a descrição começou apenas há cerca de dois anos: “Já temos outros animais encontrados lá sendo descritos. Não começamos o trabalho de descrição assim que descobrimos, esse intervalo de tempo é comum”, diz o professor Rodrigo.

Mas a característica incomum de construir abrigos chamou a atenção: “Foi numa segunda visita a Iuiu que descobrimos que o animal construía uma ‘casinha’”, conta o pesquisador. Essa é uma característica única em animais da classe Oniscidea (a mesma dos tatus-bola) conhecidos no ocidente.

O Iuiuniscus iuiunensis, que não chega a ter um centímetro quando adulto, sobrevive tanto em lagoas dentro das cavernas quanto no solo e constrói abrigos por motivos ainda desconhecidos. Para o professor Rodrigo, a razão dos abrigos pode estar relacionada à proteção contra predadores durante a troca do exoesqueleto.

Dois gêneros podem ser vistos na lagoa, sendo um deles sem os "espinhos" no exoesqueleto.
Dois gêneros podem ser vistos na lagoa, sendo um deles sem os “espinhos” no exoesqueleto.

Em um dos gêneros encontrados, o animal apresenta “espinhos” na lateral do corpo, o que o professor acredita serem uma forma de defesa desenvolvida contra os predadores (no caso, peixes, que teriam dificuldade em abocanhar o crustáceo com mais espinhos). Essa espécie, no entanto, coexiste com outra, que não possui tais espinhos.

O artigo científico que descreve o Iuiuniscus iuiunensis está disponível aqui.

Outra descoberta do professor Rodrigo Lopes ganhou notoriedade em 2014: uma espécie de insetos cavernícolas que possui o sexo revertido, fato inédito na ciência até então.

 

Cápsulas de café alteram padrão de consumo no Brasil e no mundo

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Professor Gonzaga apresenta o quadro das tendências de consumo de café no mundo. Foto: Marina Botelho

Professor da UFLA apresenta tendências durante o Simpósio Cafés do Brasil

As cápsulas de café caíram no gosto do consumidor e passou de tendência para uma realidade no Brasil e no mundo. O café em “dose única”, também conhecido como monodose, une praticidade com qualidade. Comparado ao modo tradicional para tomar um bom café em casa, uma xícara produzida a partir das cápsulas leva apenas 30 segundos.

O mercado de cápsulas de café foi um dos temas abordados pelo professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Luiz Gonzaga Castro Júnior, no primeiro dia da programação do IX Simpósio de Pesquisa Cafés do Brasil, realizado de 24 a 26 de junho, em Curitiba – Paraná. O professor participou do Painel Tendências do Consumo de Café, compartilhando a sessão com o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, Nathan Herszkowicz e a mediação do pesquisador Celso Vegro, do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Diretor da Agência de Inovação do Café – Inovacafé e coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café e Centro de Inteligência em Mercados, o professor Gonzaga apresentou os principais players do mercado e as tendência do consumo de café em diferentes partes do mundo, como China, Índia, Vietnã, México, Itália, Japão e Estados Unidos. Em todos os países, registra-se um crescimento significativo do consumo de cafés em cápsulas.

O professor destacou que além de toda a praticidade oferecida, as empresas do setor prezam por oferecer um produto diferenciado, com qualidade superior aos cafés torrados e moídos tradicionalmente comercializados no varejo. Nos Estados Unidos, por exemplo, maior consumidor de café no mundo, o aumento do consumo de cápsulas foi superior a 1000% nos últimos seis anos, já representando 15% do mercado. Na Itália, berço do café “espresso”, as cápsulas tiveram um crescimento de 220% no mesmo período.

Para o professor Gonzaga, as cápsulas seguem à tendência de se tomar café em casa, como a comodidade das máquinas modernas e qualidade superior do produto. Ele considera que o mercado de cápsulas tem alterado o padrão de consumo e as tendências apontam por inovações neste setor, em especial no desenvolvimento de novos materiais e apelo pela sustentabilidade. O fato é que o mercado avança e tira uma fatia de consumidores do torrado e moído tradicional e do café solúvel.

capsulas-divulgacaoEm sua avaliação, o crescimento do mercado das monodoses não deverá afetar o consumo mundial de café, que segue a uma constante. O que pode acontecer é uma maior competitividade do café arábica, com agregação de valor ao produto e valorização do segmento de cafés especiais.

Esse ponto também foi reforçado por Celso Vegro, especialista em análises do setor. Ele considera que o debate não deve estar na redução da quantidade de café consumido, mas sim, no valor adicional que o novo modelo de negócio pode movimentar. Vegro defende que o mercado de cápsulas poderá gerar novos empregos e receitas, com uma nova dinâmica que pode ser benéfica ao setor. “Trata-se de um mercado diferentes, com outra logística e muito investimento em inovação”, enfatiza.

Sobre a política de preço desse segmento, Vegro explica que com a quebra de patente da cápsula em 2013 e a entrada de novos concorrentes a tendência será a redução gradativa do preço, entretanto, vale a lei do mercado, e o brasileiro tem aceitado bem os preços praticados, com crescimento no consumo desse produto na ordem de 50% ao ano. Crescimento que tem atraído a atenção e investimentos de grandes empresas no país.

Em sua apresentação, Nathan Herszkowicz também reforçou a força do mercado das cápsulas como uma das principais tendências de consumo. Segundo maior produtor de café no mundo, o Brasil consume cerca de 40% do café produzido no país (20,3 milhões de sacas em 2014). Ele destacou que não cresce apenas o consumo de cápsulas, mas também o desenvolvimento de tecnologias e empreendimentos, incluindo pequenas empresas que estão testando o novo modelo de negócio em seus mercados regionais.

Conhecimento Compartilhado

O Simpósio de Pesquisa dos Cafés é realizado a cada dois anos e esta edição está sendo realizada no Centro de Convenções de Curitiba, no estado do Paraná. Cerca de 600 participantes trocam informações sobre café e fortalecem a maior rede de pesquisa sobre o produto no mundo.  Representantes dos setores que compõem o agronegócio café, como pesquisadores, técnicos da extensão rural, estudantes, lideranças da cafeicultura, produtores de café, empresários do setor, imprensa especializada e demais interessados nos avanços da ciência e da tecnologia cafeeira participam do evento.

Com o tema “Consórcio Pesquisa Café – Oportunidades e Novos Desafios”, estão sendo apresentados resultados das pesquisas realizadas no País e, sobretudo, nas 10 instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, entre elas, a Universidade Federal de Lavras (UFLA). O evento é uma oportunidade para promover ampla discussão da comunidade científica com os diversos setores da cadeia produtiva do café, visando ao desenvolvimento de tecnologias para o aumento da competitividade, melhoria da qualidade do produto e sustentabilidade do setor.

Como tradicionalmente acontece, a UFLA é uma das apoiadoras do evento, que conta com a participação de estudantes e professores da Instituição.

Texto com a colaboração da jornalista Marina Botelho –  bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

 

 

Capes publica nota sobre a continuidade das bolsas do Pibid

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou nota em seu site oficial para esclarecer sobre a continuidade do pagamento das bolsas do Pibid – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência.

“Nenhum bolsista do PIBID que se encontra no sistema de pagamento da CAPES terá sua bolsa descontinuada.  que se encontra no sistema de pagamento terá sua bolsa descontinuada. Ressalta-se ainda que todos os comunicados desta instituição são divulgados pela Direção do órgão, não sendo autorizado o envio de mensagem de caráter oficial por servidores. A Capes informa que está se adequando ao limite orçamentário que lhe foi estabelecido, em permanente diálogo com o Ministério da Educação, de forma a garantir a manutenção dos programas e ações estruturantes e essenciais. Ressaltamos novamente que não haverá interrupção de programas em funcionamento”.

Sobre o Programa

O Pibid é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino. Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.

Final da 3ª Copa Leão de Futsal será neste sábado (27), no Ginásio da UFLA

Zona Leste busca o bicampeonato.
Zona Leste busca o bicampeonato.

A terceira edição da Copa Leão de Futsal será encerrada na tarde deste sábado (27), no Ginásio Poliesportivo da UFLA. Os times JPE e Xeque-Mate disputam a terceira colocação, às 15 horas; depois, Zona Leste e Academia Extreme definem quem será o campeão. A final está marcada para 16 horas.

A Copa Leão vem sendo realizada desde maio, com a participação de 16 times formados por estudantes da UFLA. Os três primeiros colocados serão premiados, assim como o artilheiro. Pedro Sabino, do Zona Leste, ocupa a artilharia com 20 gols até agora.

Em sua primeira edição, o torneio contou com 8 times, quantidade que dobrou na segunda. A última edição foi realizada no segundo semestre de 2014 e teve como campeão o time Zona Leste.  Esta Copa é organizada pela Liga Esportiva da UFLA (Leufla), com o intuito de promover a socialização entre estudantes, a prática esportiva e a formação integral.

 

Professor-visitante Nelson Lima finaliza período sabático na UFLA com homenagem

Professor Nelson Lima é homenageado, ao lado, as professoras Carla Luiza Ávila e Rosane Schwan
Professor Nelson Lima é homenageado, ao lado, as professoras Carla Luiza Ávila e Rosane Schwan

Nessa quarta-feira (24/6), foi encerrada mais uma fase na carreira profissional do professor Nelson Lima – professor-visitante na Universidade Federal de Lavras (UFLA) por um período de 12 meses. Professor catedrático da Universidade do Minho (MUM), em Braga, Portugal, compartilhou sua experiência com estudantes e professores, contribuindo, sobremaneira, para o fortalecimento do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola da UFLA (PPMA) e da Coleção de Culturas da Microbiologia Agrícola (CCMA).

Estudantes e professores prestaram homenagem ao professor Nelson Lima, com a entrega de uma placa em agradecimento pela temporada na Universidade e pela colaboração singular em diferentes aspectos: ministração de aulas, cursos, treinamentos, orientações, pesquisas e publicações conjuntas em periódicos com alto fator de impacto.

A professora Rosane Schwan (DBI/UFLA), coordenadora do Programa e diretora da CCMA, ressaltou a contribuição do professor Nelson Lima durante o período sabático na Universidade. “Aprendemos muito com ele. Só temos a agradecer pela convivência e por ter escolhido a UFLA para compartilhar sua experiência e conhecimentos”, destacou.

Além das relações humanas e dos vínculos fortalecidos pela convivência na Universidade, a presença do professor Nelson Lima contribuiu para ampliar a visibilidade e fortalecer ainda mais as metas de internacionalização do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola e da Universidade. Rosane Schwan considerou que a convivência permitiu uma rica troca de experiências e abriu novas oportunidades de intercâmbios e parcerias, ampliando a rede de colaboração em áreas estratégicas.

professor Nelson Lima, durante primeiro curso ministrado na UFLA
professor Nelson Lima, durante primeiro curso ministrado na UFLA

Para Nelson Lima, a estadia na UFLA será para sempre uma lembrança memorável. Em seu agradecimento, ressaltou a importância de conviver com uma equipe de trabalho altamente capacitada, a dedicação dos jovens estudantes e as excelentes condições de trabalho. “Temos aqui um ambiente e infraestrutura favoráveis a grandes projetos de pesquisa. Tenho a certeza de que o processo de internacionalização da UFLA será cada vez mais acentuado”, reforçou.

Currículo destacado

Nelson Lima é o fundador e diretor da Coleção Portuguesa de Culturas de Fungos Filamentosos Micoteca da Universidade do Minho – MUM. Foi editor associado das revistas Journal of Applied Microbiology, Letters in Applied Microbiology (2006 a 2013) e é atualmente editor do The Open Mycology Journal. É avaliador de mais de 50 revistas internacionais da especialidade, bem como de projetos e de várias agências internacionais de financiamento à pesquisa, como por exemplo, no Chile (Conicyt), Brasil (Finep), Bélgica (Belsop) e na Comissão Europeia (FP7: Infrastructures – Data infrastructures for e-Science). De 2007 a 2010, foi membro da Direção Executiva da Federação Mundial das Coleções de Culturas (WFCC) e atualmente é o presidente da Organização Europeia das Coleções de Culturas (ECCO) para o mandato 2013-2016.

Professor catedrático da Universidade de Minho, orientou 28 dissertações de mestrado e 21 teses de doutoramento. Tem mais de 200 trabalhos publicados e perto de 300 comunicações e conferências em eventos científicos. Na base de dados Web of Science, tem 98 artigos publicados, e 99 na Scopus, o que lhe confere um ‘Fator H 22’, em virtude do alto número de citações. Durante o ano letivo de 2008, foi professor-visitante do Exterior na Universidade Federal de Pernambuco, e, nos últimos 12 meses, atuou como professor-visitante do Exterior, com bolsa Capes, no Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola da UFLA.

Contribuição para a CCMA

Equipe da CMMA: agradecimento pela contribuição do professor
Equipe da CMMA: agradecimento pela contribuição do professor-visitante

Durante o ano na UFLA, o professor Nelson Lima participou de diversos projetos de pesquisa, participou de defesas de dissertações e teses e ofereceu diversos cursos e treinamentos. Também participou de eventos nacionais e internacionais estampando em seu crachá o nome UFLA.

Dentre as ações que se empenhou na Instituição, vale destacar a contribuição para a o reconhecimento internacional da Coleção de Culturas da Microbiologia Agrícola (CCMA). Com a sua orientação e rede de colaboração, na função de consultor internacional, foi realizada nesta semana a primeira auditoria interna e a Coleção está preparada para requerer a auditoria externa por um órgão independente e externo a comunidade acadêmica para fins de certificação ISO 9001:2008.

Com a certificação, a Coleção da UFLA será a 2ª brasileira e a 27ª no mundo, dentre 670 cadastradas, a possuir o selo de reconhecimento internacional. Em maio de 2015 a CCMA foi registrada na World Federation for Culture Collections (WFCC), órgão internacional de registro de coleções e biodiversidade microbiana.

A auditoria interna foi realizada na quarta-feira (24/6), pela pesquisadora da Universidade de Minho, Portugal, Nicolina Dias, auditora independente da ISO 9001.

A CCMA está situada no Laboratório de Fisiologia e Genética de Microrganismos, integrante do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola da UFLA. O acervo, em torno de 4.000 linhagens, inclui bactérias, leveduras e fungos filamentosos, isoladas de diferentes substratos como solos, compostagem, silagem, frutos diversos, bebidas indígenas, café e cacau. Estas linhagens, isoladas ao longo dos últimos 18 anos de pesquisa, são preservadas através dos métodos de liofilização e criogenia.

De acordo com a diretora da CCMA, professora Rosane Schwan, o reconhecimento internacional é mais um orgulho para a Universidade, pois demonstra que a Coleção atende a um conjunto de critérios de qualidade e requisitos baseados em regulamentações internacionais. “ O registro dará mais visibilidade internacional para os trabalhos que fazemos e colocará a Coleção da UFLA à disposição da comunidade acadêmica mundial”, considera.

Aprendemos muito com ele. Só temos a agradecer pela convivência e por ter escolhido a UFLA para compartilhar sua experiência e conhecimentos
“Aprendemos muito com ele. Só temos a agradecer pela convivência e por ter escolhido a UFLA para compartilhar sua experiência e conhecimentos”

Confira algumas reportagens realizadas sobre as ações do professor Nelson Lima na UFLA:

http://www.ufla.br/ascom/2014/09/24/focando-a-internacionalizacao-pos-graduacao-em-microbiologia-agricola-da-ufla-oferece-cursos-avancados/

http://www.ufla.br/ascom/2014/10/09/professores-visitantes-da-ufla-sao-homenageados-na-universidade-federal-de-pernambuco-ufpe/

http://www.ufla.br/ascom/2014/11/18/ciclo-de-palestras-em-microbiologia-enfatiza-inovacao-e-internacionalizacao/

http://www.ufla.br/ascom/2014/11/28/colecao-de-culturas-da-microbiologia-agricola-da-ufla-implementa-sistema-de-gestao-da-qualidade/

http://www.ufla.br/ascom/2015/02/03/ufla-e-universidade-de-minho-realizam-curso-internacional-com-foco-em-micologia-e-seguranca-alimentar/

http://www.ufla.br/ascom/2015/03/16/colecao-de-culturas-da-microbiologia-agricola-da-ufla-ganha-reconhecimento-internacional/

http://www.ufla.br/ascom/2015/03/24/ufla-realiza-ultimo-modulo-do-curso-luso-brasileiro-seguranca-e-higiene-alimentar/